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Nicolau, uma eterna referência

Passei o dia pensando em escrever sobre o Sony Open Tennis, em Miami. Podia escrever sobre as ausências de muitos tops antes mesmo da 3ª rodada começar ou da vitória do Bellucci. Mas, dedico o post de hoje a uma das pessoas que mais apreço tenho neste mundo do jornalismo esportivo e hoje nos deixou: Nicolau Radamés Creti.

Antes mesmo de entrar na faculdade de jornalismo, conhecia o Nicolau de nome. Li o Vitória, o livro que ele escreveu com a Cida Santos, quando o Brasil ganhou a medalha de ouro olímpica em Barcelona e guardo um exemplar comigo até hoje.

Nicolau Radames Creti

Já contei algumas vezes de como algumas passagens ficam claramente guardadas na minha memória. Conheci o Nicolau em 1995, no Diário Popular. Lembro exatamente da cena. Eu, com meus 18 anos, entrando na redação, no centro de São Paulo, com uma pastinha embaixo do braço, com o currículo e um perfil do Guga e umas fotos de divulgação dele. Guga havia terminado a carreira juvenil alguns meses antes e eu estava começando a trabalhar com ele.

A era da internet estava apenas no início. Usávamos o fax, telefoto, ou foto pelo correio. E as visitas às redações de jornal eram comuns. E eu fui de jornal em jornal äpresentar o Guga:

Sem conhecer muito as essoas, fui na cara e na coragem.
Nicolau me recebeu muito bem. E aí começou o nosso relacionamento.

Como também não estávamos na era de mandar emails, usávamos muito mais o telefone e nos falávamos bem mais do que hoje em dia.

Juntos, eu como assessora do Guga e o Nicolau como reporter, estivemos em diversos momentos e coberturas.

Nicolau me ligava sempre para checar informações, pedir entrevistas, contatos e eu também ligava para ele. Às vezes para me aconselhar, outras para bater papo ou para falarmos de Guga e ou outro assunto, quase sempre de tênis.

Tínhamos –e  temos – amigos em comum. Nicolau frequentou a casa dos meus pais, nas minhas tradicionais festas de aniversário e até um Reveillon passamos juntos, na casa do Julio Cruz. Provavelmente ele estava de plantão e eu embarcando para a Austrália no dia seguinte.

Nicolau era sempre direto. Sem enrolação. Sem enganação. Quando tinha que ser duro comigo, era. Mas, sempre foi um cara correto e divertido. Jornalista daqueles que hoje em dia estão virando raridade. Que ligam, perguntam, saem da redação, apuram, tem percepção e caráter.

Se eu ligava para convidar para algum evento, ou coletiva, e ele não podia ir ele logo dizia: não vou. Se podia, sempre ia.

Mesmo depois quando virou chefe no jornal, continuava me dando a honra da presença, sempre que possível.

E quando as saídas dele da redação diminuíram, por ser chefe e o advento da internet agilizou o envio das informações e diminui o contato telefônico, eu ainda tinha mais um laço com o Nicolau. A minha colega de faculdade, Ana Carolina Cordovano Donatelli trabalhava com ele.  Foi mais um laço que nos uniu.

Até quando foi para o interior, continuei falando com o Nicolau, pedindo conselhos e trocando ideias de pautas.

Foi ele que me passou contatos importantíssimos quando fui para o Oscar, com o Lixo Extraordinário. Ele estava escrevendo biografias que eram coordenadas pelo Rubens Ewald Filho.  Uma das entradas que fizemos ao vivo do Red Carpet, em LA, foi por causa desse contato do Nicolau.

Nos últimos meses, tive vontade de visitá-lo no interior, mas, não fui. Achei que conseguiria ir em breve. Mas, ele parou de sofrer antes.

Obrigada, Nicolau. Você será sempre uma das minhas maiores referências.

(na foto – Julio Cruz, eu e Nicolau no reveillon de mais de 10 anos atrás.. pelo meu cabelo loiro, devia ser entre 1999 e 2001)

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Os tenistas na lista dos mais poderosos do mundo

A Bloomberg divulgou nesta quarta-feira a lista dos esportistas mais poderosos do mundo. O tênis aparece entre os top 25, com Federer, Djokovic, Serena Williams, Sharapova e Nadal. Le Bron James (basquete) é o número um, seguido por Tiger Woods (golfe) e Peyton Manning (futebol americano).

Roger Federer tennis

A pesquisa da Bloomberg leva em conta não apenas a performance, mas também a exposição de mídia, número de seguidores no twitter, vídeos virais e patrocínios.

Federer já chegou a liderar a lista. Hoje é o quarto, Djokovic, o 5º, Serena a  12ª, Sharapova a 20ª e Nadal o 22º. Mas, mesmo assim o tênis aparece com uma boa fatia do mercado americano, com 11%, empatado com a Nascar e atrás do Futebol Americano, Basquete e do Baseball, normal na América do Norte.

Mas, apenas 15% destes poderosos são mulheres.

Confira a lista completa que ainda inclui, fora dos top 25, Murray, Azarenka, Kvitova, Wozniacki e Radwanska.

Rank 2011 2010 2009 Athlete Sport Total Power
1 4 11 2 James, LeBron Basketball 89.26
2 12 3 1 Woods, Tiger Golf 86.01
3 51 1 5 Manning, Peyton Football 81.46
4 1 7 25 Brees, Drew Football 77.99
5 6 15 17 Federer, Roger Tennis 73.01
6 9 NR NR Djokovic, Novak Tennis 72.93
7 13 14 12 Bryant, Kobe Basketball 72.25
8 34 12 7 Phelps, Michael Olympics 71.09
9 3 5 30 Brady, Tom Football 69.98
10 2 35 NR Rodgers, Aaron Football 69.74
11 17 25 31 Durant, Kevin Basketball 69.51
12 25 18 16 Williams, Serena Tennis 69.46
13 58 19 35 Beckham, David Soccer 68.91
14 21 NR NR McIlroy, Rory Golf 68.71
15 48 NR 27 Bolt, Usain Olympics 66.82
16 38 44 97 Cabrera, Miguel Baseball 65.39
17 15 17 18 Manning, Eli Football 65.27
18 NR NR NR Douglas, Gabby Olympics 64.75
19 18 4 3 Mickelson, Phil Golf 64.50
20 33 83 80 Sharapova, Maria Tennis 63.53
21 10 50 NR Johnson, Calvin Football 60.72
22 5 16 11 Nadal, Rafael Tennis 60.14
23 31 70 NR Braun, Ryan Baseball 59.93
24 27 33 8 Peterson, Adrian Football 58.68
25 16 20 6 Wade, Dwyane Basketball 58.66
26 14 27 36 Howard, Dwight Basketball 56.93
27 8 2 51 White, Shaun Extreme 56.51
28 78 26 33 Jeter, Derek Baseball 55.30
29 11 87 NR Donald, Luke Golf 55.24
30 22 42 45 Earnhardt Jr., Dale Motorsports 55.10
31 80 NR 86 Murray, Andy Tennis 54.81
32 96 NR NR Azarenka, Victoria Tennis 54.54
33 NR NR NR Griffin III, Robert Football 54.54
34 NR NR 95 May-Treanor, Misty Olympics 54.46
35 66 54 NR Cano, Robinson Baseball 53.80
36 53 NR NR Verlander, Justin Baseball 53.57
37 68 65 20 Duncan, Tim Basketball 52.46
38 50 85 99 Ryan, Matt Football 52.21
39 49 NR NR Mayweather Jr., Floyd Boxing / MMA 52.14
40 99 41 NR Hamilton, Josh Baseball 52.09
41 23 22 NR Foster, Arian Football 51.94
42 46 78 44 Paul, Chris Basketball 51.59
43 79 NR NR Wambach, Abby Olympics 51.34
44 37 23 21 Johnson, Jimmie Motorsports 51.34
45 NR NR NR Watson, Bubba Golf 51.10
46 NR NR NR Kimbrel, Craig Baseball 50.97
47 NR NR NR Raisman, Aly Olympics 50.91
48 NR NR NR Walsh, Kerri Olympics 50.80
49 35 NR NR Griffin, Blake Basketball 50.64
50 29 39 28 Gordon, Jeff Motorsports 50.35
51 95 NR NR Welker, Wes Football 50.20
52 NR NR NR Miller, Von Football 50.14
53 NR NR NR Stamkos, Steven Hockey 50.14
54 26 9 4 Pujols, Albert Baseball 50.08
55 NR NR NR Lochte, Ryan Olympics 49.95
56 75 48 60 Anthony, Carmelo Basketball 49.80
57 93 32 42 Williams, Venus Tennis 49.65
58 44 NR NR Rice, Ray Football 49.60
59 52 NR NR Granderson, Curtis Baseball 49.59
60 NR NR NR Westbrook, Russell Basketball 49.16
61 NR NR NR Franklin, Missy Olympics 48.90
62 NR NR NR St. Pierre, Georges Boxing / MMA 48.89
63 NR NR NR Trout, Mike Baseball 48.67
64 NR NR NR McCutchen, Andrew Baseball 48.67
65 54 47 22 Garnett, Kevin Basketball 48.53
66 77 NR NR Gronkowski, Rob Football 48.30
67 NR 80 59 Pierce, Paul Basketball 48.18
68 24 66 29 Nowitzki, Dirk Basketball 48.14
69 NR NR NR Marshall, Brandon Football 47.96
70 85 NR NR Love, Kevin Basketball 47.86
71 NR NR NR Cruz, Victor Football 47.81
72 28 24 72 Pacquiao, Manny Boxing / MMA 47.70
73 NR NR NR Harden, James Basketball 47.62
74 NR NR NR Snedeker, Brandt Golf 47.52
75 NR NR 75 Romo, Tony Football 47.46
76 NR NR 34 Fielder, Prince Baseball 47.45
77 NR NR NR Irving, Kyrie Basketball 47.43
78 NR NR NR Beltre, Adrian Baseball 47.23
79 83 NR NR Kvitova, Petra Tennis 47.15
80 40 NR NR Wozniacki, Caroline Tennis 47.00
81 NR NR NR Kane, Patrick Hockey 46.90
82 NR NR NR Tillman, Charles Football 46.79
83 NR NR NR Wilson, Russell Football 46.72
84 84 NR NR Scott, Adam Golf 46.42
85 NR NR NR Henry, Thierry Soccer 46.40
86 NR NR NR Rapinoe, Megan Olympics 46.24
87 NR 98 NR Rondo, Rajon Basketball 46.22
88 NR NR NR Newton, Cam Football 46.20
89 NR NR NR Radwanska, Agnieszka Tennis 46.17
90 NR NR NR Weaver, Jered Baseball 46.12
91 60 62 48 Stewart, Tony Motorsports 46.08
92 NR NR NR Flacco, Joe Football 46.07
93 57 53 NR Willis, Patrick Football 46.04
94 55 40 71 Donovan, Landon Soccer 45.83
95 NR NR NR Lynch, Marshawn Football 45.76
96 NR NR NR Malkin, Evgeni Hockey 45.68
97 NR NR NR Silva, Anderson Boxing / MMA 45.55
98 NR 31 39 Crosby, Sidney Hockey 45.42
99 88 NR NR Solo, Hope Olympics 45.31
100 NR NR NR Watt, J.J. Football 45.30

 

 

 

 

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Murray, campeão do US Open, ganha status de super-herói com Djokovic, Federer e Nadal

 

As gaitas escocesas tocavam e Andy Murray ia deixando o Arthur Ashe Stadium. Mas, diferente das outras quatro vezes em que saira da quadra, de uma final de Grand Slam, depois de posar para as fotos, desta vez Murray saía com o trofeu de campeão, após derrotar Novak Djokovic por 7/6 7/5 2/6 6/3 6/2 no US Open, em mais uma épica final. Os Fab Four do tênis não param de surpreender e agora, mais um super-herói se junta ao grupo de Roger Federer,  Novak Djokovic e Rafael Nadal.

 

Tudo o que faltou para Andy Murray, desde que jogou a primeira decisão, em 2008, nesta mesma quadra em NY, ainda vestido de Fred Perry, quando perdeu para Roger Federer, por 3 sets a 0, sem parecer lutar, e uma apatia no rosto, ele mostrou hoje.

 

Dominou o jogo, perdeu o controle da partida, reclamou das pernas, por vezes parecia perdido, outras mostrava reação, vibrou com a torcida, manteve o foco, buscou forças de onde nem mais Djokovic tinha, olhou fixo para Ivan Lendl, lutou até o fim e enfim, ganhou o tão esperado trofeu de Grand Slam.

 

Há quatro anos era só nisso que a imprensa inglesa falava. Se passaram 76 anos desde que o último inglês foi campeão em um dos quatro maiores torneios do mundo e enfim, Andy Murray acabou com todos essa espera e em uma final, em que fez por merecer.

 

Palavras do próprio Djokovic na cerimônia de premiação, em que ambos extenuados, pareciam estar em uma outra esfera. Não pulavam ou comemoravam como Serena Williams fizera na final feminina, ou como até mesmo Victoria Azarenka, a vice-campeã, graciosa na derrota.

 

As 4h54min de um jogo de longas trocas de bola, em que os dois alternavam momentos de cansaço extremo com força mental e jogadas geniais, tiraram tudo o que eles tinham para dar.

 

É um clichê, mas de fato o tênis foi o vencedor nesta final do US Open. Primeiro porque não vamos ter que escutar mais falar que Andy Murray era o tenista que já poderia ter vencido um Grand Slam e não venceu, que a Grã Bretanha não conquista um Grand Slam há 76 anos, que Murray treme na final. Depois, porque as finais de Grand Slam tem sido históricas.

Quem não quis pegar uma raquete e ir pra quadra depois deste jogo?

A final do Australian Open deste ano foi assim. Nadal e Djokovic batalharam por 59 minutos a mais do que Murray e o sérvio.

Ganharam status de super-herói.

Murray, que por um período era o patinho feio entre os Fab Four, foi elevado a esta mesma categoria e com direito a um recorde que nenhum deles têm: é o único tenista da história a ganhar a medalha de ouro olímpica e o US Open, no mesmo ano.

 

 

 

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E sem ninguém perceber, Djokovic ganhou um Masters 1000

Enquanto Rafael Nadal se recupera de uma lesão no joelho; Enquanto Roger Federer curte a prata olímpica na Suíça; Enquanto Andy Murray aproveita uns dias para se recuperar do ouro olímpico; Enquanto Del Potro leva o bronze para a Argentina; Enquanto Jo-Wilfried Tsonga se envolve em acidente e enquanto o Rio de Janeiro recebia o título oficial de cidade olímpica, na cerimônia de encerramento de London 2012, Novak Djokovic foi lá e ganhou o Masters 1000 do Canadá.

 

Sem ninguém perceber, o sérvio ergueu pela terceira vez (2007, 2011 e 2012) o trofeu do Masters 1000 canadense, neste ano disputado em Toronto. Derrotou na final o francês Richard Gasquet, por 6/3 6/2 e sai na frente dos rivais na preparação para o US Open.

Como ele mesmo afirmou ao chegar em Toronto, deixou para trás a derrota para Del Potro em Londres, e tentou fazer o melhor. Treinou dois dias na quadra rápida da Rogers Cup, sem forçar muito e foi jogar.

E olha que não dá para dizer que ele teve uma chave fácil.

Ganhou de Bernard Tomic, Sam Querrey, Tommy Haas e Janko Tipsarevic, antes de derrotar Gasquet na final.

Além dos adversários, teve que enfrentar a chuva e apesar de ter encarado com bom-humor o dia em que Toronto ficou debaixo d’agua, entrando na quadra de guarda-chuva, pediu aos organizadores que considerem colocar teto retrátil no estádio.

 A vitória em Toronto para um Djokovic que não erguia um trofeu desde Miami, mesmo tendo passado quase desapercebida em dia de encerramento de olimpiádas, pode ter dado a injeção de confiança que ele precisava. Pode ser o maior cliché, mas é fato, o combustível do atleta é a vitória e no caso de Djokovic, na briga com Nadal, Federer e Murray, nada mais importante do que a confiança para fazer aquela diferença na hora de ganhar o jogo.

 

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US Open inova mais uma vez e dará prêmio de fair play em NY

Maior evento esportivo anual de Nova York, o US Open, considerado também o Grand Slam do entretenimento, não para de criar ações que engrandençam o evento. Para este ano eles acabaram de anunciar um novo prêmio para os tenistas, o de “Sportsmanship – Espírito Esportivo.” Quem sai na frente na briga por esse trofeu? Djokovic, Murray, Isner, Kvitova, Radwanska, Wozniacki?

A breve lista não inclui Nadal e Federer entre os homens, pois um dos pré-requisitos para o tenista concorrer ao prêmio é de que o jogador ou a jogadora tenha participado de, pelo menos, dois torneios do Emirates US Open Series e claro, do US Open, que vai de 27 de agosto a 09 de setembro. Com o anúncio de que não competirá no Masters 1000 de Cincinnati, na semana que vem, Nadal ficará fora da competição. Federer, ausente do Masters 1000 do Canadá também não poderá competir pelo trofeu que tantas vezes já ganhou na ATP.

Murray, mesmo tendo desistido no meio da competição canadense, ainda é candidtao.

Maria Sharapova é outra que dificilmente terá chances de concorrer ao prêmio de desportividade. Não jogou no Canadá e não costuma competir no torneio que antecede a disputa do US Open, em New Haven.

Serena, como já participou de um dos torneios do Emirates US Open Series e está programada para jogar em Cincinnati, na semana que vem, estaria entre as competidoras, mas com tantas confuses que já teve em NY, dando show com juízas e inclusive sendo obrigada a se retirar da quadra, não deve ter a preferência dos eleitores.

O jogador e a jogadora serão escolhidos por um grupo de jurados que inclui: os ex-tenistas Todd Martin, Mary Joe Fernandez, Chanda Rubin e Mary Carillo; pelo jornalista Matt Cronin, por Lars Roesene, vice-presidente do comitê de Desportividade e pelo Presidente da USTA, Jon Vegosen.

Os vencedores do prêmio, ganharão além do trofeu um cheque de U$ 5 mil para doarem para a causa de caridade que quiserem ajudar.

Considerado um dos tenistas com mais “fair play” na época em que jogava, Todd Martin acredita que “ o espírito esportivo é parte fundamental  da competição, independentemente do nível.”

 

Kim Clijsters, que disputa o seu último torneio da carreira no US Open, seria grande candidata ao prêmio. Mas, já anunciou que não jogará nada antes do Grand Slam americano, para estar em forma física para se despedir do público.

Entre os homens acho que a concorrência vai ser dura e mais acirrada, já que dois dos favoritíssimos ao título, Federer e Nadal, não poderão concorrer.

 

Tudo vai depender também do desempenho dos tenistas durante o próprio US Open. Muitas vezes tudo parece estar se encaminhando para um resultado e um fato acaba mudando o rumo da história.

Há 11 anos, nossa já faz tempo, quando o Guga ganhou um jogo de cinco sets incrível do Max Mirnyi, a partida já havia sido praticamente escolhida o “jogo do US Open 2001.” Até que alguns dias depois Pete Sampras derrotou Andre Agassi, em quatro sets, com quatro tie-breaks. O trofeu acabou indo para este jogo.

Daqui a um mês teremos a resposta do campeões do primeiro prêmio de “Sportsmanship” do US Open.

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Doze anos depois do início do romance, em Sidney, Mirka Federer é o pilar da carreira do suíço

Estamos mais do que acostumados a ver a Mirka Federer no box dos jogadores em todos os torneios ao redor do mundo. Mas, chamou a atenção nestes Jogos Olímpicos, especialmente na vitória de Federer sobre Del Potro, vê-la com uniforme do time da Suíça, na quadra central de Wimbledon, se emocionando com a passagem do marido à final, em Londres. Federer garantiu a primeira medalha de simples da carreira.

 

Não é só Mirka que normalmente avistamos na torcida dos tenistas. Namoradas e esposas de jogadores estão sempre em evidência, muitas até querendo aparecer mais do que o próprio atleta. Mas, não em Jogos Olímpicos, muito menos vestindo o uniforme do time do País.

 

Federer deve ter feito questão da presença da esposa na equipe. Afinal, Mirka tem um papel muito maior do que o de esposa e mãe na carreira do número um do mundo. Não fosse essa exigência não seria fácil ter Mirka tão por perto. Claro que longe de ser um Federer, mas o indiano Mahesh Bhupathi outro dia implorava para conseguir um ingresso para que sua esposa assistisse o seu jogo. Por todas essas dificuldades de se fazer parte de uma equipe olímpica, não sendo atleta ou técnico é que não fui para as Olimpíadas com o Guga, nem em Sidney, nem em Atenas.

 

Mas, Mirka, faz parte da vida e da carreira de Federer e ele como talvez único medalhista olímpico da Suíça nestes Jogos de Londres, deve ter tido todo o aval necessário do comitê suíço.

 

Durante muito tempo foi ela que coordenou a agenda de entrevistas de Roger, cuidou da divulgação dele, dos planos de viagens e olha que viajando inúmeras semanas do ano, com um grupo de pessoas, não é tarefa fácil. Eu que tinha fama de megera, em relação a agenda do Guga aqui no Brasil, nos bastidores mundiais, era considerada muito boazinha com os jornalistas, comparada a Mirka.

Ela também cuidava dos patrocínios, relação com parceiros, produtos Roger Federer, além de opinar, sem ser invasiva, na carreira dele.

 

Com o nascimento das filhas e o aumento do número de pessoas no staff de Federer, o papel de Mirka como administradora de comunicação e negócios, diminui, mas não a afastou do dia-a-dia do marido. Por opção de ambos, eles viajam o mundo todo com as filhas. “Não queríamos ficar longe um do outro, e a Mirka é quem cuida de tudo,” contou Roger há alguns meses.

 

Para o técnico de Federer, Paul Annacone, o papel de Mirka é fundamental. “Ela já foi tenista e entende do esporte e dos negócios com uma visão global. Ela dá as opiniões dela, mas nos deixa trabalhar e encontrar esse equilíbrio não é fácil. Ela estava com ele desde o primeiro dia e sabe o que é necessário para se chegar lá. Ela tem um enorme impacto sobre o jogo dele,” disse o treinador em entrevista ao New York Times.

 

O casal começou a namorar há quatro olimpíadas (Sidney 2000), em Sidney, quando Mirka Federer ainda era Miroslava Vavrinec, uma eslovaca que jogava tênis profissional pela Suíça, para onde havia se mudado quando criança com os pais. Enquanto a carreira de Federer chegou a patamares jamais imaginados, conquistando 17 Grand Slams, a de Miroslava, três anos mais velha do que Roger, terminou dois anos depois, devido a uma lesão no pé.

 

Ela então abdicou de uma nova carreira, ou de buscar soluções para a sua lesão e resolveu apoiar a carreira do então namorado.

 

Acabei de ler ontem um livro de ficção, mas com muita informação real, o “Double Fault,” de Lionel Shriver, sobre o mundo do tênis.

O romance gira em torno de um casal de tenistas, em que a mulher, mais velha do que o marido e com ranking bem superior ao dele na época em que se conhecem, vai enlouquecendo ao ver o companheiro subindo na listagem e ela descendo.

Hoje ao ver Mirka vibrando pelo marido, fiquei pensando na história de Willy e Eric, que apesar de ser uma ficção mostra com detalhes e conhecimento o dia-a-dia de tenistas e treinadores pelo tour e a competitividade que norteia a vida dos atletas.

Durante um certo momento do livro, Willy coloca no papel as suas opções de vida, depois de uma lesão no joelho a afastar do circuito. Duas envolvem acompanhar a carreira do marido: simplesmente viajar com Eric e torcer, ou gerenciar a carreira dele, reservar hotéis, cuidar dos patrocínios, entre outros. Willy admite para ela mesma que não conseguiria fazer isso. Afinal, o que Eric estava vivendo, o estrelato no circuito profissional, era o que ela mais havia sonhado.

Mirka admite ter passado por um momento difícil, segundo relato do livro “Roger Federer, em Busca da perfeição, de Renne Stauffer.”

Quando conheceu Federer estava no auge do ranking na posição de número 76, mas com a lesão no pé chegou a ficar oito meses parade em casa, enquanto Federer competia. “Ficou um vazio na minha vida. Foi muito difícil ficar em casa e só assistir tênis pela televisão, uma coisa que era a minha vida. O Roger foi quem mais me deu apoio. Ele devolveu o tênis à minha vida”

Diferente da hsitória do livro, em vez de querer sumir, apesar do momento pessoal difícil, optou por ficar ao lado de Roger e exercer papel fundamental tanto dentro como fora das quadras.

 

“Sei que sou sortudo. Sei que não é uma situação normal, a de ter uma família feliz viajando comigo e ainda de contar com uma mulher que foi jogadora e que me entende. Aliás, foi por causa dela que comecei a tomar tanto cuidado com a minha saúde. Até hoje, mesmo depois de tantos anos, o meu corpo resiste muito mais do que o dela,” contou Roger ao New York Times.

E é com Mirka que ele vai contar como seu principal apoio, na busca pelo ouro olímpico, diante de Andy Murray e de toda uma Grã-Bretanha. “Ela é o meu pilar.”   

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Entre Federer, Djokovic, Murray e Del Potro, um deles vai ficar sem medalha

Já que o Brasil não tem mais chances de medalha, depois da derrota de Melo e Soares para Tsonga e Llodra, apesar de terem entrado para a história olímpica com a quebra do recorde no jogo anterior, vamos olhar para as estrelas de simples das olimpíadas no tênis. Roger Federer e Juan Martin del Potro e Andy Murray e Novak Djokovic jogarão as semifinais olímpicas, em Wimbledon, nesta sexta. E um deles vai ficar sem medalha. Quem será?

 

Depois das vitórias de Federer sobre Isner, de Djokovic sobre Tsonga, de Murray diante de Almagro e de Del Potro diante de Nishikori, os vencedores do próximos jogo, competirão pelo ouro olímpico e os perdedores, pelo bronze.

Dos quatro tenistas, o único que tem uma medalha de simples é o sérvio Novak Djokovic. Foi bronze em Beijing.

Roger Federer tem um ouro olímpico, nas duplas, da mesma Beijing.

Andy Murray, a esperança britânica, sonha com a medalha e provavelmente qualquer coisa menos do que o ouro seria uma decepção para o atleta do país sede das olimpíadas, ainda mais após a derrota para Federer na final de Wimbledon, há um mês.

Juan Martin del Potro quer continuar a tradição argentina no tênis. As últimas a conquistarem medalha olímpica foram Paola Suarez e Patricia Tarabini, com o bronze, em Atenas.

Javier Frana e Christian Miniussi também foram bronze, nas duplas, em Barcelona e Gabriela Sabatini foi medalhista de prata, em simples, em Seul.

 

Grã-Bretanha e a Sérvia já tem medalhas. Aliás, a Grã-Bretanha está em quinto no lugar na classificação. A Sérvia tem apenas uma.

Para Del Potro e Federer, o jogo vale muito mais do que a vaga à final olímpica. Vale a primeira e talvez a única medalha nas Olimpíadas para os seus respectivos países.

 

Foto de Djokovic – Inova Foto

 

 

 

 

 

 

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Enquanto isso, longe das Olimpíadas, Martina Hingis é eleita MVP no WTT

Depois de quase ter sido persuadida por Roger Federer, a jogar duplas mistas nas Olimpíadas de Londres, Martina Hingis, bem longe do Reino Unido, ganhou nesta terça-feira o prêmio de MVP do crescente WTT, o World Team Tennis.

Mais jovem campeã de Grand Salam de todos os tempos, ao vencer o torneio de duplas de Wimbledon, com Helena Sukova, aos 15 anos e 9 meses de idade, Hingis deixou o circuito profissional de vez em 2007, com cinco títulos de Grand Slam.

Com apenas 31 anos de idade,  só rejeitou o convite de Federer por achar que o compatriota deveria concentrar os seus esforços para conquistar a medalha de ouro de simples, que nunca ganhou.

 

Sem nunca conseguir se desligar do tênis, começou a jogar o WTT há alguns anos e nesta temporada levou o New York Sportimes à final da Conferência Leste, contra o Washington Kastles. Com .593 de porcentagem de vitória em simples e .571% nas duplas, com Harkelroad, Hingis foi escolhida a MVP. “É uma honra ser escolhida a melhor jogadora da temporada. Mas, isso foi resultado do trabalho de toda uma equipe e dos fãs de New York.”

 

A final do WTT é no dia 16, em Charleston, em  que o vencedor da conferência leste, o Orange County Breakers x Sacramento Capitals, pega o ganhador do time de Hingis e do Kastles.

Foto de – Fred Mullane  / Camera Work USA

 

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De Londres

Fazia tempo que não escrevia diretamente de Londres. Há uns anos não vinha para Wimbledon e como os Jogos Olímpicos serão aqui no ano que vem, resolvi mudar o meu itinerário neste ano.

A viagem – via Frankfurt – foi longa, mas pelo menos, entre um  vôo e outro deu para eu me atualizar lendo os diversos jornais europeus e os ingleses é claro, destacando a estreia de Murray – é a MurrayMania e o quarteto fantástico do tênis: Nadal, Federer, Djokovic e Murray. É sobre isso que todos falam. Os quatro tem chances de vencer o Grand Slam inglês.

Acabei chegando mais tarde do que esperava no hotel em Londres – as andanças nos aeroportos de Frankfurt e Heathrow foram longas e teriam sido piores, muito mais demoradas, se eu não tivesse o meu passaporte húngaro. Confesso que me senti um estrangeiro quando chega no Brasil e enfrenta aquela fila da imigração interminável de horas, ao sair do avião na Alemanha e me deparar com um caracol de pessoas se espremendo no salão de trânsito para apresentar o passaporte e entrar no saguão principal do aeroporto. Foi um alívio quando vi o balcão de cidadãos da comunidade européia com uma fila muito menor e que andava rápido. O mesmo aconteceu na chegada em Londres.

E eu que vira na internet que os jogos estava acontecendo em Wimbledon, me iludi ao pousar na Terra da Rainha. O sol que o piloto disse que estava brilhando em Londres já tinha dado lugar a nuvens e pousamos debaixo de chuva.

Ou seja, poucos jogos aconteceram hoje. Não tive tempo de ver o jogo do Bellucci e com a noite chegando, ao entrar no hotel, já não valia a pena fazer a viagem para Wimbledon.  Sentei no bar e como os turistas fugindo da chuva, assisti um pouco do jogo do Murray por lá. 

Amanhã estarei lá.

 

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Federer: “Nunca tive uma semana antes de Roland Garros tão calma e para mim, o Nadal ainda é o favorito.”

Roland Garros começa neste domingo e confesso que é bem estranho não estar em Paris. Tinha me programado para viajar neste sábado, mas os compromissos com o meu outro trabalho do “Lixo Extraordinário,” e os catadores de materiais recicláveis, na transformação deles em empreendedores, além de exposições de arte que estou envolvida (Fernando de La Rocque e Gais), me impediram de viajar agora. Quem sabe ainda consiga chegar a Paris para a segunda semana do Grand Slam.

De qualquer maneira, não é só porque não estou em Roland Garros que não estou acompanhando o torneio  e o que está acontecendo por lá. Tenho meus contatos, minhas fontes e vou passar muitas horas nos próximos dias lendo os jornais franceses.

Neste sábado, em uma entrevista das mais legais que li do Federer nos últimos tempos, feita pelo colega jornalista Vincent Cognet no L’Equipe, ele afirma que com toda atenção voltada para o Nadal e para o Djokovic, que nunca teve uma semana tão tranquila antes de Roland Garros. “Antes tinha aquela história de que era o único Grand Slam que faltava para eu vencer; eu ganhei e no ano passado eu era o defending champion. Neste ano tive menos pedidos de entrevistas e eventos com os patrocinadores, menos pressão, muito mais calmo.”

Entre as inúmeras perguntas e respostas, Federer afirmou que agora já não é mais o momento de se perguntar o que ele tem que fazer em quadra. “Essas perguntas eu fiz depois de Monte Carlos. Reuni minha equipe e vimos o que tinha que ser feito antes de Roland Garros. Se eu devo jogar mais dentro da quadra, trabalhar melhor a movimentação, as pernas, etc… Agora já estamos numa bolha.”

Sobre o momento de Djokovic, Federer disse que não esperava ver o sérvio chegar a Roland Garros, desde o começo do ano sem perder um jogo. “Ninguém imaginava. Mas, depois de vê-lo em Dubai, sabia que ele seria um adversário muito complicado em Indian Wells e Miami. Quando um jogador começa uma temporada como ele, ela poder ir longe.”

Mesmo com todos os resultados de Djokovic dos últimos meses, Federer não considera que o tenista de Belgrado esteja no mesmo patamar do que ele e Nadal. “Eu tenho 16 Grand Slams, o Rafa tem 9 e ele tem dois. Ele ainda precisa de um pouco mais para se sentir um monstro, como eu eu o Rafa nos sentimos.”

E como é se sentir um monstro pergunta o L’Equipe. “Eu gostava, mas tudo passa muito rápido. Fora da quadra era muito estressante, mas dentro da quadra era uma alegria total. Mas é torneio atrás de torneio, você vive a sua vida quando pode e acaba ficando dentro de uma bolha. Você acaba esquecendo do resto do mundo, mas o mais importante disso é aproveitar porque isso é passageiro e você vai de um para o outro muito rapidamente.”

Federer disse que para ele o fato de não ser favorito este ano em Roland Garros – ele estreia contra Feliciano Lopez e está na chave de Djokovic – não é novidade. “Nunca me senti favorito aqui e prefiro estar na chave do Djokovic do que na do Nadal. Para mim, ele ainda é o favorito.”

Sobre o fato de não ser mais número um do mundo, o suíço falou que não faz diferença, mas que claro que ele preferiria ser o número um do que o número três. “Quem não gostaria?”

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