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Manhattan / US Open / Manhattan – de ônibus. Encontros com Pasarell, Rusedski, Bollettieri, Alami…

Todos os dias para vir e voltar do US Open pego um ônibus. Não é um ônibus municipal, ou estadual. É o US Open Shuttle. Um ônibus desses de turismo, com capacidade para 40 pessoas sentadas. Alguns com bancos de couro e um sofá em vez das últimas fileiras.

Os ônibus saem, a cada trinta minutos, a partir das 08h00min, de três endereços em mid town Manhattan: hotel Le Parker Meridien, hotel Waldorf Astoria e o Grand Hyatt, hotel, que fica do lado da famosa Grand Central Station e para voltar também saem de meia em meia hora ou 45 minutos após o último jogo.

São inúmeros ônibus diários que a USTA contrata, para nos locomovermos entre Manhattan e Flushing Meadows (estou aguardando números oficiais do US Open).

A viagem dura aproximadamente 30 minutos, dependendo do trânsito e é sempre interessante.

Afinal, com exceção dos jogadores tops que tem os carros Mercedes-Benz à disposição para fazerem esse trajeto – eles tem que ligar e solicitar o carro para o  horário que querem ser pegos no hotel – todos os envolvidos no torneio pegam o ônibus: jornalistas, jogadores, técnicos, familiares, comentaristas, ex-jogadores, empresários, convidados, juízes de cadeira, juízes de linha, o pessoal da ITF, da USTA, ATP, WTA.

O ônibus, muitas vezes, se converte em um lugar perfeito para uma reunião. Eu mesma já fiz algumas. É também um ótimo lugar para encontrar pessoas inesperadas, ou que num evento tão grande quanto o US Open, você não cruzaria.

Outro dia, por exemplo, vim no ônibus com Karim Alami, o ex-jogador marroquino com quem trabalhei em Doha, no Catar, no Sony Ericsson Championships.

Há três dias voltei para Manhattan ao lado de Nick Bollettieri, que foi ovacionado ao entrar no ônibus pela vitória de Ryan Harrisson, que treina na sua academia também. No banco da frente estava Greg Rusedski, sim ele mesmo. O canadense que virou britânico e foi vice-campeão do US Open em 1997, perdendo a final para Patrick Rafter.

Aqui em Nova York, como comentarista para as tvs britânicas, Rusedski também usa o ônibus para se locomover.

Ontem encontrei uma amiga que não austríaca que não via desde Roland Garros e foi ótimo para retomarmos contato e nos atualizarmos.

Hoje quem veio ao meu lado foi Charlie Pasarell, o ex-tenista profissional –  alcançou o 35º posto no ranking mundial / jogou boa parte da carreira quando ainda não havia ranking – que foi vice-presidente da ATP e é o CEO do BNP Paribas Open, o Masters 1000 de Indian Wells.

Durante a viagem, Pasarell falava sobre o sucesso financeiro do US Open. É o maior evento esportivo anual do mundo. Mais de 700 mil espectadores vem ao Billie Jean King National Tennis Center todos os anos.

Mais além, Pasarell explicava que depois de perder mais de US$ 10 milhões no torneio de Indian Wells, resolveram seguir caminho inverso e mudar a maneira de pensar o torneio financeiramente.

Investiram na divulgação para o público e a renda da bilheteria passou a ter valor fundamental na receita total do torneio.

Neste ano 340.000 espectadores foram a Indian Wells. Esses espectadores gastam, em média, segundo ele, US$ 7 com tournament merchandise e isso é garantia de grande retorno financeiro.

Assim, caso algum patrocinador grande dê para trás na última hora, temos como deixar o torneio “saudável.”

O ex-tenista contou também que estão aumentando as vendas de direitos internacionais de televisão, já que nos Estados Unidos não se ganha muito dinheiro com os TV rights e que após quatro anos difíceis, o torneio agora está indo bem e inclusive mais patrocinadores estão aparecendo.

Não é interessante pegar o ônibus para o US Open?

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O tênis é verde no US Open em NY com o reduce, reuse, recycle

The US Open is Green

Sempre inspirados por Billie Jean King, os americanos e principalmente o US Open que nomeou o complexo onde se joga o maior torneio de tênis do mundo de Billie Jean King National Tennis Center, continuam a incrementar as iniciativas “verdes.”

Billie Jean foi praticamente uma pioneira também nesta área ao lançar o Green Slam alguns anos atrás e o Greenternship program, para que universitários trabalhem com iniciativas verdes.

Cada vez mais os Grand Slams vão ampliando as ações para fazer um torneio sustentável, como já escrevi aqui algumas vezes e os exemplos estão sendo segiudos por outros eventos.

Desde que cheguei ao torneio, no primeiro dia, a primeira coisa que notei é que na sala de imprensa, todas as latas de lixo são para coleta seletiva, de latas e garrafas e papel e plástico.E olha que há duas lixeiras enormes em cada fileira dos lugares onde se senta a a mídia. Para o lixo comum há uma pequena lixeira embaixo da mesa de cada jornalista.

Os guardanapos antes feitos com 90% de papel reciclável agora são 100% com papel reciclável.

Vi outro dia David Nalbandian entrando no carro oficial do torneio, na porta do Waldorf Astoria para ir ao US Open e era um Mercedes híbrido.

São pequenos detalhes mas que vão fazendo alguma diferença, especialmente em uma cidade como New York, em que tenho a sensação de que reciclagem praticamente não existe. Como juntam lixo esses americanos.

Fui pesquisar e fiz abaixo um resumo das principais iniciativas verdes deste US Open 2010, que tem o slogan US Open Reduce, reuse, recycle.

1 – Todo o complexo do US Open tem 100% de latas de lixo para coleta seletiva.

2 – A IBM reduziu de 60 para 6 os servidores usados no US Open, reduzindo o consumo de energia em 40%.

3 – 60% dos carros usados pelos jogadores são híbridos.

4 – Billie Jean King e Alec Baldwin são os embaixadores das iniciativas verdes para divulgar as ações da USTA e alertar fãs e consumidores.

5 – Fãs estão ganhando cartões de metro no valor de US$4,50. É a empresa Esurance incentivando o uso do transporte coletivo.

6 – Os ingressos do US Open estão sendo impressos com 30% de papel reciclável. O papel usado para imprimir chaves, os daily programs, revista do torneio são todos com 30% de material reciclado.

7 – Os guardanapos do US Open são de papel reciclado.

8 – 20.000 bolas serao recicladas quando o US Open terminar e 60.000 serão doadas para projetos sociais.

9 – O torneio lançou uma linha de roupas orgânicas feitas 50% com material reciclado.

10 – Os jogadores estão recebendo indicações de como melhor usar as “iniciativas verdes” e os seus benefícios para o planeta.

A julgar pelo calor de mais de 35ºc neste fim de verão americano in New York City, tudo o que cada um puder contribuir, ajuda.

Ah, e o hurricane Earl is on the way. Já venta bastante em Flushing Meadows.

PS – p/ complementar o post. Descobri que estão oferecendo diariamente no restaurante da imprensa iogurte orgânico – Stonyfield. Acabei de provar um, o organic greek yogurt com mel. Muito bom!


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