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Adeus San José, Oi Rio de Janeiro

Os últimos dias foram de tristeza para o mundo do tênis americano. Matérias melancólicas, comentários tristes, quase deprimidos, alguns indignados e tudo isso com razão. Com a vitória de Milos Raonic acabou uma tradição de 124  anos, o ATP de San José, o segundo torneio mais antigo dos Estados Unidos. Para os brasileiros o motivo é de comemoração. Ele vem para o Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro - Ipanema

Acho que só lendo tantas histórias da competição disputada no norte da Califórnia é que me dei conta de como deve ter sido difícil para a IMG/IMX conseguir trazer o torneio para cá. O ATP de San José teve a sua primeira edição disputada em 1889 e por lá triunfaram Agassi, Sampras, Chang, Roddick, Courier, McEnroe, Edberg, Connors, Ashe, Newcombe, Murray, Laver, entre muitos outros que participaram da competição.   Pete Sampras - San Jose

Mas, os nomes dos antigos campeões, não foram suficientes para conseguir manter o torneio vivo na região. Nos últimos anos, sem americanos entre os campeões de Grand Slam e com o circuito dominado pelos Big Four – Djokovic, Nadal, Federer e Murray – ficou inviável trazer estrelas que realmente atraiam os fãs e mais inviável ainda conseguir patrocínio para ter um destes quatro jogadores no HP Pavillion.

Com pouca participação dos fãs nas rodadas iniciais e o torneio sendo administrado, nos últimos anos, pelo mesmo grupo que cuida do San Jose Sharks – hockey –, uma outra razão para a venda da data foi a de que o famoso time não queria ser expulso da Arena por duas semanas.

Mas, como disse John Isner a Reuters, não ter campeões de Grand Slam machuca o interesse pelo tênis.

Outros envolvidos com o esporte nos Estados Unidos, como o ex-profissional, hoje comentarista e membro do Conselho dos Jogadores, Justin Gimelstob, não entende como não fizeram de tudo para manter o torneio nos Estados Unidos, nem que fosse em outro lugar.

Quando chegar ao Rio de Janeiro, no ano que vem, o ATP de San Jose estará completamente modificado. Ele, na verdade, foi vendido para o ATP de Memphis, um ATP 500 e o de Memphis veio para o Brasil, para ser disputado no meio da Gira da América do Sul e no saibro. Será o maior ATP da região, com um WTA junto e esperemos, que assim como aconteceu na Califórnia, consiga estabelecer bases fortes e durar mais de um século.

 

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Muita paciência com o Nadal

Nadal Brasil Open ATPAntes mesmo de voltar às quadras, ainda em dezembro, Rafael Nadal pediu paciência. Calma para saber o momento certo de voltar a competir e agora o que ele precisa é de tempo e o público, de paciência, porque isso ele demonstrou que tem e sabe precisar. 

Desde o retorno ao circuito, na semana passada, em Viña del Mar e especialmente nesta semana, no Brasil Open, ouço comentários e recebo mensagens de fãs, jornalistas, apreciadores do esporte, entre outros, reclamando do desempenho de Nadal.

“O Nadal normal não perderia 8 games para este cara,” ou “Nossa, como ele está errando essas devoluções,” e por aí vai.

Não vamos esperar que Nadal, depois de tanto tempo parado e sem poder treinar no mais alto nível, neste período, com uma lesão rara no joelho, volte a arrasar os adversários como se acostumou a fazer nos últimos 8 anos.

Ele mesmo afirmou e para todo mundo ouvir que precisará de tempo, paciência e que ainda tem dias ruins, com dores no joelho, como foi o caso da semifinal contra Martin Alund. Já disse que não é favorito para a final contra Nalbandian. A expectativa é de que as dores diminuam ao longo das semanas e que ele chegue em forma na temporada de saibro européia.

Qualquer pessoa, quando fica sem praticar exercício, sofre no recomeço. Imagina um atleta do nível de Nadal.

E não vamos esquecer que as condições em São Paulo estão longe das ideiais. Além da altitude, tem a problemática quadra e as bolas que foram alvo de repetidas reclamações dos tenistas.

Entendo que para os fãs e a comunidade tenística seja duro ver Nadal ter dificuldade com adversários que faria de bolinha de ping pong normalmente. Foi duríssimo passar por isso com Guga, nas inúmeras tentativas dele de voltar a competir. Com a diferença de que Guga jamais voltou a ser o mesmo.  Não acredito que seja o caso de Nadal. Ou se for, ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa. Nadal serve Brasil Open

Nadal está dando os passos iniciais e como disse um amigo jornalista, quando se anda, se vai adiante.

Foi com este pensamento, em 1997, que Andre Agassi também deu a cara para bater e se submeteu a jogar torneios Challengers para recuperar a confiança abalada. Perdeu a primeira final que jogou, no Challenger de Las Vegas para o desconhecido Christian Vinck, então número 202º do ranking. Muito pior do que o ranking de Horácio Zeballos que ganhou de Nadal, na final de Viña del Mar, na semana passada.

Agassi ainda jogou outro Challenger, em seguida, em Burbank e foi campeão, mesmo tendo dificuldades pelo caminho.

Recomeçou passo a passo e com muita coragem de arriscar a reputação em torneios em que a maioria dos adversários são muito piores do que você e jamais imaginariam te enfrentar.

Mas, esses passos são necessários. E vale pensar que se não fosse isso, o Brasil, com seu ATP 250, provavelmente não seria brindado com a presença do heptacampeão de Roland Garros.

Por isso, muita paciência.

 

Fotos de Dália Gabanyi

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Os tenistas pediram férias. E vão jogar exibições. Veja a lista completa.

Os tenistas pediram, brigaram por mais semanas de férias, tiveram o desejo atendido, tanto pela ATP, quanto pela WTA e agora lotaram os respectivos calendários de exibições. Desde Djokovic que joga hoje na Eslováquia  e sábado, no Rio, a Nishikori e Hewitt jogando em Tóquio, o calendário extra circuito está recheadíssimo.

Eu não tinha me atentado que essas exibições todas estavam surgindo por causa da mudança no calendário. Estava achando que tinha a ver com o bom momento econômico e esportivo brasileiro essa vinda de Djokovic para cá, para enfrentar Guga, no sábado, no Maracanazinho e a vinda de Federer e mais Tsonga, Serena, Sharapova, Azarenka, Wozniacki, Ferrer, Robredo, os Irmãos Bryans e os brasileiros Bellucci, Melo e Soares, para jogar em São Paulo, no Ibirapuera.

Mas, comecei a perceber uma cutucada aqui, outra ali, especialmente durante a conturbada semana de Paris Bercy, que acabou sendo prejudicadíssima com as férias extendidas dos jogadores, ficando grudada em Londres, no ATP Finals e fui pesquisar um pouco.

 

A primeira exibição que encontrei, já anunciada há algum tempo, foi a de Jo-Wilfried Tsonga, nesta quarta, na Kindarena, na França, com os amigos Simon, Clement, Benneteau, Santoro, Ljubicic, entre outros. Até aí, tudo bem, é para caridade.

Depois vi a do Nishikori e do Hewitt, em Tóquio, no domingo. Não acreditei quando vi que antes de chegar ao Brasil, Djokovic ainda jogou hoje na Eslováquia ( deve ser por causa do técnico Marian Vajda, eslovaco)

É curioso também ver que tenistas que jogaram uma longuissíma temporada, com Nicolas Almagro e David Ferrer, disputando nesta semana a final da Copa Davis, em Praga, também vão viajar para longe de casa para jogar exibições entre o fim de novembro e o início de dezembro.

 

Aproveitei o belíssimo trabalho do blog Bola Amarela, de Portugal, para encontrar reunidas em um lugar só muitas destas exibições e ficar chocada com a quantidade delas.

 

Os fãs com certeza vão se deliciar com a oportunidade de ver os seus tenistas prediletos em lugares onde não há chances de vê-los em ação, ou até mesmo onde não há ATPs ou WTAs. Mas, tudo o que os tenistas vão ganhar financeiramente, sinceramente para mim, pode vir a trazer prejuízos num futuro próximo.

 

Num circuito já tão desgastante, ter que entrar em avião, cruzar continentes, e apesar do nível de exigência em quadra não ser igual ao de um torneio do circuito, há um número de eventos e aparições para patrocinadores que vem embutido nestas exibições que acabam sendo desgastante mentalmente.

 

Vejam só o calendário. Com certeza deve ter exibição que não está incluída aqui,sem falar nas que já aconteceram, com a das irmãs Williams na África na outra semana –ok, também foi por questões sociais.  Mesmo com todo auxílio da lista compilada pela Bola Amarela, a minha pesquisa, o material que recebo, devo ter deixado algo de fora.

 

Que os fãs aproveitem muito e os tenistas que se cuidem.

 

14 de Novembro – Tennis Classic

Bratislava, Eslováquia

Novak Djokovic e Martin Klizan

 

14 de novembro – Jo e ses amis

Kindarena – Rouen/França

Jo-Wilfried Tsonga, Gilles Simon, Julien Benneteau, Fabrice Santoro, Arnaud Clement

 

16 de Novembro – The Sport Check Face-Off

Toronto, Canadá

Serena Williams x Agnieska Radwanska

Milos Raonic x Andy Roddick

 

17 de Novembro – Djokovic no Rio

Rio, Maracanãzinho

Novak Djokovic x Guga

 

18 de novembro – Nissin Dream Tennis Ariake

Tókyo, Japão

Lleyton Hewitt x Kei Nishikori

 

A partir de 30 de novembro – Miami Cup

Miami (Crandon Park)- EUA

John Isner, Juan Carlos Ferrero, Nicolas Almagro, Alejandro Falla, Andy Murray, Andy Roddick

1º dezembro – La Grande Sfida

Milão, Itália

Maria Sharapova ,Sara Errani, Ana Ivanovic e Roberta Vinci

 

A partir de 6 de dezembro – Gilette Federer Tour

São Paulo – Ibirapuera

Roger Federer, Thomaz Bellucci, Bob/Mike Bryan, Bruno Soares/Marcelo Melo, Maria Sharapova, Caroline Wozniacki, Jo-Wilfried Tsonga, Serena Williams, Victoria Azarenka, Tommy Robredo, David Ferrer

 

A partir de 6 de dezembro – Copa Peugeot Argentina

Buenos Aires, Argentina

Juan Monaco, Nicolas Almagro, David Nalbandian, Alexander Dolgopolov, Fernando Verdasco e Gilles Simon

 

A partir de 09 de dezembro – Necker Cup Pro Am

Necker Island, Caribe

Tommy Haas, Bob e Mike Bryan, Novak Djokovic, Murhpy Jensen, Mark Knowles, John McEnroe e Mark Philippoussis

 

12 de dezembro: Kim’s Thank You Games 

Antuérpia, Bélgica

Kim Clijsters vs Venus Williams

 

A partir de 12 de dezembro – Argentina

Tigre, Argentina

Roger Federer vs Juan Martin del Potro

 

15 de dezembro – Encuentro Bancolumbia

Bogotá, Colômbia

Roger Federer, Jo-Wilfried Tsonga, Santiago Giraldo, Andrea Hlavackova, Alejandro Falla e Daniela Hantuchova

 

A partir de 16 de dezembro – Singapore Women’s Tennis

Cingapura

Sam Stosur, Agnieska Radwanska, Daniela Hantuchova, Shuai Peng, Flavia Pennetta e Anabel Medina Garrigues

 

A partir de 27 de dezembro – Mubalada World Tennis Championship

Adu Dhabi, Emirados Árabes Unidos

Novak Djokovic, Andy Murray, Rafael Nadal, David Ferrer, Tomas Berdych, Janko Tipsarevic

 

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“Decadente” Estados Unidos domina olimpíadas em Londres, com três dos cinco ouros

Quantas vezes já ouvimos falar que o tênis americano está em decadência, que os jogadores dos Estados Unidos já não vencem como antes, que o esporte não tem mais estrelas? Pode até ser que a tal renovação esteja demorando um pouco para decolar, mas os americanos dominaram completamente as olimpíadas no tênis, em Londres. Dos cinco ouros em disputa, três foram para os Estados Unidos e das cinco categorias olímpicas, quatro tiveram a bandeira americana hasteada. Das 15 medalhas em jogo, 4 ficaram com os Estados Unidos.

 Serena Williams foi a grande sensação americana. Desde a estreia, com a Primeira Dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, torcendo por ela na quadra central do All England Club, ela parecia estar jogando um campeonato diferente, só dela. Do começo ao fim foi destruindo as adversárias. Não importava se eram campeãs de Grand Slam, número um do mundo, ou simplesmente uma atleta olímpica. Ao fim do jogo, lá estava Serena, comemorando, sem se quer ter sido ameaçada.

 

Nas duplas, com a irmã mais velha, Venus Williams, fez história de novo ao conquistar o terceiro ouro na categoria, depois de Sidney e Beijing. Lesionada ela não competiu em Atenas. Agora ambas as Williams tem quatro medalhas de ouro, recorde olímpico. Venus foi campeã em Sidney.

 

Os irmãos Bob e Mike Bryan deram aos Estados Unidos a medalha de ouro nas duplas, a primeira da dupla que deu a eles o status de parceria Golden Slam. Com o ouro olímpico, tem no currículo agora os títulos dos quatro Grand Slams e as olimpíadas.  De quebra, ainda Mike Bryan levou mais uma medalha para casa, a de bronze, nas duplas mistas com Lisa Raymond.

 

Os três ouros do tênis colocaram os Estados Unidos mais perto da briga com a China, pela liderança no ranking de medalhdas de Londres 2012. 

 

A Rússia que dominou o pódio em 2008, saiu do All England Club com duas medalhas, a de prata de Sharapova e a de bronze de Kirilenko e Petrova. O resultado só deu gostinho de quero mais para Sharapova.

 

Ao lado de Victoria Azarenka, Max Mirnyi pôde enfim comemorar a sua primeira medalha olímpica e de ouro. A nação vizinha a Rússia, a Bielorússia, aplaudiu orgulhosa o ouro da dupla e o bronze de Victoria.

 

As checas Hradecka e Hlavackova, deixaram o país, com a prata nas duplas, na frente do Brasil no quadro de medalhas.

A Suíça esperava ver Roger Federer com o ouro, mas o tenista parece ter se contentado com a prata, afinal, pelo menos foi a primeira medalha olímpica dele.

Os ingleses sonhavam, e de tanto sonhar conseguiram ver um britânico emergir campeão no All England Club. Andy Murray fez as honras da casa e se juntou a outros 15 medalhistas de ouro, além de ter ganhado outra medalha para a Grã Bretanha, a de prata, nas duplas, com a novata Laura Robson.

Mas, sem dúvida, a medalha mais celebrada por uma nação foi a de Juan Martin del Potro. Sem vitórias olímpicas até então, o tenista deu ao país afundado em uma crise econômica, a alegria de ver o nome Argentina no quadro de medalhas. Mesmo sendo um bronze, a sensação para o país foi de uma medalha de diamante.

E nesta segunda-feira, enquanto os olhos do esporte continuam voltados para Londres, os do tênis mudam de continente. Começa hoje a Rogers Cup, em Toronto e Montreal.

É o primeiro Masters 1000 do verão da América do Norte.

O torneio não contará com diversos atletas olímpicos, mas é a chance dos americanos começarem a provar, e tem mais cinco semanas para isso até o fim do US Open, que o tênis americano ainda não está em declínio.

 

QUADRO DE MEDALHAS LONDRES 2012

 

Simples masculino

Andy Murray (GBR)

Roger Federer (SUI)

Juan Martin del Potro (ARG)

 

Simples feminino

Serena Williams (EUA)

Maria Sharapova (RUS)

Victoria Azarenka (BLR)

 

Duplas Masculino

Bob Bryan/Mike Bryan (EUA)

Joe Wilfried Tsonga / Michael Llodra (FRA)

Richard Gasquet / Julien Benneteau (FRA)

 

Duplas Feminino

Serena Williams / Venus Williams (EUA)

Andrea Hlavackova / Lucie Hradecka (CZE)

Nadia Petrova / Maria Kirilenko (RUS)

 

Duplas Mistas

Victoria Azarenka / Max Mirnyi (BLR)

Laura Robson / Andy Murray (GBR)

Lisa Raymon /Mike Bryan (EUA)

 

 

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Problema no coração de Mardy Fish pode ter causas psicológicas

Quando soube da causa da ausência de Mardy Fish das quadras, em Roland Garros, não consegui dar muita atenção ao caso. Estava no meio do torneio e tinha muita coisa acontecendo. Mas, agora com mais calma, durante Wimbledon comecei a ler e a pesquisar tudo o que havia saído sobre a arritmia cardíaca (taquicardia supraventular) e a questão parece ser também muito psicológica, pela pressão de vencer.

Foi o que ele revelou numa conversa com o repórter Christopher Clarey, publicada ontem no New York Times. Fish está jogando em Wimbledon e está na segunda rodada.

O drama de Fish começou durante o Masters 1000 de Miami, depois de ter perdido para Juan Mônaco, nas quartas-de-final. Ele acordou no meio da noite com o coração batendo tão rápido e não conseguia fazer o ritmo diminuir. “Pensei que fosse morrer naquela noite,” lembra ele que conseguiu chamar o fisioterapeuta e ser levado para o hospital.

Mas, esta não era a primeira vez que isso acontecia. Na noite anterior ao jogo da Copa Davis, contra a Suíça, ele teve uma sensação parecida. Mas, o coração voltou ao normal e ele ganhou de Wawrinka, reporta Clarey.

Quando o jornalista lembra que Fish tinha muitos pontos a defender da temporada passada, o americano concorda. “Ninguém está imune à pressão da expectativa. Nenhum ser-humano. Você vê o que escrevem de você, os comentaristas te colocam pra baixo e você não se sente à vontade porque está numa posição em que nunca esteve antes.”

Depois de fazer vários exames e testes e descobrir que não corria perigo de vida, e que os sintomas também não eram de síndrome do pânico, Fish se sentiu aliviado e resolveu jogar o ATP de Houston. “Todo mundo disse que eu estaria bem,mas eu não estava acreditando, porque só eu sabia como eu estava me sentindo toda noite antes de ir dormir.”

A tentativa de encontrar de onde vinha o problema, levou os medicos a colocarem um marca-passo em tempo integral. Mas, as preocupações de Fish não diminuíram e ele optou por fazer um procedimento cirúrgico, com anestesia geral para colocar um catéter e queimar a área com anomalia através dele.

Após a cirurgia, ele ficou descansando por oito dias e para evitar que o coração bata forte novamente cortou o álcool e a cafeína.

Ao New York Times ele confessa que chegou a pensar em parar de jogar e que o seu futuro no tênis ainda é incerto.

“O stress de estar sempre indo ao limite, de viajar tanto e para tão longe toda hora, ainda com o stress de querer muito vencer cada ponto e cada jogo, acaba com você. Não queria mais me sentir assim.”

 Foto de Cynthia Lum

 

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O ingresso mais valioso do tênis é o desta 2ª em Wimbledon

Lembro perfeitamente da primeira vez que vim a Wimbledon, há 14 anos – nossa, faz tempo e de um colega jornalista chamando a minha atenção de que a segunda-feira, da segunda semana de Wimbledon, depois do Middle Sunday, era a mais interessante do tênis.

Foi um 1997 que choveu muito e os jogos acabaram se enrolando, não dando para seguir muito o que eles chamam de “intended order of play,” do torneio e não me dei conta do que era a segunda mais valiosa do tênis.
Desta vez, a segunda depois do “Middle Sunday,” é assim que os Brits se referem ao domingo de folga – lembrando que a folga não é direcionada aos tenistas e sim à gram que precisa descansar – é o melhor ingresso de tênis do ano para quem for assistir um campeonato ao vivo.


Wimbledon é único Grand Slam que tem, no mesmo dia, todas as oitavas-de-final de homens e mulheres. Nos outros Grand Slams são em dias separados e nem sempre todos os homens jogam as oitavas no mesmo dia e nem mesmo as mulheres.

Nesta segunda no All England Lawn Tennis & Crocquet Club, quem comprou ingresso vai assistir o que há de melhor na ATP e WTA. São os 16 melhores do torneio em ação, desde agora até à noite.

Enquanto escrevo esse texto, depois de ter descansado também no middle Sunday, Sharapova e Peng já estão jogando por uma vaga nas quartas-de-final, assim como Azarenka e Petrova; Lisicki e Cetkovska; Paszek e Pervak e abrindo a sessão masculina, a surpresa e revelação Tomic x Malisse.

Ao longo do dia, o quarteto mágico do tênis estará em ação: Murray x Gasquet; Nadal x Del Potro; Federer x Youzhny e Djokovic x Llodra.

Ah e tem também as irmãs Williams; Serena x Bartoli; Venus x Pironkova, a número um do mundo Wozniacki x Cibulkova, o vice do ano passado, Berdych x Fish, o Lopez que eliminou o ROddick  x o polaco Kubot e ainda Ferrer x Tsonga?

Quanto vale um ingresso desses hein?

Imagem do ingresso!

 

 

Para se ter uma ideia, um ingresso para quadra central hoje custa 54 pounds, ou seja, 138 reais, mas esse mesmo ticket não dá direito a assistir os jogos da quadra 1, ou quem tiver o ingresso da quadra 1 também não pode ir à central. Mas, mesmo assim, continua sendo o ingresso mais bem pago de tênis do ano. E sempre dá para assistir uma partida ou outra sentado na Murray Mountain, desfrutando strawberries & cream com champagne ou típico British Pimm’s.

 

 

 

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