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Djokovic triunfa no ATP Finals, encerrando temporada mais equilibrada dos últimos tempos

 

Número um do mundo Novak Djokovic ratificou a sua condição de líder do ranking vencendo o hexacampeão do ATP Finals, Roger Federer, por 7/6(6) 7/5 em uma acirradíssima partida na Arena 02, em Londres. Foi um grande final para uma das mais equilibradas temporadas do circuito mundial.

O ano de 2012 não viu o domínio de apenas um ou dois jogadores como acontecera nos últimos anos, com o próprio Djokovic, Federer ou Nadal.

 

Djokovic começou a temporada ganhando o Australian Open e tentando imprimir o mesmo ritmo de 2011, quando ganhou 10 títulos, incluindo três Grand Slams. Mas, veio a temporada de saibro e o espanhol reinou absoluto para conquistar o seu sétimo trofeu de Roland Garros.

 

Federer, que ganhava alguns Masters pelo caminho, foi rei onde raramente perde a majestade, em Wimbledon. Mas, era o começo da ascensão do súdito da rainha local, Andy Murray, que chegou onde nunca havia estado, numa final do Grand Slam inglês. Foi vice-campeão, mas adquiriu força mental e experiência suficiente para algumas semanas depois ganhar o Ouro Olímpico e deixar Federer com a medalha de Prata.

 

Veio a temporada da América do Norte, sem a presença de Nadal, lesionado desde Wimbledon e que mais tarde viria anunciar a sua ausência das quadras até o fim deste ano. Federer e Djokovic ganharam os Masters 1000 e Murray enfim venceu o seu primeiro Grand Slam, o US Open, em uma épica batalha com o sérvio.

 

A disputa entre os três continuou na turnê asiática, com Djokovic vencendo a maioria dos títulos.

 

De volta a Europa, quem triunfou antes do ATP Finals foram Juan Martin del Potro e David Ferrer.

 

Com cada tenista tendo vencido um Grand Slam e com Djokovic já garantido como número um do mundo, restava ver quem seria mais forte mental e fisicamente no último torneio do ano. Ganhou o sérvio. Pela segunda vez ele ergue o trofeu do ATP Finals e prova que o topo do ranking não foi uma mera combinação de resultados.

Se ainda existia dúvidas de quem deveria terminar o posto como número um, elas terminaram nesta noite de segunda-feira.

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Com o início de Wimbledon foi dada a largada para o verão mais esportivo da história de Londres

 

Esta segunda-feira foi apenas o primeiro dia do verão mais esportivo da história da Inglaterra. Com a abertura dos grandes portões de ferro do All England Lawn Tennis & Crocquet Club e o início do torneio de Wimbledon, foi dado o primeiro saque para quase dois meses de muito esporte, com data marcada para terminar. De hoje até 12 de agosto, dia da cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Londres (a data de início é 27 de julho), os olhos esportivos do mundo estarão completamente voltados para a Inglaterra.

Um dia após a eliminação da nação na Eurocopa, o público inglês já trocou os campos da Ucrânia e Polônia pela quadra central de Wimbledon. Os fãs de tênis lotaram o All England Club, aplaudiram as vitórias de Novak Djokovic, Roger Federer, Kim Clijsters, Heather Watson, entre outros e se decepcionaram com a precoce despedida de Venus Williams. Mas ela volto logo. Daqui a cinco semanas ela estará em Londres de novo, representando os Estados Unidos nas Olimpíadas.

 

O sol animou os ingleses, que abusaram do morango com Chantilly e dos PIMM’s, típica bebida alcóolica da Inglaterra, vendida pelo complexo e deitaram na grama da Murray Hill, como se estivessem num parque, para desfrutar do início do verão mais esportivo da história.

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Direção Miami – Sony Ericsson Open

Estava me preparando para escrever este post só quanto chegasse em Miami, mas como hoje em dia quando o assunto é voar, estamos sempre sujeitos a surpresa, me encontro agora no aeroporto de Manaus, esperando o vôo da Tam para Miami, já que o meu direto foi cancelado, sem qualquer aviso, na manhã desta terça-feira.

O motivo da viagem a Miami desta vez é o tênis. Depois de algumas semanas incríveis, com direito a passagem por Hollywood, com o pessoal do Lixo Extraordinário e de inúmeras idas e vindas entre Rio e São Paulo, para me aprofundar neste trabalho que está indo muito além do Oscar e transformará a maneira como o Brasil lida com o lixo, estou indo para um dos meus torneios favoritos no calendário do tênis mundial, o Sony Ericsson Open.

Há dois anos não encontrava um tempo na agenda para acompanhar o campeonato e desta vez, consegui encaixar uma ida a Miami, com o objetivo de ver todos esses nomes novos que estão cada vez mais ganhando espaço: Raonic, Berankis, Dolgopolov, Dimitrov, etc…

É sempre bom dar uma olhada mais de perto nestes que podem ser os próximos líderes – não líderes de número um – mas líderes do circuito mesmo em geral, como são hoje Federer, Nadal, Djokovic, etc..

Sem falar, que sempre há reuniões importantes, contatos a serem retomados ou feitos, amigos de longa data para encontrar e novidades para conhecer em termos de mídia, entretenimento, eventos, organização e muito mais.

Por isso tudo, o Sony Ericsson Open é considerado o quinto Grand Slam e em termos de negócios do tênis, talvez até ganhe de um ou outro “major”.

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Djokovic comprova evolução mental e física na conquista do Australian Open

Lembro logo que o Australian Open começou de ter ouvido uma pergunta para o Djokovic, após uma de suas vitórias, que me chamou a atenção. A questão era. Desde Roland Garros você vem melhorando de produção nos Grand Slams. Foi às quartas em Paris, à semi em Wimbledon e a à final no US Open. Vai ganhar o Australian Open?

Sim, Novak Djokovic, o “Imperador da Sérvia,” ganhou o  seu segundo título de Grand Slam, convincentemente, derrotando Federer na semifinal e Andy Murray na decisão, por 6/4 6/2 6/3, sem falar do Berdych nas quartas.

Como a comparação da evolução dos resultados nos Grand Slams, a vitória para a Sérvia na Copa Davis, no fim do ano, é notória a evolução mental, física (lembra quando ele tinha que abandonar jogos, especialmente no calor, por não aguentar fisicamente?) e técnica do seu jogo.

Para duelar de igual para igual com Federer e Nadal, teve que  fazer mudanças em todos os planos do seu jogo.

Mudanças que ele mesmo explica e que foram principalmente mentais e físicas. Como costuma dizer o colunista de preparação física e mental da Tennis View, o internacional Steve Jack, não há como separar a mente do corpo. Djokovic comprova.

Veja o que ele disse na entrevista coletiva do campeão do Australian Open 2011.

N  Djokovic – 30 01 11 1

Q.  Do you think you could play any
better than this?  Is it a perfect match that
you expected, that you dream of, or not?
NOVAK DJOKOVIC:  This was a great match.  From the start to the last point, I did what I intended of doing tactically, what I talked with my coach, what I prepared for.  Physically I was very fit. I had two days between the semifinals and finals match, which was important at this stage of the tournament.  Because I was aware of the fact that I
am going to — yeah, bring it to me.  (Laughter.)  That will have long rallies and I will have a player who doesn’t miss a lot, a very talented player who is one of the best returners in the game.  And, yeah, you know, I had to step in.  That was the key.  When I had the chance to step in and try to move him around the court, that’s what I did.  Probably the turning point was the last game of the first set where we had some incredible exchange from the baseline, long rallies, and some passing shots that turned the
match around.  You know, when you have a set advantage, it’s much different, you know, instead of getting into the match.

Q.  It’s been three years between getting one of those.  Do you feel like now that you’re older and more experienced, it
won’t be as long the next time?
NOVAK DJOKOVIC:  Yes, I feel like more experienced player.  I feel a better player
now than I was three years ago, because I think that physically I’m stronger, I’m faster, mentally I’m more motivated on the court.  I know how to react in certain moments, and I know how to play on a big stage.  It’s the best way that I could ask for to start a season.

Q.  How did you fix your serve?
NOVAK DJOKOVIC:  Well, hitting thousands and thousands of balls on the practice.  It’s all about hard work and patience, I guess, dedication to the hard work which in the end pays off.  That’s the situation.  There is no secrets.  Of course, I was aware of what I do wrong.  But once it gets into your head, it’s really hard to get it out of your habit.  Everybody was, you know, criticizing me, Why did I change my serve?  I didn’t change it intentionally.  It just came like that.  I worked hard the last 10 months, and
now it’s back.

Q.  You took a tough loss here last year, Roland Garros obviously, and then even
Wimbledon.  Did something happen in between Wimbledon and the hard courts where you regained confidence?
NOVAK DJOKOVIC:  Something switched in my head, because I am very
emotional on and off the court
.  I show my emotions.  This is the way I am.  Everybody’s
different.  The things off court were not working for me, you know.  It reflected on my game, on my
professional tennis career.  But then, you know, I settled some things in my head.  It was all on me. You know, I had to try to find the best possible solution and try to get back on the right track.  That’s what I did.

Q.  Can you talk about some of those secrets that you discovered about yourself that helped you get back on track?
NOVAK DJOKOVIC:  As I said, you know, something switched in my head.  It’s been a big mental struggle, because I was trying to separate my, of course, professional life from my
more private life.  But, you know, if somebody’s emotional — we’re all humans.  It’s not possible.  If something isn’t working off court, then it’s going to reflect on the court.  I managed to solve that problems.
This is all part of life.  Of course, everybody’s facing difficult situations in their lives.  To overcome the crisis and to stand up
and try to still dedicate yourself to the sport was a big success for me as a person.

Q.  You said you were sure Andy would win one one day.  What makes you sure?
NOVAK DJOKOVIC:  I just said.  He’s, first of all, a very talented player and he’s a hard
worker.  He’s been in finals three times, and he just needs to make that final step.
Of course, it’s not easy.  You could see his struggle and frustrations tonight, because he
felt his chances to win a first Grand Slam trophy tonight.
But, you know, it’s a learning process, I guess.  It wasn’t easy for me, as well.  I know
how he feels.  I’m sure that he knows how he feels the best.  He’s still young.  I’m sure he’s
gonna have more chances to win it, so…

Q.  Three sets to Federer and three sets to Murray.  How different were you  feeling against Federer and Murray?  When
you were more worried?
NOVAK DJOKOVIC:  You’re always worried, the semifinals and finals of Grand Slam.
You have your own worries and little pressure and expectations and things that you feel during the match.
But, you know, you work hard to be mentally prepared for these moments and physically fit to overcome the long five-setters.

You know, both of those matches were different, because I played against two different types of
players.  You know, I take always one match at a time.  I try not to look who I’m going to play, you
know, in the later stages of the tournament, even though maybe as a top player I’m expected to.
But, you know, it’s always been like that.  I always try to take one match at a time.

Q.  You have so much in common.  What’s the difference between having two Grand Slams and not having one?  What’s the
difference between you, do you feel?
NOVAK DJOKOVIC:  Well, it’s hard to say.  What do you mean?

Q.  Do you feel for him it’s a mental issue in the big matches?  You looked very confident and strong out there tonight.
NOVAK DJOKOVIC:  Well, it is in some ways a mental issue when you are facing a
situation, playing the finals of a Grand Slam, being so close to winning a title.  Every time you get it there, you know, you want to win it badly, but some things go wrong.  You’re thinking too much.  You’re worrying too much in your head.
It’s a mental battle, definitely.  Bottom line is that this is a very mental sport in the end
.  Everybody
is very fit.   I think tennis has improved so much in the last couple of years.  It’s incredible.  To compare the tennis from 2007, ‘8, to the tennis of 2010, ’11, I have the feeling the ball is traveling much faster, they’re big hitters, big servers.
So in order to keep up, you have to be always dedicated professional and consistent with your success.

Q.  There are a few people saying now that because Rafa and Roger went out before the final, the tide is turning, a changing of the guards, so to speak. Do you feel that’s the case?
NOVAK DJOKOVIC:  Still Rafa and Roger are the two best players in the world.  No question about that.  You can’t compare my
success and Murray’s success to their success.  They’re the two most dominant players in the game for a while.  All the credit to them.  It’s nice to see that there are some new players in the later stages of Grand Slams fighting for a title.  That’s all I can say.

Q.  Some of your footwork was outstanding.  At the end when you took your shoes off to throw them into the crowd, you
took out the insoles.  Do you have to have special insoles?
NOVAK DJOKOVIC:  Yes.  That’s the secret to my footwork.  You got me there
(smiling).

Q.  The Davis Cup win and now this, the last two months, has this been the best period in your life so far?
NOVAK DJOKOVIC:  On the tennis court, yes.  Yeah, Davis Cup title and another Grand Slam title.  I’m living the dream of a tennis player, definitely.

Q.  Are you more focused than ever on your game?
NOVAK DJOKOVIC:  Yeah, I’m very focused.  Yes, I have been more focused and dedicated to the sport than I have ever been before.

Q.  There are only two players but Nadal and Federer that have won two slams, you and Hewitt.  Hewitt when he did it, he
stopped.  What do you expect from yourself, to win many?
NOVAK DJOKOVIC:  I don’t want to stop here.  Definitely I want to keep my body healthy,
fit, and ready for some more challenges to come.

I feel that I have a good game for all the surfaces.  I have proven that in the past.

Q.  Which ones?
NOVAK DJOKOVIC:  Hard court.  Hard
court is my favorite surface.  Two finals in US
Open and two finals here.  It’s obvious; results
are showing everything.
But, still, I feel I can do well at French
Open and Wimbledon.

Q.  You’ve driven yourself to the point of exhaustion, overplaying, in previous seasons.  How do you avoid doing that again
this year?
NOVAK DJOKOVIC:  Well, I think you’re getting wiser by the time of being a part of this
sport.  You are more aware of the things that you should do and not do.  I was spending too much
energy on the things I shouldn’t spend on.  I mean, it’s school, a learning process.
That’s why I have a big team around me of people who are organizing my time and making me feel a bit released and making me perform the best that I can on the court.

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Djokovic, o “Imperador da Sérvia,” quer reinar de novo no Australian Open

Novak Djokovic continua impressionando neste início de 2011. Com motivação em alta e principalmente muita confiança depois de vencer a Taça Davis no final do ano, enfrentará Roger Federer por uma vaga na final do Australian Open. Desde Roland Garros do ano passado ele vem evoluindo. Alcançou as quartas em Paris, a semi em Wimbledon e foi à final do US Open. Quer agora conquistar o título.

Reproduzo neste post a matéria – editada – que escrevi sobre Djokovic para a última edição da Tennis View, falando sobre a Davis, mas principalmente como Djokovic se tornou o jogador que é hoje, desde o início da carreira e mostrando sua importância como líder muito além das quadras na Sérvia.

Tenista é o “Novo Imperador” da Nação

A Sérvia se tornou o 13º país da história a vencer a Taça Davis. Com Novak Djokovic, Victor Troicki, Nenad Zimonjic e Janko Tipsarevic, a nação venceu a França de Gael Monfils, Gilles Simon, Michael Llodra e Arnaud Clement, por 3 jogos a 2, na Arena de Belgrado, no início de dezembro.

A conquista marcou um momento histórico para o jovem País, o maior feito esportivo da República da Sérvia, nome que foi oficializado apenas em 2006, quando se separou de Montenegro.

A história, em um breve relato, explica a importância do feito para os jogadores e a população. Desde os séculos XV e XVI a região viveu mais conflitos e dissoluções, do que se pode imaginar. Foram décadas de luta com o Império Otomano, fizeram parte do Império Austro Húngaro,  do Habsburgo, do Russo, viveram a Primeira Guerra Mundial, a Guerra dos Balcãs, foram dominados pelos alemães na II Guerra, se desentenderam com os países vizinho, passaram pela Guerra da Bósnia, do Kosovo, foram chamados de Iugoslávia, Sérvia e Montenegro, até finalmente, quatro anos atrás serem oficializados República da Sérvia.

A guerra esteve presente na vida de todos os tenistas e do público presente na Arena de Belgrado, até um passado bem recente. Conquistar a Taça Davis era então prioridade para o líder da equipe Novak Djokovic.

“É o maior momento da minha carreira. Não se compara a nenhum outro. A alegria de estar aqui com os meus companheiros de equipe e de dar esse título ao meu país é imensa,” comemorou Djokovic, campeão do Australian Open em 2008.

Antes de vencer a Taça Davis, internacionalmente, como esporte coletivo, a Sérvia havia conquistado uma medalha de prata no vôlei, nos Jogos Olímpicos e vencido o campeonato europeu de basquete.

Carente de ídolos e de motivos para festejar, o País parou para celebrar os novos expoentes e o mundo entendeu a importância da competição entre nações.

DJOKOVIC, o Novo Imperador

Apesar do ponto decisivo do confronto ter sido dado por Troicki ao derrotar Llodra, foi Djokovic quem liderou a Sérvia, desde a sua primeira participação na Copa Davis, em 2004, ainda como representante de Sérvia e Montenegro, na Terceira Divisão do Zonal Europeu.

Primeiro campeão de Grand Slam do País em 2008, vencendo o Australian Open, mesmo ano em que Ana Ivanovic ganhou Roland Garros, Djokovic construiu um novo Império na República da Sérvia, o Império Novak. Através de negócios com a família e com os dirigentes governamentais, conseguiu expandir o seu sucesso no tênis, muito além do que as compatriotas Ivanovic e Jelena Jankovic vem fazendo.

Com o pai Srdjan dirigindo os negócios da família, através da Family Sports e a mãe, Djana, à frente também, Novak se tornou sinônimo de prosperidade na Sérvia e maior estrela do País. Mais popular até do que os jogadores de futebol Dejan Stankovic, da Inter de Milão e Nemanja Vidic, do Manchester United.

O tenista conseguiu, em meio a um já complexo calendário da ATP, há dois anos, trazer um torneio ATP 250 para a capital durante a temporada de saibro; abriu dois restaurantes em Belgrado, uma loja de esportes, a Novak Shop, tem um clube de tênis com spa, onde o ATP é disputado e está construindo um Centro de Treinamento, o CT Novak, com apoio do Governo, e lançamento previsto para o segundo semestre de 2011. O CT terá cinco quadras cobertas e outras 15 ao ar livre além de um hotel. A ideia é ter 50 pessoas treinando simultaneamente, com metade do espaço reservado aos jovens talentos sérvios.

“Na Sérvia nós não temos estrutura alguma. O jogador está sozinho. Se ele quiser evoluir tem que sair do País e queremos acabar com isso,” afirma o Sr. Srdjan, o pai de Novak.

É o mesmo Sr. Srdjan também quem representa as marcas patrocinadoras do filho, Head e Sergio Tacchini em toda a região dos Balcãs.

Tudo é comandado do escritório da Family Sports, empresa aberta há quatro anos e cujas instalações se assemelham a de uma corporação do mais alto padrão, com salas de reuniões, conferências e uma organizada e luxuosa sala de troféus.  Quem quiser conhecer um pouco mais é só acessar o site do tenista – http://www.novakdjokovic.rs – e assistir a apresentação dos negócios Novak, em 3D.

Um dos restaurantes Novak fica justamente no primeiro andar do Prédio da Family Sports e lá turistas e fãs podem adquirir chaveiros, canetas e mimos em geral do ídolo.

Além das propriedades e negócios, Novak é visto em outdoors pelo país, em campanhas dos patrocinadores, que inclui a Telekom Serbia, da Cruz Vermelha, de campanhas de alerta contra o câncer e do Governo. A mais atual exibe Djokovic pedindo ao povo que mantenha as cidades limpas.

A história de Djokovic com a Sérvia só não é perfeita devido a um desentendimento com a Federação de tênis do País, presidida pelo ex-top 20 Slobodan Zivojinovic.

A família de Novak acusa a Federação de não ser transparente e de não ser capaz, nem ao menos, de saber quantas pessoas jogam tênis na Sérvia e divulgar quantos são os Federados.

INÍCIO PERTO DO KOSOVO

Mas, o que é agora um conto de fadas para os Djokovics, teve momentos de história mal-assombrada.

Foi nas montanhas de Kopaonik, perto da fronteira com o Kosovo e onde fica a maior estação de esqui de Sérvia, que Novak deu as primeiras raquetadas, em três quadras de tênis construídas pelo Governo, no fim dos anos 1980, em frente à pizzaria da família.

O garoto foi logo observado pela técnica Jelena Gencic, a mesma que havia descoberto Monica Seles e Goran Ivanisevic, em Kopaonik para uma clínica, em 1993, e que no terceiro dia de treinamentos disse ao Sr. Srdjan, que o filho, então com seis anos de idade, seria um campeão.

Para progredir, Novak foi enviado a Belgrado, onde vivia com o avô e treinava no Clube Partizan. Era 1999, época dos bombardeios na região e mesmo assim, o tenista e a técnica encontravam maneiras de treinar, nos lugares bombardeados nos dias anteriores, esperando que não fossem jogar bombas novamente.
“Nós lembramos disso e nunca vamos esquecer. É algo muito forte, que está dentro da gente. Foi uma experiência traumática e claro que você fica com lembranças ruins. Ouvíamos o barulhos das sirenes, no mínimo, três vezes por dia, avisando que os aviões com bombas estavam chegando. Até hoje quando ouço algo parecido, fico assustado,” lembrou Djokovic, em uma recente entrevista ao New York Times.

Por isso, o pai Srdjan, enfatiz que “o diferencial do Novak é o mental. A força mental fez dele um campeão.” De Belgrado, logo depois de completar 12 anos de idade, Novak foi para Munique, na Alemanha, treinar com Niki Pilic, hoje o técnico da Sérvia na Copa Davis.

De acordo com relatos, a família toda, incluindo os tios, investiram tudo o que tinham para que ele pudesse treinar e ter todas as condições. “Foi um investimento,” diz o tio Goran, sócio na pizzaria inicial em Kopaonik e que continua envolvido com os negócios na Family Sports.

“E hoje o Novak se tornou o produto de exportação número um da Sérvia. Antigamente os exemplos para a juventude eram ladrões, gangsters e hoje é um tenista,” se orgulha a mãe Dijana.

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