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Djokovic, O número 1

Ser número um do mundo já é um feito e tanto, ainda mais em um esporte em que até hoje apenas 25 tenistas chegaram ao topo. Terminar uma temporada como o melhor do mundo então, significa muito mais (só 16 tenistas diferentes conseguiram). Por isso comemoramos muito aquele ano 2000 do Guga e hoje valorizamos ainda mais. Por isso, Novak Djokovic celebrou bastante o feito nesta sexta-feira, em Londres.  Novak-Djokovic-2014-Year-End-No1

Ao derrotar Tomas Berdych por 6/2 6/2 e marcar a terceira vitória seguida no ATP Finals, garantiu o número um atencipadamente e também avançou à semi na Arena 02.

“Ser número um é um dos maiores e mais difíceis desafios que um jogador de tênis pode ter, por isso é uma conquista que dá muito prazer e me deixa muito feliz,” disse Djokovic, ainda em quadra, em que foi rodeado por ex-números 1 como o seu técnico Boris Becker, Carlos Moyá, Ivan Lendl e Mats Wilander.

O sérvio pode vencer o sétimo torneio da temporada. Ele foi campeão dos Masters 1000 de Indian Wells, Miami, Roma, de Wimbledon – a vitória na grama inglesa o colocou de novo no topo do ranking mundial -, do ATP 500 de Beijing e do Masters 1000 de Paris. Ele ainda foi vice-campeão de Roland Garros e semifinalista do US Open.

Esta é a terceira vez que Djokovic termina uma temporada como número um. Encerrou o ano no topo em 2011 e 2012. Ele é também apenas o sétimo jogador a conseguir encerrar um ano como o melhor do mundo por três vezes, ao lado de Sampras, Federer, Nadal, Connors, Lendl e McEnroe.

A Lista dos Números 1 ao fim da temporada:

Ano    Jogador
2014    Novak Djokovic
2013    Rafael Nadal
2012    Novak Djokovic
2011    Novak Djokovic
2010    Rafael Nadal
2009    Roger Federer
2008    Rafael Nadal
2007    Roger Federer
2006    Roger Federer
2005    Roger Federer
2004    Roger Federer
2003    Andy Roddick
2002    Lleyton Hewitt
2001    Lleyton Hewitt
2000    Gustavo Kuerten
1999    Andre Agassi
1998    Pete Sampras

1997    Pete Sampras
1996    Pete Sampras
1995    Pete Sampras
1994    Pete Sampras
1993    Pete Sampras

1992    Jim Courier
1991    Stefan Edberg
1990    Stefan Edberg
1989    Ivan Lendl
1988    Mats Wilander
1987    Ivan Lendl
1986    Ivan Lendl
1985    Ivan Lendl
1984    John McEnroe
1983    John McEnroe
1982    John McEnroe
1981    John McEnroe
1980    Bjorn Borg
1979    Bjorn Borg
1978    Jimmy Connors
1977    Jimmy Connors
1976    Jimmy Connors
1975    Jimmy Connors
1974    Jimmy Connors
1973    Ilie Nastase

Foto de Ella Ling

 

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Djokovic está a um jogo de manter o posto de número 1

Com mais uma vitória tranquila no ATP Finals (derrotou Stan Wawrinka por 6/3 6/0), em Londres, Novak Djokovic está agora a um jogo de terminar a temporada 2014 com o posto de número um do mundo.

Para garantir o topo do ranking mundial sem depender de outros resultados, ele precisava vencer os 3 jogos do seu Grupo na Arena 02. Ganhou de Marin Cilic no primeiro desafio, também por um placar arrasador (6/1 6/1) e agora ganhou de Wawrinka. Na sexta enfrenta Tomas Berdych, que ganhou de Cilic também sem qualquer complicação, por 6/3 6/1. O outro jogo será entre Wawrinka e Berdych.Djokovic London

 

Roger Federer, o único que ameaça Djokovic na liderança do ranking, volta a jogar na quinta no duelo mais esperado do dia, com Andy Murray. No outro jogo se enfrentam Kei Nishikori e Milos Raonic.

Depois de quatro dias de disputas sem muita emoção, sem um jogo decidido no terceiro set, o público espera por uma quinta e uma sexta mais animadoras, com um pouco mais de drama.

Com os oito melhores da temporada se enfrentando entre si, a expectativa, como acontece todos os anos no Finals, era de partidas disputadíssimas. Mas, não é o que vem acontecendo.

Alguns apontam a falta de experiência dos novatos Nishikori, Raonic e Cilic como um dos fatores principais; Outros falam do cansaço do final da temporada – mas e nos últimos anos quando o Finals foi jogado na semana seguinte a do Masters 1000 de Paris? Neste ano houve intervalo de uma semana; Tem gente falando que a quadra está muito lenta e muitos com questionamentos sem encontrar respostas para um Finals nada empolgante até agora.

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Será que esse é o futuro do nosso esporte? Bom ou Ruim?

US Open termina com desordem no tênis mundial

Um dia iria acontecer. Federer, Djokovic e Nadal não vão durar para sempre. Mas, ninguém esperava que fosse acontecer repentinamente. Com Marin Cilic campeão do US Open, tendo vencido o japonês Kei Nishikori na final e Serena Williams ganhando o 6º US Open de Caroline Wozniacki na decisão, o tênis mundial enfrenta agora um período de desordem. Marin Cilic US OPen

O CEO da ATP Chris Kermode disse em Nova York nos últimos dias que desde a época de Connors, Borg e McEnroe se dizia que quando eles parassem o tênis chegaria ao fim. “Mas sempre aparece alguém novo.” Mas será que Cilic, Nishikori e os “young guns,” como a ATP vem promovendo Milos Raonic e Grigor Dimitrov (Wawrinka não faz parte da lista – já não é tão novinho assim), por exemplo, conseguirão superar ao longo do tempo, claro que não de um dia para o outro, todo o legado que Federer, Djokovic e Nadal já construíram?

Por um lado é preocupante, mas por outro, empolgante. Lembra quando Federer e Nadal se enfrentavam em praticament todas as finais de torneios e muita gente dizia que o tênis estava chato? Nishikori US Open

Dá para incluir Murray junto ao suíço, sérvio e espanhol, mas ele ainda está um pouco distante de ser um fenômeno. Comparado aos outros três, só tem 2 títulos de Grand Slam e não chegou ao posto de número um do mundo ainda.

Djokovic,  Nadal e Federer, nesta ordem, ainda lideram o ranking da ATP, nas posições de 1, 2 e 3. Mas, o top 10 agora tem o quarteto Raonic, Nishikori, Cilic e Dimitrov, respectivamente 7, 8, 9 e 10 do mundo.

Não quer dizer que Djoko, Nadal e Federer estão acabados. Pelo contrário. Ganharam muitos torneios este ano, venceram ou fizeram finais de Grand Slam e querem mais. Mas, pode ser o começo de uma nova ordem no tênis mundial.

Serena Williams US OpenEntre as mulheres vimos Serena Williams ganhar o 18º trofeu de Grand Slam da carreira. Mas, do outro lado da rede, na final, nada de Sharapova, Halep, Azarenka, Radwanksa, ou Kvitova. Caroline Wozniacki, a dinamarquesa aos poucos vai retomando o lugar que uma vez já foi seu e está de volta ao top 10.  A semifinal teve Ekaterina Makorava e Shuai Peng.

Será que entre as mulheres também, agora é possível acreditar que dá para vencer as tops? Claro, tirando Serena Williams quando está jogando o seu melhor.

 

Fotos de Cynthia Lum

 

 

 

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ATP celebra 40 anos de ranking e celebra os 16 da Elite, com Guga entre eles

A ATP iniciou nesta semana, em Dubai, as comemorações dos 40 anos da instituição do ranking com uma grande campanha chamada HERITAGE – herança, para resgatar os heróis do nosso esporte. São em eventos como este que damos ainda mais valor ao feito do Guga.

Kuerten number one ATP

A entidade não resgata apenas todos os 25 tenistas que chegaram ao topo do ranking mundial, mas destaca e valoriza os apenas 16 tenistas que terminaram uma temporada como número um do mundo. Guga está entre eles.

Fotos com mini textos sobre os tenistas que conseguiram encerrar um ano no topo do ranking ilustram a campanha do que eles chamam de os 16 da Elite. O nome de Guga aparece com o de Federer, Djokovic, Nadal, Roddick, Hewitt, Agassi, Sampras, Courier, Edberg, Wilander, Lendl,McEnroe, Borg, Connors e Nastase.

Um vídeo de pouco mais de 4 minutos mostra imagens dos tenistas número um do mundo. Guga aparece em diversos momentos, entre entrevistas de tenistas que terminaram a temporada como número um do mundo e outros tenistas apenas com a legenda, ex-número um do mundo. Nomes como o de Boris Becker e Patrick Rafter, por exemplo, aparecem nesta segunda lista.

Confesso que vendo a campanha, me pergunto. Como nunca usei isso nos tantos anos que trabalhei com o Guga. Sempre destacamos o fato de ter sido o primeiro sul-americano a terminar o ano como número um do mundo, o nome dele entre tantos grandes e o dele ter ficado 43 semanas no topo. Na época e até ele se aposentar, em junho de 2008, estes 16 eram apenas 14… Grande ideia deles. Não sei o que os tenistas que não terminaram o ano no topo, mas chegaram ao posto de número um, como Safin, Rafter, Moyá, Muster, entre outros, acharam.

Como Guga chegou ao topo do ranking, com quase nenhuma chance, em Lisboa, na Masters Cup, é inesquecível. Tinha tudo para não acontecer – Safin precisava de apenas uma vitória e Guga não podia perder. Safin perdeu e Guga ganhou todos os jogos.

Imagens e momentos que não saem jamais da minha mente.

Ele chegou ao topo e se tornou o primeiro sul-americano a encerrar uma temporada como número um do mundo. Permaneceu, no total, 43 semanas como o Rei do Tênis. Só perdeu a coroa, no fim do ano, em Sydney, para o anfitrião da Masters Cup, Lleyton Hewitt.

Todo mundo que estava naquele Pavilhão Atlântico, naquela semana e naquele dia, se lembra das cenas, dos golpes, da tensão, da comemoração. Quem não estava lá, imagino, que como em grandes e raros momentos de glórias do nosso esporte, saiba onde assistiu o jogo e viu o Guga erguer o trofeu de número um do mundo. A ATP, com a nova campanha, resgata estes momentos e nos faz lembrar do que já pudemos nos orgulhar.

A frase destaque da página web criada para o ATP HERITAGE programa, diz tudo.

“É uma rara conquista, alcançada apenas pelos campeões, pelas lendas do nosso esporte, depois de um ano brutal, um teste de atleticismo, técnica, endurance e força mental: permanecer sozinho e vitorioso, no ranking do fim da temporada, como número um do mundo”

“It’s a rare achievement attained only by the legendary champions of our sport after a brutal year-long test of athleticism, technique, endurance and mental strength: To stand alone and victorious at year’s end as ATP World Tour No. 1.”

Coloco aqui a lista de todos os números do um mundo, com o  vídeo – “Veja o que é preciso fazer para ser número um do mundo”

Ilie Nastase

John Newcombe

Jimmy Connors

Bjorn Borg

John McEnroe

Ivan Lendl

Mats Wilander

Stefan Edberg

Boris Becker

Jim Courier

Pete Sampras

Andre Agassi

Thomas Muster

Marcelo Rios

Carlos Moyá

Yevgeny Kafelnikov

Patrick Rafter

Marat Safin

GUSTAVO KUERTEN

Lleyton Hewitt

Juan Carlos Ferrero

Andy Roddick

Roger Federer

Rafael Nadal

Novak Djokovic

 

 

 

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Título de Guga em Cincinnati completa 11 anos e ele ainda tem recorde no torneio

Sempre que chega essa semana da temporada, a do Masters 1000 de Cincinnati, as lembranças daqueles dias de vitórias do Guga, vem à mente. As pessoas perguntam, como é que foi mesmo? Teve “tempestade”, ele jogou duas partidas no mesmo dia? Teve de tudo. E é uma história que vale a pena ser relembrada, todos os anos.

 

Duas coisas ainda me impressionam quando eu penso no Masters 1000 de Cincinnati. A primeira é o fato de o torneio ser disputado no meio do nada, no meio-oeste americano, ficar de verdade na beira de uma Estrada e estar completamente lotado.

Todos nos acostumamos a chamar de Cincinnati, mas pela cidade a gente só passa para ir e vir do aeroporto, que aliás fica em Kentucky. É, o aeroporto de Kentucky é o mais perto da cidade de Mason, em Ohio, onde o complexo de tênis foi construído.

O caminho do hotel, que também fica na beira de uma estrada, ao lado de um supermercado e que tem no Applebee’s o restaurante mais próximo, para o torneio é típico da região. Casas em meio a campos de golfe e a plantações de milho.

A única atração à vista, entre o hotel e o Western & Southern Financial Group tournament, é o parque de diversões que a gente consegue ver do topo do estádio, onde também fica a sala de imprensa.

Pelo que me contam, o complexo foi totalmente reformado e ampliado para oferecer mais conforto aos tenistas e aos fãs. E tudo o que puder ser melhorado, ajuda, porque é um calor e uma umidade absurda que a gente sente naquela região.  No ano anterior ao título do Guga, lembro do jogo que ele fez com o Stefan Koubek, que teve que ser interrompido pois a umidade tinha chegado a níveis altíssimos.

E a outra coisa que ainda me surpreende, é olhar a chave do Guga de 11 anos atrás. Ele teve que ganhar de Andy Roddick (ranking da época 27), Tommy Haas (16), Goran Ivanisevic (19), Yevgeny Kafelnikov (6), Tim Henman (8) e Patrick Rafter (7) para ser campeão em Cincinnati.

São quatro campeões de Grand Slam e dois tenistas que estiveram muito próximos do topo do ranking. Até hoje esse feito é histórico. Guga foi o tenista que venceu mais tenistas tops para chegar ao título. A média de ranking de cada um foi de 13.8.

Na noite da semifinal, uma tempestade atingiu a região, o jogo com o Henman foi interrompido e até tentaram voltar. Mas, a tempestade havia sido forte. O entorno do torneio ficou alagado. Lembro de ver cadeiras flutando, carros quase boiando e como estava trovejando muito, com raios por toda parte, resolveram marcar a continuidade do jogo para o dia seguinte.

Enquanto isso, Rafter descansava no hotel. Ele havia jogado a semifinal na hora do almoço e provavelmente, depois da meia-noite, quando ainda estávamos saindo do estádio, sem o jogo terminado, ele já estava dormindo.

Lembro que subi e desci aquela escadaria da sala de imprensa inúmeras vezes, até decidirem o que seria feito.

Todos já davam o título para Rafter. Guga teve pouquíssimo tempo entre a disputa do jogo com Henman e Rafter. Quando a partida com o australiano começou eu ainda estava acabando de mandar os press releases da vitória sobre o Henman.

Com a tática planejada por Larri Passos executada à perfeição, Guga não deu a menor chance a Patrick Rafter. Ouvia o técnico gritar marreta e devolvia o saque do australiano de maneira que ia deixando o estádio todo boquiaberto.

A comemoração foi uma partida de golfe, seguida de um churrasco e uma parada no parquet de diversões, no dia seguinte, já no caminho para Indianápolis.

 

Encontrei nos meus arquivos um dos textos que escrevi sobre a conquista do título!

GUGA É CAMPEÃO EM CINCINNATI

Brasileiro conquistou o terceiro título em quadras rápidas, o sexto da temporada e o 16a. da carreira

Gustavo “Guga” Kuerten é campeão do Masters Series de Cincinnati. Com um jogo perfeito o número um do mundo derrotou o australiano Patrick Rafter, por 2 sets a 0, parciais de 6/1 6/3 e conquistou o seu primeiro título de Masters Series em quadra rápida. A vitória marcou a terceira conquista de Guga em quadras duras, a quinta em um Masters Series, a sexta na temporada e a 16a. da carreira.

Para conquistar o título em Cincinnati, Guga precisou vencer dois jogos neste domingo de muito calor no meio-oeste americano, depois de ver seu jogo de semifinal contra o inglês Tim Henman, interrompido no sábado à noite, devido a uma forte tempestade que caiu na região. Guga deixou o ATP Tennis Stadium depois das 00h00min, tendo vencido o primeiro set por 6/2 e estando perdendo o segundo por 1/5. Guga voltou à quadra central 18 horas depois de haver iniciado o jogo com Henman e conseguiu superar o inglês que o havia derrotado nas semifinais no ano passado, por 6/2 1/6 7/6 (4), em uma partida emocionante.

Poucos minutos depois, o número um do mundo já estava de novo em quadra, desta vez para disputar a final da competição e contra um adversário especialista neste tipo de piso e que já havia sido campeão, em 1998, naquela mesma quadra.

Quente ainda do jogo com Henman, Guga esqueceu o cansaço e partiu para cima de Rafter. O primeiro game do jogo, foi tudo o que o australiano conseguiu fazer no primeiro set. Todos os outros games da série foram vencidos por Guga, que ou ganhava o ponto com o seu serviço potente ou arrasava nas devoluções de saque e passadas. Na segunda série, o bicampeão do US Open até que tentou respirar um pouco mais aliviado, mas apenas tentou. Na primeira oportunidade que teve, no 3/2, Guga quebrou o saque de Rafter e administrou a vantagem para somente precisar sacar para a vitória no 5/3. Sem titubear, Guga sacou e comemorou o seu 16o. título com o sinal de uma “marretada” na quadra, símbolo das suas fortes devoluções de saque.

Durante o jogo, que teve a duração de uma hora, Guga marcou oito aces, duas duplas-faltas, teve 55% de aproveitamento do primeiro serviço, venceu 22 de 27 pontos com o primeiro saque e ganhou 58 dos 99 pontos do jogo.
Para chegar ao título, Guga teve que superar Andy Roddick, Tommy Haas, Goran Ivanisevic, Yevgeny Kafelnikov, Tim Henman e por fim Rafter, que foi só elogios ao número um do mundo. “O Guga jogou de forma superba. Ele não precisa mais provar que não é apenas um jogador de saibro, ele joga bem em todos os pisos e hoje eu não tive resposta para nada que ele fez.”

Por ter conquistado o troféu de campeão em Cincinnati, Guga (Banco do Brasil/Diadora/Head/Globo.com/ Motorola) marcou 500 pontos no ranking mundial e outros 100 na Corrida dos Campeões, em que aparecerá também como líder amanhã.

O brasileiro viaja para Indianápolis amanhã, onde provavelmente na quarta-feira, inicia a disputa da competição, em que foi campeão no ano passado. O adversário será o vencedor do jogo entre dois tenistas vindos do qualifying.

 

 

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Guga campeão em Cincinnati. Só vitórias sobre tops, tempestade e marreta!

Já escrevi nos últimos meses alguns “faz 10 anos” da carreira do Guga. Tivemos 10 anos do bi de Roland Garros (um ano atrás), os 10 anos da Masters Cup de Lisboa, os 10 anos do tri e nesta semana faz 10 anos que o Guga ganhou o Masters 1000 de Cincinnati.

 

Já fez 10 anos também que ele ganhou Monte Carlo, Roma e Hamburgo e outros torneios importantes também. Mas, tem alguns que ficam guardados na nossa memória mais do que os outros, seja pelas emocionantes vitórias ou pela maneira como aconteceram.

Não sei porque mas guardo na memória detalhes daqueles dias no MidWest Americano.

A temporada estava sendo das mais longas. Começou com uma semifinal em Los Angeles, logo depois do campeonato em Stuttgart.

Aí veio o Masters 1000 de Montreal – naquela época não havia bye para os cabeças-de-chave e as finais ainda eram disputadas em cinco sets – e um jovem Americano, então 35º colocado no ranking mundial e com 19 anos venceu o Guga na terceira rodada. Era o Andy Roddick.

Com a derrota precoce fomos cedo para Cincinnati. Nos hospedamos como todos os anos no Marriott mais perto do torneio, que acreditem se quiser fica na beira de uma estrada e ao lado de um supermercado, o famoso BIG e a rotina de treinos por lá começou, com um intervalo ocasional para jogar um golfezinho, no campo que fica grudado às quadras. O BIG era nossa diversão e passeio diário, no pouco tempo livre que sobrava (mesmo não sobrando muito eu e a Lia Benthien – na época ela fazia o Nas Pegadas do Campeão da ESPN – sempre tínhamos alguma coisa para ver e levar do Big…). O Kings Island, parque de diversões que fica em frente ao torneio, mas do outro lado da estrada, exigia mais tempo para uma visita..

O Guga era o número um do mundo na época e cabeça-de-chave 1 do torneio (o Agassi era o 2º pré-classificado). Então a agenda era cheia. Havia entrevistas todos os dias, imprensa brasileira e estrangeira, gravação de chamada de comercial de TV para o US Open, de mensagem para o MTV Music Awards, sessão de autógrafos, coletivas e os dias eram longos.

Lembro quando a chave saiu, num sorteio feito pelo velhinho simpatico, o Sr. Paul Flory, diretor do torneio, na sexta-feira antes dos jogos começarem. 1ª rodada: Guga e Andy Roddick.

Já se criou todo um burburinho em torno do jogo. Deu Guga, por 7/6 6/1.

Em seguida veio Tommy Haas, que era o 16º do ranking naquela semana e Guga ganhou de novo em dois sets, em dois tie-breaks.

O próximo adversário era o Goran Ivanisevic, que havia ganhado Wimbledon naquele ano e era o 19º colocado. Guga ganhou rapidinho por 6/2 6/1.

Já estávamos nas quartas-de-final e o adversário era o Yevgeny Kafelnikov, que estava em 6º no ranking. E o Guga ganha por 6/4 3/6 6/4 e ele chegava de novo à semifinal em Cincinnati, repetindo o resultado do ano 2000 e contra o mesmo adversário, o Tim Henman, 8º no ranking. No ano anterior, o britânico havia vencido por 7/6 no terceiro set.

Era um dos adversários que mais complicavam o jogo para o Guga.

A outra semifinal era entre o Patrick Rafter e o Lleyton Hewitt. E os jogos nesses torneios costumavam ser, por causa da televisão, um no início da tarde e outro à noite. O Rafter ganhou do Hewitt em dois sets e no meio da tarde já estava se preparando para a final.

Guga entrou em quadra para enfrentar Henman, venceu o primeiro set por 6/2 e de repente o tempo começou a virar.  Dava para ver raios e ouvir os trovões de longe. O jogo continuou – se não me engano até quase o fim do segundo set e veio uma tempestade.

Ficamos por horas esperando para ver se ela ia passar e começando a ouvir relatos do público de que cadeiras haviam voado em alguns lugares de Mason, Ohio e que havia carros boiando por perto.

Quando já era perto de meia-noite decidiram deixar a semifinal e a final para domingo.

Independente do resultado do jogo, já davam Rafter como campeão certo.

Guga voltou à quadra cedo, perdeu o segundo set por 6/1 e foi para o terceiro. Como no ano anterior a batalha iria para o tie-break. Só que desta vez, a vitória ficou com Guga por 7/4.

Para surpresa de muitos, em acordo com a ATP e o torneio, Guga voltou à quadra minutos depois para jogar a final. Já estava quente e pronto para o jogo e tudo que o Larri gritava do box era “Marreta” na devolução.

E com as “marretas” de devolução, Guga venceu Rafter, o sétimo do ranking, por 6/1 6/3 e conquistou um dos maiores títulos da carreira, em uma das situações e chaves mais duras que ele já teve.

A comemoração foi com um churrasco na casa de amigos em Cincinnati.

Afinal, no dia seguinte, já estaríamos na estrada rumo a Indianápolis…. Só para lembrar, em que Guga chegaria a outra final, mas desistiria com dores no braço, no meio do jogo, contra o Rafter.

Mas isso quase ninguém lembra. O que fica na memória é a íncrivel semana em Cincinnati, em que em seis dias ele venceu três campeões de Grand Slam, incluindo dois ex-números um do mundo e seis top 30 (três top 10) no caminho para o título, em seis dias.

Descubro olhando o media guide do torneio para checar as informações que a media de vitórias do Guga em cima de jogadores bem ranqueados é histórica e única no torneio = 13.8.

Depois do Guga ter jogado a semi e a final no mesmo dia, os torneios mudaram a programação dos jogos para sempre, não deixando tanto tempo de diferença entre uma semifinal e a outra.

 

 

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Dolgopolov, “The Dog,” é A atração deste Brasil Open

Ele não é o nome mais conhecido do Brasil Open, nem o mais bem ranqueado na ATP. É o 32º do ranking mundial e cabeça-de-chave 4  do do torneio, atrás de Nicolas Almagro, Albert Montañes e Thomaz Bellucci, mas Aleksander Dolgopolov é talvez a principal atração do ATP brasileiro.


Quadrifinalista surpresa do Australian Open, o Brasil Open é o primeiro torneio que Dolgopolov está jogando depois do sucesso em Melbourne.

Chegou a Bahia gripado, depois de ter passado pelos -10ºc da Ucrânia, seu país, no caminho para o Brasil, mas parece já estar quase recuperado.

Acompanhado do técnico australiano Jack Reader, o ucraniano está parecendo mais um conterrâneo do treinador, do que natural da gélida Ucrânia. À vontade em Sauípe, circula com tranquilidade pelas dependências do resort e com aparência sempre sossegada.

Ao cruzar com ele no caminho do hotel para as quadras, não se parece mesmo com um tenista top, estrela, que há duas semanas estava nas quartas-de-final do Australian Open. Mas hoje, em quadra, na sua estreia na segunda rodada – saiu de bye – derrotou Ruben Ramirez Hidalgo por 7/5 6/3, mostrando toda habilidade que o levou longe no Grand Slam, com golpes variados e a mesma tranquilidade com quem passeia entre os coqueiros da Costa do Sauípe.

Com um inglês fluente, sem qualquer sotaque do leste europeu, “The Dog,” como o chamam no circuito, disse que está feliz de voltar a jogar no saibro, “onde jogou 90% da vida, mas que ainda está se readaptando à superfície, depois de muitas semanas na quadra rápida.”

Além de torcer pelos brasileiros, assistir o filho do ex-treinador de Medvedev jogar, é uma das atrações desta 11ª edição do Brasil Open.

Para quem quiser saber mais sobre Dolgopolov e sua história fiz um post bem completo sobre ele, durante o Australian Open – http://gabanyis.com/?p=2295

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Nadal perde embate com Ferrer e se nega a falar sobre a lesão no Australian Open

Rafael Nadal enfrentou nesta quarta-feira em Melbourne, primeiro David Ferrer e após ser eliminado pelo amigo, por 6/4 6/2 6/3, nas quartas-de-final, na Rod Laver Arena, enfrentou os jornalistas na coletiva de imprensa.

Nadal insistiu em não falar sobre a lesão que sentiu no primeiro set. Primeiro por não saber sobre o que de fato aconteceu – virilha? -, já que a partida havia terminado há poucos minutos, depois por respeito ao adversário e amigo que “jogou muito tênis” e também por não querer usar a lesão como desculpa para cada derrota que tem.

O fato é que mesmo os super-heróis do esporte são humanos. O corpo de Nadal já vinha dando sinas de cansaço desde o torneio de Doha e apesar dele ter dito que estava se sentindo superbem antes do jogo contra Ferrer, em algum momento o corpo pede descanso.

O tão falado Rafa Slam ficará para um outro momento, ou um outro jogador. Antes do Grand Slam australiano começar, Nadal mesmo admitia que essa chance era praticamente única e que seria difícil chegar perto disso novamente, ganhar tantos Grand Slams na sequência.

Transcrevo aqui as partes mais interessantes do embate entre Nadal e os jornalistas no Australian Open.

D. FERRER/R. Nadal

6-4, 6-2, 6-3

RAFAEL NADAL

Q.  What can you tell us about the

injury?  What did David say to you at the end

of the match?

RAFAEL NADAL:  I can say nothing

about the injury.  Seriously, I would prefer don’t

talk a lot about the injury.

Tonight, first of all, I don’t know nothing.

Second thing, for respect to the winner and to a

friend, I prefer to talk about the match.  I think he

played at a very high level.  I just congratulate

him and wish him all the best for the semifinal.  I

think he’s doing a fantastic tournament.  If he

keep playing like this, he going to have a good

chances.

What David told me at the net is for me

and that’s it.

Q.  How emotional is it for you

tonight?

RAFAEL NADAL:  Yes, is a difficult day

for me.  I lost in quarterfinals another time.  So I

tried my best.  I couldn’t do more.  Tonight I think

I played against a great player, a great opponent.

Today I really can’t do more than what I did.  So

he played at a very high level, and I wasn’t able

to compete against him tonight.

Q.  It’s going to be difficult for us to

write a piece without appreciating how well

you could move.  It seemed to us you

couldn’t move as well as you would like to

have been moving tonight.  Is that a fair

statement?

RAFAEL NADAL:  You see the match?

Q.  Yes.

RAFAEL NADAL:  So you are ready to

write everything.  I don’t have to tell you about

what I felt on the court because I tried my best all

the time.  But is obvious that I didn’t feel at my

best.  I had a problem during the match, in the

very beginning.  After that, the match was almost

over.  So that’s what I can say.

But you know what, for me is difficult

come here and speak about.  In Doha I wasn’t

healthy.  Today I have another problem.  Seems

like I always have problems when I lose, and I

don’t want to have this image, no?  I prefer don’t

talk about that today.  If you can respect that, will

be a very nice thing for me.  Thank you.

Q.  What was the problem, though?

RAFAEL NADAL:  You are listening me?

I can’t tell you which problem I have.  First thing,

because I don’t know.  That’s my answer.

Q.  What you achieved in the last year

was nothing short of amazing.  Does this

break your heart a little bit that it had to

happen like this?

RAFAEL NADAL:  The tennis career,

you have higher moments and lower moments.  I

had almost all the time very, very happy

moments and very nice moments in my career.

That’s part of the sport.  Last year I was very

lucky.  I was healthy most of the year.  I was

playing unbelievable during all the year.

This year I did I think all the right things

to start the season playing really well.  And,

seriously, I was playing like this in the first

exhibition in Abu Dhabi.  After that starts the

problem.  Was a difficult month for me, no?

That’s part of the sport.  Accept; keep

working; try my best in the next tournament.

That’s what I can do.

Last year I had a fantastic year.  This

year the year just start.  Last year in the

beginning I had problems, too, and finally was

the best season of my career.  I think is almost

impossible to repeat that.  But remain a lot, and

remain a lot to have hopefully really good

moments, and at the same time, too, really

negative moments.

So this is one of bad ones, one of

negative moments.  That’s part of the sport.  I

think I am very, very lucky sportsman about what

happened in my career.  And I have to accept the

fantastic moments that I had during a lot of years

with the same calm that when I have problems.

And if I am ready to accept both things with I

think let’s say everything the same, I going to be

able to come back and play my best tennis

another time.

Q.  How do you think David will get on

in the semifinals?

RAFAEL NADAL:  He’s playing fantastic.

But I think he’s not the favorite.  But if he keep

playing like this, hopefully he can have a good

chance to be in the final or win the tournament.  I

would love.  Is a fantastic person.  Is a close

friend of mine.  So I wish him all the best.

I think that Andy is playing very good,

too, but David is playing at high level, no?

Q.  After what happened in Doha,

coming here a little bit late…

RAFAEL NADAL:  Coming late?

Q.  You were ill in Doha and came to

Melbourne a little bit late.

RAFAEL NADAL:  I didn’t came late.

You are wrong.  I was here one week before the

tournament.  Is more than enough.

Q.  The question is, with you being ill

in Doha, then what happened after the Tomic

match, did you feel that maybe this

tournament wasn’t meant to be, wasn’t

destiny to win?

RAFAEL NADAL:  I tried my best in

Doha.  Was a difficult week for me.  Here,

seriously, before the match of today I started to

feel that I am playing much better and I am very

healthy and don’t have no problem in general.

So I was happy about happened during the first

week because I was through without being

perfect.

I started the second week with a very

good match against Cilic and improving my level

every day.  Seriously, I was practicing much

better than in the beginning of the tournament,

and I felt ready to play this quarterfinals.  But

wasn’t the day.

Q.  What will be your next

tournament?

RAFAEL NADAL:  I don’t know yet.  I

have to think a little bit about everything and we

will see what’s going on in the next weeks.

Q.  We appreciate your fair play, and

we understand what you’re saying.  I just

would like to know if you didn’t have in front

of you a friend of yours, would you have kept

till the last ball and point to stay on court or

would you have left a little before?

RAFAEL NADAL:  I hate the retirements,

so this wasn’t the day.  I did last year.  I hate that

moment.  I didn’t want to repeat that.

Q.  The match against Cilic showed

you were recovering well.  Did you feel

anything unusual the last couple days?

RAFAEL NADAL:  I felt fantastic the last

couple days.  I practiced very good yesterday.  I

had a fantastic warmup today before the match.

Only feeling that I can say was very positive.  I

started the second week, and when the second

week started, everything was better and better

for me:  the health, sweat, the level of tennis.

Everything was better and better.

Q.  Earlier today Andy Murray said

there’s a number of guys on tour who on any

given day can beat each other:  yourself,

Robin, Roger…

RAFAEL NADAL:  I didn’t understand.

Q.  He said any one of the top six or

seven players on any day can beat each

other.  Do you think after the year you had

last year, our expectations of you are

probably higher than yours, given the

evenness of the top six or seven players?

RAFAEL NADAL:  For me there are

much more than six or seven on the tour that can

beat everybody.  I think is more than these few.

In general, the expectations, I don’t know which

expectations you have about me.  I have my

ones.  I have my goals.  Probably we think

different ways, no?

I live day to day with myself.  You see

everything from outside.  I know how difficult is

everything.  Probably, you know, not exactly the

same.  This part is difficult, no?  This part is very

competitive.  You have to have be in perfect

conditions to win.  The season is always crazy,

very long.  You can’t have time to rest and come

back to prepare perfect in a season.  That’s this

game.  Only the best players, only the more

prepared players physically and mentally are

ready to be here and to be in the top positions a

long time.

My expectations, I said before the

tournament, I said before the year start, is enjoy

every day and practice hard every day with same

illusion, humble and motivation that I did all my

career.  So that’s my principal goal, in general,

no?

I lost in quarterfinals today.  We’ll see

what’s happen in next tournament.  I’ll work hard

to be ready.

Q.  Can you tell us your feelings

tonight compared to this time last year?

RAFAEL NADAL:  Is different because

last year was the knees.  I had a problem, big

problem, in the knee in the past.  So was hard for

me to have another time the same.  I didn’t see a

solution in that.  Is not the case.

I came last year after probably six, seven

months really hard for me of injuries and of

problems in general.  So was a hard situation.

This year everything is a little bit different.  I have

three more Grand Slams at home, a few more

Masters 1000s and a few more tournaments.

I can say nothing wrong because I had a

fantastic time last year.  Not possible be all the

time at hundred percent.  Not possible all the

time to have all the positive factors together to

win in every tournament.

Last year happened in almost every one.

This year we start with a little bit of unlucky.  I

gonna work hard to come back and to keep

having chances and to compete against the best

players and to keep being in the top positions of

the ranking, so…

I love playing tennis.  I love the

competition.  And I love, in general, the hard

moments because you are ready to change the

situation working hard, working every day with a

goal and with illusion.

Q.  You said your preparation was

good for this year.  Was the vacation long

enough after London?

RAFAEL NADAL:  The vacation long

enough?  No, one day is enough, you think?

Never is enough.  With this sport you never have

vacations enough.  This part is special for

different things.  This factor is one of the special

things that makes the tour hard and difficult.

Only the best players mentally prepared are

ready to be here long time.

I said before, wasn’t a problem of

holidays, the start of the season.  The only

problem was a little bit of unlucky.  In general, I

had a virus.  When you have a virus, your body

goes down and you have more risk of everything.

That’s probably what happened.  That’s the

simple thing.

Now we have to accept.  I said 100

times.  But the only thing I can say is, accept the

situation and work to try to have another very

good season.

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Guga e Agassi no Rio. O poder de dois ídolos.

Fazia tempo que o Brasil não assistia um espetáculo de tênis com 9.000 torcedores presentes.

Mérito das estrelas do Tênis Espetacular, Gustavo Kuerten e Andre Agassi, um o maior ídolo do esporte no Brasil e o outro, talvez o tenista mais popular mundialmente de todos os tempos.


As palavras de Larri Passos, depois da vitória de Guga por 7/5 7/6(5), resumiram o que a vinda de Agassi ao Brasil e o confronto signficaram.


“Agassi, vê-lo aqui no Brasil com essa motivação é uma honra. Quando nós começamos no circuito, eu e o Guga, você era o nosso ídolo e hoje você está aqui,” disse emocionado o mestre de Guga, corajosamente improvisando no inglês e ainda lembrando do trabalho que o Americano faz com as crianças, através da Andre Agassi Foundation, nos Estados Unidos. “O trabalho que você faz com as crianças é maravilhoso e serve de inspiração para nós.”


Agassi, que não vinha ao Brasil desde que conquistou o seu primeiro título na ATP, em 1987, elogiou o Brasil, falou da esquerda de Guga e principalmente da cidade do Rio de Janeiro. “Há alguns dias eu vi a população apoiando a lei (law enforcement) e isso diz tudo sobre o povo de um lugar.”


Guga, que não conseguiu conter as lágrimas ao ver a mãe Alice, o irmão Rafael, Larri, Agassi e o promotor da Masters Cup de LIsboa, João Lagos, reunidos, para homenageá-lo, diante de imagens marcantes de sua carreira, agradeceu a presença do público, das pessoas que estiveram com ele durante toda a carreira e disse que “Quando fui campeão em Lisboa o Agassi me falou para eu aproveitar aquele momento que era muito especial. Dez ano depois eu continuo aproveitando por causa de vocês.”

  • O evento que foi uma comemoração da conquista da Masters Cup de Lisboa, no ano 2000, em que Guga venceu Agassi por triplo 6/4, chegando assim ao topo do ranking da ATP, foi um presente para o público brasileiro.


  • Eu mesma não sabia muito o que esperar da partida. Afinal fui privilegiada e havia feito parte da carreira do Guga e assistido, de camarote, para o meu trabalho, praticamente todos os confrontos dele com Agassi, incluindo este histórico de Lisboa.

Mas foi maravilhoso ver os dois ex-números um do mundo em ação de novo. Apesar de 10 anos mais velhos daquele jogo em Lisboa, que Guga considera ter sido a sua melhor performance em quadra, eles ainda conseguiram exibir muitos dos golpes e das jogadas que os consagraram.

Jogaram sério, lutaram pelos pontos, fizeram o público vibrar e da beirinha da quadra, onde estava sentada junto aos fotógrafos, dava para sentir a força da batida na bola, ver os golpes bem de perto, perceber a frustração e/ou a alegria de ambos ao fazerem uma jogada brilhante, como quando Guga conseguiu fazer uma belíssima esquerda paralela.


Mais uma vez me senti privilegiada ao assistir este espetáculo ao vivo. Claro que poderia ter visto pela televisão e a transmissão do SporTV, pelo que me disseram, também foi legal, mas nada como ver o jogo de perto e claro que eu também queria participar deste momento que consagrou a carreira do Guga. Assistir pela televisão teria sido como ver um show de rock em um DVD. É legal, mas nada se compara a assistir um daqueles shows num estádio de futebol.

  • Obrigada Guga, obrigada Agassi. Detalhes de organização a parte, tenho certeza de que o agradecimento é de todo o público brasileiro que estava saudoso de ver o seu maior ídolo em ação, em um grande momento.

Dois ídolos reunidos, em completa sintonia, conseguiram fazer o tênis brilhar mais uma vez.

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Guga é campeão do mundo

Série da Semana do Guga em Lisboa continua com a parte V, com o texto que escrevi no dia que ele derrotou Andre Agassi e chegou ao topo do ranking mundial.

GUGA É CAMPEÃO DO MUNDO

Brasileiro é o primeiro vencedor da Corrida dos Campeões

Guga acabou com a hegemonia dos norte-americanos, que desde 92, terminavam o ano como número um do mundo

Gustavo “Guga” Kuerten entrou para história mais uma vez, neste domingo, ao conquistar a Copa do Mundo de Tênis, a Masters Cup, em Lisboa, derrotando o norte-americano Andre Agassi, por 3 sets a 0, parciais de 6/4 6/4 6/4, em 2h06min de jogo. Com a vitória, Guga tornou-se o primeiro brasileiro a terminar o ano como número um do mundo, e além disso é agora o primeiro jogador da história e vencer a Corrida dos Campeões.

Tranquilo, como acordou neste domingo, Guga entrou na quadra central do Pavilhão Atlântico, sem parecer que o jogo valia o título de campeão do mundo e de número um também. Logo no primeiro game quebrou o saque de Andre Agassi, ex-número um do mundo, campeão do Grand Slam e campeão deste torneio em 1990. A vantagem foi suficiente para Guga fechar o primeiro set em 6/4, lutando muito a cada game e salvando break points inúmeras vezes, com aces e jogadas fantásticas. Na segunda série, Guga manteve a mesma calma, vibrando com seus familiares e com a torcida luso-brasileira, que lotava as arquibancadas do Pavilhão. A quebra desta vez veio no quinto game e com um ace, no 5/4 Guga fez 2 sets a 0.

No terceiro e que veio a ser o set decisivo, Guga quase perdeu seu serviço no segundo game, mas conseguiu outra vez se sair de uma situação difícil e no quinto game veio a quebra, que deixaria Guga com vantagem somente precisando controlar os nervos para vencer a partida. Na hora de sacar para o campeonato, Guga não titubeou e com uma bola fora de Agassi comemorou o seu primeiro título em quadra rápida coberta, o seu primeiro título de Campeão do Mundo e a chegada ao topo do ranking.

“Nem posso acreditar no que está acontecendo,” dizia Guga, logo após a vitória. “Se me dissessem, quando o torneio começou e depois ainda de passar aquele aperto no início, que para ser campeão eu teria que vencer o Kafelnikov, o Sampras e o Agassi, em três dias seguidos, não acreditaria. Mas fui indo aos pouquinhos, ganhando jogo por jogo, crescendo na confiança e hoje entrei com tudo na quadra,” contou Guga. “Estou realmente muito feliz. Fechei o meu ano com chave de ouro e terminei, este domingo, uma semana de sonhos.”

O técnico de Guga, Larri Passos, muito emocionado, contou que minutos antes do jogo começar, decidiu com Guga, ir para o ataque. “Optamos por ir para o ataque. Foi uma estratégia de risco, mas que felizmente deu certo. Estou muito contente e emocionado. O Guga realmente mereceu esta vitória, porque ele trabalhou muito para chegar onde chegou. Além disso, tirei um peso das minhas costas, porque fui muito cobrado no início. Agora posso desfrutar e aprendi a aproveitar os bons momentos.

Logo depois de deixar a quadra, ovacionado pela torcida, em que agradeceu a todos os fãs, familiares, técnico e dedicou o título à mãe Alice Kuerten, Guga se dirigiu ao vestiário, que em Lisboa é pessoal de cada jogador e foi recebido, por amigos mais próximos e familiares, com champagne, caipirinha e um bolo com formato de número 1. “É estranho, realmente não acreditava que poderia ser número um. Talvez isso tenha sido bom, porque não me pressionei e quando entrei em quadra, estava muito tranquilo, como se fosse um jogo estadual. Foi um ano de muito sucesso para mim, para a ATP, com todo mundo querendo ganhar e depois de vencer o Kafelnikov, o Sampras e o Agassi, acho que realmente mereci ganhar este título. Mas, também, se tivesse perdido e o Safin ficado com o número um, não teria me importado, sei que estaria em boas mãos. O Safin foi a grande estrela desta Corrida e “brigamos” até o último momento para isso acontecer.

É muito grande para mim, é uma sensação indescritível.”

Após comer o bolo, estourar champagne, abraçar os familiares, Guga passou horas na sala de entrevista, atendendo a imprensa do mundo todo, sempre sorridente e exibindo, com orgulho, os seus troféus de campeão do torneio e o de número um do mundo. “Sempre estive na frente, no jogo. Depois de conseguir o break, me soltei e fiquei super motivado. Todo mundo sabe que eu tive problemas físicos e que eu tinha que ganhar da maneira mais rápida possível. Minha cabeça estava funcionando perfeitamente hoje, tudo estava dando certo e eu fiz uma partida incrível. Acho que acordei hoje, realmente para fazer isso. Estou muito orgulhoso de mim mesmo e de ser brasileiro. Tenho certeza que fiz um domingo feliz para todos e para mim. É o dia mais feliz da minha vida,” disse Guga, na coletiva. O brasileiro continuou a entrevista, dizendo que admirava muito Pete Sampras e Andre Agassi, que eles realmente haviam dominado o tênis na última década e o jogador e que terminar o ano desta maneira é incrível, fantástico.

E o jogador, que no passado completou o Grand Slam, ao vencer Roland Garros e terminou 99 como número um do mundo, foi pessoalmente ao vestiário de Guga, cumprimentá-lo e felicitar o técnico Larri Passos, e a família do campeão. “Só queria dizer parabéns ao Guga, pelo excelente ano, pela conquista e nos vemos na Austrália,” despediu-se Agassi.

Guga (Banco do Brasi l/ Diadora/ Head/ Globo.com/ Motorola) agora entra de férias, volta a treinar dentro de duas ou três semanas e inicia a temporada 2001, no Australian Open. “Foi sem dúvida o melhor ano da minha vida. Quero agora comemorar muito com os meus amigos e a minha família. Foi muito importante ter os meus familiares comigo aqui, todos reunidos. Eles me deram muita força a semana toda.”

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