Já estava com essa ideia em mente desde o dia que cheguei aqui e hoje depois de enfrentar um trânsito daqueles do estilo sexta-feira à noite em São Paulo – em pleno sábado no fim da manhã em Londres – consegui chegar em Wimbledon, encontrar a Roberta Burzagli, minha amiga e técnica do Junior ITF Team, que viaja treinando os juvenis da equipe da ITF a temporada européia toda já há alguns anos e de ver os juniors brasileiros, fiquei com esse plano em mente, de verificar quanto valia o uniforme dos juízes.
Passei na sala de imprensa, assisti o jogo de duplas do Marcelo Melo e do Bruno Soares; assisti os dois primeiros sets de Federer e Nalbandian na quadra central – aliás como ela fica linda com o sol brilhando e fui atrás das informações.
A roupa toda estilosa, tradicional, que os juízes estão vestindo em Wimbledon, cortesia do contrato com a Ralph Lauren, vale muito mais do que eu imaginava.
Nada aqui na Inglaterra é barato, muito menos em Wimbledon. Outro dia quando fiz uma rápida passagem pela Wimbledon Shop já tinha reparado que as peças da Ralph Lauren, que aliás renovou contrato com o torneio por mais cinco anos, eram bem caras, muito mais do que o material de Wimbledon mesmo e resolvi checar quanto custava o uniforme completo.
Fui até a loja principal do torneio, ao lado do portão de entrada e ainda encontrei o Lars Graf – o árbitro – checando quanto custava o uniforme que ele está usando. Olhou o preço do blazer – 870 libras esterlinas – e resolveu mudar de departamento na loja.
Eu continuei minha pesquisa e fui procurando o preço de cada peça:
Blazer – 870 libras
Calça – 240
Camisa – 105
Malha – 435
Gravata – 85
Boina, o item mais barato – 45
Somando tudo isso chegamos a 1780 pounds, que em real fica R$ 4560,00.
Há ainda um rain coat no valor 260 libras.
Depois de tudo anotado e fotografado fui perguntar para o Bernardes quantos uniformes eles ganhavam e fora o blazer, eles ganham três mudas de roupas. Ou seja, os juizes estão valendo muito.
PS – Poderia ter postado o blog ontem mas não pude deixar de assistir o final do jogo emocionante entre a Tamira Paszek e a Schiavone. Muito bem lembrado pelo jornalista austríaco que senta ao meu lado, há três anos a Tamira perdera para a Schiavone, 10/8 no 3º set, ainda na época, se não me engano, em que trabalhava com Larri Passos, que a levou ao melhor ranking da carreira, o 35º posto, em 2007.