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Temporada começando já? E Daniel Azulay, tênis, TV, arte, o livro A PORTA, e eu

A temporada 2012 lentamente já está começando, com exibição no mundo árabe, os qualifyings dos primeiros WTAs e ATPs do ano tendo início neste fim de semana e até mesmo o do Aberto de São Paulo. Antes parecia normal toda essa correria e pouco tempo de folga, até mesmo para os fãs, mas hoje, um pouco mais distante do dia-a-dia do circuito, confesso que parece estranho.

Claro que quando a Espanha venceu a Davis e a temporada oficialmente terminou, deu aquela sensação estranha de não ter tênis na TV por umas semanas, mas agora, que já nos acostumamos a checar os resultados on-line o tempo todo e ligar um dos canais esportivos ou streamings para assistir jogos, já parece muito cedo para a temporada recomeçar.

Mas enfim, este nem é o assunto deste post.

Só comecei a escrever sobre o fim / começo da temporada porque hoje, 30 de dezembro, recebi o livro de arte do Daniel Azulay, sim, ele mesmo, o do programa de TV da nossa infância com a turma do lambe-lambe, em que tive a honra de escrever a entrevista de abertura.

E muitos me perguntaram o que ele tem a ver com tudo o que eu faço.

Conheci o Daniel através do tênis. Carioca, ele sempre jogou pelo Country Club do Rio de Janeiro e fez a sua primeira grande exposição depois de voltar das Macabíadas, em Jerusalém, no fim dos anos 60.

Ao longo dos últimos anos nos encontramos em eventos de tênis no Rio. Lembro, ainda em 1998, quando o Guga jogou o Festival de Verão, na Praia de Copacabana, de fazer uma foto deles juntos.

Sem contato próximo, nos víamos de vez em quando e neste ano, quando meu trabalho em outras áreas começou a se expandir, incluindo a arte, passamos a nos encontrar com mais frequência em exposições pela capital carioca.

Há dois meses ele me contatou e me convidou para escrever a entrevista de abertura do livro, que mostra toda a obra do artista Daniel Azulay.

Passei um dia todo entrevistando o ídolo da infância de muita gente e conhecendo, no ateliê dele, todo o vasto trabalho de tão carismática pessoa.

Fiquei surpresa. Não conhecia toda a obra dele, nem detalhes  da técnica, da vasta imaginação e da fantástica liberdade criativa de Azulay.

Foram horas de uma entrevista bate-papo que se converteram em algumas páginas do belo livro A PORTA, da SMS Editora, com introdução e abertura dos mestres Ferreira Gullar e Paulo Klein.

Ganhei um belíssimo presente de final de ano – já não esperava ver o meu primeiro texto em um livro de arte em 2011 –, depois de um mais do que agradável encontro com o artista, que é sempre inspirador.

E hoje, no aniversário de outro mestre, Larri Passos, inspirada no que Daniel Azulay mais “transpira,” encerro o ano no blog com uma frase que ouvia sempre do Larri: ”Joguê tênis todo dia, jogue tênis com alegria.”

Ah e não poderia deixar de reproduzir o poema que abre o livro A PORTA

 

Uma porta de saída e passagem para o sonho nosso de cada dia.

Sempre entreaberta.

Um convite a oar livre

Uma ida aos limites

Da própria imaginação.

Quem quiser, é claro – poderá sempre voltar.

Se achar que vale a pena.

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Com “Cada Garrafa Tem Uma História,” Tião Santos é o novo garoto-propaganda da Coca-Cola

A Coca-Cola lançou nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, a sua nova campanha publicitária, usando personagens da vida real e que inspiram transformação. Entre vários nomes e projetos foram selecionados cinco na América Latina e dois no Brasil, o do Tião Santos – líder dos catadores de recicláveis do País -, com quem venho trabalhando há seis meses, ao lado de outros catadores e da minha parceira Jackie de Botton e o do André Marques, o Marquinhos, de Recife, que integra o COLETIVO.

A partir de 05 de agosto, Tião estará com seu rosto nas latas de coca-cola e garrafas PET e com um comercial dirigido por Breno Silveira, o Diretor de Filhos de Francisco, na televisão.

Participaram da gravação muitos catadores de Gramacho e líderes do MNCR que trabalham  conosco como a Claudete, Gordim, Irmã e Zumbi!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O vídeo!

http://www.youtube.com/watch?v=oRTjIc8uEiw

 

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O Banana Bowl de ontem e de hoje, por Roberta Burzagli, a última brasileira a vencer nos 18 anos

A semana é de Banana Bowl no Brasil e mesmo estando um pouco distante, com os meus novos afazeres ligados ao “Lixo Extraordinário,”  não estou ausente.

Reproduzo aqui a matéria que fizemos na edição 111 da Tennis View com a Roberta Burzagli, hoje técnica da ITF e última brasileira a ganhar o Banana Bowl, nos 18 anos.

Vale a pena ler o material produzido pela Fabiana de Oliveira, em que a Roberta analisa o tênis feminino no Brasil e no mundo de hoje, com o olhar de quem participa do circuito e relembra a conquista.

 

 

Roberta Burzagli, hoje técnica de destaque na ITF e última brasileira a vencer o torneio, há 20 anos, analisa o tênis atual e relembra a conquista

No dia 14 de março começa no Brasil, mais precisamente na cidade catarinense de Blumenau, a disputa da 41ª edição do Banana Bowl, uma das principais competições juvenis do mundo. Com a proximidade do torneio, aumenta nos brasileiros a expectativa de quebrar o jejum de 19 anos sem uma representante no topo do pódio.

A última brasileira que triunfou no Banana Bowl foi a paulista Roberta Burzagli, em 1991, há exatos 20 anos, na sua última temporada como juvenil e mostrou toda sua garra ao saltar do pré-quali para a conquista do troféu de campeã. Isso, sem se deixar se abater por adversidades como falta de técnico e de verba, rodada dupla no último dia de torneio e disputa da final sem muito glamour, em uma quadra isolada do Tênis Clube de Santos.

Na semana seguinte à realização do Banana Bowl, o País sedia outra importante competição mundial, que se iguala a um Grand Slam juvenil, a 28ª edição da Copa Gerdau, em Porto Alegre (RS), que dá ainda mais pontos do que o Banana Bowl. Foi lá que, na temporada passada, o baiano Silas Cerqueira faturou o troféu de campeão dos 14 anos.

A seguir, Roberta Burzagli, que atualmente integra o quadro de técnicos da ITF e viaja com juvenis em ascensão de diversos países, faz uma ampla análise das dificuldades enfrentadas pelas meninas no circuito, do que ela imagina de ideal na relação entre imprensa e tenista juvenil e admite ser uma técnica rigorosa, sem deixar de estar atenta às necessidades das tenistas. Em um trecho, ela ainda lamenta que a competição tenha perdido seu formato original.

“Por muitos anos, [o Banana Bowl] foi jogado em clubes de grande porte, como o Pinheiros e o Paineiras, com todas as categorias juntas e os tenistas mais jovens podiam ver e até treinar com os mais velhos, o que era uma coisa muito boa para o desenvolvimento dos jogadores e do esporte. Naquela época, havia um grande comparecimento não só de pais, mas de um grande público, fã do esporte no Estado de São Paulo. Eu acho que, por tudo isso, antigamente os tenistas davam sim mais importância para o Banana”, ressaltou. Confira mais trechos da entrevista.

Tennis View – Quais são as diferenças que você vê no nível da chave do Banana Bowl, se compararmos a que você pegou há 20 anos e as que atualmente são formadas?

Roberta Burzagli – Eu acho que as chaves de antigamente eram mais fortes do que hoje. Além disso, na época em que eu ganhei o Banana Bowl, não havia tantos torneios ao redor do mundo como hoje, o que impede que todos os bons jogadores se reúnam num mesmo torneio.  Antes todo mundo vinha jogar o Banana Bowl, hoje há várias outras opções em outros lugares.

TV – Na sua opinião, porque o Brasil está há vinte anos sem uma campeã no Banana Bowl?

RB – Ah! Isso é complicado. Hoje, depois de já ter uma certa experiência como técnica no Circuito COSAT, com a Federation Cup  e depois com a ITF em torneios na Europa, na minha opinião essa é uma questão complexa que começa com problemas culturais e geográficos, que por sua vez geram dificuldades para que as meninas viagem para disputar torneios. O Brasil, ao contrário dos países da Europa, é um país de longas distâncias, sem ferrovias e com estradas precárias, deixando praticamente como única opção o transporte aéreo, que é caro. Já na Europa e nos Estados Unidos, se pode viajar de trem e de ônibus a um preço bem mais barato, isso para não falar na questão da segurança, o que para as meninas tem mais peso do que para os meninos. Elas têm que viajar sempre com mais alguém, fazendo com que o preço da viagem dobre. É um problema para os pais, que relutam em autorizá-las a viajar. Isso provoca uma diminuição do número de jogadoras, ou seja, você pode até ter um número grande de meninas jogando aos 10 ou 12 anos, que não exige muita viagem, mas quando elas começam a ter que viajar, aos 14 ou 15 anos, esse número começa a diminuir muito.  Essa situação acaba fazendo com que os torneios fiquem escassos de jogadoras, sendo que as melhores jogadoras acabam enfrentando jogos difíceis apenas nas semifinais ou na final. Assim sendo, o desenvolvimento da parte técnica e mental fica comprometido, pois é a competitividade e rivalidade entre os esportistas que faz com que o nível do jogo melhore. Infelizmente, nossas meninas quando se deparam com meninas vindas da Europa e dos Estados Unidos, apesar de muito talentosas, não tiveram as mesmas condições de desenvolvimento que as estrangeiras.  O bom seria se essas meninas pudessem viajar sempre juntas, com uma técnica e uma equipe de preparação física, com condições de segurança adequadas e com a questão financeira resolvida, como é na Austrália, nos Estados Unidos e na Europa.

TV – O que você fez de certo para ganhar o título do Banana Bowl, em 1991?

RB – Eu não sei se foi certo ou se foi errado. Mas era um momento na minha vida que por questões financeiras eu nem estava jogando o Circuito COSAT, tanto é que eu não tinha ponto nenhum no juvenil e tive que disputar o pré-quali do Banana Bowl, apesar de já ter um bom ranking no profissional. O único torneio que eu podia jogar era o Banana Bowl, pois foi realizado em Santos naquele ano. Então eu treinei sozinha no Paineiras e foquei minha atenção no torneio. Eu treinei super sério, mas eu estava sem pressão nenhuma. Acho que joguei para mim mesma e não para os outros. E isso é muito importante para qualquer coisa que você faça na vida. Eu me diverti no torneio e realmente estava curtindo aquele momento. Você tem que fazer as coisas por prazer e isso não significa que não tenha que treinar e se dedicar, mas apenas balancear as coisas, além de querer muito.

TV – Na final do Banana Bowl, você jogou na última quadra do Tênis Clube de Santos. Você acredita que a grande exposição dos juvenis, com imprensa, fotógrafos e etc, atrapalha o desenvolvimento do juvenil?

RB – Eu acho que quando existe um assédio exagerado da imprensa, isso atrapalha. Mas não ter cobertura nenhuma também não é bom. Muitas vezes, quando o assédio da imprensa, patrocinadores e empresários é muito grande, o jogador juvenil passa a se sentir como um profissional antes mesmo de ter chegado a esse nível. E quando ele deixa de ser juvenil ainda tem uma longa caminhada pela frente. O exagero pode prejudicá-lo tanto nos resultados, como nas partes emocional e mental. No meu caso, o fato de eu ter jogado na última quadra não me ajudou em nada. Eu gostava de jogar com público e me sentia bem. A imprensa, naquele torneio, tão pouco deu uma cobertura muito grande a minha participação e à vitória. Eu acho que isso me prejudicou um pouco, pois se eu tivesse tido chance de estar mais em evidência, talvez tivesse conseguido patrocínios para continuar. O ideal é o equilíbrio entre todas essas coisas.

TV – Devido a uma lesão, você foi forçada a interromper sua carreira aos 19 anos de idade, quando você jogava em alto nível. De que maneira você utiliza essa experiência no seu trabalho como técnica da ITF?

RB – Apesar de me considerar uma técnica muito rigorosa nos treinamentos, pois as jogadoras da equipe da ITF estão a beira do profissionalismo e o trabalho tem que ser muito minucioso, eu também tento aliviar a pressão das meninas entre os torneios. Como o tempo do circuito é longo, com até nove semanas seguidas, sempre que surge uma chance, tento tirá-las um pouco do ambiente do tênis para espairecer e também para que elas aprendam coisas diferentes.

TV – Para você, qual a importância do Banana Bowl?

RB – Para mim o Banana Bowl é e sempre vai ser importante, pois foi um momento muito especial na minha vida. Além disso, o Banana traz uma aura toda especial, pois grandes tenistas já jogaram o torneio (Sabatini, Lendl, McEnroe, Muster, Roddick, Baghdatis, Coria).  Lembro quando eu tinha 11 anos que a Silvana Campos ganhou e naquele tempo nós duas treinávamos com o mesmo técnico, o já falecido Sergio Ferreira. Eu estava com ela recebendo o troféu e ela me disse que eu seria a próxima a ganhar na categoria 18 anos. Isso ficou na minha memória de alguma maneira e quando eu ganhei liguei para ela pra dizer que sua previsão havia se concretizado.

Fabiana de Oliveira

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Guardadas as proporções, despedida de Ronaldo lembra a de Guga

Já ouvimos esta frase antes: “Perdi para o meu corpo.”

Quem se lembra há exatos três anos do Guga fazendo a primeira de suas aparições na sua turnê de despedida e emocionando o Brasil com o seu choro sincero na quadra central da Costa do Sauípe, no Brasil Open e dizendo “Eu peço desculpas, mas eu não consigo mais.”

Guga não conseguia devido às dores no quadril que o levaram a fazer cirurgias, das quais nunca se recuperou 100%. Por anos ele tentou voltar ao auge, mas foi vencido pelo corpo.

Ronaldo, o fenômeno, que hoje anunciou oficialmente a sua retirada dos campos de futebol, afirmou que “perdeu para o corpo e que sente dor ao subir uma escada.”

Há três anos, quando Guga emocionou o País, Ronaldo foi um dos primeiros a manifestar sua admiração pelo catarinense e ele enfrentava um novo desafio na carreira que era o de se recuperar de uma lesão no joelho esquerdo. “Torço muito pelo Ronaldo, ele já se superou muitas vezes e como fã peço que ele continue a lutar.”

O Fenômeno lutou, continuou, deu alegria aos corintianos e aos brasileiros que puderam vê-lo em ação nestas últimas temporadas no Brasil, mas o corpo do astro, assim como o de Guga, chegou ao limite.

Guardadas as proporções, a coletiva do Ronaldo de hoje me lembrou o anúncio da despedida de Guga. Dois atletas do mais alto nível – com datas de nascimento bem próximas, Guga nasceu no dia 10 de setembro de 1976 e Ronaldo, no dia 22 de setembro do mesmo ano – que tiveram que parar de atuar não por falta de motivação, pela idade, ou por qualquer outro motivo, mas pelo fato de o corpo ter chegado ao limite.

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Dolgopolov, “The Dog,” é A atração deste Brasil Open

Ele não é o nome mais conhecido do Brasil Open, nem o mais bem ranqueado na ATP. É o 32º do ranking mundial e cabeça-de-chave 4  do do torneio, atrás de Nicolas Almagro, Albert Montañes e Thomaz Bellucci, mas Aleksander Dolgopolov é talvez a principal atração do ATP brasileiro.


Quadrifinalista surpresa do Australian Open, o Brasil Open é o primeiro torneio que Dolgopolov está jogando depois do sucesso em Melbourne.

Chegou a Bahia gripado, depois de ter passado pelos -10ºc da Ucrânia, seu país, no caminho para o Brasil, mas parece já estar quase recuperado.

Acompanhado do técnico australiano Jack Reader, o ucraniano está parecendo mais um conterrâneo do treinador, do que natural da gélida Ucrânia. À vontade em Sauípe, circula com tranquilidade pelas dependências do resort e com aparência sempre sossegada.

Ao cruzar com ele no caminho do hotel para as quadras, não se parece mesmo com um tenista top, estrela, que há duas semanas estava nas quartas-de-final do Australian Open. Mas hoje, em quadra, na sua estreia na segunda rodada – saiu de bye – derrotou Ruben Ramirez Hidalgo por 7/5 6/3, mostrando toda habilidade que o levou longe no Grand Slam, com golpes variados e a mesma tranquilidade com quem passeia entre os coqueiros da Costa do Sauípe.

Com um inglês fluente, sem qualquer sotaque do leste europeu, “The Dog,” como o chamam no circuito, disse que está feliz de voltar a jogar no saibro, “onde jogou 90% da vida, mas que ainda está se readaptando à superfície, depois de muitas semanas na quadra rápida.”

Além de torcer pelos brasileiros, assistir o filho do ex-treinador de Medvedev jogar, é uma das atrações desta 11ª edição do Brasil Open.

Para quem quiser saber mais sobre Dolgopolov e sua história fiz um post bem completo sobre ele, durante o Australian Open – http://gabanyis.com/?p=2295

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Que rápido começou esta temporada, mas ainda é tempo de fazer uma auto-avaliação.

Bastaram alguns pouquíssimos dias longe do mundo virtual, da televisão, das notícias, para eu conseguir desligar, relaxar a mente e me sentir completamente perdida na volta.

Se antes de viajar estava até sentindo falta de um campeonatinho internacional para acompanhar, ao voltar não estou conseguindo dar conta de tanta competição acontecendo ao mesmo tempo. Federer e Nadal até já jogaram exibição em pleno Reveillon, já estão em Doha e na semana que vem tem qualifying do Australian Open.

Sharapova já começou o ano jogando com patrocínio da Head, a Hopman Cup já está encaminhada, até Roddick está competindo nesta primeira semana do ano.

Por aqui, Larri Passos e Bellucci deram entrevista coletiva e já estão em direção a Oceania, o Aberto de São Paulo, no Parque Villa-Lobos, já está no meio da semana, enfim, a temporada 2011 já começou e a mil por hora mesmo.

Mas, para nós, que não somos atletas profissionais, somos profissionais do esporte ou apenas jogadores amadores, amantes do tênis, ainda estamos voltando das férias, ou de alguns dias de descanso, ainda vamos começar nos próximos dias ou semanas a fazer uma preparação para a nossa temporada.

O colunista de preparação física da edição 110, o neo-zelandês radicado em Londres, Steve Jack, um dos maiores especialistas do mundo em corpo, mente e energia, preparou um sistema de auto-avaliação, para que você mesmo possa entender em que momento e nível está e traçar planos para como melhorar e onde quer chegar.

Depois de ter acompanhado de perto, por muitos anos, a carreira de tenistas profissionais, é algo similar que eles fazem quando estão começando a pré-temporada, só que muito mais detalhado e com muitas outras áreas chaves.

Eu mesma quando comecei a ler o material enviado por Steve Jack tive vontade de fazer essa auto-avaliação. É simples, objetiva e direta.

Vale a pena experimentar e acho que uma excelente maneira de começar 2011, se auto-avaliando e traçando metas para sempre tentar evoluir, seja em que área for.

Assim imaginei iniciar o blog neste ano, compartilhando esse sistema de auto-avaliação que o Steve Jack desenvolveu e adaptou para o tênis, especialmente a pedido da Tennis View, com mais pessoas ainda.

O Steve é um dos maiores técnicos do mundo em “mente-corpo-energia.” Há mais de 15 anos trabalha abrindo novos caminhos nas áreas de saúde, bem-estar, emagrecimento, performance esportiva e desenvolvimento de negócios. É palestrante nas maiores convenções da área e promove workshops ao redor do mundo para aqueles que estão prontos para mudar.

Mais infos sobre “body, mind e energy, preparação física, novos conceitos, entre outros,” no www.steve-jack.com e info@steve-jack.com


E aqui ainda vai a coluna direto, caso não consigam ler no arquivo!

Maior especialista em “corpo, mente e energia” ensina como você mesmo pode se avaliar e melhorar o seu jogo

Um dos segredos para melhorar o seu jogo no tênis e garantir que você seja um adversário difícil de ser derrotado, é entender e administrar melhor todas as peças integrantes do seu jogo.

Para a maior parte, o tênis, como qualquer outro esporte não se resume a uma habilidade física, a velocidade e a força. Claro, a tão importante mente tem que ser levada em consideração.

A mente humana é tão importante nos esportes, no entanto é o componente que não é desenvolvido ou treinado da mesma maneira que o físico ou a técnica são trabalhadas. Mesmo assim, nos jogos mais acirrados, muito disputados, geralmente é o jogador que consegue controlar os nervos nos pontos críticos que sai vitorioso.

Saber controlar os nervos e ficar calmo nos pontos importantes vai te levar a escalar posições no ranking do seu clube, da sua academia ou do circuito profissional, muito além do que você imaginava.

Ter consciência de como você se comporta nessas situações é um dos primeiros elementos a serem trabalhados. Você fica ansioso, fica mais nervoso, prende o braço?

Se a resposta for afirmativa, ótimo. Você tem consciência de como se comporta e podemos fazer algo sobre isso. Não adianta apenas ficar jogando semanalmente, sem fazer um rastreamento em você. Isso seria uma receita para não evoluir.

Um dos primeiros passos é começar a analisar todas as peças integrantes do seu jogo, para entender e formar uma ideia dos seus pontos fortes e fracos, para então desenvolver um programa para melhorar ainda mais os seus pontos fortes e desenvolver os fracos.

Uma das melhores maneiras de se realizar isso é traçar um perfil da sua performance, feito por você mesmo que meça os diferentes components que integram e formam o seu jogo.

Esse perfil permitirá que você explore e se classifique em uma escala de 1 a 10, na parte técnica, tática, física e psicológica, no tênis.

Eu uso um perfil de performance com os meus atletas para ter uma ideia do que está acontecendo e saber que areas precisam ser trabalhadas, para garantir que eles estejam sempre no “Estado de Performance Ideal (EPI)”, o maior tempo possível.

Depois então nós desenvolvemos estratégias específicas para ajudar que eles estejam em “EPI” nos momentos antes do jogo e desenvolvemos uma série de rituais e rotinas feitas para administrar o Estado deles.

Esse perfil também pode focar melhor no seu treinamento e permitir com que você trabalhe áreas específicas que você precisa melhorar.

Por exemplo, se o seu resultado mostrar que você está bem na parte de resistência e stamina, mas fraco em velocidade, você faria os testes relevantes de velocidade consigo mesmo e desenvolveríamos um plano de treinamento de oito semanas que garantirá que você supere os resultados do teste inicial, no término do período.

Um perfil da sua performance pode ajudá-lo e muito a focar nas áreas que precisam ser trabalhadas e a programar o seu treinamento de acordo com isso.

Vamos lá. Esse é o perfil de performance que desenvolvi para o tênis. O que você vai fazer é se avaliar em quatro áreas chaves.

1 – Atual – Como você se classifica atualmente neste traçado.

2 – Melhor – Qual foi a sua melhor pontuação para isso? Qual foi a sua melhor marca histórica?

3 – Evolução – Quanto você pode melhorar? É possível que seja muito ou só um pouco?

4 –  Estabilidade – Esse traçado é estável ou ele está cheio de altos e baixos? Ele muda muito ou permanece assim o tempo todo?

Para que você se classifique nestas áreas preencha o perfil de performance abaixo, escrevendo um número de 1 a 10 em cada uma das fileiras, nos quatro temas e reflita sobre os seus pontos. Escolha duas áreas que você queira melhorar e desenvolva um plano para que você evolua.

Perfil de performance no tênis

Liste e classifique a performance / temas/qualidades/características da sua performance no tênis. Faça a sua classificação usando a seguinte escala:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Atual  Fraca Média Excelente

Melhor Fraca Média Excelente

Evolução – Posso evoluir muito Quase nada

Estabilidade – Instável, precisa controlar             Muito estável

Tabela

Atual

Melhor

Evolução

Estabilidade

Técnica

Direita

Esquerda

Saque

Voleio

Tática

Posicionamento

Escolha dos golpes

Estratégia do saque

Subida à rede

Físico

Velocidade

Força

Agilidade

Resistência

Mental

Confiança

Foco/Concentração

Desejo/Determinação

Ansiedade

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Até 2011, até semana que vem!

Estou querendo escrever este último post de 2010 há uns dias, mas fui protelando e daqui a menos de cinco horas já tenho que estar na rua em direção ao aeroporto para alguns poucos dias de descanso, longe do computador, dos acontecimentos, do corre corre do dia a dia, do twitter, do facebook, etc..

É sempre bom desconectar um pouco, para voltar com novas ideias e inspirações.

Foi muito bom ter tido a ideia de criar este blog e compartilhar meus pensamentos, as notícias, as vivências por aí com todos vocês.

Espero conseguir ter até mais frequência em 2011 e melhorar mais este espaço.

Tomara que a gente comece o ano novo, tão bem quanto começamos, no tênis, no ano passado. Como o tempo passa muito rápido a gente já quase não lembra que há 11 meses um brasileiro ganhava o primeiro Grand Slam junior da história do País, Tiago Fernandes!

Que venham mais vitórias e motivos para o tênis ganhar mais espaço e aproveitar todo esse investimento que está sendo e será feito no esporte nos próximos anos por aqui.

Até 2011, até semana que vem.

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Evento com Guga e Agassi fez o tênis chegar às UPPs

Sempre fui uma defensora da ideia de que um dos maiores benefícios que o Guga trouxe para o País ao ganhar Roland Garros pela primeira vez, em 1997 e se consagrar como número um do mundo anos depois, foi o número de projetos sociais surgidos, através do tênis.

Gostaria até de fazer uma pesquisa para saber quantos projetos sociais de tênis existem no Brasil. Eu faço questão, em todas as edições da revista Tennis View, de dedicar um espaço aos projetos sociais. Sempre divulgamos, com o maior prazer, um projeto, seja ele grande, pequeno, em uma metrópole ou em uma vila do Mato Grosso. O que importa é o poder transformador que o esporte tem e que vidas de crianças de baixa renda e / ou pessoas com necessidas especiais são mudadas com uma raquete e uma bolinha na mão.

Neste fim de semana, durante o Tênis Espetacular, tive a oportunidade de bater um rápido papo com um dos maiores entusiastas que o tênis tem aqui, o Domingos Venâncio, técnico e hoje também Diretor da Federação de Tênis do Rio de Janeiro.

Domingos me contou empolgadíssimo de como foi a experiência de selecionar as crianças nas UPPS (Unidade de Polícia Pacificadora) dos Morros do Andaraí, Dona Marta e Providência, para participarem de clínica com Guga e Agassi, no dia em que os dois campeões se enfrentaram.

Domingos, chamado por Ricardo Acioly para fazer o trabalho, foi aos Morros com sua equipe e sentiu a empolgação das crianças de participarem de um esporte, de pegarem numa raquete de tênis pela primeira vez. “Muitas nunca tinham jogado, mas tinham a experiência do ping pong, por já ter um projeto lá. Foi emocionante.”

Eles não só selecionaram, mas acompanharam e participaram da clínica com as crianças no sábado. Depois delas baterem bola com Guga e Agassi ficaram no Maracañazinho e suas imediações o dia todo, jogando mais tênis, lanchando e participando de outras atividades ligadas ao tênis, até a hora do jogo.

Esse é um dos maiores benefícios que um evento como este consegue trazer para o País, além daqueles dos quais nós próprios nos beneficiamos, como o espetáculo, o tênis em alta novamente, que é bom para todos os envolvidos na indústria deste esporte, mais visibilidade, empolgação, novos patrocinadores, entre outros.

Agora o principal objetivo de Domingos é conseguir que esse projeto com as crianças das UPPs seja expandido para outros locais. “Vamos continuar. Não demos só o doce na boca das crianças para depois tirar.”

Além das UPPs, participaram também da clínica algumas crianças do projeto Tênis na Lagoa.

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Guga e Agassi no Rio. O poder de dois ídolos.

Fazia tempo que o Brasil não assistia um espetáculo de tênis com 9.000 torcedores presentes.

Mérito das estrelas do Tênis Espetacular, Gustavo Kuerten e Andre Agassi, um o maior ídolo do esporte no Brasil e o outro, talvez o tenista mais popular mundialmente de todos os tempos.


As palavras de Larri Passos, depois da vitória de Guga por 7/5 7/6(5), resumiram o que a vinda de Agassi ao Brasil e o confronto signficaram.


“Agassi, vê-lo aqui no Brasil com essa motivação é uma honra. Quando nós começamos no circuito, eu e o Guga, você era o nosso ídolo e hoje você está aqui,” disse emocionado o mestre de Guga, corajosamente improvisando no inglês e ainda lembrando do trabalho que o Americano faz com as crianças, através da Andre Agassi Foundation, nos Estados Unidos. “O trabalho que você faz com as crianças é maravilhoso e serve de inspiração para nós.”


Agassi, que não vinha ao Brasil desde que conquistou o seu primeiro título na ATP, em 1987, elogiou o Brasil, falou da esquerda de Guga e principalmente da cidade do Rio de Janeiro. “Há alguns dias eu vi a população apoiando a lei (law enforcement) e isso diz tudo sobre o povo de um lugar.”


Guga, que não conseguiu conter as lágrimas ao ver a mãe Alice, o irmão Rafael, Larri, Agassi e o promotor da Masters Cup de LIsboa, João Lagos, reunidos, para homenageá-lo, diante de imagens marcantes de sua carreira, agradeceu a presença do público, das pessoas que estiveram com ele durante toda a carreira e disse que “Quando fui campeão em Lisboa o Agassi me falou para eu aproveitar aquele momento que era muito especial. Dez ano depois eu continuo aproveitando por causa de vocês.”

  • O evento que foi uma comemoração da conquista da Masters Cup de Lisboa, no ano 2000, em que Guga venceu Agassi por triplo 6/4, chegando assim ao topo do ranking da ATP, foi um presente para o público brasileiro.


  • Eu mesma não sabia muito o que esperar da partida. Afinal fui privilegiada e havia feito parte da carreira do Guga e assistido, de camarote, para o meu trabalho, praticamente todos os confrontos dele com Agassi, incluindo este histórico de Lisboa.

Mas foi maravilhoso ver os dois ex-números um do mundo em ação de novo. Apesar de 10 anos mais velhos daquele jogo em Lisboa, que Guga considera ter sido a sua melhor performance em quadra, eles ainda conseguiram exibir muitos dos golpes e das jogadas que os consagraram.

Jogaram sério, lutaram pelos pontos, fizeram o público vibrar e da beirinha da quadra, onde estava sentada junto aos fotógrafos, dava para sentir a força da batida na bola, ver os golpes bem de perto, perceber a frustração e/ou a alegria de ambos ao fazerem uma jogada brilhante, como quando Guga conseguiu fazer uma belíssima esquerda paralela.


Mais uma vez me senti privilegiada ao assistir este espetáculo ao vivo. Claro que poderia ter visto pela televisão e a transmissão do SporTV, pelo que me disseram, também foi legal, mas nada como ver o jogo de perto e claro que eu também queria participar deste momento que consagrou a carreira do Guga. Assistir pela televisão teria sido como ver um show de rock em um DVD. É legal, mas nada se compara a assistir um daqueles shows num estádio de futebol.

  • Obrigada Guga, obrigada Agassi. Detalhes de organização a parte, tenho certeza de que o agradecimento é de todo o público brasileiro que estava saudoso de ver o seu maior ídolo em ação, em um grande momento.

Dois ídolos reunidos, em completa sintonia, conseguiram fazer o tênis brilhar mais uma vez.

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Brasileiro no. 1 do mundo – trabalho insano, viagem ao Havaí e “Arrombassi Guga”

Já se passaram 10 anos, mas lembro deste dia como se fosse hoje. Afinal, foi um dos dias mais marcantes dos meus 13 anos de trabalho com o Guga e essa é uma das únicas fotos que tenho daquele dezembro do ano 2000.


De uma semana que começou preocupante, com uma derrota para o Agassi na estreia quase levando ao abandono da competição, para a final foram muitos momentos de tensão, indagação, perguntas sem respostas e de repente tudo havia mudado e Guga estava na final.

Uma final contra Andre Agassi, no Masters, onde só jogam os oito melhores do mundo e ainda com chance de se tornar número um do mundo, que era algo praticamente impossível de acontecer.


Como escrevi na abertura da materia da edição 109 da Tennis View, na “viagem pela temporada do Guga do ano 2000,” apesar de lembrar de cada detalhe daquela semana em Lisboa, de enxergar bem claro na minha mente os momentos, a sala de imprensa, o corredor que levava à quadra, ao vestiário, ao lugar de pegar o carro e voltar para o hotel, entre outros, parece algo tão distante, imaginar que um brasileiro foi número um do mundo. Que um brasileiro ganhou do Sampras e do Agassi na sequência e se tornou o primeiro jogador da América do Sul, da história, a terminar uma temporada como número um.

Será que temos essa sensação porque depois disso o nosso esporte teve seu momento de crescimento, mas ficou estagnado, porque não vivemos uma outra “Guga mania” na sequência?

É talvez seja, mas não é o momento de debater essa velha questão.

Acredito que dias como esse 03 de dezembro que marcam 10 anos de uma conquista histórica, inédita para o esporte no Brasil, alavanquem coisas boas para o tênis, com toda a repercussão que está tendo.

E na época? Foi uma loucura. A sensação que eu tive quando o Guga ganhou do Sampras e depois do Agassi, foi incrível. Foi diferente.  O nível de trabalho e de exigência também. O volume de trabalho foi como se ele tivesse ganhado Roland Garros daquela primeira vez. Uma loucura, porque foi inesperado. Nem bolo a ATP tinha preparado para a festa. Tiveram que correr atrás no último minuto, afinal estava tudo pronto para o Safin comemorar.


E eu fazia parte de todos esses detalhes; de organizar as ações, a foto com o bolo, champagne, família, entrevistas com veículos brasileiros e estrangeiros, entradas ao vivo…  etc..

Vendo as inúmeras imagens na televisão e em fotos, com o meu cabelo bem loiro – como dizem alguns amigos, ainda bem que os anos passam e a gente melhora – é fácil achar que o trabalho era só aquele momento de assistir o jogo e vibrar junto com o Larri e a família.

Era só o começo de um dia longo, empolgante e estressante. O meu trabalho, quando o jogo acabou, estava apenas começando… Trabalho que tive muito orgulho de fazer.

Além de gerenciar as entrevistas do momento, atender a incontáveis telefonemas de pedidos de participação em programa de televisão, mais entrevistas, entre outros, todo mundo queria saber onde seria a festa de comemoração – pelo menos desta vez, diferente das conquistas em Roland Garros, pelo menos eu tive tempo de voltar ao hotel e trocar rapidamente de roupa para comemorar também, das outras vezes fui direto do torneio – , quando o Guga voltaria ao Brasil, etc…

A história todos já conhecem. A festa foi íntima, um jantar com alguns amigos na região portuário de Lisboa e viagem cedo no dia seguinte para o Havaí, enquanto todos o esperavam no Brasil. As férias do Guga começavam e a caça a ele pelo Brasil e pelo mundo também.

Ele estava de férias. Eu não podia divulgar onde ele se encontrava. Foram uns cinco dias daqueles de querer atirar o celular na piscina, em que minha orelha ardeu muito, mas afinal o que eu podia responder aos jornalistas a não ser – não sei quando ele volta e não posso dizer onde ele está?

Até que a ESPN Brasil descobriu-o no Havaí e acabou o mistério.

Dias depois ele desembarcava em Florianópolis onde o então Presidente, Fernando Henrique Cardoso o aguardava com uma camiseta “Arrombassi Guga.”

Sim, o Presidente da República, o aguardava em Florianópolis, com uma camiseta homenageando-o.

Precisa dizer mais alguma coisa?

E só para complementar. O ranking da ATP daquele ano 2000 terminaria assim:

1 – Gustavo Kuerten (BRA)

2 – Marat Safin (RUS)

3 – Pete Sampras (EUA)

4 – Magnus Norman (SUE)

5 – Yevgeny Kafelnikov (RUS)

6 – Andre Agassi (EUA)

7 – Lleyton Hewitt (AUS)

8 – Alex Corretja (ESP)

9 – Thomas Enqvist (SUE)

10 – Tim Henman (ING)

11 – Mark Philippoussis (AUS)

12 – Juan Carlos Ferrero (ESP)

13 – Wayne Ferreira (AFS)

14 – Franco Squillari (ARG)

15 – Patrick Rafter (AUS)

16 – Cedric Pioline (FRA)

17 – Dominik Hrbaty (ESL)

18 – Arnaud Clement (FRA)

19 – Sebastian Grosjean (FRA)

20 – Nicolas Kiefer (ALE)

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