O domingo, dia 11 de julho, definirá os semifinalistas da Copa Davis.
Sim, para o mundo do tênis a data sera marcada pela decisão dos confrontos de quartas-de-final da competição entre nações.
Mas, é para a Jabulani que os olhos dos fãs de esporte estarão voltados no dia 11, data da final da Copa do Mundo.
Começaram nesta sexta os jogos entre Rússia e Argentina; França e Espanha; Croácia x Sérvia e Chile x República Checa.

David Nalbandian
Grandes confrontos para os amantes do tênis, com David Nalbandian jogando pela Argentina em Moscou e marcando vitória contra Nikolay Davydenko; Mikhail Youzhny vencendo Leonardo Mayer; o francês Gael Monfils superando o espanhol David Ferrer em cinco sets; Novak Djokovic ganhando de Ivan Ljubicic; Marin Cilic passando por Viktor Troicki, entre outros desafios.

Marin Cilic
São jogos que qualquer amante do esporte gostaria de assistir, que merecem destaque mundo afora. Mas, em meio à Copa do Mundo, até mesmo os mais fervorosos fãs do tênis acabam se esquecendo da competição.
Eu mesma, que vivo do esporte, estou ligada o tempo todo no que acontece no tênis, não estava conseguindo dar a devida atenção à Copa Davis.
Ela está simplesmente perdida, no meio da decisão da Copa do Mundo, que terá a disputa do terceiro lugar neste sábado e a decisão inédita, entre Holanda e Espanha, no domingo.
Até mesmo Rafael Nadal, líder absoluto do time espanhol, trocou a disputa contra a França, em Clermont Ferrand, para viajar a África do Sul e apoiar o seu time, na final do Mundial, contra a Holanda.
Sempre fui uma defensora da Copa Davis. Acompanhei de perto inúmeros confrontos emocionantes. Vi como a disputa mexe com jogadores, torcida, mídia e a diferença que é você jogar pelo seu país e em equipe, do que um torneio do dia a dia do circuito. Vi como, em países menores e sem tradição no tênis a Copa Davis talvez seja o único momento no ano em que o tênis ganha espaço e divulgação. Aprendi a história da competição, a valorizar a sua tradição e apesar de sempre haver gente querendo mudanças, dizendo que os tops não participavam dos jogos, não concordava muito, já que eles costumam comparecer sim, mas não em todos os confrontos do ano.
Não achei que o fato de terem começado a dar pontos no ranking para quem jogasse Copa Davis tenha mudado radicalmente a cabeça daqueles jogadores que não se colocam disponíveis para competir. Não é isso que faz a diferença para os jogadores tops.
Talvez faça para os tenistas que tem ranking inferior. Mas, estes praticamente estão sempre à disposição do País.
Quando li, no início do ano, durante o Australian Open, a proposta do ex-jogador de futebol australiano James Hird, hoje um empresário dos esportes, de criar a Copa do Mundo do Tênis, que seria disputada a cada dois anos, durante 10 dias, com 32 países, não gostei. Achei quase um insulto à Copa Davis e à história do esporte.
Mas, confesso que agora vendo as quartas-de-final da Copa Davis, com tantos confrontos interessantes, perdida no meio da final da Copa do Mundo de Futebol, começo a entender a visão de Hird, de querer tornar o tênis um esporte ainda mais global, mais forte, que rivalize com as principais modalidades do mundo esportivo. Quem, fora os mais fanáticos fãs do tênis está acompanhando a Davis nestes dias?
Quem está vendo pela TV? Aqui no Brasil, pelo menos, ninguém e olha que o Brasil não está na decisão da Copa do Mundo. Espaço na mídia também não há. O foco agora é o futebol. Quem vai lembrar da Davis?
Não estou afirmando que devamos seguir a ideia de Hird, mas essa disputa de quartas-de-final, neste momento, deixa claro, que se o esporte quer crescer para além do seu nicho, precisa mudar.

Gael Monfils
Em tempo:
Argentina empata primeiro dia de confrontos com a Rússia, em Moscou.
David Nalbandian (ARG) d. Nikolay Davydenko (RUS) 64 76(5) 76(6)
Mikhail Youzhny (RUS) d. Leonardo Mayer (ARG) 63 61 64
França abre 2×0 na Espanha, em Clermon Ferrand.
Gael Monfils (FRA) d. David Ferrer (ESP) 76(3) 62 46 57 64
Michael Llodra (FRA) v Fernando Verdasco (ESP) 6/7(5) 6/4 6/3 7/6(2)
Croácia e Sérvia empatadas em Split
Novak Djokovic (SRB) d. Ivan Ljubicic (CRO) 76(3) 64 61
Marin Cilic (CRO) v Viktor Troicki (SRB) 64 7/5 6/2
República Checa lidera confronto com o Chile por 2×0, em Coquimbo
Ivo Minar (CZE) d. Nicolas Massu (CHI) 60 62 63
Jan Hajek (CZE) d. Paul Capdeville (CHI) 6/0 6/2 6/1