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US Open – Let’s Play

Ainda nem cheguei em NY e me sinto correndo contra o tempo. Desde segunda-feira as maiores estrelas do esporte estão nos mais diversos eventos, acompanhando o ritmo incansável da cidade. O Arthur Ashe Kid’s Day, neste sábado, marca a última grande brincadeira, antes do campeonato começar pra valer. Let’s play.  serena taste of tennis

O maior burburinho da semana ficou com Maria Sharapova. Além de sempre causar alvoroço por onde passa, Maria resolveu tentar mudar o sobrenome para Sugarpova, o nome da sua linha de balinhas, durante as duas semanas do US Open. A tentativa deu errado, pois ela teria que ficar com o sobrenome por mais tempo e mudar muitos documentos e a russa, depois de todo o buzz, desistiu de jogar o Grand Slam americano, com dores agudas no ombro. Sharapova Sugarpova

Com menos impacto, mas não com menos fervor, Andy Murray e Novak Djokovic apresentaram as respectivas coleções US Open da adidas e Uniqlo, nas megastores de Manhattan. Milos Raonic, patrocinado pela New Balance, aproveitou para lançar a linha NB Tennis em NY e Venus Williams exibiu as roupas floridas da Eleven que jogará em Flushing Meadows.

  1005387_10151790453650971_1263176102_n UNIQLO NY DJOKOVICO tradicional Taste of Tennis reuniu Serena, Azarenka, Radwanska, James Blake, entre outros, no W da Lexington Avenue, na noite de quinta-feira.

Antes, no início da semana, Roger Federer brindou os 270 anos da Moet & Chandon em uma festa de gala em NY.Roger-Federer MOET CHANDON

Até acender as luzes do Empire State Building com as cores da WTA, Billie Jean King e Azarenka fizeram. O trofeu inclusive passou por lá algumas semanas atrás e foi fotografado com NY ao fundo.

tennis empire state building ny

Serena e Murray fizeram o sorteio das chaves ontem também e depois foram jogar com crianças afetadas pelo furacão Sandy.

Billie Jean lançou hoje um selo homenageando Althea Gibson.

À noite tem a festa de gala da ATP comemorando os 40 anos da insitutuição do ranking e homenageando todos os tenistas número um do mundo. Guga estará lá.

Domingo tem coquetel da WTA com direito a exibição do filme “Guerra dos Sexos.”

E amanhã, para quem gosta de brincar de tênis, tem o maior kid’s day do mundo, o Arthur Ashe Kid’s Day, com ingressos esgotados, no Billie Jean King Tennis Center, local onde é disputado o US Open.

arthur ashe kid's day

Os tenistas tops estarão lá na gigante quadra central para entreter a garotada; as quadras serão transformadas em playground, shows de teenagers que os americanos adoram e para completar a presença da First Lady, Michelle Obama.

Ah e para completar, algumas horas antes do US Open começar, na noite de domingo, Marion Bartoli ainda convidou os jornalistas para um bate-papo no Sofitel de Manhattan.

Acho que está na hora do US Open começar. Let’s Play.

 

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US Open – Treze anos depois e Serena continua ganhando Grand Slams

Há treze anos Serena Williams erguia o seu primeiro trofeu de Grand Slam, na mesma quadra onde neste domingo derrotou a número um do mundo, Victoria Azarenka, por 6/2 2/6 7/5. Então, com 17 anos de idade, ela derrotava a número um da WTA, de 1999, Martina Hingis, por 6/3 7/6. Mesmo com a ambição do pai Richard Williams, e tudo o que se falou na época em que as irmãs Venus e Serena surgiram no circuito, de que seriam as melhores da história, dificilmente imaginaríamos ver a mais nova de cinco irmãs erguendo o 15º trofeu de Grand Slam da carreira, 13 anos depois do primeiro. Ninguém na história do US Open tem tanto tempo de diferença entre o primeiro e o último título conquistado em New York.

 

Lembro como se fosse hoje quando vi a Serena pela primeira vez no circuito, de miçangas, carinha de criança e dizendo que conquistaria o mundo. Lembro perfeitamente desse título de 1999. Foi um ano em que o Guga alcançou as quartas-de-final no US Open, por isso acabei ficando bastante em NY, quase até a final e consequentemente cruzando a Serena constantemente. Lembro da rivalidade que existia entre as irmãs e Hingis, e também Kournikova. Lembro da roupa amarela, ainda da Puma, com que Serena ganhou aquele primeiro Grand Slam da carreira. Na verdade, não sei se lembro ou se vi tantas vezes a capa da Tennis View com ela erguendo o trofeu do US Open 99 ou se ao passar no corredor entre a sala de imprensa e a sala dos jogadores, acabo olhando mais para essa foto do que a dos outros campeões e acho que tenho isso fresco na memória.

 

O que mais me impressiona é mesmo a longevidade da tenista. Que jogador ou jogadora fica ganhando Grand Slam por 13 anos? Antigamente víamos tenistas durarem tanto tempo no circuito, mas atualmente, não vemos jogadores e jogadoras com carreiras longas e vencedoras.

 

Serena está agora a 3 títulos de igualar o recorde de 18 trofeus de Grand Slam de  simples de Martina Navratilova e Chris Evert e incrivelmente tem 8 trofeus a mais do que a segunda colocada da Era Aberta, a sua irmã, Venus.

 

É muita diferença entre as outras campeãs da sua geração, o que a faz parecer uma gênia das quadras.

 

David Ferrer, na sua coletiva depois da derrota para Djokovic, comentou que um diferencial dos Fab Four do tênis, Murray, Djokovic, Nadal e Federer, é a força mental e foi isso que Serena mostrou hoje.

 

Quando penso na história dela, me impressiono mais ainda. Ela foi treinada por pais que aprenderam a jogar tênis pela televisão, quando viram quanto ganhava uma jogadora de tênis. Richard e Oracene tentaram ensinar as cinco filhas (só Serena e Venus são filhas dos dois), mas apenas as duas mais novas mostraram a habilidade necessária para vencer.

 

Todos os dias, antes e depois da escola, Richard colocava as cinco meninas em uma van, com um carrinho de supermercardo cheio de bolas de tênis e ia para as quadras públicas de Compton, um bairro humilde e de gangues da Califórnia, treinar.  

 

Cada uma da sua maneira, as irmãs foram chegando no circuito e nunca mais saíram. Tiveram problemas de saúde, se aventuraram por diferentes mundos entre campeonatos, como o da decoração e design, o mundo de Hollywood e com um calendário sem excesso de torneios, conseguem estar aí, principalmente Serena, representando o que é ser uma atleta campeã, ao pé da letra.

 

Campeã de Wimbledon, medalhista de ouro olímpica e campeã do US Open. Ah, aos 30 anos de idade.

 

Foto de Serena Williams – Cynthia Lum

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