Meu trabalho, felizmente, me proporciona algumas vezes momentos bem especiais e neste fim de semana tive o prazer de conhecer, conversar e assistir a palestra, com degustação de chás da Inês Berton, a quem me referi no post de ontem, ou seja, a mulher que mais entende de chás no mundo. Fiquei tentando compará-la a alguma tenista melhor do mundo, mas não achei alguma que combinasse com ela, talvez Gabriela Sabatini, por ser morena, charmosa e argentina também.

Simpática, sorridente, apaixonada pelo que faz – há nove anos lançou a sua marca, a Tealosophy (www.tealosophy.com), abriu três lojas, duas em Buenos Aires e uma em Barcelona que recentemente ganhou o prêmio da Louis Vuitton de melhor loja de chá do mundo -, ao conversar com ela, você nem parece que está batendo um papo com a consultora do Dalai Lama, do Rei Juan Carlos, dos melhores hotéis e restaurantes do planeta. Aqui no Brasil é consultora do DOM.
Ao encontrá-la me apresentei pois tínhamos que trabalhar. Fazer fotos pelo evento, agendar entrevistas e organizar as próximas horas no evento. Fizemos as fotos, combinamos as matérias e uma troca de informações profissional acabou virando um bate-papo. Conversamos um pouco sobre chá, mas como estamos em um torneio de tênis, o assunto caiu no nosso esporte e Inês contou que já participou de um jantar beneficente da ATP, em Miami, fez algumas parcerias com Martin Jaite nos torneios da Argentina, a Copa TelMex, disse que joga tênis duas vezes por semana e que é fã incondicional de Nadal e claro, de Juan Martin del Potro.
Inês contou também que adorava ver o Guga jogar, que já assistiu o torneio Conde de Godó, em Barcelona, conheceu Guillermo Cañas, entre outros e que da próxima vez que vier a Campos do Jordão trará a raquete.
Mas, a missão de Inês na MasterCard Tennis Cup era falar sobre o que ela mais entende, os chás. Mesmo depois de já ter conversado bastante com ela, assisti atentamente a sua aula.

Carismática, a palestra cativou todos os presentes que tiveram a raríssima oportunidade de degustar várias das infusões e chás que ela criou, ouvir de perto sua história e ainda receber dicas de como melhor aproveitar o chá. A dica que vai ser mais difícil de seguir é a de nunca ficar mexendo o sachê do chá. Acho que todos temos mania de ficar mexendo o saquinho enquanto ele não fica pronto para beber. Ferver a água para o chá, jamais. Queima o chá e se você ainda coloca o chá quente na boca, perde muito do paladar.
Durante a degustação provei o chá, ou melhor , a infusão favorita de Inês,o vermelho, da linha Chamana, que ela criou com o parceiro argentino Guillermo Casarotti. As infusões Chamana (www.chamana.com.ar) são praticamente todas compostas por Rooibos, uma bebida vermelha, com gosto de nozes e rica em minerais, misturada com canela, gengibre, mel, figo e sem cafeína.
Mas, por enquanto – ainda não consegui provar todos os chás e infusões – o meu favorito é o chá Don Juan, da Inti Zen (www.intizen.com.ar) : chá preto, doce de leite e frutas vermelhas.
O mais interessante de todos esses chás e infusões é o cheiro que você sente ao abrir o sachê. Todos tem um perfume maravilhoso.
Todos os convidados para a degustação foram servidos por Guillermo ou Inês e puderam fazer perguntas, tirar dúvidas e conversar sobre os chás.
Inês está tão “pop” que recebeu convite para fazer uma série para a BBC no Tibet. Ela ainda está pensando se vai aceitar.
Por tudo isso, aproveitar este momento com a “Papisa do Chá,” foi especial.

Antes de ir embora, Inês reafirmou o seu desejo de um dia morar no Brasil. “Meu sonho é morar em São Paulo. Adoro essa cidade, a energia que tem lá, vendo as coisas acontecer e sempre abrindo a cabeça. Muitos dos chás que eu criei surgiram em São Paulo.”
Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre Inês Barton, reproduzo a matéria que escrevi sobre ela, para a revista da MasterCard Tennis Cup 2010.
“Nascida na Argentina, Inés aperfeiçoou o olfato para o chá ao se mudar para Nova York e trabalhar na The T Emporium, loja que conheceu por acaso quando era funcionária do Museu Gugghenheim. A loja ficava ao lado do Museu e Inés passou a frequentá-la diariamente, criando suas próprias infusões. Impressionada com a sua sensibilidade, a japonesa Fumiko a contratou e fez de Inés sua discípula.
O T Emporium foi o início de uma nova vida para a argentina, que viajou o mundo em busca das melhores ervas e combinações e se tornou grife internacional ao lançar a Tealosophy, sua própria empresa de chás.
Através da Tealosophy, Inés passou a ser consultora dos mais glamurosos hotéis e restaurantes do mundo.
Sua fama chegou tão longe que até mesmo o Dalai Lama está na lista de seus clientes ilustres, integrada também pelo Rei Juan Carlos II, Lenny Kravitz, Shakira, entre outros.
A Tealosophy tem três lojas, duas na Argentina e uma na Espanha, onde é possível degustar os chás, fazer suas próprias misturas e levar para casa os favoritos.
Os chás escolhidos para a degustação em Campos do Jordão são os das grifes Inti Zen e Chamana, em que as infusões foram criadas por Inés, em parceria com o TeaBlender Guillermo Casarotti.
A seleção especial do Chamana inclui uma caixa com cinco cores: Fucsia, amarelo, verde, azul e vermelho, em que cada uma representa uma infusão diferente, vinda dos andes.
Os chás Inti Zen integram a energia dos Andes, as virtudes naturais da Patagônia e a sabedoria e arte do chá do Oriente. A seleção inclui sete tipos de chás: Silencio Andino, Tea for Tango, Patagonia Bee, Amazonie 12, Inca Rose, Chaman Chai, Don Juan e Ilumine.”