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O campeão de Wimbledon Andy Murray e a conquista do Reino…. Unido

O que tinha tudo para ser o pior Wimbledon de todos os tempos, se tornou no melhor dos últimos 77 anos para a Grã Bretanha. Depois de esperar 7 décadas e 7 anos, eles finalmente comemoraram a vitória de um tenista do Reino Unido no All England Club, com Andy Murray aniquilando as forças de Novak Djokovic, vencendo por 6/4 7/6 6/4 e emocionando os súditos da Rainha Elizabeth.

Murray Wimbledon champion

Murray fez David Cameron vibrar, fez atores hollywoodianos como Bradley Cooper e Gerard Butler levantarem dos assentos a cada ponto que ele ganhava e chegava mais perto do título inédito, fez até Ivan Lendl sorrir. Mas, acima de tudo, refletindo todo o entusiasmo de uma nação, fez a quadra central do tradicionalíssimo All England Lawn Tennis & Crocquet Club mais parecer a quadra do US Open, de tanto barulho que havia, de empolgação.

Com direito a mensagem privada da Rainha, Murray, 26 anos, quem diria, se torna candidato a número um do mundo. Desde que contratou o super campeão Ivan Lendl como técnico e venceu o primeiro Grand Slam, no ano passado, no US Open, depois ter perdido cinco outras finais, o escocês de Dunblane, é um jogador diferente. Mais aberto com o público e mais forte mentalmente – crédito que ele dá a Lendl – Murray, quem diria, conquistou um Reinado neste domingo.

Murray DunblaneHoje é um daqueles dias que ao assistir a final de Wimbledon, e ver Murray chegar ao match point e erguer o trofeu de campão, você tem a sensação de ver a história sendo escrita na sua frente.

E de ter que dar explicações sobre como a quadra foi preparada para este Wimbledon 2013, de tantas desistências e escorregões dos tenistas nos primeiros dias, das ausências de Roger Federer, Rafael Nadal, John Isner, Jo-Wiflried Tsonga, Maria Sharapova, Serena Williams, Victoria Azarenka, entre muitos outros nomes, Wimbledon terminou esta edição do Grand Slam, com um britânico posando para a foto de campeão.

O Brasil também fez história neste 2013. Com Marcelo Melo e Bruno Soares, nas duplas e duplas mistas, o país ficou com o vice-campeonato do Grand Slam. Foram os primeiros nomes a alcançar a final no All England Club, depois de Maria Esther Bueno. Para quem começou o Grand Slam desacreditado, com apenas Rogério Dutra Silva na chave de simples, até que terminamos muito bem, com mérito total dos duplistas.

Fotos de Cynthia Lum

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Heptacampeão em Wimbledon, Federer é comparado a Pelé e a Muhammad Ali

Assistimos Rafael Nadal erguer o sétimo trofeu de Roland Garros, há um mês. Neste domingo, vimos Roger Federer  derrotar Andy Murray e: levantar o sétimo trofeu de Wimbledon, conquistar o 17º título de Grand Slam da carreira, voltar ao posto de número um do mundo, com a garantia de ultrapassar Pete Sampras como tenista que mais semanas ficou no topo.  Por estas razões e pela estética, pela maneira que joga tênis, com tanta beleza e precisão, Federer começa a ser comparada aos maiores nomes do esporte do mundo, como Pelé e Muhammad Ali.

 

Essa vitória em Wimbledon, aos quase 31 anos de idade, depois de mais de dois anos sem ganhar um Grand Slam e derrotando um inglês na final, começam a elevá-lo a outra categoria de ídolo.

 

O ambiente na região do All England Club hoje era de uma final de Copa do Mundo, com a Inglaterra jogando pelo título inédito. O Primeiro Ministro David Cameron estava lá; a Princesa Kate Middleton, Duquesa de Cambridge, e a irmã Pippa, também; David e Victoria Beckham; Alex Ferguson, entre as outras lendas do tênis, como Rod Laver, foram até SW19 tentar ver a história da Grã Bretanha sendo feita diante dos olhos.

 

Não viram Andy Murray se tornar o primeiro campeão desde Fred Perry, em 1936, mas viram Roger Federer no auge de sua performance, como ele mesmo falou na entrevista coletiva após o jogo. “Acho que estou jogando o melhor tênis da minha carreira.”

 

E olha que Murray foi muito, mais muito melhor do que as outras três finais de Grand Slam que disputou. Surpreendeu muita gente, inclusive eu. Não sentiu a pressão de bispo fazendo missa para ele, de máscaras sendo vendidas com a imagem de seu rosto, de ingressos sendo comprados a 15 mil libras e a 20 milhões de pessoas assistindo o jogo pela BBC. Entrou em quadra agressivo, jogando o tênis da sua vida. Mas, do outro lado da rede estava o Pelé das quadras, jogando como o Pelé do Santos dos anos 1970.

 

Depois do jogo, Murray deixou mostrar toda a emoção e os sentimentos daquele momento único. Ganhou ainda mais afago do público, ao chorar diante de todos esses espectadores e dizer “estou chegando mais perto.”

 

Wimbledon quase viu o desfecho perfeito para uma quinzena de muito tênis no All England Club. Mas, como Federer falou “Murray ainda vai ganhar muito Grand Slam.”  

 

Mas, a sensação é de que o torneio não acabou. Daqui a três semanas, Federer, Murray, Djokovic, Nadal e os outros tenistas da ATP e WTA estarão de volta em busca da medalha de ouro olímpica e o Reino Unido torcerá muito mais pelo escocês Andy Murray.

 

Fotos Cynthia Lum

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