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Direto de NY – o anúncio da aposentadoria de Roddick

Já estava quase publicando um post falando da minha chegada em NY, da minha credencial, a mesma desde 1997, da minha mesa na sala de imprensa que continua no mesmo lugar, até que ouvi um anúncio para uma coletiva do Roddick. Era para anunciar a aposentadoria dele.

 

O post já escrito vai ficar para uma outra oportunidade. Primeiro a notícia e de um jogador que eu de fato vi aparecer, chegar ao auge e agora anunciar a aposentadoria.

Logo que o anúncio da coletiva foi divulgado no alto-falante de sala de imprensa, pensei se tratar de uma ação de mídia para fotografarem o americano com um bolo de aniversário. Mas, as reações dos colegas jornalistas foram bem diferentes. Já previam que ele anunciaria a aposentadoria. Os rumores foram se intesificando para mim quando até os jornalistas argentinos, sentados ao meu lado, deram voz à informação.

 

Até a coletiva começar estava pensando que podia ser uma festividade, mas logo que trocaram a plaquinha do nome de Mardy Fish para Andy Roddick, deu para perceber que o assunto era sério.

 

Campeão do US Open em 2003, Roddick entrou na sala de imprensa e foi curto e grosso: “Vou ser rápido. Decidi que este será o meu último torneio.”

Durante 40 minutos Roddick explicou como tomou a decisão e deixou claro que os motivos são físicos. “Chegou a hora. Não acho que estou bem fisicamente o suficiente ou tão comprometido para jogar por mais um ano. Até pensei em jogar só alguns torneios no ano que vem, mas nem eu estava me convencendo.”

 

Roddick contou que resolveu avisar hoje, antes de entrar em quadra para o próximo jogo contra Bernard Tomic, porque queria que todos estivessem presentes, queria poder se despedir do público.

 

Engraçado que hoje, quando fui ao Player’s Lounge conversar com o Rogerinho, dei de cara com o Tarik Benhabiles, primeiro treinador de Roddick e pensei, nossa, ele está de volta ao circuito. Talvez já tenha vindo para a despedida de Roddick, assim como a esposa e a filha de Ken Meyerson, agente do tenista que faleceu no ano passado, vítima de um ataque cardíaco.

 

Enquanto Roddick falava, eu ia lembrando da carreira dele na minha cabeça. A primeira vez que eu vi o americano jogar foi na final do Banana Bowl, no ano 2000. Naquela época ele já era o número um do mundo juvenil e conhecido por sua arrogância.

Com o passar dos anos, ele foi se transformando. Deixou a arrogância de lado para se tornar no embaixador do tênis americano por quase uma década.

 

Já devo ter contado essa história várias vezes, mas lembro do primeiro jogo dele contra o Guga, no ano 2001, no Masters 1000 do Canadá. Ele ganhou e logo na semana seguinte, em Cincinnati, Guga devolveu a derrota.

 

Naquele mesmo 2001, ele alcançaria as quartas-de-fial do US Open e dois anos mais tarde venceria o Grand Slam americano, o único da sua carreira, apesar de ter alcançado as finais de Wimbledon em 2004, 2005 e 2009, perdendo todas para Federer.

 

Além de ter erguido o trofeu do US Open, Roddick ganhou a Copa Davis, foi número um do mundo e serviu de exemplo para toda essa geração de americanos, os que já estão mais consolidados como John Isner e Sam Querrey e os novatos, como Jack Sock.

 

Mas, da mesma maneria que ganhou títulos – foram 32 no total – Roddick nem sempre viveu uma relação das mais amorosas com o público americano. Primeiro achavam que ele seria o substituto para Pete Sampras e Andre Agassi, e depois que conseguiria rivalizar diretamente com Federer, Nadal, Murray e Djokovic. Ganhou alguns jogos mas nunca entrou para o grupo dos Fab 4.

 

A matéria que o New York Times publicou, na semana passada, “The Gift of Roddick,” dizendo que os americanos não tem o verdadeiro respeito pelo que o tenista conquistou e pelo que representa, vem a calhar neste exato momento da aposentadoria. Agora sim os americanos vão ficar órfãos de um líder. Por mais que eu goste do John Isner, ele ainda não chegou nem perto de ganhar um Grand Slam. E para você ser sobresair no país que mais ganhou medalhas olímpicas, precisa ser um verdadeiro campeão, como Roddick foi.

 

Lembro quando estava lendo o livro que o ex-jogador, fundador da ATP, Hall of Famer e um dos grandes nomes do marketing esportivo, Donald Dell escreveu, que uma passagem me marcou. Dell foi o fundador da ProServ, depois de se formar em direito e se tornar agente de Arthur Ashe e Michael Jordan. A ProServ depois se tornou SFX e Lagardere e Andy Roddick, um de seus clientes. No livro, “Nunca Faça a Primeira Oferta,” Dell conta como foi a negociação do contrato de Roddick com a Lacoste e diz que estavam falando em bônus de número um do mundo, de top 10, campeão de Grand Slam, até que chegaram num impasse do que aconteceria se o tenista ficasse fora dos top 20. Roddick foi imediato na resposta: “Se isso acontecer, quero me aposentar.”

 

Foi a decisão que ele tomou. Viu que não estava conseguindo render o máximo fisicamente, que devido isso estava desgastado mentalmente e em vez de ser apenas mais um no circuito, resolveu deixar o tênis.

 

Perdi a despedida de Clijsters ontem, mas ainda posso ver o jogo final de Andy Roddick e por ter acompanhado o surgimento dele, a chegada ao topo, os altos e baixos da carreira, as controvérsias, as grandes vitórias e derrotas, como a da primeira rodada em 2005, para Gilles Muller, quando havia sido contratado para ser o garoto propaganda da American Express, com uma campanha gigantesca nos EUA em cima dele, enfim, por me sentir mesmo uma pessoa que acompanhou a carreira dele de perto, a despedida tem mais significado.

 

O jogo contra Bernard Tomic, nesta sexta, 12 anos depois da estreia no US Open, em que perdeu contra Albert Costa, pode vir a ser o último da carreira de Andy Roddick.

Foram duas finais (um título d. Ferrero 63 76 63 e um vice-campeonato / perdeu para Federer 62 46 75 61), e 6 quartas-de-final em NY, sendo a última no ano passado, em que perdeu para Nadal.

“Se eu estiver mais emotivo em quadra amanhã, todo mundo já sabe porque,” avisou Roddick.

 Para quem quiser, aqui estão os principais trechos da coletiva!

 

ANDY RODDICK:  Thank you all for coming.  I’ll make this short and sweet.

I’ve decided that this is going to be my last tournament.

TIM CURRY:  Questions?

 

Q.  Why now?

ANDY RODDICK:  I just feel like it’s time.  I don’t know that I’m healthy enough or committed enough to go another year.  I’ve always wanted to, in a perfect world, finish at this event.  I have a lot of family and friends here.  I’ve thought all year that I would know when I got to this tournament.

When I was playing my first round, I knew.

 

Q.  Is it something you’ve been wrestling with for days, weeks, or months?

ANDY RODDICK:  Yeah, it’s been a process.  It’s certainly not days.  I don’t know that I would have had you all come in here and waste your time if it had been days.

You know, certain parts throughout the year, I’ve thought about it.  You know, just with the way my body feels, with the way that I’m able to feel like I’m able to compete now, I don’t know that it’s good enough.

I don’t know that I’ve ever been someone who’s interested in existing on tour.  I have a lot of interests and a lot of other things that excite me.  I’m looking forward to those.

Q.  I’m assuming the high point is 2003 here.  So good place to bow out.

ANDY RODDICK:  I don’t know.  I don’t know.  I don’t view it in a scope of where you had your best win.  I’ve had a lot of different memories.  I’ll certainly look back.  I feel like I’d be cheating the other memories if I said one was the highlight.

You know, I feel like I’ve been very lucky.  That’s certainly not lost on me.

 

Q.  How emotional is this for you?  I know you like to make light of things.  Now that it’s final for you, how emotional is it?  What was it about that first‑round match that clicked?

 

ANDY RODDICK:  I don’t know.  On some big moments this year, I think I’ve known.  You know, walking off at Wimbledon, I felt like I knew.  Playing here, I don’t know what it was.  I couldn’t imagine myself being there in another year.

 

I’ve always, for whatever my faults have been, felt like I’ve never done anything halfway.  Probably the first time in my career that I can sit here and say I’m not sure that I can put everything into it physically and emotionally.  I don’t know that I want to disrespect the game by coasting home.  I had plans to play a smaller schedule next year.  But the more I thought about it, I think you either got to be all in or not.  You know, that’s more kind of the way I’ve chosen to do things.

 

 

 

Q.  Is there an emotional element to this?  You’ve sat alone and thought about it, talked to family?

 

ANDY RODDICK:  Yeah, I mean, I’ve had some hard conversations with Brooke this year, with Doug and Larry.  You know, it was Brooke and I’s little secret over the last couple days.  I talked to Larry and Doug today.

 

We had talked about it throughout the year, obviously.  Talked to a bunch of my friends that are here.  It’s time.

 

 

Q.  Why not wait until after your final match, your birthday?  Did you want to give the fans an opportunity?

ANDY RODDICK:  Those are good reasons.  I think I wanted an opportunity to say good‑bye to people, as well.  I don’t know how tomorrow’s going to go.  I hope it goes well and I hope I’m sticking around.  I just imagine being off the court tomorrow in an empty locker room.

I think I wanted a chance to say good‑bye.  Also, if I do run into some emotions tomorrow or in four days or however long, I don’t want people to think I’m a little unstable, or more unstable (smiling).  That’s why I came to this decision.

 

Q.  You are playing under the lights on Ashe tomorrow for potentially what could be the last time.  What do you anticipate your emotions will be?

ANDY RODDICK:  I have no idea.  I have no idea.  I talked to Larry and Doug and said, I could come out and play great, or it could be the worst thing you’ve ever seen.  I don’t know.  I’ve never done this before.

I’m sure it will be very emotional.  I’m sure I’ll still be nervous.  I don’t know.

 

Q.  Did Ken’s passing at all in any outside way sort of influence where you are, in this decision at all, where you are in the game?

ANDY RODDICK:  Maybe.  I don’t know.  Ken was certainly a huge, huge part of everything for me.  He believed in me from very early on.  You know, that certainly wasn’t easy for me.

But, you know, his wife and his daughter are going to come up, so that will be really nice to have them here.

 

Q.  Like any top American athlete, you’re praised, you’re criticized.  What are you most proud of in your run, your career?  If you could point to one or two things that you might have changed, what would that be?

ANDY RODDICK:  I don’t know that I would change much.  Obviously I think everybody would want to win a match or two more.  Had I won a match or two more, we’d be looking back at something a little bit different.

But that’s also shaped kind of who I am and how I’ve been able to learn.  You know, if everything would have been easy the whole way, who knows how you’d view things.  I’m pretty content with the way I do.

Q.  The first part of that question, what are you most proud of?

ANDY RODDICK:  You know, I was pretty good for a long time.  The reason I gave earlier about not feeling like I could be committed to this thing a hundred percent, that’s one of the things I’m proud of.  That for 13 or 14 years, I was invested fully, every day.  I’ve seen a lot of people throughout that time be invested for a year, kind of tap out for a year, come back.  I’ve been pretty good about keeping my nose to the grindstone.

I feel like I won a lot of matches from hard work and persistence, even maybe when I had better options as far as shot‑making.

Q.  You said there’s some interesting things you’d like to move on to do.  What are they?  What does your wife think of this decision?

ANDY RODDICK:  I haven’t asked her yet (laughter).  I’m joking.

A lot of stuff with my foundation will probably be my primary focus from here for a little bit.  Obviously I’ve gone over to the dark side with you guys with the radio show a little bit.  So that’s fun.  It’s something I enjoy doing.  I’ll probably build on that a little bit.

There are some other things also.  I’m looking forward to it.

Q.  What does this place mean to you?

ANDY RODDICK:  It’s meant a lot.  It’s the highest of highs and probably the lowest of lows also.  It’s certainly never been boring.  I’ve always enjoyed the energy.  I feel like each Grand Slam is almost a microcosm of the place it’s played in.

This is a show.  It’s New York City in every way.  I’m glad that I’ve been a very, very small part of it.

Q.  You mentioned you talked to Doug and Larry.  What were the reaction of some of your friends?

ANDY RODDICK:  Some are still learning.  I didn’t want to tell the guys that had to play, so James is going to be surprised.  Dougie was a little baby about it all (laughter).  Lost a lot of man respect for him.

Everyone is a little stunned just because of the finality of it all, but I don’t think anybody was really surprised.  I think the people that know me know that I’ve been thinking about it for a little bit.

It’s the time.  I think they all understood that.  They’re all happy.  Some of my friends are excited because it means more golf rounds.  I see some head nodding there.

No, everyone’s been very supportive.

 

Q.  To play another match at night, how much have you enjoyed night matches here at the Open and how much different are they from day matches?

ANDY RODDICK:  I mean, it’s the most electric atmosphere in our sport.  There’s something about it.  There’s a lot of eyeballs on TV sets from people who don’t even normally watch tennis during night matches of the US Open.  I think I’ve played as many as anyone.

Again, it’s just something I’ll look back on with really fond memories.  Hopefully won’t be my last one.

 

Q.  Do you think it’s going to be an adjustment to be at home?  You guys are world wanderers.  You haven’t really ever stayed at home for years on end.

ANDY RODDICK:  You know, I don’t think I’m foolish enough to think that it’s all going to be easy for me.  I don’t know that I would be that presumptuous.

I love my home life, my friends, my wife.  My dog is going to be excited.  I’m not going to be a dead‑beat dad anymore (smiling).  It will be an adjustment, but hopefully if I ever want to come say hi to you all, they’ll give me a credential.


Foto de Roddick – Cynthia Lum

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Guga campeão em Cincinnati. Só vitórias sobre tops, tempestade e marreta!

Já escrevi nos últimos meses alguns “faz 10 anos” da carreira do Guga. Tivemos 10 anos do bi de Roland Garros (um ano atrás), os 10 anos da Masters Cup de Lisboa, os 10 anos do tri e nesta semana faz 10 anos que o Guga ganhou o Masters 1000 de Cincinnati.

 

Já fez 10 anos também que ele ganhou Monte Carlo, Roma e Hamburgo e outros torneios importantes também. Mas, tem alguns que ficam guardados na nossa memória mais do que os outros, seja pelas emocionantes vitórias ou pela maneira como aconteceram.

Não sei porque mas guardo na memória detalhes daqueles dias no MidWest Americano.

A temporada estava sendo das mais longas. Começou com uma semifinal em Los Angeles, logo depois do campeonato em Stuttgart.

Aí veio o Masters 1000 de Montreal – naquela época não havia bye para os cabeças-de-chave e as finais ainda eram disputadas em cinco sets – e um jovem Americano, então 35º colocado no ranking mundial e com 19 anos venceu o Guga na terceira rodada. Era o Andy Roddick.

Com a derrota precoce fomos cedo para Cincinnati. Nos hospedamos como todos os anos no Marriott mais perto do torneio, que acreditem se quiser fica na beira de uma estrada e ao lado de um supermercado, o famoso BIG e a rotina de treinos por lá começou, com um intervalo ocasional para jogar um golfezinho, no campo que fica grudado às quadras. O BIG era nossa diversão e passeio diário, no pouco tempo livre que sobrava (mesmo não sobrando muito eu e a Lia Benthien – na época ela fazia o Nas Pegadas do Campeão da ESPN – sempre tínhamos alguma coisa para ver e levar do Big…). O Kings Island, parque de diversões que fica em frente ao torneio, mas do outro lado da estrada, exigia mais tempo para uma visita..

O Guga era o número um do mundo na época e cabeça-de-chave 1 do torneio (o Agassi era o 2º pré-classificado). Então a agenda era cheia. Havia entrevistas todos os dias, imprensa brasileira e estrangeira, gravação de chamada de comercial de TV para o US Open, de mensagem para o MTV Music Awards, sessão de autógrafos, coletivas e os dias eram longos.

Lembro quando a chave saiu, num sorteio feito pelo velhinho simpatico, o Sr. Paul Flory, diretor do torneio, na sexta-feira antes dos jogos começarem. 1ª rodada: Guga e Andy Roddick.

Já se criou todo um burburinho em torno do jogo. Deu Guga, por 7/6 6/1.

Em seguida veio Tommy Haas, que era o 16º do ranking naquela semana e Guga ganhou de novo em dois sets, em dois tie-breaks.

O próximo adversário era o Goran Ivanisevic, que havia ganhado Wimbledon naquele ano e era o 19º colocado. Guga ganhou rapidinho por 6/2 6/1.

Já estávamos nas quartas-de-final e o adversário era o Yevgeny Kafelnikov, que estava em 6º no ranking. E o Guga ganha por 6/4 3/6 6/4 e ele chegava de novo à semifinal em Cincinnati, repetindo o resultado do ano 2000 e contra o mesmo adversário, o Tim Henman, 8º no ranking. No ano anterior, o britânico havia vencido por 7/6 no terceiro set.

Era um dos adversários que mais complicavam o jogo para o Guga.

A outra semifinal era entre o Patrick Rafter e o Lleyton Hewitt. E os jogos nesses torneios costumavam ser, por causa da televisão, um no início da tarde e outro à noite. O Rafter ganhou do Hewitt em dois sets e no meio da tarde já estava se preparando para a final.

Guga entrou em quadra para enfrentar Henman, venceu o primeiro set por 6/2 e de repente o tempo começou a virar.  Dava para ver raios e ouvir os trovões de longe. O jogo continuou – se não me engano até quase o fim do segundo set e veio uma tempestade.

Ficamos por horas esperando para ver se ela ia passar e começando a ouvir relatos do público de que cadeiras haviam voado em alguns lugares de Mason, Ohio e que havia carros boiando por perto.

Quando já era perto de meia-noite decidiram deixar a semifinal e a final para domingo.

Independente do resultado do jogo, já davam Rafter como campeão certo.

Guga voltou à quadra cedo, perdeu o segundo set por 6/1 e foi para o terceiro. Como no ano anterior a batalha iria para o tie-break. Só que desta vez, a vitória ficou com Guga por 7/4.

Para surpresa de muitos, em acordo com a ATP e o torneio, Guga voltou à quadra minutos depois para jogar a final. Já estava quente e pronto para o jogo e tudo que o Larri gritava do box era “Marreta” na devolução.

E com as “marretas” de devolução, Guga venceu Rafter, o sétimo do ranking, por 6/1 6/3 e conquistou um dos maiores títulos da carreira, em uma das situações e chaves mais duras que ele já teve.

A comemoração foi com um churrasco na casa de amigos em Cincinnati.

Afinal, no dia seguinte, já estaríamos na estrada rumo a Indianápolis…. Só para lembrar, em que Guga chegaria a outra final, mas desistiria com dores no braço, no meio do jogo, contra o Rafter.

Mas isso quase ninguém lembra. O que fica na memória é a íncrivel semana em Cincinnati, em que em seis dias ele venceu três campeões de Grand Slam, incluindo dois ex-números um do mundo e seis top 30 (três top 10) no caminho para o título, em seis dias.

Descubro olhando o media guide do torneio para checar as informações que a media de vitórias do Guga em cima de jogadores bem ranqueados é histórica e única no torneio = 13.8.

Depois do Guga ter jogado a semi e a final no mesmo dia, os torneios mudaram a programação dos jogos para sempre, não deixando tanto tempo de diferença entre uma semifinal e a outra.

 

 

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Fim de semana é de Copa Davis, mas quem ganha as honras é Andre Agassi no Hall da Fama

O fim de semana é de Copa Davis e as notícias, com a derrota dos Estados Unidos por 2 a 0, no primeiro dia de confrontos com a Espanha, no Texas, onde Andy Roddick reside, tomaram conta do noticiário Americano. Mas, neste sábado, o tênis vive outro momento histórico: Andre Agassi entrará para o Hall da Fama.


Faz poucos anos todos se emocionaram e se surpreenderam com o discurso apaixonado de Agassi para a esposa Steffi Graf, quando ela entrou para o Hall.

Neste sábado é o dia de Agassi. Marcelo Melo e André Sá que estão jogando o ATP de Newport, localizado no complexo do Hall da Fama, terão a oportunidade única de assistir este momento, antes de tentarem uma vaga na final da competição.

Sempre quis ir até Newport conhecer o tal Hall da Fama. Depois de ter visitado os museus de Wimbledon e de Roland Garros, sempre fica uma vontade de querer conhecer ainda mais a história do nosso esporte. Sempre digo que vou antes ou depois do US Open, mas acaba nunca acontecendo. Até minha irmã já esteve lá em uma viagem recente pela região.

Mas, voltando ao Agassi, para mim, o que sempre me marcou do americano foi a capacidade dele de mover multidões, de emocionar as pessoas, de ser o maior embaixador do tênis mundo afora.

Não vivi a época de John McEnroe, Jimmy Connors e Bjorn Borg para saber o quanto as atitudes, vitórias e derrotas ecoavam mundo afora, mas não me lembro de ter visto uma única pessoa trazer tanto para o esporte.

O livro, “Open,” no início tão contestado – fui das primeiras a ler e a contrariar todos que não haviam lido dizendo que era uma obra prima – virou best seller mundial e através dele, Agassi continua atraindo gente para o esporte. Tenho amigos que nunca jogaram tênis, assistiram campeonatos ou conhecem o esporte, leram o livro, se encantaram e acabaram virando fãs de tênis e de tudo o que esporte pode te trazer como pessoa.

Agassi sempre disse, em inúmeras entrevistas e encontros, que o seu objetivo principal era poder mudar a vida das pessoas, seja num jogo, seja num olhar, seja numa ação, na vitória ou na derrota.


Lembro, há mais de 10 anos, em um US Open, quando estávamos vendo um treino dele e minha irmã, a outra, não a mesma, foi pedir um autógrafo para ele na saída, em uma foto que ela mesma havia tirado. Agassi estava cercado de seguranças e de pessoas pedindo o mesmo autógrafo. Ao ver a foto, parou, olhou nos olhos da minha irmã e autografou a mesma.

Já tive outros breve encontros com Agassi e ele sempre faz questão de olhar nos olhos das pessoas. E isso faz uma diferença enorme.

Longe das quadras desde 2006, Agassi se dedica hoje a conseguir não apenas verba – ele já levantou mais de U$ 30 milhões para a Andre Agassi Foundation / Andre Agassi Preparatory School, que fornece educação para crianças desfavorecidas da região de Las Vegas e já teve até uma turma encaminhada para a Universidade. Ele quer mudar o sistema educacional. Já falou até no Congresso Americano.

Agassi está em Newport com as pessoas que fizeram parte da sua carreira, como Gil Reyes, Darren Cahill, o empresário e jogará uma partida exibição ao lado de Brad Gilbert. Para ele, o principal objetivo deste fim de semana, é chamar mais ainda a atenção dos Estados Unidos para o sistema educacional e conseguir que sejam feitas reformas. Mas, como ele mesmo disse ontem, “uso esses eventos muito para isso, mas não sei o que esperar da cerimônia. Já vi muita gente vir para cá achando que não seria nada de mais, que seria mais uma homenagem e acabar se emocionando muito.”

Escrevi, escrevi e escrevi e não mencionei quantos títulos de Grand Slam Andre Agassi tem e que foi número um do mundo. Foram oito trofeus, ele completou o ciclo, o Grand Slam, ao vencer Roland Garros em 1999, mas tudo que ele fez como pessoa e esportista vão muito além dos trofeus que ele tem na estante da casa em Las Vegas.

Ah, quem for a Newport, no Hall da Fama, poderá ver imagens de Agassi, na exposição, “From Changing the Game, to Chaning Lives”

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A maior biblioteca de tênis do mundo, Tennis View e um breve encontro com a Serena

Acordei cedo hoje para ir até a Oxford Street, procurar uma livraria. Foi uma manhã quase perdida. O metrô parecia estar na operação tarturaga – parando entre as estações, lotado e entre as baldeações demorando muito pra chegar. Os avisos sonoros diziam que era devido a uma reforma – e eu peguei algumas linhas diferentes -, depois a uma falha no sistema elétrico e por fim por causa da multidão indo para Wimbledon. Vai entender.

Que tem uma multidão hoje aqui tem. Ao sair do metrô na chegada em Wimbledon já tinha um cara no megafone dizendo que as pessoas que decidissem ir pra fila tentar um ingresso esperariam no mínimo sete horas.

Até que eu precisava de um ingresso para um amigo, mas desisti imediatamente. Achei melhor tentar com algum jogador conhecido.

Depois de conseguir chegar na sala de imprensa – demorei para andar do portão 5 –uma das entradas de Wimbledon de tanta gente que há circulando pelo torneio. Hoje estão completamente lotados, por isso a fila não está andando rápido.

Fui até a sala dos jogadores e também não tive sucesso. Eles reduziram as cotas dos tenistas também e eu deixei para muito em cima da hora. Mas, o bom foi que encontrei a Serena (Williams), com quem não conversava há um tempão. Acho que desde quando fui press officer do Masters da WTA em Doha.  Nssa relação vem desde os tempos do início da carreira do Guga no circuito em que ela tinha uma admiração especial por ele e pelo Brasil. Conversamos um pouco e ela estava interessadíssima no Rio de Janeiro e no meu projeto também com os catadores de materiais recicláveis que surgiu do meu trabalho com o filme Lixo Extraordinário (Waste Land).

Sem sucesso com os tickets – fazer o quê?


Assisti um pouco do jogo da Sharapova, o da Petkovic e o último set do Feliciano Lopez e do Roddick e fui até a Biblioteca de Wimbledon, a Kenneth Ritchie Wimbledon Library, adjacente ao Wimbledon Lawn Tennis Museum.

Fui direto procurar o Allan Little, o bibliotecário que levantou  e mantém organizada a maior biblioteca de tênis do mundo e com quem mantenho contato desde a minha primeira vinda a Wimbledon, em 1997.

Fazia tempo que não ia à biblioteca e não tinha visto a mesma reformada (2008).

Queria cumprimentar o Mr. Little e saber se as edições da Tennis View estavam atualizadas.

Era para ser uma visita breve, mas fui tão bem recebida pelo Mr. Little e suas assistentes e a biblioteca está tão bem organizada que acabei ficando lá um tempão.

Primeiro fui ver onde ficam arquivadas todas as edições da Tennis View, sem antes ele checar se tinha até o último número, e tinha.

Foi emocionante ver todos os números da Tennis View em forma de livro e as edições deste ano numa sessão especial, ao lado de revistas da Austrália, Bélgica, Czech Republic (as revistas são organizadas alfabeticamente por Países), etc..

Fiquei enlouquecida na parte dos livros. Especialmente no Brasil que tem uma publicação fraca de livros esportivos, a gente esquece que possa existir tanto material de tênis e olha que tinha livros de 1800..

Curiosa perguntei para o Mr. Little se ele sabia de quando datava a primeira revista de tênis. Ele respondeu na hora: 1883 – Pastime e mesmo com sua idade avançada, pegou uma escada, subiu os degraus e pegou a publicação para que eu conhecesse.


De quebra ele e o staff ainda me deram dois livros que ele publicou recentemente, o da Suzanne Lenglen – Tennis Idol of the Twenties e o Tennis and the Olympic Games.

Saí de lá motivadíssima, querendo levar uma mala de livros – mas só os que já acumulei até agora vão me dar trabalho – e orgulhosa de fazer parte da história do tênis, ah e prometendo ao Mr. Little continuar mandando a Tennis View para a maior biblioteca de tênis do mundo.

 

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À caminho do US Open – NYC / On the way to the US Open Tennis

Já estou no aeroporto, quase embarcando para mais uma viagem, mais um torneio, mais um US Open, um dos meus eventos favoritos da temporada, em New York City.

Check in feito, fila da Polícia Federal passada, amigos encontrados, ligo o computador na sala vip e vejo uma ótima notícia para o tênis brasileiro. Mais um tenista do País estará na chave principal do ultimo Grand Slam do ano.

Júlio Silva derrotou o francês Nicolas Mahut, aquele que disputou o jogo mais longo da história do tênis contra John Isner, em Wimbledon, perdendo por 70/68 no quinto set, e passou o qualifying. Julinho venceu Mahut neste sábado sempre de muito agito no US Open, o sábado do Arthur Ashe Kid’s Day, por 6/4 3/6 6/3 e se junta a Thomaz Bellucci e Ricardo Mello no main draw, que inicia nesta segunda.

Antes de começar a postar direto de Nova York reproduzo aqui o texto de abertura do torneio que escrevi para a Tennis View, fazendo uma comparação da cidade com o torneio, e dos jogadores com os símbolos principais da Big Apple.

Quando escrevi a materia, o atual campeão, Juan Martin del Potro e a norte-americana Serena Williams ainda não havia anunciado a desistência de jogar o torneio.

Nadal quer conquistar o Grand Slam em Nova York

Cidade globalizada reflete a alma do circuito e dos jogadores

O US Open, o maior campeonato de tênis do mundo, começa nesta segunda, dia 30 de agosto. Nas últimas semanas, com certeza você ouviu falar muito de tênis.

Desde que criaram o Olympus US Open Series, há sete anos, com o objetivo de divulgar ainda mais o esporte pelos Estados Unidos e Canadá, com 10 torneios, entre os masculinos e os femininos, rumo a Nova York, o esporte ganhou mais horas de transmissão na televisão, os jogadores mais exposição na mídia, seja espontânea ou com comerciais de TV e outdoors, novos patrocinadores surgiram e mais premiação ainda passaram a receber os tenistas.

Neste ano, a USTA criou ainda outro evento para gerar “antecipação,” ao US Open. Pela primeira vez realizou um pré-qualifying, com início em abril e que terminou no fim de julho. A competição foi aberta a todos. Quem quisesse jogar, poderia se inscrever. Mais de 1500 tenistas participaram, do Havaí até Nova York, em play-offs estaduais e os campeões foram decididos durante o ATP de Atlanta e o WTA de Stanford. As finais tiveram transmissão ao vivo da ESPN, nos Estados Unidos, os jogos tinham resultados ao vivo na internet e os tenistas que chegaram às finais ganharam grande cobertura da mídia e tudo isso para ganhar uma vaga no qualifying do US Open.

A batalha para se chegar a uma vaga na fase classificatória do US Open é comparável a de uma pessoa tentando a vida em Nova York. É preciso superar adversidades, suportar o caos e a agitação para triunfar na Big Apple.

Todos os eventos que antecedem o Grand Slam americano dão ao espectador essa sensação e fazem o público sentir a energia da metrópole mais vibrante do mundo.

Se pudéssemos fazer uma comparação entre os tenistas e os lugares emblemáticos de Nova York, o atual campeão, o argentino Juan Martin del Potro, apelidado de a Torre de Tandil, e que derrotou Roger Federer na final de 2009, seria aquela imagem que se tem do Top of The Rock, do Rockfeller Center. E na decisão do ano passado ele precisou de toda sua energia para vencer por 3/6 7/6(5) 4/6 7/6(4) 6/2 e chegar ao topo, vendo toda Manhattan de cima.

Ainda se recuperando de uma lesão no punho, Del Potro pode nem chegar a ver o Empire State neste ano. Sua volta ao circuito ainda não está confirmada.

Bicampeã do US Open, tendo vencido em 2005 e no ano passado, quando estava retomando a sua carreira, a belga Kim Clijsters, poderia ser facilmente vista na famosa loja Toys ‘R Us, da Times Square, com sua filha Jada, na roda gigante. A imagem de Clijsters com o troféu e a filha na quadra central de Flushing Meadows, logo após a vitória sobre a dinamarquesa Caroline Wozniacki, por 7/5 6/3, rodou o mundo.

Único Grand Slam que falta na sua carreira, Rafael Nadal, espera poder repetir os gestos de vibração, com os punhos cerrados em Nova York e posar para a foto de campeão ao lado do touro mais famoso de Manhattan, o de bronze que fica em Wall Street, para se igualar a Federer e Andre Agassi, os jogadores que completaram o Grand Slam na Era Aberta.

Desde a vitória em Wimbledon ele deixou claro que o grande objetivo para o segundo semestre era conquistar Nova York.

Cinco vezes campeão do US Open, Roger Federer tentará o sexto título como uma maneira de provar para si mesmo que ainda tem determinação e vontade suficientes para continuar vencendo os maiores torneios do mundo. A referência para ele pode ser o elegante Metropolitan Museum e suas obras de arte, para buscar inspiração e executar os seus mais belos golpes.

Vice-campeão em 2008, Andy Murray, que tem até uma região em Nova York com o seu nome – não em sua homenagem – a de Murray Hill, entre MidTown e Soho – renovou as esperanças após a semifinal em Wimbledon, de que pode de fato conquistar um torneio do Grand Slam.

Robin Soderling, Tomas Berdych e Novak Djokovic, que poderia ser um ator da Broadway ou dos inúmeros Comedy Clubs do Village, são outros que estão entre os favoritos em Nova York.

O gigante John Isner, que ficaria bem no Empire State Building, Sam Querrey e Mardy Fish, liderados por Andy Roddick, serao o foco das atenções dos americanos, que sonham em vê-los posar com o troféu de campeão ao lado da Estátua da Liberdade, um dos símbolos mais conhecidos dos Estados Unidos.

O brasileiro Thomaz Belluci, junto a Ricardo Mello e os duplistas Marcelo Melo, Bruno Soares e André Sá, direto nas respectivas chaves principais, convocam os conterrâneos da Rua 44 e os que estiverem em Nova York para comemorar o Brazilian Day, para torcerem em Flushing Meadows.

Campeã pela primeira vez do US Open em 1998 e desclassificado na semifinal contra Clijsters, no ano passado, após xingar abusivamente de uma juíza, Serena Williams, que parece ter toda a agitação e vibração da Times Square em sua pessoa, sofreu uma cirurgia no pé após pisar em um caco de vidro ao sair de um restaurante, em julho, e não competiria até o Grand Slam, tendo até mesmo a sua participação ameaçada.

Sua irmã, Venus, a Fashion Designer, que costuma frequentar o Fashion District, tenta provar que ainda é capaz de ganhar títulos de Grand Slam.

Tão ligada em moda quanto ela, Maria Sharapova, a imgem da elegante 5ª Avenida, quer recuperar o troféu que ergueu em 2006.

Vice no ano passado, Wozniacki, que mais parece uma sorridente atriz de um espetáculo da Broadway, espera recuperar a confiança no US Open Series para chegar ainda mais longe e erguer o seu primeiro troféu de Grand Slam.

Além de Sharapova, as russas Zvonareva, Safina, Dementieva, Petrova, entre outras, terão que recuperar o fôlego no Russian Tea Room, para superar as também perigosas tenistas da República Checa, Estônia, Bulgária, Casaquistão e Eslováquia, que vem cada vez mais conquistando espaço no globalizado mundo do tênis.

Assim como Nova York, o US Open também é uma torre de babel, com participantes de diversas nações, convivendo em harmonia, em busca de um objetivo comum, o título de campeão do maior torneio de tênis do mundo.

US Open 2010 – Nova York

30 de agosto a 12 de setembro

Atuais campeões: Juan Martin del Potro (ARG) e Kim Clijsters (BEL)

Premiação total: U$ 22,6 milhões. Campeões de simples: U$ 1,7 milhões cada, mais o bonus de U$ 1 milhão caso os mesmos sejam os campeões do US Open Series.

Site oficial: www.usopen.org

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Com Sharapova & Cia, Nike faz o 1º grande evento do US Open em New York

O US Open só começa oficialmente na segunda-feira, mas Nova York já está vivendo o Grand Slam e não é porque o qualifying começou na terça-feira.As principais estrelas do campeonato já estão na Big Apple e aproveitam a semana que antecede o maior campeonato do mundo para treinar e participar de diversos eventos para seus patrocinadores.

Sempre causando “buzz” a Nike levou Rafael Nadal, Roger Federer, Maria Sharapova, John McEnroe e até Serena Williams que não jogará o Grand Slam, ao Pier 54 nesta noite de quarta-feira, para o Nike Knockout event, Lights In, Lights Out, em que montaram uma quadra no Pier e abriram a festa ao público.

A  gigante norte-americana aproveitou também para mostrar as roupas que Federer, Nadal e Sharapova usarão no US Open. Para quem não tinha gostado da camiseta ultra pink do Nadal nos últimos torneios, não se preocupe, ele vai jogar de verde limão de dia, e de preto à noite. Federer também não vai continuar usando o rosa. A cor dele para o US Open é o azul.  E Sharapova vai de azul marinho à noite e azul turquesa durante o dia.

O evento da Nike foi apenas o primeiro de muitos que acontecem em New York City até os jogos começarem.

O próprio sorteio da chave principal, nesta quinta, costuma ser um grande evento para a USTA. Antes realizado em um grande hotel da cidade ou até mesmo na sede da ONU, desta vez, a chave será sorteada no Billie Jean King National Tennis Center.

A chef Ingrid Hoffmann e Roddick

Nesta quinta também muitos dos jogadores “celebs” participaim do BNP Paribas Taste of Tennis, no Hotel W da Lexington Avenue, em que grandes chefs de cozinha oferecem suas delícias aos convidados que pagam US$ 275 para entrar. Os tenistas se juntam aos chefs, colocam a mão na massa e arrecadam fundos para instituições de caridade. Esta é a 9ª edição do Taste of Tennis.

Venus Willimas também tem compromisso nesta quinta. Participa de uma clínica de tênis virtual com a Ralph Lauren, parceira do US Open.

A K-Swiss, patrocinadora de Mardy Fish, Sam Querrey e Vera Zvonareva, também já anunciou evento no mesmo hotel W, no sábado; a Donnay que está voltando ao tênis patrocina um torneio Pro-Am cheio de ex-campeões de Grand Slam, no domingo; a Wilson costuma fazer sua festa em um dos outros hotéis da cidade, no fim de semana.

Estes são apenas alguns dos pré-eventos do US Open.  Sessões de autógrafos na Macy’s, aparições na Times Square – lembram-se de Guga, Ivanisevic e Agassi em um evento da Head, em 2001, em pleno coração da vibrante cidade? – entrevistas em lugares inusitados de Manhattan, ainda agitarão New York até o torneio começar de fato na segunda-feira.

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Bernardes explica mais uma dúvida sobre as regras do Electronic Line Calling

Desde que o primeiro challenge foi disputado, em 2006, no Sony Ericsson Open, em Miami, jogadores, técnicos, torneios, juízes e fãs foram se acostumando às novas regras.

Aos poucos cada vez mais campeonatos foram instituindo o  Electronic Line Calling, ou o Instant Replay, ou como chamamos, o “Challenge – Desafio,” em suas quadras principais, através do Hawk Eye. A inovação tecnológica – se comparado com outros esportes como o futebol americano, demoramos muito para instituir o Challenge – mas diante de tanta controvérsia com marcação dos juízes na Copa do Mundo de futebol deste ano, in South Africa (mais especificamente no jogo entre Alemanha e Inglaterra), o tênis virou até exemplo para a FIFA, de esporte que combina tecnologia e material humano, no caso, os juízes, para tirar eventuais dúvidas que podem decidir uma partida.

Só para dar um exemplo, atualmente o baseball, hockey, football (o futebol americano) e o basquete usam o Instant Replay nos Estados Unidos.

E se na televisão já é interessante assistir um Challenge, ao vivo fica mais ainda. Você sente a emoção do momento, de verdade.

Mas, o Challenge também gera dúvidas nos atletas e nos fãs. Roger Federer, um tradicionalista do esporte, declarou, desde o início que era contra o uso do desafio, mas que usaria para seguir as regras. Nem sei se ele já se acostumou ao hawk eye.

Nosso colunista na Tennis View, Carlos Bernardes vem escrevendo textos para os leitores sobre o Hawk Eye e o seu Review System, as “rules” e o funcionamento,  mas dúvidas continuam surgindo e em Cincinnati, no jogo entre Andy Roddick e Robin Soderling, houve controvérsia. Roddick ficou discutindo longamente com o juiz. Poderia ter pedido o Challenge, ou não? Demorou para fazer a solicitação?

Para esclarecer as dúvidas sobre o Challenge, entrei em contato com o próprio Bernardes, que está em Cincinnati e perguntei a ele se há algum tipo de regra quanto ao tempo que o jogador tem para pedir o Challenge e vejam o que ele respondeu:

“O que existe é um procedimento como no saibro. O jogador não pode esperar muito tempo para fazer um Challenge. Por exemplo, ele não pode jogar o ponto e depois pedir o challenge, tem que ser de imediato. Ou após o fim do ponto ou ele parando o ponto. As vezes ele acha a marca na quadra e pede. Mas tudo tem que ser em um tempo razoável. Enfim não há esta coisa de 5 seg ou menos ou mais. É uma questaão de bom senso. Se vc ver que o jogador está esperando pelo coach ou até mesmo o juiz de cadeira dar uma dica, este Challenge pode ser recusado.”

Bernardes está sempre disposto a responder as nossas e as suas dúvidas. Caso tenha alguma pergunta, seja sobre o Challenge ou qualquer outro assunto de regra de tênis, é só mandar um email para tennisview@tennisview.com.br.


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Cincinnati: um super “tennis tournament” no midwest americano

a montanha-russa de Kings Island

Dá para imaginar um torneio no meio de uma american highway, no midwest americano, em que a atração mais próxima do complexo é um parque de diversões – Kings Island – e onde o hotel, em que os jogadores se hospedam, fica situado ao lado de um grande supermercado, um posto de gasolina e um restaurante Applebee’s?

Esse é o Masters 1000 de Cincinnati, localizado no município de Mason, Ohio, parte da Grande Cincinnati. Direto de uma grande metrópole, os tenistas, normalmente vindos de Toronto, se deparam com a calma e a tranquilidade do meio-oeste americano, onde a vida parece passar calmamente, entre plantações de milho e campos de golfe, onde xerifes dirigem seus carros pelas ruas da cidade, da mesma maneira que nos filmes, para se certificarem que tudo vai bem.

É neste pacato lugar que as maiores estrelas do tênis mundial disputam um dos maiores torneios da temporada, que para eles tem um atrativo a mais: um campo de golf ao lado das quadras. Não me pergunte como o estádio fica lotado ano após ano. Talvez pelo fato do torneio estar numa estrada facilite o acesso e talvez não haja tantas atrações em Mason, Ohio, além de Kings Island, para a população se divertir. A região também é próxima a Cleveland, Kentucky e Indiana, atraindo fãs de outras regiões.

Lendo essa descrição da região não daria para imaginar que é no Lindner Family Tennis Center que jogam Rafael Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic e o campeão de Toronto, Andy Murray, nesta semana e muito menos que Kim Clijsters derrotou Maria Sharapova lá neste domingo. E é neste mesmo tournament site que no ano que vem, homens e mulheres jogarão simultaneamente. Mas, a tradição faz parte do tênis e o tênis faz parte da história de Cincinnati. O torneio é o mais antigo dos Estados Unidos a ser disputado na mesma cidade. São 111 anos de torneio, com uma lista de campeões que inclui Bobby Riggs, Pancho Segura, Pancho Gonzalez, Ilie Nastase, Stan Smith, Ken Rosewall, Jimmy Connors, John McEnroe, Mats Wilander, Stefan Edberg, Michael Chang, Pete Sampras, Andre Agassi, Patrick Rafter, Carlos Moyá, Andy Roddick, Federer e Gustavo Kuerten, campeão em 2001, entre muitos outros.

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Raí, Cafu, Cruyff, Agassi, Guga, Federer e Nadal, tem muito mais em comum além de serem astros do futebol e do tênis: a responsabilidade social

Estive hoje no Rio de Janeiro, no lançamento da Soccerex, a maior feira de futebol business do mundo, à convite de um grande amigo, de longa data, que hoje trabalha na IMG (International Management Group) e queria me mostrar como funcionava o negócio.
Liderado por um grupo de ingleses, a SoccerEx, marcada para 20 de novembro, com duração de cinco dias, no Rio, foi lançada com um almoço no Copacabana Palace.
Como convidados, além de empresários e dirigentes, algumas estrelas do mundo do futebol, como Carlos Alberto Torres, Jorginho e Cafu.

Entre uma apresentação de vídeo e outra Jorginho e Cafú foram chamados para falar sobre os seus projetos sociais, para ratificar a ligação da Soccerex com a responsabilidade social.
Cada um falou brevemente dos seus projetos e do porque e como tentam ajudar o próximo e principamente Cafu, de como poderão beneficiar milhares de pessoas de baixa renda com os eventos que estão chegando no País.
Quando eles estavam com microfone na mão, falando, fiquei pensando que no tênis, um dos maiores benefícios que os tenistas prestam à sociedade é através de suas Fundações e ações que realizam em cada torneio que participam.
Raí, aqui no Brasil, deve ter sido um dos pioneiros com a sua Gol de Letra, em parceria com Leonardo. A Fundação Cafu, ao lado da Gol de Letra, é hoje uma das mais bem estabelecidas.
Juntos, os ex-são paulinos já beneficiaram milhares de pessoas indiretamente. Assim fazem outros Astros do futebol, mas nem tantos com suas próprias fundações. Johan Cruyff é talvez a estrela do futebol internacional com a Fudação mais abrangente – a Johan Cruyff Foundation (http://www.cruyff-foundation.org/ )– que até torneio de tênis em cadeira de rodas organiza.
Andre Agassi, no tênis, é o nome mais forte entre os “mecenas” do esporte. Começou a sua Fundação em 1994 e seus projetos são tão bem montados que ele já chegou até ao Congresso, querendo mudar o sistema de Educação norte-americano, através das experiências com a sua Andre Agassi Preparatory Academy, que formou a sua primeira turma no ano passado.
Desde 1995 Agassi realiza o Grand Slam For Children, um dos eventos de caridade, de gala, mais conhecidos do planeta e que arrecada aproximadamente US$ 10 milhões por noite.


Guga inaugurou há quase uma década o seu Instituto, o Instituto Guga Kuerten (www.igk.org.br), em Florianópolis, que vai crescendo a cada temporada, atingindo pessoas de baixa renda e com necessidades especiais, buscando sempre a inclusão social e incentivando a prática de diversas modalidades esportivas.
A lista de campeões de tênis que tem suas próprias fundações é expressiva. Aliás, foi por isso que pensei em fazer este post, quando Cafu e Jorginho falavam dos benefícios que o esporte pode trazer.
Andy Roddick tem uma fundação muito forte, a Andy Roddick Foundation.  Esposa de Agassi, Steffi Graf, também tem sua própria Fundação, a Children for Tomorrow; Billie Jean King tem o Womens Sports Foundation; Arthur Ashe, já falecido, também tem a sua Fundação em prol dos que sofrem com a Aids – a Arthur Ashe Foundation.
Maior ídolo do momento no tênis, Rafael Nadal, também lançou a sua Fundação, a Fundacion Rafa Nadal, assim como Serena Williams, com a Serena Williams Foundation.
Musa do esporte mundial, até mesmo Maria Sharapova tem a sua própria Fundaçnao que beneficia desfavorecidos na sua região de origem, a Rússia.
Com raízes na África, continente de origem de sua mãe, Roger Federer voltou a sua Fundação para beneficiar os países africanos.
Acho que poderia passar a noite listando os tenistas e suas fundações. Além disso, a maioria deles, se não tem a sua própria Instituição participa de ações constantemente como é o caso de Boris Becker e Monica Seles, com o Laureus, de John McEnroe, que há três semanas esteve com Andre Agassi em evento para beneficiar a Andre Agassi Foundation, em Los Angeles, no Farmers Classic, entre muitos outros.
A questão da responsabilidade social que antes era um plus no currículo de qualquer esportista hoje se tornou mais do que obrigatória, está completamente ligada ao papel de cada um deles na sociedade.

PS – Para terminar reproduzo o blog de Andre Agassi, publicado no site da sua Fundação para mostrar o quanto ele está empenhado em mudar de fato a educação nos Estados Unidos. Este post é do dia 09 de agosto e Agassi atualiza seu blog constantemente.

“This has been a tough couple of weeks for education here in Nevada.
We lost someone who was a true friend to our Foundation, and a lifelong friend of education, our former Governor Kenny Guinn. At 73 years young, he was full of life and filled with passion for Nevada’s students. With his passing our state has lost a powerful and persuasive voice for education reform. Leaders like Kenny are simple irreplaceable.

The second part of this one two punch came on Tuesday of last week. Nevada was eliminated from consideration of the ‘Race To The Top’ grant. This means forfeiting about $160 million in Federal funds for our schools. However, in applying for these funds, a great deal of reform has been put on the table in the last six months. It’s a start.

Here and across the country, I am hopeful that winds of change are starting to stir. People are embracing reform in Washington, in the press and at the local level across America. It is a movement that calls for more high achieving charter schools in impoverished neighborhoods, for better tools to evaluate and identify good teachers, and for a culture of respect and high expectations in the classrooms. All, values that we cherish at Agassi Prep.

America was once a model for the world in education, and I believe it can be again if we become innovators that challenge the status quo, and reformers willing to reinvent a system that resists change and accountability. Our next generation is a treasure. We must value them enough to equip them, educate them and graduate them.”

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