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Federer arrasador e Nishikori avançam à semi no ATP Finals

A Arena 02 assistiu hoje, em Londres, o primeiro jogo de 3 sets do ATP Finals e viu Roger Federer e Kei Nishikori avançarem à semi do Grupo A. Nishikori ATP Finals

O jogo de 3 sets foi a vitória de Kei Nishikori diante de David Ferrer por 4/6 6/4 6/1. Sim, David Ferrer. Ele substituiu Milos Raonic, com uma lesão na coxa que abandonou a competição.

Andy Murray precisava então vencer Roger Federer em 2 sets para chegar à semi, já que havia perdido o primeiro jogo para Nishikori e vencido Raonic no segundo. Mas, em apenas 56 minutos, o suíço acabou com o sonho do britânico. Venceu por arrasadores 6/0 6/1, ficando em primeiro no Grupo B.

Agora, Federer e o japonês esperam os resultados desta sexta, dos jogos entre Novak Djokovic e Tomas Berdych e Stan Wawrinka e Marin CIlic para saber quem serão os adversários na semi do último torneio ATP da temporada. Federer enfrentará o 2o. colocado do Grupo A e Nishikori, o 1o.

 

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Federer, um novo título, a busca pelo no. 1 e as 1000 vitórias

Um ano atrás Roger Federer estava lutando para se classificar para o ATP World Tour Finals. Hoje está lutando para terminar a temporada como número um do mundo. Aos 33 anos o suíço adicionou um novo trofeu na carreira, o do Masters 1000 de Xangai, conquistador neste domingo, ao vencer Gilles Simon por 7/6 7/6.Federer Shanghai champion

Quando muitos davam por praticamente terminada a sua carreira, ou melhor, naquela fase ladeira abaixo, Federer ficou trabalhando duro. Treinou, treinou e treinou. Fortaleceu o físico, contratou novo técnico e como ele mesmo disse “é muito bom ver que todo o trabalho duro que eu fiz no ano passado está dando resultado. A minha maior preocupação era o físico e eu estou muito bem.”

Federer, depois de ter salvado 5 match points na estreia contra Leonardo Mayer, conquistou o 2o. título de Masters 1000 da temporada, com direito a vitória sobre Novak Djokovic na semifinal – foi campeão em Cincinnatti – e o 23º da carreira (Nadal é o líder com 27 títulos da categoria). O que surpreende, no entanto é o fato dele ser líder de vitórias em 2014 – tem 61 – e ter disputado NOVE finais. Ganhou em Xangai, Cincinnatti, Dubai e Halle. Perdeu as finais de Wimbledon, dos Masters 1000 do Canadá e de Monte Carlo e do ATP de Brisbane.

No ano passado, venceu apenas um torneio, o de Halle e foi vice em Basel e no Masters 1000 de Roma.

Apesar de já estar chegando ao fim, a temporada está longe de terminar para Roger Federer. Ele tem torneios importantes pela frente, como o que joga em casa, o ATP 500 de Basel, o Masters 1000 de Paris, o ATP Finals e a final da Copa Davis. Com todos esses eventos para competir, Federer pode voltar ao posto de número 1 do mundo – já é o número 2, tomando o lugar de Nadal – Djokovic não tem mais como somar pontos, a não ser que acrescente um torneio no seu calendário que tem Paris e Londres, em que foi campeão no ano passado – e chegar à marca de 1000 vitórias na carreira (tem 984). O recordista é Jimmy Connors, com 1253.

 

 

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Mais um para admirar: LLeyton Hewitt

Faz tempo, muito tempo, que ele foi número um do mundo. Foi em novembro de 2001 que ele assumiu o primeiro posto do ranking mundial, tirando Gustavo Kuerten da liderança. E 12 anos depois Lleyton Hewitt continua jogando e vencendo.  Hewitt London tennis Nesta sexta-feira ele avançou à semifinal do ATP de Queen’s, em Londres, derrotando o argentino Juan Martin del Potro. Para chegar a esta fase no tradiconal ATP londrino, Hewitt já teve que vencer quatro jogos.

O ATP 250 da grama inglesa é um dos raros que mantém chaves com 56 jogadores. Hewitt já passou por Michael Russell, Grigor Dimitrov, Sam Querrey e hoje por Del Potro. Enfrenta Marin Cilic na semi.

No início dos anos 2000 isso seria normal. Mas hoje em dia, não é. Hewitt tem 32 anos, é o 82º colocado no ranking mundial, já passou por uma série de cirurgias no pé e no quadril. Algumas vezes já houve rumores de aposentadoria, mas o australiano, campeão de seu primeiro ATP aos 16 anos de idade, em Adelaíde, ainda ama a competição.

Viaja com a esposa Bec e os três filhos, Mia, Cruz e Ava, mundo afora. Escolhe os torneios que quer jogar e quando o corpo não causa problemas, ele está com ritmo de jogo e confiança, consegue gritar Come On para comemorar as vitórias como em Queen’s.

Campeão 4 vezes em Queen’s, ganhando de Pete Sampras na final do ano 2000, de Tim Henman na de 2001 e 2002 e de James Blake na de 2006, Hewitt se tornou, ao longo dos anos, de um dos atletas mais detestados do circuito, para respeitado e admirado.

Quando estava no auge, viajava com os pais, quase não dirigia a palavra a ninguém nas áreas comuns aos jogadores no circuito e gritava tanto em quadra que irritava todo mundo. Inclusive, nunca pensei que escreveria assim sobre Hewitt.

Mas, com o passar do tempo, ele conseguiu demonstrar o quanto ama o esporte e o público entendeu.

Se sujeitou a jogar torneios menores, a enfrentar jogadores que se fosse cabeça-de-chave jamais veria do outro lado da rede, a ter que jogar quatro jogos para chegar à semifinal em Queen’s, por exemplo e a continuar disputando os Grand Slams sem ter privilégios.

Com a limitação de jogar poucos torneios, para previnir lesões, o ranking não vai subir tanto e a chance dele ser cabeça-de-chave em um Grand Slam fica distante.

No Australian Open perdeu para Tipsarevic, na estreia. Em Roland Garros caiu, em cinco sets, perante Gilles Simon, na primeira rodada. Hewitt wimbledon champion

Campeão do US Open no ano 2001 e de Wimbledon em 2002, Hewitt será um perigoso tenista solto na chave, daqui a 10 dias, quando o Grand Slam britânico começar.

Escrever de Hewitt, me faz lembrar Tommy Haas. O alemão conseguiu muito mais do que ele mesmo imaginava, ao se livrar de todas as lesões. É o 11º na ATP. Se Hewitt chegará tão longe novamente é difícil imaginar, mas independentemente de que lugar ele possa alcançar no ranking, é admirável o que ele vem fazendo.

 

Foto Hewitt Wimbledon – Cynthia Lum # Hewitt Queen’s – AEGON

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Do saibro azul para o saibro de Roland Garros

O saibro azul foi embora e veio o de Roland Garros. Um ano depois de uma das maiores controvérsias da história do tênis, Madri e a sua “Caja Magica,”esperam que o assunto das rodas de conversa mundo afora sejam Nadal, Federer, Sharapova, Serena, Djokovic, Murray, Azarenka e não as más condições das quadras.

Mutua Madrid Open tierra roja

Para não deixar os jogadores apreensivos e para tentar apagar a imagem ruim de uma ideia inovadora de Ion Tiriac, que deu errado – um dos principais objetivos do saibro azul era melhorar a visibilidade do jogo na TV -, o torneio atrás das melhores quadras de saibro do mundo. Contratou a equipe qe cuida do saibro de Roland Garros, buscou saibro no Vale do Oise – 1800 toneladas – e começou tudo do zero.

As 17 quadras – 3 cobertas e 14 externas foram destruídas e reconstruídas. Elas foram escavadas mais profundamente, para melhorar o sistema de drenagem, evitar o acúmulo de água e consequentemente que as quadras continuassem escorregadias.

De setembro a abril as quadras ficaram sendo preparadas para receber os melhores tenistas do mundo, com o objetivo de ter as melhores quadras do mundo.

nadal madrid

Para acalmar os ânimos dos tenistas – Nadal e Djokovic chegaram a dizer que não jogariam mais em Madri, no ano passado, caso as quadras não voltassem ao normal – e toda uma imagem desgastada, o Mutua Madri Open chamou o ex-tenista, vice-campeão de Roland Garros, Alberto Berasategui para ser um dos embaixadores ativos – relações com os jogadores – do que chamam na Espanha de quinto Grand Slam.

É Berasategui que está conversando com os tenistas e perguntando a opinião sobre as quadras. Todos respondem que está muito melhor, que são ótimas. Berasategui madri

A trajetória do Masters 1000 e do WTA Premier espanhol não tem sido fácil. Apesar de ser um sucesso de público na Espanha, desde que se mudou para a Caja Mágica, em 2009. Lembro de amigos que trabalharam na comunicação do torneio dizendo que foram criticados por muitíssima gente importante do mundo do tênis, reclamando da ‘frieza”do local, do excesso de concreto e da falta de ambiente humano.

A resposta deles é que as plantas e esse ambiente humano cresceriam com o tempo.

O Masters 1000 espanhol foi disputado pela primeira vez em 2002, quando Tiriac conseguiu comprar o evento de Stuttgart. Até 2009 foi disputado em quadra rápida indoor, no fim do ano e só com os homens.

O torneio só passou a ser “combined”quando mudou para a Caja Magica.

Inovador, foi Tiriac quem trouxe, há mais de uma década, modelos para serem pegadoras de bola. Elas, inclusive, vestem roupas da grife espanhola Mango para fazer esta função.

O romeno investe pesado nas ações de marketing, em Madri e está sempre pensando no que é melhor para o público.

Até serviço de manicure, para tenistas e para o público, estará disponível, gratuitamente, na Caja Mágica, através de uma parceria com Yo Dona Nail Bar.

Dentro da área de comunição, uma das inovações deste ano é a implantação de uma Zona Mista no torneio.

Comum em muitos esportes e grandes eventos, a Zona Mista é algo que não acontece no tênis. Foi realizada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, em Londres, com muita ressalvas da ITF e tentativas de que não se realizasse. Mas, no mais tradicional clube de tênis do mundo,  o All England Club, a Zona Mista funcionou e agora está sendo testada em Madri.

Mesmo depois de todas as críticas com o saibro azul, Tiriac continua inovando e certamente, como fez desde o primeiro Masters 1000 espanhol, contará com a presença de esportistas famosos, principalmente os jogadores de futebol e muita gente famosa nas primeiras filas da Caja Magica, para mostrar que o tênis precisa, e muito, de todas as atrações extra-quadra.

 

 

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E este foi só o primeiro capítulo da temporada de saibro

O primeiro capítulo da temporada européia de saibro 2013 terminou com vitória e Novak Djokovic. Como até conto de fadas tem fim, um dia, foi o sérvio que recebeu das mãos do Príncipe Albert, de Mônaco, o trofeu de campeão do Monte Carlo Rolex Masters, erguido oito vezes seguidas pelo vice deste ano, Rafael Nadal. Djokovic Monte Carlo

Número um do mundo, Djokovic festejou a vitória por 6/2 7/6(1) sobre Nadal, como um de seus maiores feitos. Monte Carlo era um de apenas 2 Masters 1000 que faltavam em seu currículo para preencher a sua prateleira com todos os títulos da categoria. O outro é o de Cincinnati.  Nas duas outras finais que disputou em Monte Carlo, no ano passado e em 2009 perdera para Nadal.

Todos sabemos que Nadal é um atleta bem fora do normal até mesmo para os grandes campeões. Eu ficava olhando aquele número de vitórias em Monte Carlo – 46 jogos sem perder, oito trofeus seguidos – e pensando na perfeição e superioridade do espanhol. Vencer um mesmo torneio 8 vezes significa que durante estes oito anos você não acordou num mal dia, não duvidou de si mesmo, não se machucou, não ficou doente, não se contentou com os títulos já conseguidos, não relaxou, não perdeu o foco, não se deu por vencido.

Neste domingo perdeu para um melhor jogador, o mesmo que o derrotara nas finais de Roma e Madri, em 2011 e a quem não enfrentava desde a final de Roland Garros, no ano passado, quando ergueu o Trophée des Mousquetaires, pela sétima vez. O Trophée que falta para Djokovic completar o Grand Slam.

Maior recordista de Roland Garros, com seis títulos, até Nadal ultrapassá-lo no ano passado, Bjorn Borg afirmou ao jornal LÉquipe, que quem vencesse Monte Carlo ganharia Roland Garros.

E já neste primeiro capítulo da temporada de saibro começaram as especulações sobre quem será cabeça-de-chave em Roland Garros. Guy Forget, diretor do torneio francês, já disse que a Federação Francesa pode vir a fazer uma revisão no sistema de escolhas de cabeças-de-chave, normalmente baseado no ranking.

Se a temporada já começou eletrizante, mesmo sem Murray alcançando as fases finais e sem Federer no torneio, imagina nas próximas semanas, com o ATP de Barcelona e o Masters 1000 de Madri e Roma?

 

 

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É como Reveillon no Rio

Ainda não sei muito bem o que pensar de todas essas reclamações de jogadores, sobre a quadra e as bolas, envolvendo o Brasil Open.  Fico triste. Afinal, por enquanto, é o nosso único ATP e a última coisa que queremos é ver a imagem dele arranhada e o torneio mal falado mundo afora.  Se os tenistas já reclamaram no ano passado, tudo se intensificou neste ano com a presença do Rafael Nadal.

nadal brasil open

Teve linha soltando, quadra interditada, escorregões, e as bolas – Wilson Championships (aparentemente não combinam com o tipo de quadra, o indoor e a altitude) que os jogadores estão reclamando desde o início da competição. Lembro, antes mesmo de chegar no torneio, de ter lido o José Perlas, técnico do Fognini, no twitter, escrever que as bolas pareciam de supermercado.

Foi o que Rafael Nadal confirmou na coletiva após o jogo.  Disse que o principal problema não são as quadras, e sim as bolas. “A quadra, em ginásios construídos em cima da hora nem sempre ficam perfeitas. Mas o problema é a bola, muito ruim, e a ATP ter permitido que se jogue com ela.”

Acho que sempre acontece um efeito bola de neve. Quando um começa a reclamar, o outro ouve, reclama também e de repente fica viral. Todo mundo falando mal.

Mas, na verdade, para o público, para quem o espetáculo é feito, tudo isso fica para trás, quando Rafael Nadal entra em quadra.

O jogo contra o Feijão, nesta quinta à noite, não foi marcante. Foi legal ver o Feijão conseguir jogar bem contra o Nadal, ver o rei do saibro fazer umas jogadas bonitas – poucas, como ele mesmo falou devido a altitude e à bola- , mas o mais bonito é ver o Ibirapuera lotado e as pessoas aplaudindo, de pé, os dois jogadores.

Fiquei pensando, numa comparação um tanto nada a ver, mas que me lembrou do Reveillon no Rio. É lotado, tem fila para tudo, o calor insuportável, os preços são altíssimos, mas quando chega meia-noite e você tem a oportunidade de ver os fogos em Copacabana, esquece de todo o resto.

 

 

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Nadal vice-campeão em Viña – é normal

Rafael Nadal ficou com o vice-campeonato do ATP de Viña del Mar. Perdeu uma disputada final para o talentoso argentino Horacio Zeballos, 73º colocado no ranking mundial, por 6/7(2) 7/6(6) 6/4. É normal.

Nadal defeated Vina del Mar

Se olharmos os números, o normal seria Nadal arrasar o argentino. Sete vezes campeão de Roland Garros, onze títulos de Grand Slam no total, 50 trofeus no geral de simples, número um do mundo por inúmeras semanas, atual número cinco da ATP, cabeça-de-chave 1 do ATP chileno, e sem nunca ter perdido ontra um canhoto no saibro. Zeballos,27 anos,  73º do ranking, nenhum título – ganhou o primeiro agora em Viña del Mar – melhor ranking foi o 41º em 2009, a sua melhor temporada no circuito.

Se olharmos os resultados de Nadal nos três jogos que disputou em Viña, tudo indicaria que ele ganharia fácil de Zeballos. Não perdeu nenhum set e passou tranquilamento por Delbonis, Gimeno Traver e Chardy.

Mas, em nenhum destes jogos vimos Nadal exibindo a mesma forma que o levou a erguer sete vezes o Trophée des Mousquetaires. E nem era de se esperar. Ele ficou quase oito meses sem  competir. Não é de um dia para o outro que vai recuperar a melhor forma.

Nadal vina del mar

Foram diversas as entrevistas de Nadal nos últimos tempos. Em todas elas ele afirmou que o principal objetivo é chegar bem para a temporada de saibro, ou seja, em abril, em Monte Carlo. Ele foi claro também, desde que aterrissou no Chile, que o principal não era o resultado e sim como o joelho reagiria.

Eu mesma publiquei trechos da entrevista que ele concedeu ao jornal L’Equipe, na quarta-feira, em que ele diz que o normal no Chile seria perder e não ganhar.

Na mesma entrevista ele responde:

“tema do momento é paciência. Tenho que ir passo a passo e aceitar que não estarei no meu melhor nível logo de cara. Há sete meses que não jogo. Se eu não for humilde, não vai funcionar.”

E continua

“Mas aqui os resultados são as coisas menos importantes. E o ranking também. Se tudo correr bem terei outros objetivos em dois meses. O que eu quero é estar 100% para jogar bem Monte Carlo e a temporada de terra da Europa. Mas aqui, o essencial é como eu me sinto e como o meu joelho reage. Perder aqui, pff, não é um problema. Sete meses parado e sem treinar a fundo, eu deveria perder aqui. Seria a lógica. O drama seria se o meu joelho fosse mal.”

Por isso é perfeitamente normal ver um Nadal vice-campeão de um torneio no saibro e perdendo para um tenista bem menos expressivo do que Roger Federer e Novak Djokovic. Claro que a vitória de Zeballos tem importância – para ele – e ficará nos recordes, mas para Nadal o que importou mesmo foi ter jogado, voltado a sentir o gostinho da competição e a partir de agora, continuar evoluindo.

E o próximo passo é o Brasil Open. Veremos.

Fotos – Divulgação VTR Open by Canchantun

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Nós também “vivemos” por jogos épicos como o Djokovic x Wawrinka

Mais uma vez o tênis saiu vencedor. Quantas vezes já escrevi essa frase? Não importa. Ao ouvir Novak Djokovic falar em quadra, depois de passar 5h02min lutando para derrotar Stanislas Wawrinka por 1/6 7/5 6/4 6/7 12/10, nas oitavas-de-final do Australian Open, que é “por momentos como esses que ele joga tênis,” fiquei pensando que é por isso também que todos nós assistimos, acompanhamos e somos fãs deste esporte.

Novak Djokovic Australian Open

Sem contar o sono de quem ficou a madrugada toda acompanhando o Australian Open, quem não teve vontade de pegar a raquete e ir para a quadra depois de assistir esse épico?

 

Outro dia, conversando com uma amiga jornalista, estávamos falando sobre o porque de termos escolhido essa profissão. Uma das razões, sem dúvida, foi para estar onde a notícia acontece, para poder escrever sobre momentos como este, mesmo não estando em Melbourne.  Quem assistiu essa partida sentado na Rod Laver Arena não vai esquecer jamais.

É por isso, por jogos como estes, também que o fã de tênis acompanha o esporte.  Como já escrevi ontem, se fosse um jogo 6/3 6/2 6/3 do Djokovic ganhando do Wawrinka, todo mundo teria voltado pra cama, cochilado, ficaria zapeando com o controle remoto. Mas não. Não desgrudamos o olho da TV.

O jogo épico entre Monfils e Simon já ficou para trás. Djokovic e Wawrinka superaram em tempo (os franceses ficaram 4h43min em quadra) e em nível técnico. Mostraram para o público uma diferença notável. A do físico. Apesar de ambos estarem cansados – quem não estaria jogando cinco horas? – estavam muito mais fortes do que os franceses.

Li a entrevista do Simon no dia seguinte após a batalha contra o compatriota e fiquei um pouco perplexa com a resposta do número dois francês, quando perguntaram se ele não teria que melhorar o físico, fazendo uma comparação com Murray que havia melhorado muito. A resposta dele foi que o tipo físico dele era diferente do de Murray e que nunca seria igual ao britânico. Claro, cada um tempo um corpo, mas hoje em dia, no tênis, quem não tem resistência física e mental não consegue se recuperar.

Não estou muito preocupada com as condições de Djokovic para enfrentar o Berdych na próxima rodada. Mas, com as condições de Simon estou, e muito. Como ele mesmo disse, Murray era magrinho, fraquinho e melhorou muito. Porque ele não pode evoluir também? Só assim conseguirá passar para um outro nível.

Wawrinka x Djokovic Australian Open

Wawrinka aguentou o jogo de igual para igual com Djokovic, porque teve físico para isso. No final, Djokovic foi um pouco mais forte mentalmente e contou com a experiência nesses jogos longos, como ele mesmo admitiu que fez a diferença.

 

Como em tantos jogos, não só no Australian Open, que acabaram tarde, que levaram os tenistas ao limite, a serem chamados de super-tenistas, quem ganha é o tênis. Pelo menos no curto prazo.  O #ausopen e #wawrinka estavam alternando a segunda posição nos assuntos do momento no twitter, perdendo só para o #arsenal. O jogo já ganhou espaço nos principais meios de comunicação mundo afora e nem foi uma final.

O que jogos como esse trazem, são pessoas que não são tão fãs de tênis, comentando sobre a partida, onde quer que você vá.

 

Durante o jogo vi sugestões de gente que vive e viveu do tênis, dizendo que o quinto set deveria ser um tie-break no Grand Slam, como acontece no US Open. Um dos favoráveis a essa mudança de regra foi Ivan Ljubicic. Tenho dúvidas, mas não acho uma má ideia.

O jogo seria emocionante da mesma maneira, os tenistas seriam mais preservados e as transmissões de televisão seriam um pouco mais previsíveis. Mas é justo um jogo de cinco sets acabar num tie-break? Se acabasse no tie-break saberíamos o limite de um tenista? Não sei. Mas precisamos saber?

 

Pensamento que merece aprofundamento, estudo e enquete com os próprios tenistas.

Com certeza vai ser pauta entre os jornalistas de tênis e quero ver o que jogadores, dirigentes, redes de televisão tem a dizer sobre isso.

 

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A temporada ATP/WTA 2013 mal começou e tanta coisa já aconteceu

Acabo de voltar das minhas quase duas semanas de uma viagem fantástica por Londres e pela The School of Life. Foi só pisar em São Paulo que meus dedos começaram a coçar para escrever no blog. Estamos apenas no dia 12 de janeiro da temporada 2013 e quanta coisa já aconteceu na ATP e na WTA?  BERNARD TOMIC

 

The School of LifeDurante os dias que passei em Londres, no que a Time Out classificou de “retraining the brain,” na The School of Life, entre aulas, reuniões, bate-papos pude contar um pouco da vida no circuito mundial, assistir aulas sobre humanidades que tinham muito a ver com o treinamento e preparação mental que muitos tenistas usam. Aliás, que sem a concentração que eles tem, não conseguiriam ser os campeões que são. Inúmeros exemplos passaram pela minha cabeça. Foram dias que culminaram com uma Diana mais criativa, divertida, motivada e inspirada. Longe da tela do computador e do celular por muitas horas diariamente, acompanhava à noite ou de manhã cedo o que estava acontecendo na ATP e na WTA. E nestas duas semanas:

 

*Bruno Soares foi campeão em Auckland, ao lado de Colin Fleming, derrotando Brunstrom e Nielsen 7/6(1) 7/6(2)  Bruno Soares campeão ATP

*Marcelo Melo ganhou o título do ATP de Brisbane, com Tommy Robredo, com quem ele combinou de jogar durante o Gillette Federer Tour

*Samantha Stosur perdeu na 1ª rodada dos dois WTAs que ela jogou

*Sharapova desistiu de jogar o WTA de Brisbane e lançou Sugarpova na Austrália

*Bernard Tomic conquistou o 1º título da carreira em Sidney, ganhando de Kevin Anderson na final

* Andy Murray ganhou o ATP de Brisbane e na Inglaterra já acham que ele e Djokovic é que dominam o circuito agora. Para os britânicos, Federer já ficou para trás.

Hewitt tennis australia

* Hewitt ganhou a exibição em Kooyong, vencendo Del Potro e  lançou uma linha de roupas chamada C’mon

* ATP anunciou novos patrocinadores para o circuito: Rolex e Tecnifibre

* Kia renovou contrato por mais cinco anos com o Australian Open

*Rogerinho foi vice-campeão do Aberto de SP

* Radwanska, a Agnieszka ganhou 2 WTAs seguidos  Radwanska WTA

* Grigor Dimitrov disputou a 1ª final de ATP da carreira (perdeu para Murray)

* Vesnina, Serena Williams e Na Li já ganharam títulos neste ano

* A Espanha ganhou a Hopman Cup

* Gasquet e Tipsarevic foram campeões em Doha e Chenai, respectivamente

* Cinza, roxo, laranja e amarelo serão as cores predominantes dos atletas Nike no Australian Oepn

* Djokovic e Azarenka são os cabeças-de-chave 1 do Australian Open. As chaves foram sorteadas na sexta –

* O Kid’s Day bateu recorde de público em Melbourne e Federer brincou com o Bob Esponja Federer Australian Open Kid's Day

* Sem nem dar tempo de eu fazer um aquecimento, o Australian Open já começa nesta noite de domingo, com apenas Bellucci e os duplistas Melo, Sá e Soares na chave principal. Todos os outros jogadores do Brasil perderam na 1ª rodada do qualifying.

* E daqui a 15 dias, depois do primeiro Grand Slam do ano, essa lista de coisas que já aconteceram em 2013, não terá a minima importância.

 

 

 

 

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Resultados dos Challengers dão novo sinal de alerta para o tênis brasileiro

Sei que estamos no meio do ATP Finals, que Del Potro ganhou um jogo emocionante contra Roger Federer, as semifinais foram definidas com os dois, além de Murray e Djokovic, mas isso não me faz parar de pensar no momento alarmante que o nosso tênis passa. Já escrevi um post sobre o assunto em abril e volto a escrever agora.

 

Tivemos uma boa sequência de torneios Challengers no Brasil nas últimas semanas e desde a Peugeot Tennis Cup, no Rio, venho observando os resultados dos brasileiros. Em três torneios da categoria no País – Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Leopoldo, nenhum tenista do Brasil alcançou a semifinal.

 

Quando escrevi em abril sobre o primeiro sinal de alerta, pelo menos havia tenistas brasileiros avançando nos Challengers do Brasil, mesmo sendo mais velhos. E o alerta era para isso, pelo fato de nenhum Novato, fora Guilherme Clezar, apresentar resultado  consistente nos Challengers.

 

Thiago Alves, 30 anos,  havia vencido o Challenger de São Paulo (Villa-Lobos);  Ricardo Hocevar, 27 anos, havia sido vice em Santos; Julio Silva, 33, em São Paulo e Clezar empolgando com o título do Challenger do Rio Quente Resorts.

Veio o segundo semestre e a situação não mudou. Piorou. Pelo menos em dois dos cinco Challengers jogados no Brasil, um tenista daqui foi à final. No entanto, nem Leonardo Kirche, 27, vice em Campinas e Hocevar, campeão em Belém, são jogadores novos.

 

Entendo que houve uma mudança no circuito, que não jogadores novinhos se destacando no top 100. Mas é sim um momento de alerta, quando três vezes seguidas, com 12 brasileiros na chave, ou mais (foram 12 no Rio e em Porto Alegre e 13, em São Leopoldo), nenhum deles alcança a semifinal. E ainda, no Rio, por exemplo, apenas Ricardo Mello, 33 anos e André Ghem, 30 estavam nas quartas-de-final. 

 

Tentei buscar explicações e não encontrei. Alguns disseram, ah, esse Challenger está muito forte, por isso os brasileiros não estão indo bem? Ah, a quadra está lenta, tem que saber jogar bem todos os fundamentos, não dá só para bater na bola…

Enfim, alguma coisa precisa ser feita.

Não é falta de torneio; não é falta de investimento.

 

Seis meses se passaram do post que escrevi e não houve qualquer mudança de padrão no ranking dos brasileiros. Continuamos apenas com Clezar, 19 anos, entre os top 10 do País de novato e vendo a evolução, por méritos próprios, de Fabiano de Paula, 23 anos, que começou o ano na 380ª posição e está no 239º lugar.

 

Pelo menos, nas dulas, Bruno Soares, Marcelo Melo e André Sá, além de Thomaz Bellucci na simples, tem deixado a bandeira brasileira hasteada no circuito mundial

 

Fotos de João Pires/Fotojump

 

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