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Australian Open vai começar! Federer vai atrás do recorde das mulheres

Parece estranho, mas o primeiro Grand Slam do ano já vai começar neste domingo à noite para nós brasileiros.

Há pouquíssimo tempo, pouco mais de um mês, estávamos assistindo Roger Federer derrotar Rafael Nadal na final do Barclays ATP World Championships, em Londres e agora todos já estão do outro lado do mundo, na Oceania, para jogar o Australian Open.

Aqui vão alguns dados interessantes sobre a competição.

  • É a 28ª no Melbourne Park, conhecido anteriormente como Flinders Park.
  • Premiação total é de AUD 8,9 milhões (equivale praticamente ao dólar Americano). É a maior premiação de todos os Grand Slams. Os campeões de simples ganham AUD 2,2 milhões cada.
  • Quando Rod Laver derrotou Andres Gimeno na final, em 1969, ele ganhou AUD 5 mil.
  • Rafael Nadal pode se tornar o primeiro homem desde Don Budge e Rod Laver a vencer os quatro torneios de Grand Slam na sequência, já que ganhou Roland Garros, Wimbledon e o US Open na semana passada. Sampras e Federer também tiveram essa oportunidade, mas não alcançaram o feito. Sampras perdeu para Courier nas quartas-de-final de Roland Garros em 1994 e Federer para Nadal, nas finais de Roland Garros de 2006 e 2007.
  • Federer agora está atrás das mulheres. Já quebrou todos os recordes de número de títulos de Grand Slam de simples. Tem 16 e quer agora passar Navratilova e Evert. Elas tem 18 cada. A maior detentora de títulos de simples de Grand Slam é Margaret Court, com 24.
  • Só um tenista tem mais do que quatro títulos em Melbourne: Roy Emerson. São seis troféus do australiano. Federer tem 4, assim como Agassi.
  • Este é o 45º Grand Slam consecutivo que Federer disputa. O sul-africano Wayne Ferreira é o jogador que mais vezes jogou Grand Slams na sequência. Foram 56.
  • Federer é o atual campeão do torneio. A última vez que um detentor do título foi derrotado na primeira rodada foi em 1996, quando Becker perdeu para Moyá.
  • São 6 os campeões de Grand Slam na chave principal: Federer, Nadal, Del Potro, Roddick, Hewitt e Djokovic.
  • Nos últimos 13 anos 8 jogadores alcançaram a única final de Grand Slam da carreira, no Australian Open: Rios, Enqvist, Clement, Johansson, Schuettler, Baghdatis, Tsonga, Gonzalez. Destes, só Johansson foi campeão.
  • Gustavo Kuerten foi cabeça-de-chave 1 do Australian Open em 2001, há 10 anos. Perdeu na 2ª rodada. Hewitt é o único cabeça-de-chave 1 da história a ter sido eliminado na estreia, em 2002. Nadal é o cabeça-de-chave 1.
  • O último australiano a vencer o Australian Open foi Mark Edmonson, em 1976. Hewitt foi o último a alcançar uma final, em 2004, perdendo para Federer.
  • Federer pode alcançar mais um recorde neste Grand Slam, o de títulos em quadras rápidas. Ele tem 45 contra 46 do líder Andre Agassi.
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Evento com Guga e Agassi fez o tênis chegar às UPPs

Sempre fui uma defensora da ideia de que um dos maiores benefícios que o Guga trouxe para o País ao ganhar Roland Garros pela primeira vez, em 1997 e se consagrar como número um do mundo anos depois, foi o número de projetos sociais surgidos, através do tênis.

Gostaria até de fazer uma pesquisa para saber quantos projetos sociais de tênis existem no Brasil. Eu faço questão, em todas as edições da revista Tennis View, de dedicar um espaço aos projetos sociais. Sempre divulgamos, com o maior prazer, um projeto, seja ele grande, pequeno, em uma metrópole ou em uma vila do Mato Grosso. O que importa é o poder transformador que o esporte tem e que vidas de crianças de baixa renda e / ou pessoas com necessidas especiais são mudadas com uma raquete e uma bolinha na mão.

Neste fim de semana, durante o Tênis Espetacular, tive a oportunidade de bater um rápido papo com um dos maiores entusiastas que o tênis tem aqui, o Domingos Venâncio, técnico e hoje também Diretor da Federação de Tênis do Rio de Janeiro.

Domingos me contou empolgadíssimo de como foi a experiência de selecionar as crianças nas UPPS (Unidade de Polícia Pacificadora) dos Morros do Andaraí, Dona Marta e Providência, para participarem de clínica com Guga e Agassi, no dia em que os dois campeões se enfrentaram.

Domingos, chamado por Ricardo Acioly para fazer o trabalho, foi aos Morros com sua equipe e sentiu a empolgação das crianças de participarem de um esporte, de pegarem numa raquete de tênis pela primeira vez. “Muitas nunca tinham jogado, mas tinham a experiência do ping pong, por já ter um projeto lá. Foi emocionante.”

Eles não só selecionaram, mas acompanharam e participaram da clínica com as crianças no sábado. Depois delas baterem bola com Guga e Agassi ficaram no Maracañazinho e suas imediações o dia todo, jogando mais tênis, lanchando e participando de outras atividades ligadas ao tênis, até a hora do jogo.

Esse é um dos maiores benefícios que um evento como este consegue trazer para o País, além daqueles dos quais nós próprios nos beneficiamos, como o espetáculo, o tênis em alta novamente, que é bom para todos os envolvidos na indústria deste esporte, mais visibilidade, empolgação, novos patrocinadores, entre outros.

Agora o principal objetivo de Domingos é conseguir que esse projeto com as crianças das UPPs seja expandido para outros locais. “Vamos continuar. Não demos só o doce na boca das crianças para depois tirar.”

Além das UPPs, participaram também da clínica algumas crianças do projeto Tênis na Lagoa.

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Com Sharapova & Cia, Nike faz o 1º grande evento do US Open em New York

O US Open só começa oficialmente na segunda-feira, mas Nova York já está vivendo o Grand Slam e não é porque o qualifying começou na terça-feira.As principais estrelas do campeonato já estão na Big Apple e aproveitam a semana que antecede o maior campeonato do mundo para treinar e participar de diversos eventos para seus patrocinadores.

Sempre causando “buzz” a Nike levou Rafael Nadal, Roger Federer, Maria Sharapova, John McEnroe e até Serena Williams que não jogará o Grand Slam, ao Pier 54 nesta noite de quarta-feira, para o Nike Knockout event, Lights In, Lights Out, em que montaram uma quadra no Pier e abriram a festa ao público.

A  gigante norte-americana aproveitou também para mostrar as roupas que Federer, Nadal e Sharapova usarão no US Open. Para quem não tinha gostado da camiseta ultra pink do Nadal nos últimos torneios, não se preocupe, ele vai jogar de verde limão de dia, e de preto à noite. Federer também não vai continuar usando o rosa. A cor dele para o US Open é o azul.  E Sharapova vai de azul marinho à noite e azul turquesa durante o dia.

O evento da Nike foi apenas o primeiro de muitos que acontecem em New York City até os jogos começarem.

O próprio sorteio da chave principal, nesta quinta, costuma ser um grande evento para a USTA. Antes realizado em um grande hotel da cidade ou até mesmo na sede da ONU, desta vez, a chave será sorteada no Billie Jean King National Tennis Center.

A chef Ingrid Hoffmann e Roddick

Nesta quinta também muitos dos jogadores “celebs” participaim do BNP Paribas Taste of Tennis, no Hotel W da Lexington Avenue, em que grandes chefs de cozinha oferecem suas delícias aos convidados que pagam US$ 275 para entrar. Os tenistas se juntam aos chefs, colocam a mão na massa e arrecadam fundos para instituições de caridade. Esta é a 9ª edição do Taste of Tennis.

Venus Willimas também tem compromisso nesta quinta. Participa de uma clínica de tênis virtual com a Ralph Lauren, parceira do US Open.

A K-Swiss, patrocinadora de Mardy Fish, Sam Querrey e Vera Zvonareva, também já anunciou evento no mesmo hotel W, no sábado; a Donnay que está voltando ao tênis patrocina um torneio Pro-Am cheio de ex-campeões de Grand Slam, no domingo; a Wilson costuma fazer sua festa em um dos outros hotéis da cidade, no fim de semana.

Estes são apenas alguns dos pré-eventos do US Open.  Sessões de autógrafos na Macy’s, aparições na Times Square – lembram-se de Guga, Ivanisevic e Agassi em um evento da Head, em 2001, em pleno coração da vibrante cidade? – entrevistas em lugares inusitados de Manhattan, ainda agitarão New York até o torneio começar de fato na segunda-feira.

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Nadal, um campeão que quer ainda mais

Com conquista em Wimbledon, ele supera McEnroe e Wilander, se iguala a Lendl, Agassi, Connors e já surge a questão. Será que ele pode superar Federer e se tornar o melhor de todos tempos?

É essa a pergunta que começa a ser levantada entre jornalistas, analistas e críticos do esporte.

Que louco é o tênis. Há um ano só se falava em Roger Federer. Era ele o grande nome do momento, tendo conquistado o Grand Slam ao vencer Roland Garros e em seguida ganhado Wimbledon. De Nadal, com os joelhos lesionados, só se comentava se ele conseguiria se recuperar para voltar a jogar o seu melhor tênis.

Até o fim de janeiro, quando Federer foi novamente campeão do Australian Open, era só do suíço que se falava. Com 16 títulos de Grand Slam, parecia que nada poderia impedí-lo de seguir conquistando Grand Slams como se estivesse jogando no quintal de casa.

Mas, veio a temporada de saibro e Nadal retomou o domínio do tênis como se nem tivesse ficado ausente do esporte por alguns meses se recuperando da lesão nos joelhos e como se nem tivesse sido eliminado antes das finais nos Grand Slams e Masters 1000 anteriores.

Nadal, bicampeão em Wimbledon (fotos de Cynthia Lum)

Desde meados de abril, com o Masters 1000 de Monte Carlo, só se fala em Nadal. E não é para menos. Só ele ganha. Dos últimos cinco grandes torneios disputados, os três Masters 1000, Roland Garros e Wimbledon, ele ganhou todos.

Por isso, com a conquista deste domingo em Wimbledon, vencendo Tomas Berdych por 6/3 7/5 6/4, para chegar ao seu oitavo título de Grand Slam, começam a surgir as perguntas se Nadal superará Federer em números de títulos de Grand Slam.

Comemoração típica do espanhol

O oitavo troféu o colocou a frente de nomes como John McEnroe e Mats Wilander e entrou para a companhia de Jimmy Connors, Ivan Lendl e Andre Agassi.

Rotulado de tenista do saibro no início da sua carreira, este já é o segundo título de Wimbledon do espanhol, que tem também um do Australian Open. E é a segunda vez que ele vence na Inglaterra logo depois de ter sido campeão em Paris.

Um feito que antes parecia impossível, alcançado a última vez por Bjorn Borg, até que Nadal o fez em 2008, quando ganhou de Federer na final, se tornou a norma dos últimos três anos em Wimbledon. Nadal em 2008 e agora em 2010 e Federer, no ano passado, venceram o mais importante torneio de tênis do mundo, logo depois de ter ganhado Roland Garros. E Nadal ainda conseguiu a façanha erguendo os troféus dos dois Grand Slams sem perder nenhum set nas finais desta temporada. A última vez que isso aconteceu foi com Borg, em 1978.

Por isso, o próprio Nadal brincou na coletiva de imprensa do campeão, nesta tarde em Wimbledon. “Que louca é a vida. Não acontecia desde o Borg e agora nos últimos três anos os campeões de Roland Garros ganharam Wimbledon.”

Como explicar essa conquista, já que segundo os especialistas não há mudança mais drástica no tênis do que sair do saibro e ir para a quadra de grama e em tão pouco tempo. “Para mim se você quer alguma coisa, mesmo que seja difícil, você vai dar um jeito de conseguir. Acabou Roland Garros e no dia seguinte eu já estava treinando na grama. Aprendi que a temporada de grama é importante e que isso não é fácil, por isso coloco como um objetivo diário estar pronto para jogar aqui. Jogar na grama e neste torneio, o melhor do mundo, sempre foi um sonho e um objetivo de vida para mim. Eu também me movimento bem na grama e isso é fundamental. Mas estou sempre melhorando e querendo melhorar.”

Nadal com o oitavo troféu de Grand Slams

Com troféus de Roland Garros, Wimbledon e Australian Open, mais a medalha de Ouro Olímpica conquistada em Beijing, há dois anos, Nadal pode passar Federer, de certa maneira, caso venha a vencer o US Open, já que o suíço jamais ganhou medalha de simples nos Jogos Olímpicos. Feito alcançado por Agassi, que foi medalha de ouro nos Jogos de Atenas e completou o Grand Slam em 1999, ganhando Roland Garros.

Há pouco mais de um ano, quando entrevistei Nadal para a Tennis View, em Paris, antes de Roland Garros começar e ele ser eliminado naquele jogo de oitavas-de-final por Robin Soderling, ele já manifestara que seu grande objetivo era o US Open, o único Grand Slam que falta para ele e que por isso faria uma preparação específica para tentar vencer em Nova York. A lesão nos joelhos o privou deste timing em 2009, mas a afirmação dele nesta tarde de domingo em Londres de que “com certeza o US Open será o meu grande objetivo até o fim da minha carreira,” não deixa dúvidas de que o espanhol está para Federer, assim como Federer está para Borg e Sampras.

Não, não tivemos as épicas finais dos últimos dois anos como a entre Nadal e Federer, em 2008 e a entre Federer e Roddick, no ano passado, mas tivemos a certeza de estar vendo um daqueles momentos que começam a transformar um grande campeão em uma das maiores lendas da história do esporte.

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