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E a temporada já começou com tudo: 6 torneios oficiais e a Hopman Cup

Dia 04 de janeiro, primeiro dia de jogos oficiais de chave principais de ATPs e WTAs pelo mundo. A temporada 2015 começou oficialmente.

Demorou um pouco mais do que de costume. Normalmente o circuito começa na semana anterior. Mas, com tantos pedidos de jogadores por uma temporada mais enxuta, os calendários vão se ajustando ano a ano e desta vez deu para fugir daquele início na última semana de dezembro.

Sharapova Brisbane

Aqui no Brasil sentimos falta do Challenger de São Paulo, no Parque Villa Lobos. Muitos tenistas brasileiros acostumados a começar o ano na capital paulista optaram por adiar o início da temporada ou viajar para bem longe, como fizeram João Souza, o Feijão, Guilherme Clezar e Fabiano de Paula.

Lá do outro lado do mundo, na Oceania, nos Emirados Árabes e na Índia, com passagem pela Tailândia é que tudo está acontecendo.

A tradicional exibição de Abu Dhabi, o Mubadala World Tennis Championships teve Andy Murray como vencedor, sem disputar a final. Novak Djokovic, com febre, não jogou a decisão. Foi bom para ver Wawrinka, Nadal, Almagro e Feliciano Lopez em ação nos primeiros dias do ano.

Outra exibição na Tailândia, em Hua Hin viu Berdych ganhar de Raonic. Também jogaram Fognini e Ferrer.

Sempre na frente dos ATPs e WTAs, a Hopman Cup começou hoje, em Perth. Com muitas desistências de jogadores inscritos, alguns dos quais disputaram a IPTL e pouco tempo tiveram para se recuperar de pequenas lesões ou investir em uma forte pré-temporada, mas com a presença de Serena Williams, Eugenie Bouchard, Agnieszka Radwanska, Andy Murray e do casal Fognini/Pennetta, entre outros, a competição entre países é sempre um bom aquecimento para a temporada.

Djokovic Doha

Ao mesmo tempo acontecem os WTAs de Brisbane, Shenzen e Auckland e os ATPs de Doha, Chenai e Brisbane, sim a cidade de Patrick Rafter recebe um torneio “combined.” E como são os primeiros torneios do ano, não importa se são ATPs 250 ou WTAs International (o de Brisbane é um Premier), as estrelas estão jogando. Nadal, Djokovic, Federer, Sharapova, Ivanovic, Halep, Azarenka, Kvitova, Wozniacki, Nishikori, Dimitrov, Wawrinka, entre muitos outros, estão todos competindo em busca de ritmo de jogo para o primeiro Grand Slam do ano, o Australian Open, que começa em 15 dias.

Aliás, as mulheres já começaram a jogar hoje. Samantha Stosur, vencendo por 5/1 no 3o. set levou uma virada de Varvara Lepchenko; Jankovic perdeu para Tomjlanovic e Petkovic caiu diante de Kanepi. Interessante primeiro dia.

Além disso dois Challengers são disputados nesta semana, o de Noumea e o de Happy Valley.

Entre os brasileiros, João Souza joga o ATP de Doha, o mesmo que Bruno Soares com Alexander Peya; Clezar e Fabiano de Paula disputam o Challenger da Nova Caledônia.

Estava com saudades? A temporada já começou pra valer!

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Azarenka, a bielorussa campeã do Australian Open e nova nº 1 do mundo

Há um ano, Victoria Azarenka era uma top 10 consistente. Uma tenista que jogava bem e estava sempre lá entre as 10 melhores do mundo, beliscando um torneio menor e chegando até as quartas ou semifinais de um maior.  Mas, daí para se tornar número um do mundo, alguma coisa mudou.

A bielorussa de 22 anos entendeu que para chegar além precisaria trabalhar mais, melhorar o físico, ser mais consistente em alguns golpes e também evoluir mentalmente.

E foi o que ela fez. Os meses de 2011 foram passando e a campeã do Australian Open, que derrotou Maria Sharapova por 6/3 6/0 na final, foi crescendo e encostando na amiga  Caroline Wozniacki. Tanto encostou, que tirou o trono da dinamarquesa.

Desde 2009 ao lado do francês Sam Sumyk, Azarenka, a primeira bielorussa a conquistar um Grand Slam, quer mais.

Ela é a 21ª tenista a alcançar o posto mais alto do ranking mundial. Feito para poucas, mas num circuito que perdeu um pouco das grande estrelas, foi a quinta tenista diferente na sequência a vencer um Grand Slam. No ano passado, Clijsters, Li Na, Kvitova e Stosur conquistaram os maiores títulos do calendário mundial do tênis.

Apesar de pouco conhecida mundialmente, o esporte espera que ela consiga manter a consistência, especialmente agora em que a WTA deixará de ser criticada por ter uma número um sem um título de Grand Slam, como era o caso de Wozniacki, líder por 67 semanas.

Nascida em Minsk, Azarenka começou a se projetar no tênis ainda criança e no início da adolescência foi treinar na Espanha. Não gostou da experiência e teve uma segunda oportunidade de ir para o exterior, na sequência. Foi para os Estados Unidos e lá se encontrou. Teve o português Antonio Van Grichen como um de seus primeiros grandes mentores, ganhou o Australian Open juvenil em 2005 e sete anos depois levantou a taça de campeã, a Daphne Cup, derrotando as melhores do mundo e também campeãs em Melbourne, CLijsters e Sharapova, na sequência.

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Rafa parte II – escrevendo coluna de Melbourne

E para complementar o post que escrevi ontem sobre o Nadal, aqui vai o link da coluna que ele escreveu hoje para o jornal de Melbourne, The Age.

 

http://www.theage.com.au/sport/tennis/win-or-lose-its-a-good-start-20120125-1qi2u.html

 

A coluna não é muito longa, nem excepcional. Ele mesmo conta que escreveu com o PR dele, o Benito Perez Barbadillo, com quem trabalhei muitos anos no circuito. Mas, é uma outra maneira de deixar o espanhol ainda mais perto dos fãs. Por isso, vale a leitura.

HELLO everybody. Well, this is new for me to write a column for a newspaper before a semi-final match. I suppose there’s always a first time for everything.

I do have to say I have what they call a ghost writer for this piece, which is my PR guy Benito Perez-Barbadillo since, (1) my English is not that good, and (2) he can help me express myself a bit better as he knows this world better than me.

Here I am again in a semi-final of the Australian Open. After the past two years reaching the quarters of this tournament and not being able to finish well in the matches – I had to retire in 2010 against Andy Murray and last year got injured after the third game against David Ferrer – finally I am playing again in a semi and I’m very excited about it.

For me, it is very important and a happy moment to start the season. Win or lose, it is a good start considering the end of the season I had last year with many doubts.

It is always special to play against Roger (Federer), for many reasons, but for me to play against arguably the best player of all time – together with Rod Laver – is always something special.

This is the tenth time I have played him at a grand slam tournament and in most of the previous encounters we played the final.

He is playing amazing. Remember when many were saying he was done? Well, here it is. I always said it, he is a great champion.

Many people have asked me about my memories of the last match I played against him here in Australia. It was the 2009 final and that is one of the matches that will always stay in my memory.

After that very hard and physical semi-final, I never thought I could go out and play the final with many chances to win. We both played a great match, a beautiful match and I managed to win that one. That meant for me something special since it has been the only time I’ve won this event.

I am sure this semi-final will be another great match – hopefully very different to the last match we played in London, and I hope all the fans will enjoy watching.”

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Rafa

Desde que acabei de ler a biografia do Nadal, RAFA, de John Carlin, publicada aqui no Brasil pela Sextante, queria ter escrito sobre ele, fazendo uma resenha daquelas.

Mas, terminei a leitura no meio de uma época conturbada de trabalho e acabei deixando passar.

Continuo, como sempre, atolada de coisas para fazer, mas no meio do primeiro Grand Slam do ano, achei que valia a pena recomendar a leitura.

Antes de tudo, gosto de biografias, ainda mais quando são bem escritas.

A do Nadal, a exemplo da de Andre Agassi foi feita por um aclamado escritor, John Carlin, autor de Invictus. A de Agassi, foi escrita por um vencedor de Pulitzer.

Essas características por si só, já fazem a diferença.

As comparações, no entanto, param por aí. São bem diferentes.

Apesar de achar que biografias devem ser escritas quando o personagem em questão encerra a sua atividade de destaque, no caso, como fez Agassi, a de Nadal vale a pena.

Entre descrições detalhadas de jogos importantes da carreira do espanhol, que te fazem sentir dentro da quadra, há inúmeras páginas dedicadas à pessoa Rafael Nadal, que acabam por mostrar como tudo o que faz dele quem ele é, influenciaram e influenciam a sua carreira.

O mais surpreendente para mim foi como, ao ler o livro, deu para me sentir muito mais entendida sobre ele.

São passagens como a que ele revela o medo do escuro; de tempestades; o desejo de comprar um carro uma vez durante Roland Garros e que o pai não deixou; a relação próxima com a irmã Maribel; como ele se sentiu quando os pais se separaram – aliás, o pai aparece como muito presente na carreira dele, muito mais do que podia imaginar – e olha que eu costumo saber destas coisas -; como foi cada processo da descoberta e de recuperação das lesões mais sérias, inclusive detalhando visitas a médicos que jogadores raramente gostam de comentar, que fazem do livro especial.

São detalhes dos jogos mais importantes que revelam uma vontade de vencer ainda maior do que a vemos quando ele luta em cada ponto até o final.

Não sei que resultado esperar do confronto com Roger Federer na semifinal do Australian Open, depois desta vitória sobre Tomas Berdych, de virada.

Mas, com certeza, um grande espetáculo de tênis e a julgar pelo que aprendi no livro, um Nadal diferente do que vimos até agora em Melbourne.

 

 

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Hewitt, fenômeno 14 anos atrás, agora cativa na Austrália com o seu c’mon

Nunca fui muito fã de Lleyton Hewitt. Durante certa época, achava quase insuportável ouvir aquele C’mon. Mas, no caso dele, o currículo fala por si só.

E no meu caso, gostando ou não, foi um dos jogadores que vi crescer no circuito.

Lembro quando publicamos na Tennis View, em 1998, a foto dele, com 16 anos, para retratar a vitória no ATP de Adelaide. Ele era um fenômeno.

Naquela época, Guga já havia ganhado o primeiro Roland Garros, então nos acostumamos a ver o Hewitt sempre, seja jogando, nos hotéis, sala dos jogadores, enfim, no circuito, de perto.

Rapidamente ele se tornou herói na Austrália, ganhou o US Open e Wimbledon, tirou Guga do topo do ranking mundial (no fim de 2001, com a Masters Cup em Sidney), e reinou por várias semanas na ATP.

Ficou noivo de Kim Clijsters, o que me fazia pensar que ele não devia ser tão difícil assim, com aquela imagem de durão, um pouco anti-social..

Continuou conquistando títulos, terminou o noivado, casou com uma atriz australiana, hoje Bec Hewitt – inclusive o site do tenista é junto com a esposa – wwww.lleytonandbechewitt.com – , sempre representando a Austrália com orgulho nos confrontos de Copa Davis e começou a se lesionar.

Foram lesões no pé, no quadril e umas três operações nos últimos anos.

Anos em que foi aumentando também o número de filhos. Hoje tem 3 crianças com Bec.

Não sei se foram os filhos – muitos mudam para melhor com a paterninadade ou maternidade -, as lesões que o afastaram das quadras por vários meses, ou o próprio amadurecimento. Mas, Lleyton Hewitt, que nem sempre teve apoio unânime do público na sua própria casa, parece ter reconquistado esse carinho.

E não só pela vitória de hoje sobre Milos Raonic por 4/6 6/3 7/6 6/3.

Talvez, por ao longo dos anos, ter mostrado sempre em quadra o seu coração. Mesmo na derrota na final em 2005 para Marat Safin, no Melbourne Park, sua única chance de conquistar o Grand Slam de casa.

Como ele mesmo afirmou após a vitória em quatro sets sobre o canadense de 21 anos e 1,98m, ninguém apostaria que ele estaria na segunda semana do Grand Slam quando o torneio começou. “É muito especial porque só eu e a minha equipe sabemos o que precisamos fazer para eu chegar até aqui. Há algumas semanas eu não sabia nem se poderia jogar o Australian Open.”

Ex-número um do mundo, hoje na 181ª posição, ele precisou de um wild card para entrar na chave principal em Melbourne.

A última vez que um tenista convidado chegou tão longe na chave, foi Mats Wilander, em 1994.

A próxima rodada é um desafio ainda maior para o lutador Hewitt, o número um do mundo Novak Djokovic.

Mas, independente do resultado daqui para frente, é sempre bom ver um ex-número um do mundo, um tenista que durante uma certa época era quase imbatível, brilhando mais uma vez e mostrando porque apenas poucos, muito poucos, chegam a ocupar o posto mais alto do ranking mundial. Eles tem alguma coisa a mais dentro deles, que faz sim a diferença.

Enfim, fã ou não de Hewitt, foi emocionante vê-lo avançar, sabendo de todo histórico da carreira dele. Afinal, quem não gosta de histórias de superação?

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Para irmãos Bryan, momento é de união entre os tenistas e eles querem um acordo justo

Já estamos no terceiro dia do Australian Open, metade dos jogadores que viajou até o outro lado do mundo já está arrumando as malas para voltar – sim, nestes dois dias 64 homens e 64 mulheres já foram eliminados do torneio – e a polêmica que veio à tona no fim de semana, quando Nadal falou mais do que deveria, continua no ar.

Houve suspeita de boicote dos jogadores no Australian Open (os com ranking inferior queriam mais premiação / não entendam que acham que ganham pouco, mas acham que o que ganham comparado ao lucro que os Grand Slams tem é pouco  e essa discussão é antiga) e paralelamente a isso, depois de reunião do conselho dos tenistas bem quente, Nadal, em uma coletiva de imprensa, afirmou que não concordava com os pensamentos de Federer, de uma maneira não muito gentil. “”Estoy en desacuerdo con él. Es muy fácil decir yo no digo nada, todo es positivo y quedo como un ‘gentleman’ (caballero) y que se quemen los demás” – disse em espanhol.

A declaração pegou a todos de surpresa, especialmente pela imagem de amigos e respeito que sempre houve entre os dois.

Nadal, vice-presidente do conselho dos jogadores, luta por um ranking que tenha duração de dois anos, como o golfe e não de um ano e principalmente por um calendário com mais semanas de descanso, para preservar o corpo dos jogadores.

Federer, sempre mais saudável, não acredita em ranking bienal e acha que este ano, em que já haverá semana a mais de descanso, já foi um grande avanço.

O espanhol chegou a se desculpar depois, dizendo que não deveria ter feito a declaração aos jornalistas e sim diretamente a Federer. Os dois se entenderam, mas o assunto continua sendo notícia e tenho tentado ler tudo o que encontro de qualidade para me aprofundar mais sobre o tema.

O interessante é que Federer, o Presidente do Conselho dos jogadores e Nadal, o vice, parece que tem conseguido discutir assuntos e fazer bom uso do papel que tem. É raro contar com os nomes deles nesta posição. Antes de Federer, por exemplo,Ivan Ljubicic era o Presidente do Conselho.

Entre algumas matérias interessantes que andei lendo, esta foi uma que se destacou, em que os irmãos Bob e Mike Bryan, falam do ocorrido e afirmam que apesar de tudo, os jogadores do circuito nunca estiveram tão unidos.
Reproduzo aqui o texto do jornal australiano The Age, desta quarta, em Melbourne.

 

Players fight for the right to a fair deal

Bob and Mike Bryan

January 18, 2012

It’s hard to sympathise with millionaire tennis stars, but they have a point.

IT CAN get really tough when players start talking publicly about pay and conditions, because it’s not really what the fans want to be hearing about.

They want to see us at their tournaments, they want to see everyone play, and they don’t have much sympathy for our personal lives or our families and friends, which is understandable.

We’re lucky. We travel to great cities, we’re well paid and we have one of the best jobs in the world, so we try not to open our mouths about a lot of that stuff. But we have some interesting times ahead because the players are more united than they have been in a while.

For a long time, it was impossible to get anything done, because all the players wanted different things, but that’s starting to change.

By the end of the year, everyone’s exhausted. We’ve been on tour now for 13 years, and we’ve had three-week off-seasons for that whole time.

Mike has a big house, a pool and a volleyball court that he doesn’t get to use – he just gets the bills, so he doesn’t think he’s getting much bang for his buck there.

This year we’re going to have a few extra weeks off, which is a really smart move by the ATP, because with how things have stood for the last 20 years or so, players haven’t really had a chance to work on weaknesses.

You don’t want to change, say, your serve, and go straight into a tournament. You need some time at home to work on things, to hit the weights hard rather than just try and maintain where you’re at.

Playing so much tennis takes a physical toll too. It puts a lot of pressure on the top guys especially. That’s why Rafael Nadal has been so outspoken, because if he’s going to get back up to No. 1 in the world, he just has to keep playing tennis. He can’t afford to miss any events.

That’s where the rankings system comes into it, because if you get injured, your ranking drops straight away.

Sam Querrey got hurt for three months and dropped outside the top 100. If we’ve had injuries, we’ve kind of had to push through them, take three or four anti-inflammatories before a match and keep playing. And that would be pretty standard, because everyone has something. Nobody’s ever 100 per cent, but they could be with a three- or four-month off-season.

In a perfect world, we’d have the US Open, have the tour finals for the top guys, then shut things down. As far as the rankings go, look at golf: their rankings are done over a two-year period, which means Tiger Woods can take a year off, come back and still be No. 1.

We have a player council of 11 players, and every group of players is represented on that. There’s a couple of doubles players, there’s someone who looks out for the top players, and players for, say, the top 25 and the lower-ranked guys as well. Everyone has someone they can talk to. In the past it hasn’t really worked too well.

Everyone’s had their own agendas. When you’re talking about cutting the schedule, the claycourters don’t want to lose any of their events, and the hardcourt guys are the same.

We have mandatory meetings that every player has to go to – you get fined if you don’t turn up – and the guys on the council get together eight or so times a year, whether they meet or have conference calls and go through what they’re all thinking. The meeting on the weekend was apparently pretty fiery.

But it’s cool that we have Rafa, Roger Federer and Novak Djokovic on the council together – the big three. They might not be on the exact same page at the moment, but that’s going to happen. They’re uniting the players and making sure we have a voice.

They don’t need to do it – they’re millionaires, they’re great players and they could just focus on their tennis, but they’re trying to make the game better and take it into the future, and we’re becoming a stronger group because of it. We’re less divided than we used to be, and that will hopefully make it easier for things to get done.

We won’t be around when it happens, but we want things to be better for the young guys coming through in the future.

We have friends who’ve had hip replacements at the age of 40, and we don’t want guys to be limping around when they’re 25.

Read more: http://www.theage.com.au/sport/tennis/players-fight-for-the-right-to-a-fair-deal-20120117-1q4qg.html#ixzz1jlrW7Qji

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Sem querer “chover no molhado,” mas US Open é vítima do “climate change”

Quem falava nesse assunto quando o Arthur Ashe Stadium começou a ser construído?

Não estou em NY mas estou acompanhando tudo sobre o US Open, na televisão, no application do torneio no Iphone, na internet, lendo jornais e sites, entre outros.  Confesso que deu um certo alívio ter cancelado a viagem quando vi toda a confusão armada pelo Hurricane Irene. Não que eu não quisesse estar em New York agora, mas teria sido uma confusão completa, porque era para eu ter chegado naquele primeiro fim de semana.

Agora, vendo dois dias seguidos de chuva na Big Apple, fico imaginando aquela sala de imprensa lotada de jornalistas sem ter muito o que fazer, procurando o que escrever, sem poder voltar para Manhattan, ou deixar de ir para o torneio, caso alguma coisa aconteça. Fica um clima de tensão no ar. Todos querem falar com o Diretor do Torneio, dependem de uma previsão do tempo, que funciona muito melhor lá do que aqui, os jogadores ficam irritados, todos agrupados no “player’s lounge,”, que mesmo crescendo ou sendo melhorado a cada ano, parece não dar conta de tanta gente.

Enfim, dias completos de chuvas em qualquer cidade já são complicados, em um torneio que tem data para começar e terminar ficam ainda mais, especialmente quando ainda estão sendo jogadas oitavas-de-final de simples no masculino, as mulheres estão nas quartas, tem torneio de duplas e duplas mistas em andamento, o juvenil, cadeira de rodas e muito mais.

A grande discussão em pauta no momento é porque o US Open, quando construiu o maior estádio de tênis do mundo, com capacidade para 23 mil pessoas, não programou um teto retrátil, como o Australian Open e Wimbledon já tem e como Roland Garros está programando nos seus planos de expansão.

Pensando nisso tudo, lembrei do ano da abertura do Arthur Ashe Stadium. Era 1997 e eu estava em Nova York. Guga havia ganhado Roland Garros poucos meses atrás e tinha sido o primeiro tenista a bater bola no gigantesco estádio. Uma cerimônia emocionante reuniu ex-campeões na primeira segunda-feira do torneio.

Há 14 anos o mundo era diferente. Quem falava em “Climate Change?”.

Quem imaginaria que o clima fosse mudar tanto?

Fui procurar dados de precipitação e temperaturas e para se ter uma ideia o National Climatic Data Center, oficial do Governo Americano, só tem dados disponíveis para consulta sobre temperaturas a partir de 1998 e fazendo uma rápida análise deu para ver que a média de chuva anual em Nova York foi aumentando praticamente todos os anos.

Claro que já havia órgãos preocupados com o clima antes disso, mas ninguém dava atenção.

O filme do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Al Gore, “An Incovenient Truth,” curiosamente dirigido por Lucy Walker, a mesma do “Lixo Extraordinário,” que gerou a criação da “Rede Extraordinária,” foi lançado apenas em 2006. Para mim o filme é um divisor de águas na maneira como as pessoas comuns entendem o tal “Climate Change.”

Com mania de grandeza, os americanos nem titubearam em fazer um estádio gigantesco em vez de pensar em algo coberto.

Não chovia tanto em Nova York, naquela época.

O torneio começou a ter grandes problemas há três anos, quando teve que fazer a final na segunda-feira, o que se repetiu em 2009 e em 2010.

É provável que aconteça de novo em 2011.

É o US Open sendo vítima das mudanças climáticas que vem afetando o planeta.

Parece “chover no molhado,” mas é um fato. Ninguém imaginava, lá em 1997 – ou melhor, alguns anos antes, quando começaram a projetar o Arthur Ashe Stadium, que o mundo passaria por tantas mudanças climáticas, em tão pouco tempo, capazes de alterar o nosso cotidiano.

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O poster de Roland Garros 2011 – para começar a entrar no clima de Paris

 

Nem dá para acreditar que Roland Garros começa daqui a pouco mais de duas semanas. Para começar a entrar no clima do Grand Slam francês, coloco aqui a imagem do “affiche” deste ano, feito pelo artista de Camarões, Barthelemy Toguo. Ele é o primeiro artista africano a fazer o poster do “French Open,” desde que o campeonato inaugurou esta tradição em 1980. Até Joan Miró já ilustrou o “affiche” de Roland Garros (1991).

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Roland Garros, em Paris, ficará 60% maior, terá 35 quadras e quadra Philippe Chatrier coberta

Presidente da FFT afirma que vai na contra-mão do gigantismo

Foi uma alegria acordar hoje e ler as notícias de que Roland Garros permanecerá em Paris, onde está, desde 1928.

Há alguns anos se fala de uma mudança para um lugar maior e uma estrutura mais moderna, mas ninguém nunca deu muita bola, até o ano passado, quando durante o Grand Slam, foi distribuído um dossiê à imprensa com outras regiões candidatas a sediar a competição: Gonesse, Marne-la-Vallée e Versailles e a mudança, antes só no imaginário começou a se tornar uma realidade.

As três regiões, mais Paris apresentaram propostas, projetos e hoje, em eleição na Federação Francesa de Tênis, com 70% dos votos, foi decidido que Roland Garros permanecerá onde está, em Paris e que os três principais problemas apontados – cobertura da quadra central para caso de chuva; mais conforto ao público e aos jogadores; modernização geral das instalações oferecendo mais entretenimento e serviço ao público – poderão ser solucionados.

Nós brasileiros não precisamos mais nos preocupar. Os momentos de glória que Guga trouxe para o esporte nacional, nas quadras do complexo, permanecerão por lá. 

Eu não conseguia imaginar Roland Garros em outro lugar. Talvez por ter sido o Grand Slam que mais vezes frequentei e por conhecer o estádio, cada detalhe do complexo, os funcionários, etc, tão bem, não me agradava a ideia de não ir mais àquele lugar tão especial.

Mas, é uma visão pessoal e sentimental. Parece que quando Forest Hills deixou de sediar o US Open e o Grand Slam americano se mudou para Flushing Meadows, os jogadores e o público também não gostaram muito. Mas hoje, dá para imaginar o US Open em outro lugar?

Muitos franceses – em especial os jornalistas – não gostaram da decisão da FFT de ficar em Paris, achando que desta maneira não há como o Grand Slam crescer e se equiparar aos outros três – Australian Open, Wimbledon e US Open – e que foram razões como estas, de se pensar na história, que fez a capital francesa perder as Olimpíadas de 2012 para Londres.

Mas, Roland Garros não permanecerá em Porte D’Auteil sem mudanças. Para que o campeonato permanecesse onde está, também foi feito um projeto e a Federação conseguiu apoio da cidade, do prefeito Bertrand Delanoe e até 2016 toda a reestruturação do complexo estará completa.

Neste domingo, o Presidente da FFT, Jean Gachassin, concedeu uma entrevista coletiva no Museu de Roland Garros e disse que foi uma escolha “contra a corrente do gigantismo que tanto está na moda. A FFT optou por um projeto único e que continuará a nos singularizar e que permanecerá fiel aos nossos valores. É uma escolha audaciosa, ousada e altamente qualitativa. Roland Garros tem uma imagem forte, única que irradia no mundo todo porque estamos em Paris. Não levar em conta esse posicionamento, ainda mais com o apoio da prefeitura de Paris, seria ceder à facilidade e faltar com a coragem diante de um desafio.”

O que será feito:

  • Novo centro nacional de treinamento será no estádio Georges Hebert (próximo a Roland Garros) – 2013
  • Novo Centro de Imprensa (2014)
  • Nova quadra com capacidade para 5000 pessoas nos jardins de Serres D’Auteil (2014)
  • Construção de uma outra “Show Court” com capacidade para 2000 pessoas (2015)
  • Quadra Philippe Chatrier reformada, com teto retrátil (2016).
  • Melhoria da estrutura em geral para os fãs e jogadores
  • 35 quadras no total no complexo para o torneio
  • Tamanho aumentará de 8,5 para 14 hectares

Motivos que levaram a FFT a decidir ficar em Paris

  • A localização excepcional do estádio atual, no coração de Paris
  • Um torneio urbano, em um ambiente de prestígio
  • Crescimento de 60% do tamanho atual
  • Uma dimensão histórica única, no mesmo local onde o torneio começou
  • Utilização da infra-estrutura já existente
  • 35 quadras de tênis dedicadas à organização do torneio
  • Quadra central coberta, modernizada e remodelada
  • Utilização parcial de um dos pulmões verdes de Paris, o parque de Serres d’Auteil, durante o torneio
  • Uma imagem forte: Paris
  • Um investimento que se possa cumprir
  • As receitas corporativas e de patrocinadores garantidas
  • Custo muito menor do que de uma mudança de local
  • Um contrato com a prefeitura de duração muito longa (99 anos – até 2110)
  • Um aluguel moderado e razoável
  • Uma escolha altamente qualitativa, estratégica e contra a corrente do gigantismo mundial
  • Empréstimo financeiro de 50% garantido pela prefeitura de Paris
  • Subvenção de 20 milhões de euros pela prefeitura de Paris
  • Possibilidade de organizar sessões noturnas
  • Fácil acesso regional, nacional e internacional
  • Estrutura hoteleira de Paris
  • 55000 pessoas por dia poderão ir ao torneio
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Dolgopolov, “The Dog,” é A atração deste Brasil Open

Ele não é o nome mais conhecido do Brasil Open, nem o mais bem ranqueado na ATP. É o 32º do ranking mundial e cabeça-de-chave 4  do do torneio, atrás de Nicolas Almagro, Albert Montañes e Thomaz Bellucci, mas Aleksander Dolgopolov é talvez a principal atração do ATP brasileiro.


Quadrifinalista surpresa do Australian Open, o Brasil Open é o primeiro torneio que Dolgopolov está jogando depois do sucesso em Melbourne.

Chegou a Bahia gripado, depois de ter passado pelos -10ºc da Ucrânia, seu país, no caminho para o Brasil, mas parece já estar quase recuperado.

Acompanhado do técnico australiano Jack Reader, o ucraniano está parecendo mais um conterrâneo do treinador, do que natural da gélida Ucrânia. À vontade em Sauípe, circula com tranquilidade pelas dependências do resort e com aparência sempre sossegada.

Ao cruzar com ele no caminho do hotel para as quadras, não se parece mesmo com um tenista top, estrela, que há duas semanas estava nas quartas-de-final do Australian Open. Mas hoje, em quadra, na sua estreia na segunda rodada – saiu de bye – derrotou Ruben Ramirez Hidalgo por 7/5 6/3, mostrando toda habilidade que o levou longe no Grand Slam, com golpes variados e a mesma tranquilidade com quem passeia entre os coqueiros da Costa do Sauípe.

Com um inglês fluente, sem qualquer sotaque do leste europeu, “The Dog,” como o chamam no circuito, disse que está feliz de voltar a jogar no saibro, “onde jogou 90% da vida, mas que ainda está se readaptando à superfície, depois de muitas semanas na quadra rápida.”

Além de torcer pelos brasileiros, assistir o filho do ex-treinador de Medvedev jogar, é uma das atrações desta 11ª edição do Brasil Open.

Para quem quiser saber mais sobre Dolgopolov e sua história fiz um post bem completo sobre ele, durante o Australian Open – http://gabanyis.com/?p=2295

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