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Bruno Soares comemora semi em Montreal e 300a. vitória da carreira

Bruno Soares teve uma sexta-feira para comemorar. Ao alcançar a semifinal do Masters 1000 de Montreal, no Canadá, ao lado do austríaco Alexander Peya, derrotando os campeões de WImbledon, Jean Julien Rojer e Horia Tecau, por 6/2 6/4, ele chegou à marca de 300 vitórias na carreira.
Peya Soares Montreal
“É um dia especial. Vitória de número 300 é um número que nunca achei que fosse chegar quando iniciei a minha carreira. Ter 300 vitórias nesse nível, é mesmo muito especial,” disse Bruno.

Ele e Peya comemoraram também a vitória diante dos campeões de Wimbledon, em 2 sets. “Ganhar da dupla campeã de Wimbledon, número dois na corrida me deixa muito feliz, ainda mais no Canadá, um lugar bem especial para gente.”

Nos últimos dois anos, Soares e Peya foram campeões dos Masters 1000 canadenses, em Montreal e em Toronto.

“É a nossa primeira semi de Masters 1000 do ano juntos. Todo mundo sabe que a gente demorou um pouco para engrenar, mas já tem um tempo que estamos jogando bem. Espero que a gente possa manter esse nível. Estamos jogando bem e este lugar nos dá confiança. Temos que seguir firmes que a próxima também será pedreira.”

Os adversários sairão do confronto entre os irmãos Bob e Mike Bryan e os espanhóis Rafael Nadal e Fernando Verdasco.

SOBRE BRUNO SOARES – Mineiro nascido em 27/02/1982, Bruno Soares é um dos principais nomes da história do Brasil. Ao ganhar o US Open nas duplas mistas, em 2012, se juntou ao seleto grupo de campeões de Grand Slam brasileiros, que inclui apenas Maria Esther Bueno, Gustavo Kuerten, Thomaz Koch e Marcelo Melo. No ano passado repetiu a façanha conquistando o segundo título em Nova York.
Além dos trofeus no US Open, Bruno tem 19 títulos de duplas no circuito e 20 vice-campeonatos e chegou ao 3o. posto no ranking mundial de duplas em 2013 (é o 19o. atualmente).
O tenista que  tem a sua carreira gerenciada pela LinkinFirm, do ex-tenista profissional Marcio Torres, conta atualmente com os patrocínios da Asics, Correios, MRV Engenharia, Banco BMG, Land Rover, Estácio,Wilson e Optimum Nutrition.

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Federer, um novo título, a busca pelo no. 1 e as 1000 vitórias

Um ano atrás Roger Federer estava lutando para se classificar para o ATP World Tour Finals. Hoje está lutando para terminar a temporada como número um do mundo. Aos 33 anos o suíço adicionou um novo trofeu na carreira, o do Masters 1000 de Xangai, conquistador neste domingo, ao vencer Gilles Simon por 7/6 7/6.Federer Shanghai champion

Quando muitos davam por praticamente terminada a sua carreira, ou melhor, naquela fase ladeira abaixo, Federer ficou trabalhando duro. Treinou, treinou e treinou. Fortaleceu o físico, contratou novo técnico e como ele mesmo disse “é muito bom ver que todo o trabalho duro que eu fiz no ano passado está dando resultado. A minha maior preocupação era o físico e eu estou muito bem.”

Federer, depois de ter salvado 5 match points na estreia contra Leonardo Mayer, conquistou o 2o. título de Masters 1000 da temporada, com direito a vitória sobre Novak Djokovic na semifinal – foi campeão em Cincinnatti – e o 23º da carreira (Nadal é o líder com 27 títulos da categoria). O que surpreende, no entanto é o fato dele ser líder de vitórias em 2014 – tem 61 – e ter disputado NOVE finais. Ganhou em Xangai, Cincinnatti, Dubai e Halle. Perdeu as finais de Wimbledon, dos Masters 1000 do Canadá e de Monte Carlo e do ATP de Brisbane.

No ano passado, venceu apenas um torneio, o de Halle e foi vice em Basel e no Masters 1000 de Roma.

Apesar de já estar chegando ao fim, a temporada está longe de terminar para Roger Federer. Ele tem torneios importantes pela frente, como o que joga em casa, o ATP 500 de Basel, o Masters 1000 de Paris, o ATP Finals e a final da Copa Davis. Com todos esses eventos para competir, Federer pode voltar ao posto de número 1 do mundo – já é o número 2, tomando o lugar de Nadal – Djokovic não tem mais como somar pontos, a não ser que acrescente um torneio no seu calendário que tem Paris e Londres, em que foi campeão no ano passado – e chegar à marca de 1000 vitórias na carreira (tem 984). O recordista é Jimmy Connors, com 1253.

 

 

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Sem Nadal, US Open Series aquece com disputa dos Masters 1000

Djokovic wimbledon championE já se foram duas semanas de US Open Series, mas para os homens a competição começa para valer mesmo agora, com a disputa dos Masters 1000 de Toronto e Cincinnatti. Sem Rafael Nadal, campeão dos dois eventos no ano passado e lesionado do punho, Novak Djokovic, o número um do mundo, é o grande favorito ao título.

Ele chega a Toronto, recém-casado e campeão de Wimbledon. Roger Federer também pousou no Canadá com boas expectativas, depois do vice-campeonato na Inglaterra.

Andy Murray, com Amelie Mauresmo permanente no papel de técnica, talvez seja uma das grandes interrogações das próximas semanas. Fez uma campanha mediana em Wimbledon e ainda há muitos pontos de interrogação sobre o seu nível atual, apesar do bom resultado em Wimbledon. Federer Toronto

Vice-campeão no ano passado, Milos Raonic há semanas vem fazendo campanhas promocionais para o maior campeonato do seu país. Mais maduro, com um jogo mais completo e com o tênis cada vez mais popular no Canadá, quer surpreender de novo.

Vasek Pospisil, semifinalista surpresa de 2013, também chegará embalado em Toronto. Foi campeão de duplas de Wimbledon, com Jack Sock e venceu Berdych em Washington.

Será interessante observar como se sairá Stanislas Wawrinka e também Grigor Dimitrov. Ambos não jogaram depois de Wimbledon.

David Ferrer, Jo-Wilfried Tsonga, Richard Gasquet, John Isner e Berdych, também podem aprontar em terras canadenses e norte-americanas.

Confira aqui a chave da Rogers Cup, em Toronto.

Serena Williams Canada

Entre as mulheres, em Montreal, todos os olhos estarão voltados para a “princesa” local, Eugenie Bouchard e para Serena Williams. Apesar de estar jogando em Stanford, nesta semana, muito ainda se fala sobre o “vírus” que a deixou completamente tonta em quadra e a obrigou a abandonar a competição de duplas com Venus, em Wimbledon. Bouchard Princess Canada  Sharapova e Bouchard

Apesar de rumores de uma separação, o técnico Patrick Mouratoglou já confirmou que estará presente em Montreal.

Victoria Azarenka, que desde que voltou a jogar, na temporada de grama, não teve boa performance, espera recuperar o seu melhor jogo antes do US Open chegar.

E o que esperar de Petra Kvitova, a campeã de Wimbledon que se diz agora mais madura para encarar a pressão do circuito e continuar vencendo.

Agnieszka Radwanska, sem boas vitórias recentemente é uma grande dúvida para as próximas semanas.

Campeã de Roland Garros, Maria Sharapova vem se preparando para encarar os mais duros torneios da temporada norte-americana e chegar tinindo no US Open.

Com a ausência de Na Li, lesionada no joelho, a discreta romena Simona Halep, iniciará as disputas dos torneios em quadra rápida como número dois do mundo.

Quatro das próximas cinco semanas, entre os dois Masters 1000 e WTAs e o US Open, prometem muita agitação no circuito!

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US Open Series dá a largada nesta semana, rumo ao US Open

Foram dois meses de ausência do blog, de licença maternidade, dois meses em que muita aconteceu no tênis e no mundo do esporte. Rafael Nadal e Maria Sharapova ganharam Roland Garros; Novak Djokovic e Petra Kvitova foram campeões em Wimbledon; a Alemanha venceu a Copa do Mundo FIFA no Brasil; nós brasileiros, fomos eliminados na semifinal, perdendo de 7 a 1 para os campeões e sem nem perceber já é hora do US Open Series e daqui a pouco o US Open está aí.  Nadal us open series

Começa hoje em Atlanta, a série de torneios na América do Norte que percorre Estados Unidos e Canadá até chegar a Nova York,  no dia 25 de agosto, para o último Grand Slam da temporada. São seis semanas de muito tênis e muitos torneios por lá, em que os melhores jogadores desta mini-temporada de quadras rápidas tem a chance de ganhar o bônus de U$ 1 milhão. Os 3 primeiros colocados na série de disputas, na ATP e WTA ganham bônus no US Open.

Isner

Chamada de Emirates US Open Series, começa nesta 2a. com a disputa do ATP 250 de Atlanta e segue para Washington, com um ATP 500 e um WTA em Stanford. A 3a semana tem a disputa da Rogers Cup, em Toronto, um Masters 100o e WTA Premier, em MOntreal e Toronto. A quarta semana é de Masters 1000 de novo, em Cincinnatti, com homens e mulheres jogando simultaneamente. A 5a semana tem um WTA International em New Haven e um ATP 250 em Winston Salem, antes do US Open chegar e completar as 7 semanas de tênis ao vivo e televisionado na América do Norte, com os melhores jogadores e jogadoras do mundo.  Serena Williams US Open series

Calendário completo

BBT

BB&T Atlanta Open
Atlanta, GA
July 21-27, 2014
Defending Champion:
John Isner
Bank_of_the_West_Classic_Logo_2012

Bank of the West Classic
Stanford, CA
July 28 – Aug. 3, 2014Defending Champion:
Dominika Cibulkova
CitiOpen120x120

Citi Open
Washington, DC
July 28 – Aug. 3, 2014
Defending Champion:
Juan Martin del Potro
 

 

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Rogers Cup presented by National Bank
Montreal, Canada
Aug. 4-10, 2014
Defending Champion:
Serena Williams

Rogers Cup presented by National Bank
Toronto, Canada
Aug. 4-10, 2014
Defending Champion:
Rafael Nadal

 

WSOpen

Western & Southern Open
Cincinnati, OH
Aug. 10-17, 2014
Defending Champions:
Victoria Azarenka
Rafael Nadal

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Connecticut Open
New Haven, CT
Aug. 17-23, 2014Defending Champion:

Simona Halep
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Winston-Salem Open
Winston-Salem, N.C.
Aug. 17-23, 2014
Defending Champion:
Jurgen Melzer
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2014 US Open
USTA Billie Jean King
National Tennis Center
Flushing Meadows, NY
Aug. 25 – Sept. 8, 2014
Defending Champions:
Serena Williams
Rafael Nadal

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E a corrida voltou a ser corrida e Paris a ser um Super Masters 1000

Logo que a Corrida dos Campeões foi lançada, no ano 2000, através de uma parceria que terminaria rapidamente com a ISL, a ATP quase a tornou mais importante do que o ranking. Por acaso, o Guga foi o primeiro vencedor da Corrida dos Campeões naquele ano 2000 e nós nos acostumamos a divulgar a corrida semanalmente e acompanhar a mesma. Era uma Corrida. Havia até trofeu para ela.

Gasquet ATP FINALSMas, logo a estratégia de marketing mudou e a ATP parou de dar importância à Corrida. Mas, ela sempre esteve lá. Afinal, precisam de um método para determinar os 8 classificados para o ATP World Tour Finals.

O que aconteceu nos últimos anos também foi que a Corrida, com o domínio total de Federer, ou Nadal, ou Djokovic, perdeu um pouco a graça.

Além disso, um deles acabava garantindo o posto de número um do mundo antes das últimas semanas do ano e nada mais importava.

O Masters 1000 de Paris, que nas últimas temporadas andou sofrendo com a mudança de calendário, inserção de Masters 1000 asiático, ou até mesmo com o ATP Finals disputado na Ásia, voltou a ser relevante neste 2013.

Se no ano passado a final foi entre Jerzy Janowicz e David Ferrer, Nadal não jogou, assim como Federer e Murray e Djokovic foram eliminados na primeira rodada, desta vez o diretor do torneio Guy Forget, só tem a comemorar.

Federer atp finals

Os oito classificados para o ATP Finals, em Londres, na semana que vem, jogarão as quartas-de-final em Bercy nesta sexta.

A situação do Masters 1000 francês estava tão complicada – nos anos anteriores sempre um dos tops deixou de participar – que o tradicional torneio fez pressão para mudar o calendário e exigiu a semana de intervalo entre o campeonato e o ATP Finals de volta.

cas_1179  nadal paris

A corrida que já não era interessante, voltou a ganhar destaque especialmente pela classificação no último minuto de Roger Federer. Sem falar que ao chegar em Paris, três das oito vagas ainda estavam em aberto e só foram completamente definidas agora: Nadal, Djokovic, Ferrer, Del Potro, Berdych, Federer, Gasquet e Wawrinka (Murray está lesionado) estarão em Londres na semana que vem e também em ação amanhã no Palais Omnisport de Paris Bercy.

Ainda está em jogo a definição do número um do mundo de 2013. Nadal ou Djokovic? A corrida ainda não terminou.

Esperamos um ATP Finals bem diferente do WTA Championships em Istambul, em que Serena Williams dominou a temporada, assegurou o número um bem antes de desembarcar na Turquia e só perdeu alguns games por lá por causa do cansaço.

Adoramos ver Federer, ou Nadal, ou Djokovic ganhando tudo. Mas, um pouco de emoção e principalmente competição,  é o que todo fã quer.

 

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E este foi só o primeiro capítulo da temporada de saibro

O primeiro capítulo da temporada européia de saibro 2013 terminou com vitória e Novak Djokovic. Como até conto de fadas tem fim, um dia, foi o sérvio que recebeu das mãos do Príncipe Albert, de Mônaco, o trofeu de campeão do Monte Carlo Rolex Masters, erguido oito vezes seguidas pelo vice deste ano, Rafael Nadal. Djokovic Monte Carlo

Número um do mundo, Djokovic festejou a vitória por 6/2 7/6(1) sobre Nadal, como um de seus maiores feitos. Monte Carlo era um de apenas 2 Masters 1000 que faltavam em seu currículo para preencher a sua prateleira com todos os títulos da categoria. O outro é o de Cincinnati.  Nas duas outras finais que disputou em Monte Carlo, no ano passado e em 2009 perdera para Nadal.

Todos sabemos que Nadal é um atleta bem fora do normal até mesmo para os grandes campeões. Eu ficava olhando aquele número de vitórias em Monte Carlo – 46 jogos sem perder, oito trofeus seguidos – e pensando na perfeição e superioridade do espanhol. Vencer um mesmo torneio 8 vezes significa que durante estes oito anos você não acordou num mal dia, não duvidou de si mesmo, não se machucou, não ficou doente, não se contentou com os títulos já conseguidos, não relaxou, não perdeu o foco, não se deu por vencido.

Neste domingo perdeu para um melhor jogador, o mesmo que o derrotara nas finais de Roma e Madri, em 2011 e a quem não enfrentava desde a final de Roland Garros, no ano passado, quando ergueu o Trophée des Mousquetaires, pela sétima vez. O Trophée que falta para Djokovic completar o Grand Slam.

Maior recordista de Roland Garros, com seis títulos, até Nadal ultrapassá-lo no ano passado, Bjorn Borg afirmou ao jornal LÉquipe, que quem vencesse Monte Carlo ganharia Roland Garros.

E já neste primeiro capítulo da temporada de saibro começaram as especulações sobre quem será cabeça-de-chave em Roland Garros. Guy Forget, diretor do torneio francês, já disse que a Federação Francesa pode vir a fazer uma revisão no sistema de escolhas de cabeças-de-chave, normalmente baseado no ranking.

Se a temporada já começou eletrizante, mesmo sem Murray alcançando as fases finais e sem Federer no torneio, imagina nas próximas semanas, com o ATP de Barcelona e o Masters 1000 de Madri e Roma?

 

 

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Título de Guga em Cincinnati completa 11 anos e ele ainda tem recorde no torneio

Sempre que chega essa semana da temporada, a do Masters 1000 de Cincinnati, as lembranças daqueles dias de vitórias do Guga, vem à mente. As pessoas perguntam, como é que foi mesmo? Teve “tempestade”, ele jogou duas partidas no mesmo dia? Teve de tudo. E é uma história que vale a pena ser relembrada, todos os anos.

 

Duas coisas ainda me impressionam quando eu penso no Masters 1000 de Cincinnati. A primeira é o fato de o torneio ser disputado no meio do nada, no meio-oeste americano, ficar de verdade na beira de uma Estrada e estar completamente lotado.

Todos nos acostumamos a chamar de Cincinnati, mas pela cidade a gente só passa para ir e vir do aeroporto, que aliás fica em Kentucky. É, o aeroporto de Kentucky é o mais perto da cidade de Mason, em Ohio, onde o complexo de tênis foi construído.

O caminho do hotel, que também fica na beira de uma estrada, ao lado de um supermercado e que tem no Applebee’s o restaurante mais próximo, para o torneio é típico da região. Casas em meio a campos de golfe e a plantações de milho.

A única atração à vista, entre o hotel e o Western & Southern Financial Group tournament, é o parque de diversões que a gente consegue ver do topo do estádio, onde também fica a sala de imprensa.

Pelo que me contam, o complexo foi totalmente reformado e ampliado para oferecer mais conforto aos tenistas e aos fãs. E tudo o que puder ser melhorado, ajuda, porque é um calor e uma umidade absurda que a gente sente naquela região.  No ano anterior ao título do Guga, lembro do jogo que ele fez com o Stefan Koubek, que teve que ser interrompido pois a umidade tinha chegado a níveis altíssimos.

E a outra coisa que ainda me surpreende, é olhar a chave do Guga de 11 anos atrás. Ele teve que ganhar de Andy Roddick (ranking da época 27), Tommy Haas (16), Goran Ivanisevic (19), Yevgeny Kafelnikov (6), Tim Henman (8) e Patrick Rafter (7) para ser campeão em Cincinnati.

São quatro campeões de Grand Slam e dois tenistas que estiveram muito próximos do topo do ranking. Até hoje esse feito é histórico. Guga foi o tenista que venceu mais tenistas tops para chegar ao título. A média de ranking de cada um foi de 13.8.

Na noite da semifinal, uma tempestade atingiu a região, o jogo com o Henman foi interrompido e até tentaram voltar. Mas, a tempestade havia sido forte. O entorno do torneio ficou alagado. Lembro de ver cadeiras flutando, carros quase boiando e como estava trovejando muito, com raios por toda parte, resolveram marcar a continuidade do jogo para o dia seguinte.

Enquanto isso, Rafter descansava no hotel. Ele havia jogado a semifinal na hora do almoço e provavelmente, depois da meia-noite, quando ainda estávamos saindo do estádio, sem o jogo terminado, ele já estava dormindo.

Lembro que subi e desci aquela escadaria da sala de imprensa inúmeras vezes, até decidirem o que seria feito.

Todos já davam o título para Rafter. Guga teve pouquíssimo tempo entre a disputa do jogo com Henman e Rafter. Quando a partida com o australiano começou eu ainda estava acabando de mandar os press releases da vitória sobre o Henman.

Com a tática planejada por Larri Passos executada à perfeição, Guga não deu a menor chance a Patrick Rafter. Ouvia o técnico gritar marreta e devolvia o saque do australiano de maneira que ia deixando o estádio todo boquiaberto.

A comemoração foi uma partida de golfe, seguida de um churrasco e uma parada no parquet de diversões, no dia seguinte, já no caminho para Indianápolis.

 

Encontrei nos meus arquivos um dos textos que escrevi sobre a conquista do título!

GUGA É CAMPEÃO EM CINCINNATI

Brasileiro conquistou o terceiro título em quadras rápidas, o sexto da temporada e o 16a. da carreira

Gustavo “Guga” Kuerten é campeão do Masters Series de Cincinnati. Com um jogo perfeito o número um do mundo derrotou o australiano Patrick Rafter, por 2 sets a 0, parciais de 6/1 6/3 e conquistou o seu primeiro título de Masters Series em quadra rápida. A vitória marcou a terceira conquista de Guga em quadras duras, a quinta em um Masters Series, a sexta na temporada e a 16a. da carreira.

Para conquistar o título em Cincinnati, Guga precisou vencer dois jogos neste domingo de muito calor no meio-oeste americano, depois de ver seu jogo de semifinal contra o inglês Tim Henman, interrompido no sábado à noite, devido a uma forte tempestade que caiu na região. Guga deixou o ATP Tennis Stadium depois das 00h00min, tendo vencido o primeiro set por 6/2 e estando perdendo o segundo por 1/5. Guga voltou à quadra central 18 horas depois de haver iniciado o jogo com Henman e conseguiu superar o inglês que o havia derrotado nas semifinais no ano passado, por 6/2 1/6 7/6 (4), em uma partida emocionante.

Poucos minutos depois, o número um do mundo já estava de novo em quadra, desta vez para disputar a final da competição e contra um adversário especialista neste tipo de piso e que já havia sido campeão, em 1998, naquela mesma quadra.

Quente ainda do jogo com Henman, Guga esqueceu o cansaço e partiu para cima de Rafter. O primeiro game do jogo, foi tudo o que o australiano conseguiu fazer no primeiro set. Todos os outros games da série foram vencidos por Guga, que ou ganhava o ponto com o seu serviço potente ou arrasava nas devoluções de saque e passadas. Na segunda série, o bicampeão do US Open até que tentou respirar um pouco mais aliviado, mas apenas tentou. Na primeira oportunidade que teve, no 3/2, Guga quebrou o saque de Rafter e administrou a vantagem para somente precisar sacar para a vitória no 5/3. Sem titubear, Guga sacou e comemorou o seu 16o. título com o sinal de uma “marretada” na quadra, símbolo das suas fortes devoluções de saque.

Durante o jogo, que teve a duração de uma hora, Guga marcou oito aces, duas duplas-faltas, teve 55% de aproveitamento do primeiro serviço, venceu 22 de 27 pontos com o primeiro saque e ganhou 58 dos 99 pontos do jogo.
Para chegar ao título, Guga teve que superar Andy Roddick, Tommy Haas, Goran Ivanisevic, Yevgeny Kafelnikov, Tim Henman e por fim Rafter, que foi só elogios ao número um do mundo. “O Guga jogou de forma superba. Ele não precisa mais provar que não é apenas um jogador de saibro, ele joga bem em todos os pisos e hoje eu não tive resposta para nada que ele fez.”

Por ter conquistado o troféu de campeão em Cincinnati, Guga (Banco do Brasil/Diadora/Head/Globo.com/ Motorola) marcou 500 pontos no ranking mundial e outros 100 na Corrida dos Campeões, em que aparecerá também como líder amanhã.

O brasileiro viaja para Indianápolis amanhã, onde provavelmente na quarta-feira, inicia a disputa da competição, em que foi campeão no ano passado. O adversário será o vencedor do jogo entre dois tenistas vindos do qualifying.

 

 

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E sem ninguém perceber, Djokovic ganhou um Masters 1000

Enquanto Rafael Nadal se recupera de uma lesão no joelho; Enquanto Roger Federer curte a prata olímpica na Suíça; Enquanto Andy Murray aproveita uns dias para se recuperar do ouro olímpico; Enquanto Del Potro leva o bronze para a Argentina; Enquanto Jo-Wilfried Tsonga se envolve em acidente e enquanto o Rio de Janeiro recebia o título oficial de cidade olímpica, na cerimônia de encerramento de London 2012, Novak Djokovic foi lá e ganhou o Masters 1000 do Canadá.

 

Sem ninguém perceber, o sérvio ergueu pela terceira vez (2007, 2011 e 2012) o trofeu do Masters 1000 canadense, neste ano disputado em Toronto. Derrotou na final o francês Richard Gasquet, por 6/3 6/2 e sai na frente dos rivais na preparação para o US Open.

Como ele mesmo afirmou ao chegar em Toronto, deixou para trás a derrota para Del Potro em Londres, e tentou fazer o melhor. Treinou dois dias na quadra rápida da Rogers Cup, sem forçar muito e foi jogar.

E olha que não dá para dizer que ele teve uma chave fácil.

Ganhou de Bernard Tomic, Sam Querrey, Tommy Haas e Janko Tipsarevic, antes de derrotar Gasquet na final.

Além dos adversários, teve que enfrentar a chuva e apesar de ter encarado com bom-humor o dia em que Toronto ficou debaixo d’agua, entrando na quadra de guarda-chuva, pediu aos organizadores que considerem colocar teto retrátil no estádio.

 A vitória em Toronto para um Djokovic que não erguia um trofeu desde Miami, mesmo tendo passado quase desapercebida em dia de encerramento de olimpiádas, pode ter dado a injeção de confiança que ele precisava. Pode ser o maior cliché, mas é fato, o combustível do atleta é a vitória e no caso de Djokovic, na briga com Nadal, Federer e Murray, nada mais importante do que a confiança para fazer aquela diferença na hora de ganhar o jogo.

 

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