Tag Archives: Federer Wimbledon

Quarta-feira de cinzas em Wimbledon

Não choveu, o dia não estava negro, mas esta quarta-feira de segunda rodada será lembrada para sempre como quarta-feira de cinzas em Wimbledon. O que era para ser um daqueles dias em que você não quer desgrudar da televisão, ou se está em Wimbledon, correr de uma quadra para outra, acabou se tornando num dos piores dias da história do Grand Slam. Sharapova wimbledon defeat

Fui dormir animadíssima com os jogos desta quarta-feira. Tinha tantos que queria acompanhar e com um dia meio cheio de reuniões e outros afazeres estava pensando o que eu ia conseguir ver.

Acordei cedo e mesmo assim os jogos já estavam em andamento em Londres. Fui fazer um café e quando voltei, Isner estava abandonando o jogo no 3º game – caiu e machucou o joelho e Hewitt perdia o 1º set para Dustin Brown.

Meu primeiro pensamento foi: coitado do Isner. Será que depois daquele jogo de 11h05min em Wimbledon, 3 anos atrás ele nunca atingirá o seu máximo potencial?

Em meio a twits da desistência de Hewitt começo a ver um zum zum zum de que Darcis, o belga que derrotou Rafael Nadal na primeira rodada, não vai jogar. Machucou o braço e não se recuperou.

O zum zum zum vira confirmação e a primeira coisa que me vem à cabeça é que aí está a diferença dos grandes jogadores. Eles conseguem jogar partida atrás de partida em cinco sets, torneio atrás de torneio. É a consistência e isso engloba não apenas o tênis, mas o mental e o físico.

Azarenka Wimbledon walkoverMinutos depois chega a notícia da desistência de Victoria Azarenka. A bielorrussa havia caído na primeira rodada durante o jogo contra Maria João Koehler, de Portugal e soltado um grito assustador de dor. Mas, se levantou, pediu atendimento médico e continuou jogando. O joelho piorou de segunda para hoje e Azarenka não tinha condições de jogo.

Pensei: deveria ter deixado então a portuguesa ganhar. Pelo menos teria jogo hoje contra a Flavia Pennetta.

Enquanto isso, na quadra 2, Dustin Brown, o jamaicano que joga pela Alemanha ia eliminando Lleyton Hewitt em 4 sets.

Até gosto do Brown. Acho que ele tem uma história legal e um estilo de ser e de jogar que atrai muita gente. Mas Hewitt é muito mais campeão e era a chance dele ir longe de novo. E olha que perguntaram para ele na coletiva depois da vitória sobre Wawrinka na primeira rodada, até onde ele podia ir, quase já fazendo uma projeção para chegar longe no torneio e ele não quis pensar muito na frente. Perguntaram sobre o Brown e ele disse que não conhecia, nunca tinha visto jogar. O alemão jamaicano realmente surpreendeu o australiano campeão de 2002 hoje.  Brown Hewitt Wimbledon

O dia já estava estranho. Mas ainda tinha muito jogo pela frente.

Hora de sair para a primeira reunião do dia.
Enquanto estou esperando a minha carona olho no app de Wimbledon no celular e vejo que Cilic também não entrou em quadra contra Kenny de Schepper. Penso no Goran Ivanisevic na hora. Perdeu a viagem para Wimbledon. Foi acompanhar o Cilic e só viu um jogo.

Ao mesmo tempo, Radek Stepanek abandona o jogo contra Janowicz com o placar de 6/2 5/3 para o polonês. Não morro de amores por nenhum dos dois. Stepanek nunca foi dos jogadores mais queridos do circuito e segundo Gilles Simon, na entrevista que deu ao Journal du Dimanche, há quatro dias, Janowicz assumiu esse posto agora.

Entro no carro e ao chegar para a reunião noto Ana Ivanovic perdendo para Eugenie Bouchard. Apesar de torcer pela sérvia, é sempre bom ver essas meninas novas vencendo. Ela foi campeã juvenil de Wimbledon no ano passado. E o tênis canadense vai bem.

Minha reunião começa e demora. Quando volto, Wozniacki já foi eliminada, ok, nenhuma novidade. Mas leio que está meio machucada.
Não dá tempo para prestar muita atenção. Sharapova está perdendo da portuguesa Michelle Larcher de Britto.Larcher de Britto Wimbledon

Sempre acho que essas jogadoras tops vão encontrar uma maneira de virar o jogo, ou que a adversária mais fraca vai tremer no fim.

Não foi o caso. Sharapova, como ela disse na coletiva, teve um dia ruim, “não estava lá”e a portuguesinha, sucesso como juvenil, não teve medo de vencer. Sharapova já não havia jogado tão bem na estreia contra Mladenovic. Que bom para os meus amigos portugueses. Pelo menos eles estão comemorando neste dia tão estranho em Wimbledon.

Já é hora de sair para outro afazer inadiável. Nem preciso olhar e já me informam que Tsonga não acabou o jogo com Gulbis e desistiu no quarto set. Hum interessante, o que será que o Gulbis vai dizer na coletiva. Desde Roland Garros, quando disse que os top 4 são chatos, ele não aparecia na grande imprensa. Mas a entrevista nem foi das mais espetaculares. Teve um jornalista praticamente perguntando se ele queria declarar alguma coisa, mas ele não tinha nada mais a dizer.

Quando volto do afazer, de mais uma ida ao cartório e logo antes de entrar em um conference call vejo que Federer e Stakhovsky estão empatados em 1 set. Não, será que o ucraniano de 27 anos e 116º do ranking vai endurecer o jogo contra o sete vezes campeão de Wimbledon?

Não só endureceu como ganhou. Fiquei assistindo o jogo e esperando aquele momento em que Federer ia encontrar o caminho da vitória. Pensei que fosse quando quebrou o saque do adversário no meio do quarto set, mas não. Stakhovsky não titubeou e Federer não elevou seu jogo. Federer Wimbledon defeat

E tanto se falou das quartas-de-final entre Federer e Nadal e agora os dois vão assistir pela TV o embate em Wimbledon entre não sabemos quem. Melhor não fazer previsões. Foi o que disse o suíço na entrevista. Decepcionado, mas pensando nos próximos torneios e na temporada que vem. Nenhum sinal de dizer adeus. Também nem pensei nisso, mas senti nas perguntas. Só espero que Stakhovsky não apareça com cansaço extremo ou alguma lesão para desistir na próxima rodada.

Pelo menos no jogo de Andy Murray não houve surpresas. Ele venceu Yen Hsun Lu de Taipei por 6/3 6/3 7/5. Algo normal em um dia anormal.

Com os principais jogos do dia encerrados, abro o order of play para ver se perdi algo e noto que a Kvitova também ganhou por WO. Shvedova nem entrou em quadra.

O All England Club, com tantas desistências, gente escorregando e tenistas reclamando das quadras, é obrigado a se pronunciar. Solta um comunicado dizendo que sentem pelos tenistas, mas que não acham que as quadras sejam as culpadas.“São as mesmas do ano passado e os tenistas inclusive vinham nos cumprimentando por elas .”

O que dizer, o que pensar?

Como Gulbis bem colocou na sua entrevista não polêmica, o estado de saúde dos jogadores não é novidade. Há algum tempo cada vez mais eles se lesionam.

E as estatísticas mostram que grandes abandonos são recentes.

Maior número de abandonos/desistências na Era Aberta, em um Grand Slam – US Open 2011 com 17 jogadores. O recorde de Wimbledon é de 2008 com 13 tenistas.

O recorde de abandonos/desistências na Era Aberta, em um Grand Slam, na segunda rodada é do US Open, com 14 tenistas em 2011 e em Wimbledon foram 12 jogadores em 2008.

E me perguntam do Djokovic e da Serena? Por sorte, só jogam amanhã.

Bem, com tantas derrotas, desistências e surpresas, o melhor que temos a fazer é olhar as chaves atualizadas e analisar o torneio todo de novo!

Wimbledon updated draws 0627 DRAW MS

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Para Nadal a vida continua, e para Wimbledon também

Acabo de receber as chaves atualizadas de Wimbledon e é realmente estranho não ver o nome de Rafael Nadal na segunda rodada. Mas, apesar de ter sido a primeira derrota do espanhol na primeira rodada de um Grand Slam, em toda a carreira, a eliminação não foi tão chocante quanto no ano passado. E como ele mesmo disse, a vida continua e para Wimbledon também.  Nadal derrota Wimbledon

O Grand Slam britânico começou nesta segunda com as vitórias de Roger Federer, Andy Murray, Maria Sharapova, Ana Ivanovic, Jo-Wiflried Tsonga, Petra Kvitova, Marin Cilic, Victoria Azarenka, Lleyton Hewitt e muitos outros.

Nesta terça ainda estreiam Novak Djokovic, Serena Williams, Laura Robson, Tomas Berdych, Juan Martin del Potro e outros inúmeros tenistas.

O torneio de Wimbledon claro, perde um de seus grandes campeões, mas talvez por já ter sido eliminado no ano passado, na segunda rodada, desta vez a derrota precoce não chocou tanto. Nadal mesmo avisou que não jogaria o torneio de Halle, mas que sabia do risco que corria ao não competir previamente na grama. Ele procurou dar o crédito ao belga Steve Darcis que o derrotou por 7/6 7/6 6/4. Não quis falar do joelho, apesar de ter se movimentado mal no terceiro set. E no final afirmou, “não é uma tragédia.”

Para ele não é mesmo. Até Wimbledon havia jogado nove torneios, ido à final de todos e vencido sete, incluindo Roland Garros. Há duas semanas estava comemorando o oitavo título em Paris. Ele tentou se adaptar à grama nas condições que podia. Nos outros anos, no dia seguinte após a vitória na França estava num trem indo para Londres jogar o torneio de Queen’s ou num avião para Halle. Hoje suas condições físicas não permitem mais que ele faça isso e está tudo bem.  Um ano atrás ele deixava o All England Club com dores no joelho, sem saber exatamente que lesão tinha e como curaria. Ficou sete meses fora das quadras. Agora sabe que não é tão grave e disse que voltará bem mais cedo do que no ano passado. “Não vai demorar tanto, com certeza.”

Nadal vai para casa descansar, recuperar o joelho ainda mais e se preparar para a temporada de quadras rápidas nos Estados Unidos. Darcis Wimbledon

E em Wimbledon o campeonato continuará. Sem um dos Big Four, mas com a mesma vibração com a Grã Bretanha toda torcendo para Andy Murray, ou com o público vibrando com a incrível vitória de Hewitt sobre Stanislas Wawrinka, com Roger Federer, o rei da grama e seu tênis clássico, com Novak Djokovic tentando vencer o segundo Grand Slam do ano e muitas outras histórias, vitórias e derrotas que surgirão nas próximas duas semanas. Quanto ao belga Darcis, de 29 anos e 135o. colocado no ranking mundial, ele aproveitou uma tarde de inspiração suprema e um Nadal sem estar 100%, seja física, mental ou tenisticamente. O que será dele no torneio de Wimbledon, ninguém pode prever. Pode ser até que ele seja eliminado na próxima rodada, depois de toda a adrenalina que é vencer uma partida dessas, ou continue inspirado e inspirando.

Quanto mais o torneio for se afunilando, mais as coisas vão complicando para os menos experientes. As chances de vencer um tenista top nas primeiras rodadas, quando ainda não estão tão à vontade no torneio, tão empolgados quanto o adversário do outro lado da rede, são sempre maiores.  Vencer um top confiante e a poucas rodadas de ver o trofeu na sua prateleira é bem diferente.

Mas, como escrevi ontem me referindo às previsões feitas antes do torneio começar e a todo o falatório pré-Grand Slam, tudo isso fica para trás quando o jogo começa. E foi o que aconteceu hoje. Tanto se falou da chave difícil de Federer, Murray e Nadal e agora todas as teorias já fazem parte do passado e Nadal já está a caminho de casa.

Fotos: Cynthia Lum

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Com o início de Wimbledon, tudo será diferente

Amanhã tudo será diferente. As conquistas das últimas duas semanas nos ATPs e WTAs da grama, a preparação, as controversas entrevistas e as previsões todas ficam para trás. Quando o primeiro saque for dado no All England Lawn Tennis & Crocquet Club, para a disputa da edição 2013 torneio de Wimbledon, tudo isso parecerá história.  All England Lawn Tennis Crocquet Club

A sensação de chegar a uma cidade bucólica do interior, ao desembarcar na estação de Southfields do metrô, também será outra. A visão é só de cabeças a sua frente, até os portões do AELTC serem avistados.

E com os portões abertos e os jogos em andamento, tudo o que aconteceu nas últimas semanas fará parte do passado. Até mesmo o tão comemorado primeiro título de Nicolas Mahut, campeão em s’Hertogebonsch, no sábado, aos 31 anos de idade, já será história. O perdedor mais conhecido da história – foi derrotado por John Isner no jogo de 11h05min em Wimbledon – já estreia nesta segunda em Wimbledon, contra Jan Hajek.

Nadal Wimbledn  Rafael Nadal que gostaria de ter jogado um torneio antes de Wimbledon e falou muito do calendário, já estará em quadra diante de Steve Darcis. Federer Wimbledon

Roger Federer, o atual campeão, sete vezes vencedor na “Catedral do Tênis,”e que passou um tempão na entrevista coletiva de domingo falando dos 10 anos do primeiro título em Londres, de Rafael Nadal, do piso mais lento hoje do que anos atrás, estará completamente focado no Grand Slam e no seu adversário, Victor Hanescu. Até o título que ele ganhou em Halle, há uma semana, já parece distante.

Murray WimbledonAndy Murray falou, como quase que diariamente, da pressão de vencer Wimbledon e de como tudo mudou depois do ouro olímpico no ano passado. Mas, o que importa estará do outro lado da rede da quadra central, Benjamin Becker.

Novak Djokovic expressou seus sentimentos em relação à derrota na semifinal de Roland Garros para Rafael Nadal. Disse que assistiu o ponto em que toca a rede na noite depois da derrota e que precisou de uns dias para descansar o corpo e a mente da pressão que tinha se colocado para vencer o Grand Slam francês. O sérvio falou da chave (Federer, Murray e Nadal estão na chave de baixo), teoricamente mais fácil para ele. No entanto, até todos eles chegarem às quartas-de-final, há quatro jogos para vencer antes e o primeiro desafio de Novak é contra Florian Mayer. Djokovic Uniqlo

E como todos disseram repetidas vezes, it is what it is. É o que é. O sorteio da chave foi bom? Nadal deveria ter tido outra classificação? O tie-break no 5º set deve acabar? Daria para ter jogado um outro torneio antes? Enfim, nada disso importa. O que vale é a bola em jogo.

Depois das controvérsias causadas por Ernest Gulbis, em Roland Garros, falando de quão “chatos”os jogadores tops se tornaram, sem falar o que pensam, imitando o estilo de Roger Federer, de ser agradável com todos, Serena Williams e Maria Sharapova viraram atração principal também fora das quadras na Inglaterra, desde a publicação da entrevista da americana à Rolling Stones.

Como ela mesmo explicou na entrevista da campeã, neste domingo, em Wimbledon, não tomou os cuidados necessários ao passar um dia com um repórter, em casa, nas quadras de treino e no salão de beleza. Não se esquivou do que disse sobre a vítima de um estupro e do que teria falado supostamente sobre Sharapova (uma jogadora do top 5 que só diz: eu esto feliz em todas as entrevistas, porque está apaixonado por alguém com black heart e que nunca será convidada para as festas cools). Reiterou o que já estava claro na reportage da Rolling Stones, que ambas as declarações não tinham vindo de uma pergunta. E sim de uma conversa telefônica que o repórter ouviu e de um comentário num salão de beleza.

Como de costume, não falou sobre a sua vida pessoal.

Jornalistas tentaram de algumas maneiras perguntar sobre o treinador Patrick Mouratoglou, o namorado de Serena a qual Sharapova se referiu na entrevista de sábado. “maybe she should talk about her relationship and her boyfriend that was married and is getting a divorce and has kids.
Ainda agora escrevendo essas linhas me choco com os comentário de Maria.  Há muitas coisas no mundo do tênis e acho que em todo lugar, que todo mundo sabe, mas ninguém comenta e Sharapova foi lá e disse.

No entanto, amanhã, a adversária de Maria do outro lado rede será a francesa Kristina Mladenovic, enquanto Serena espera mais um dia para estrear contra Mandy Minella. Sharapova Wimbledon

Victoria Azarenka, no meio disso tudo, ficou praticamente esquecida. Sua entrevista teve apenas cinco perguntas e ninguém nem se quer perguntou a opinião dela sobre a participação de Red Foo no pré-quali do US Open.

Mas, também, o que isso importa? Nada. O que vale é o primeiro saque que será dado amanhã e quem, daqui a duas semanas, sairá com o trofeu de campeão e de campeã. Aí sim, todas essas histórias, controvérsias e falações, parecerão que nem aconteceram.

 

PS – para quem se interessar coloco trechos da entrevista da Serena aqui

Q.  Yesterday Maria Sharapova made some pointed comments about your personal life, particularly regarding the divorce of your boyfriend.  I wonder how you felt about her bringing it up and whether you want to say anything in response?

SERENA WILLIAMS:  I definitely was told of the comments.  I definitely like to keep my personal life personal.  I think it would be inappropriate for me to comment on it. But, yeah, I’ve always, in the past ‑ you guys have known ‑ I’ve kept my personal and professional life very private.  I’m going to continue to do that.

 Q.  Has it been tough dealing with the fall‑out of that particular interview in the last week leading up to such a big tournament?

SERENA WILLIAMS:  Uhm, it definitely hasn’t been easy.  And I feel like I really wanted to say, I apologize for everything that was said in that article.  I feel like, you know, you say things without having all the information.  It’s really important before you make certain comments to have a full list, have all the information, all the facts.  I reached out to the family immediately once the article came out, and I had a really productive, sincere conversation with the mother and the daughter.  We came to a wonderful understanding, and we’re constantly in contact.

   Q.  What was your reasoning behind doing such a big interview coming up to Wimbledon?  Do you regret after all this fall‑out doing that interview?

SERENA WILLIAMS:  The interview was done a long, long, long time ago.  I want to say in February.  I think everyone definitely has different regrets in different forms. For me, I take full responsibility.  Like I said, I definitely wanted to apologize to the family.  They’ve been through so much.  In talking to them and learning the whole story, you just learn how strong the young girl is, how strong she’s been able to make me through this process, which I think is incredible. I really take pride.  I’m glad that I’ve got a chance to get to know the family.

Serena Wimbledon

  Q.  You said that the comments about the Steubenville matter were not exactly what you wanted out there.  Can you describe your thoughts about what was out there in the column about Sharapova, or at least was inferred about Sharapova?

SERENA WILLIAMS:  Well, when the article came out I immediately reached out.  One of the first things I did was reach out to the family.  Not only that, I made it a point to reach out to Maria, as well, because she was inadvertently brought into the situation by assumptions made by the reporter.  I personally talked to Maria at the player party, incidentally.  I said, Look, I want to personally apologize to you if you are offended by being brought into my situation.  I want to take this moment to just pour myself, be open, say I’m very sorry for this whole situation.

  Q.  What are your thoughts about what’s taken place since, given that apology you made?

SERENA WILLIAMS:  I don’t really have thoughts.  I think it’s important what I’ve learned this week, mostly that it’s so important to know all the facts before you make a comment or before you make an assumption. That’s something I’m still learning.  I’m still every day learning and experiencing and trying to grow.  I feel like, until you know the facts, that’s all you can do.

Q.  What did you make of the Rolling Stone article on the whole?  There’s a whole lot in there.  When you’re reading it, what did you think about it?

SERENA WILLIAMS:  I thought that the article was interesting, for lack of a better word.  I think we all may know deep, you know.  But it was what it was. I think, you know, I’ve been spoiled dealing with professionalism here in the tennis world.  I’m used to dealing with professional reporters.  I have people come to my home.  I have great conversations. I’m used to dealing with these people not writing or commenting on a private conversation that I may have or kind of listening in or eavesdropping and then reporting on it.  You guys have completely spoiled me. With that being said, I’ve been in the business for a little over 200 years, so I should definitely, definitely know better (laughter).  I should know better to always have my guard up. Fortunately, as you’ve seen throughout the years, I’ve completely let my guard down with you all.  I definitely want to continue to do that because I really, you know, appreciate you reporters.  I just want to keep that going.

  Q.  You’ve always had strong opinions and you’ve always stood behind what you said.  Why did you feel like you had to apologize to Maria?

SERENA WILLIAMS:  Well, I feel like Maria, unfortunately, was inadvertently brought into a situation she should have never been brought into?

 Q.  By you or by the reporter?

SERENA WILLIAMS:  Well, I just feel like she was brought into the situation, inadvertently, a situation she never should have been brought into.  For me always, I definitely stand up, but I’m the first person to apologize.  I’m the first person to reach out to individuals and people if I feel that something may have hurt them or something may have been misconstrued. So, yeah.

    Q.  So when you read the interview, did you say, Oh, no, I can’t believe I said that about the top five player?

SERENA WILLIAMS:  Oh, about the top five player?

Q.  Yeah.

SERENA WILLIAMS:  I feel like what happened, if you read the interview, I was involved in a private conversation that he even wrote in the article that he said he was listening to.  I take full blame and responsibility for that because I’ve been in the business for years and years and I should always in a way have my guard up.   It was also, I think, personally a little inappropriate to comment or report.  I’ve never had that problem with anyone in this room, to report on a private conversation.

Q.  Will you look forward to a rematch of the French Open final here with a little more interest?

SERENA WILLIAMS:  Absolutely.  I think Maria and I have great matches.  I think it’s great for women’s tennis when we play each other.  The same when Venus and I play each other, or me and Victoria.  When we’re in the final, it’s a really, really good matchup.  I think we both have so much intensity on the court, and we just really love the game.

 Q.  Did you tell her it wasn’t you or did you just say, I’m sorry I said this about you?

SERENA WILLIAMS:  What I told her was ‑‑ I never told her it wasn’t me, quite frankly, no.

Q.  On the same note, did she accept that apology or walk away?

SERENA WILLIAMS:  Well, we always have great conversations, so I believe that she definitely did accept it.

Q.  In view of that, are you disturbed by her reaction to your obviously genuine apology, that she came in here and said what she said about matters that you would like to keep private and personal?

SERENA WILLIAMS:  You know, I’m not really gonna comment on that, whether I’m disturbed or not.  I know she also said that I should definitely focus on the tennis here, and I feel like that is another thing I can definitely take her advice on. Maybe I wasn’t focused enough in the past on tennis.  I’m definitely going to try to focus on that for the next two weeks.

  Q.  What does your coach mean to you personally and professionally?

SERENA WILLIAMS:  Well, Patrick, he means a lot to me.  I was just talking to him randomly a couple days ago, and I said, Wow, in a year we’ve won three Grand Slams, two gold medals, a Championships.  And he said, You’ve won 77‑3.  I said, Really?  He’s like, That’s pretty good.  I said, No, it could be better.  I appreciate that we can definitely continue to motivate each other.  With that being said, when I’m at home, I always work with my father.  My father still is completely 100% involved in my tennis.  I do a lot of things with him, as well.

   Q.  How are you a different person because of that alliance, would you say?

SERENA WILLIAMS:  Uhm, I would say that I am definitely more, if possible, an intense person.  But I think the intensity being all towards the game, like all towards when I play, all towards hitting the ball. So I think I take more pride into every stroke, into every tournament that I play, into every match that I play, and I think that’s one big change that has happened in my career.

Q.  You’re on one of the greatest runs in history.  It’s like no other player can touch you right now.  Do you feel like, between Sloane Stephens’ comments earlier and Maria’s comments, that they’re trying to attack you mentally because they can’t touch you on the court?

SERENA WILLIAMS:  That can be one way to look at it.  I don’t think about that, however.  I just think about ‑‑ when I’m on the court I just play my match.  I do the best that I can.  If I happen to lose, then, you know, I go home and I try to work harder.   I see a lot of people on this tour that does the same thing.  When they lose, they go and work harder and they improve.  That’s what sport is all about and that’s what I try to do, as well.

  Q.  All these stories about you and Maria, do you think they create problems or they’re not so important?  Or do you think they’re important just for the media?  And the reactions of the people who normally don’t care about tennis, do you think that helps or is bad for the tennis?  Doesn’t make any change?

SERENA WILLIAMS:  I don’t know.  I feel like it definitely brings attention to tennis; however, I’ve always been a tennis player.  I have a fashion business.  Yeah, I do other things.  There’s one thing I’m really good at, and that’s hitting the ball over a net in a box.  I’m excellent on that.  And that’s what I’m going to continue to do while I can.

Q.  You mentioned your 77‑3 record since you started with Patrick.  How much of the credit do you think he deserves for that?

SERENA WILLIAMS:  He deserves a lot of credit.  We work together as a team.  It’s not just him.  My dad was onboard for some of those wins.  Sasha, Esther, they’re onboard for every single one of those wins.  My mom is, as well. So it’s a team effort.  You see the tennis player.  You see me sitting here talking to you all.  Really it should be me, my dad, my mom, Patrick.  Jill is looking at me, so it should be Jill. You never really realize the complete effort that goes into making one champion. I feel really, really fortunate to have not only Patrick, who I think does a great job with coaching me, but as well as the team.

Fotos de Cynthia Lum

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Eles já estão de branco

Sharapova Wimbledon NikeO laranja do saibro já ficou para trás e as cores dos vestidos e shorts e camisetas dos tenistas também.O verde é o pano de fundo, com as quadras de grama e como manda a tradição de Wimbledon, a roupa é branca.

A Nike já revelou o que os tenistas vestirão, com destaque para as linhas de Maria Sharapova e Roger Federer.

Roger Federer Nike WimbledonA russa, o suíço e Rafael Nadal tem linhas de roupa com os nomes dos mesmos. O vestido de Sharapova se chama Nike Premier Maria Flounce, a camiseta de Federer, Nike Premier RF Crew e a de Nadal, Nike Premier Rafa Crew.

 

 

SWilliams_Wimbledon Nadal Nike Wimbledon Del Potro wimbledon Nike Wimbledon 2013

 

 

 

Apesar de ser a atual campeã, Serena não tem um vestido com seu nome e o Nike Printed Flounce Knit Dress é bem diferente de Sharapova.

Li Na e Juan Martin del Potro também aparecem em destaque na coleção da fabricante americana.

Nos próximos dias, mais looks devem ser revelados pelas outras marcas esportivas.

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Federer, o engraçadinho

Federer sempre foi gentleman, desde o início da carreira. Suas entrevistas sempre foram longas e em três línguas – inglês, francês e suíço alemão. Mas, de uns tempos para cá o suíço ficou engraçadinho também.

Federer Roland GarrosPrimeiro achei que fosse somente em eventos de patrocinadores, em exibições, quando não há pressão, concentração e é hora de aproveitar mesmo. Não é não. Faz um tempo já que nas entrevistas em quadra ele está descontraído e nas coletivas também. Acompanhei praticamente todas dele em Roland Garros e reproduzo aqui partes da de ontem, após a vitória  de número 900 sobre Gilles Simon para mostrar que entre as respostas sérias e longas, ele está toda hora fazendo uma gracinha.

Q.  36 consecutive Grand Slam quarterfinals.  I was wondering how this achievement, in your opinion, ranks compared to the others that you have had?

ROGER FEDERER:  Well, I was asked on court.  I’m not going to say something totally different to you guys than to all the people, but I guess this is maybe a record I look back on when I’m not playing anymore, and go like, That was incredible that I was able to achieve this.  Because this isn’t just a one‑week thing or one‑year thing.  This is such a long period of time that I had to fight through matches like the one, for instance, here today.

The number is unbelievable.  I probably would have been happy with one at one point in my career, when I was younger and eventually you raise the bar and say, Okay, hopefully I can reach my first semifinals, like in 2003 at Wimbledon.  I went on to win the tournament, and the rest we know.

It’s been an amazing run, and I’m happy I’m still on it.

Q.  You were laughing when Gilles made his speech on center court.  Did he say something particularly funny for those who didn’t hear it and don’t know what he said?

ROGER FEDERER:  What did he say?

Man, I guess he mentioned something like he obviously hopes he can beat me sometime.  He was right, you know.  (Laughter.)

He’s not going to stand there like saying, I hope I’m not going to lose next time.  It’s very uncomfortable.  The other guy is sitting there.  I guess that’s what it was.  Maybe there was something else which now I forgot.  Too many things happened in the last hour.

Q.  You’re looking very fresh.  Actually, doesn’t look like you played five sets.

ROGER FEDERER:  Thank you.  You look great, too.  (Laughter.)

Q.        Thanks.

ROGER FEDERER:  For watching a match of five sets.  Did you take a shower?  (Laughter.)

Q.        These boring interviews, we have to get you guys to loosen up a bit.

ROGER FEDERER:  I’m happy you did.

Q.  As far as longevity goes ‑ and one would love to see you play forever because you’re such a fantastic player.

ROGER FEDERER:  Well I may not, but hopefully for a long time, yes.

Q.  36 quarters is an incredible accomplishment.  A big number.  Among all those quarterfinals, could you possibly pick out one or two that were particularly important or particularly meaningful in all of those?

ROGER FEDERER:  The quarterfinal match itself then

  Q.  Yes.

ROGER FEDERER:  God.  (Laughter.)

How much time do you give me?  Let me think.

I guess two that come to mind ‑‑ I don’t know.  I guess part of the streak.  It was maybe the first one in ‑‑ because I lost first round at the French in ’03 and then made the quarters at Wimbledon ’03, and then beat Sjeng Schalken, I think, on Court 2.

That was the first time for me to make it to a semis.  He was injured.  He couldn’t move very well.  He had a foot problem, I remember.  And I wasn’t happy he had that, but I was happy he wasn’t the Sjeng Schalken I knew he could be on the grass.

That was for me a particularly big one for me to give myself an opportunity to play Roddick in the semis.  I won Halle he won Queen’s, and I won that to go on and win.

So that one stands out for me.  But then ‑‑ I don’t know if that was the quarters, but I think it was ‑‑ against Agassi at the US Open.  I don’t know if the wind match ‑‑ was that a semis?  Anyway, so then I guess it’s just the Wimbledon match.

Otherwise if that was the quarters, that was an important one for me in my life.

Q.  It was a madhouse out there.  The volume of sound, that was incredible.  You were walking around behind the court in between points.  What are you saying to yourself, and can you get lost in your own head at that point and just forget everything?

ROGER FEDERER:  Yeah, I thought it was very fair.  I said it on the court, too.  But today definitely reminded me what Simon’s first name was.  I heard that throughout the entire match.  But I enjoyed it.

It’s always nice being part of an atmosphere like the one we had tonight, and you always look forward to those kind of matches.  You know, while you’re walking in the back you tell yourself that’s exactly why I work hard for; I’m going to be strong, stronger than him; I’m going to be good here; I’m going to fight and leave everything on the court.

That’s what I guess I was telling myself at times, as well.

(Pergunta do Felipe Andreoli – CQC) Q.  They already asked you about your physical, and we were worried about your back.  I want to know, how is your back, and if it hurts, I could do a massage because we want to see you at the finals.

ROGER FEDERER:  Right, right.  No, my back is good.  I’m happy it’s good so you don’t have to touch me.  (Laughter.)

Good to see you again.

Q.  I wonder what you thought of Tommy Robredo’s exploits in this tournament, winning three matches in concession from two sets to love down, a player over 30 who probably we have all been saying should have retired long ago.  You know what that’s like.  Doing that, how big of an achievement is that?

ROGER FEDERER:  I think it’s amazing, really.  I did see Tommy as well in Sao Paulo, so for me I was happy to see him back on tour.  He was injured for some time.  I have known him, man, since I was 15 maybe, so we go way back.  He was always one of the top juniors, as well.

So on tour we were very friendly.  I don’t quite know how it is to come back from injury, to be honest.  I know how it is to come back from two sets to love, and that is a big deal.

So the combo of him doing that three times consecutively at probably his most favorite tournament in the world, yeah, amazing achievement.  And, yeah, couldn’t be happier for the guy, really.

Q.  And what was the words that you heard in the audience that affected you?  I mean, I heard one that shocked me.  It was, Roger give me your genetic pool.

ROGER FEDERER:  It’s difficult really to pick out those sort of words ‑ it has to be cried out when everything else is tranquil in the stadium ‑ unless you’re sitting right next to the chap who’s saying it.

I mean, I hear basic things, if you like, but sometimes it’s true that you can pick out, I don’t know, maybe it’s a ball boy or, you know, people say, Roger, you know, Go for it, Roger.  You pick up on that.

It’s nice, those little messages of encouragement there just to help you.

 

Foto de Roger Federer – Cynthia Lum

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Os inúmeros tributos a Roger Federer e ao feito inédito no tênis

São 287 semanas como número um do mundo, mais do que qualquer outro tenista da história e prestes a completar 31 anos de idade. As homenagens a Roger Federer não param de chegar e estão lindas. Reuni aqui os tributos que a ATP, Nike, Wilson, Lindt e Credit Suisse fizeram para o suíço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É incrível mesmo vê-lo no topo do ranking mundial novamente. Lembro exatamente do momento da derrota dele para Robin Soderling, em 2010, nas quartas-de-final em Roland Garros. Estava assistindo o jogo com um pessoal da ATP e da ITF e lembro do comentário. “Ele perdeu esse jogo, perde o posto de número um e nunca mais vai recuperar essa chance de voltar ao topo e quebrar o recorde do Sampras.”

 

 

 

 

 

 

Federer provou o contrário. Trabalhou duro desde meados do ano passado. O que todos diziam é que ganhar um outro Grand Slam ele até poderia ganhar, mas que chegar novamente ao posto de número um do mundo, não chegaria. Para isso é necessário ganhar e ganhar torneios, ter consistência. Foi o que ele fez.

Depois da derrota na semifinal do US Open, ganhou o ATP de Basel, o Masters 1000 de Paris, ganhou o Masters em Londres e jogou muito no começo do ano. Algumas vezes sem levantar o título de campeão, como no Australian Open, em Doha e em Miami. Mas, outras vezes triunfando como em Roterdã, Dubai, Indian Wells, Madri, até chegar ao sétimo trofeu de Wimbledon, o 17º de Grand Slam da carreira e o título que lhe devolveu o posto de rei absoluto do tênis mundial.

 

287 semanas é muito tempo. Como está escrito no texto que acompanha o tênis comemorativo da Nike – eles fizeram uma edição limitada do tênis do Federer, Zoom Vapor 9, com 287 pares -, são 2009 dias, 48.000 horas, enfim não dá nem para começar a contar ou a comparar a que esse número equivale, que vamos ver que é muita, muita coisa. Coisa para gênio da raquete. Coisa para Roger Federer.

Ah, e como o gênio é educado, ele gravou um vídeo de agradecimento. Não consegui colocar o vídeo, mas o link está aqui, no site de Roger Federer .

 

2 Comments

Filed under Uncategorized

Não achei que fosse ver Andy Murray em uma final de Wimbledon – É admirável, ele conseguiu!

Não achei que fosse ver Andy Murray disputando uma final de Wimbledon. Assim como os fãs que estavam na Center Court e na Henman Hill, demoraram alguns segundos para de fato acreditar no que estavam vendo diante de seus olhos, também fiquei boquiaberta com a vitória do britânico diante de Jo-Wilfried Tsonga e a conquista da vaga para a final, em que enfrentará Roger Federer em busca do trofeu que Fred Perry ergueu em 1936.

Há 76 anos os ingleses falam de Fred Perry, o último tenista do Reino, a vencer em Wimbledon. Há 74 anos, Bunny Austin marcava seu nome na história ao se tornar o último britânico a chegar à final no All England Lawn Tennis & Crocquet Club.

Vieram Roger Taylor, Tim Henman e Andy Murray.

De Roger Taylor, não posso falar. Apenas li sobre ele nos livros de história. As tentativas de Tim Henman, e a Henman Mania em Londres, eu acompanhei de perto por lá mas também, nunca achei que ele tivesse muitas chances entre Pete Sampras e Andre Agassi e admito que torci para o Ivanisevic naquele 2001 em que Sampras foi eliminado antes do tempo. O corpo meio mirradinho, embora possa parecer uma besteira, ainda mais levando em conta o eficiente jogo de saque e voleio dele, não me inspirava confiança.

E Murray também não me inspirava aquela confiança, mesmo já tendo disputado três finais de Grand Slam – duas na Austrália e uma em Nova York -, tendo vencido Masters 1000 e provado que não é afetado pela toda loucura que envolve ser um britânico jogando Wimbledon e com chances de avançar no torneio.

Achei interessantíssimo quando ele apareceu com Ivan Lendl de técnico. Como o próprio Lendl disse, Murray teve coragem de contatá-lo e de assumir a parceria, sabendo de toda a atenção que teriam.

Há duas semanas, antes de Wimbledon começar, já havia rumores do que aconteceria entre técnico e jogador caso Murray não tivesse um bom resultado em casa. O jogador acusava dores nas costas e havia perdido na primeira rodada do ATP de Queen’s.

Mas, foi só ele começar a jogar bem em Wimbledon que as dúvidas do resultado da contratação do campeão de 8 Grand Slams, pararam e surgiram, no lugar, notícias e informações sobre como Lendl tem contribuído para o jogo de Murray.

Ao que parece uma das maiores influências tem sido mental. Lendl perdeu quatro finais de Grand Slam antes de vencer a primeira. Murray já perdeu três. Lendl nunca ganhou Wimbledon, apesar de ter disputado duas finais. Tudo o que Murray está passando, Lendl já passou.

A calma e a frieza de Lendl podem servir para acalmar o britânico. Não importa o momento do jogo, a expressão do checo naturalizado norte-americano parece não mudar.

O próprio Murray disse que uma outra coisa que Lendl mudou na sua preparação durante o torneio é o fato de estar sacando menos nos treinos. “Ele me disse que o ombro precisa estar descansado e solto e que vou sacar bastante nos jogos. De fato estou sacando melhor quanto mais eu jogo.”

Mas, independentemente de Lendl, ou não, é Murray quem está em quadra jogando e sobrevivendo não só aos adversários mais à Murray Mania, aos tablóides britânicos e aguentando a pressão da possibilidade de se tornar o primeiro britânico campeão de Wimbledon, na Inglaterra.

Murray soube aproveitar muito bem a oportunidade de uma chave mais aberta e fez o que muita gente não esperava, chegou à final de Wimbledon.

O próprio Henman, que passou por essa situação há 11 anos, afirmou que Murray estava mais preparado do que ele para esse momento.

Como é interessante o nosso esporte.  

Há um mês, todas as atenções estavam voltadas para Rafael Nadal e Novak Djokovic e Maria Sharapova. Nadal foi elevado ao status de Rei de Paris, como o maior campeão de todos os tempos do torneio. Sharapova completava o Grand Slam e voltava ao topo do ranking mundial.

Neste fim-de-semana tudo muda. Federer pode erguer o seu 7º trofeu de Wimbledon; Murray pode vencer o seu primeiro Grand Slam e se tornar o primeiro britânico a triunfar no All England Club desde 1936; Nadal já foi para casa há 10 dias, eliminado por Lukas Rosol e Serena Williams, derrotada na primeira rodada em Roland Garros enfrentará uma polonesa na final, neste sábado, para conquistar o 14º trofeu de Grand Slam da carreira.

 

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Wimbledon: agora é a vez de Federer jogar pelo 7º trofeu

A temporada de grama começou assim que Roland Garros terminou, mas os olhos do mundo só se voltam mesmo para o tênis na grama a partir desta segunda-feira, quando a temporada mais longa da história neste tipo de piso tiver início, em Wimbledon.

O mais prestigioso clube de tênis do mundo, o All England Lawn Tenni & Crocquet Club, sediará no período de 7 semanas o terceiro Grand Slam da temporada e os Jogos Olímpicos.

Diferente dos torneios na terra batida, em que as atenções estavam voltadas para o duelo entre Rafael Nadal e Novak Djokovic, para ver que recorde seria quebrado em Roland Garros, agora as atenções se voltam de novo para Roger Federer.  O suíço tentará igualar o recorde de Pete Sampras de sete trofeus, no palco onde obteve as suas maiores glórias.

Recentemente em uma entrevista ele apenas disse que o objetivo para a disputa deste Wimbledon era ir além das quartas-de-final onde ele parou nos últimos dois anos.

O heptacampeonato na Inglaterra poderia aproximar Federer (a última final que ele jogou em Wimbledon foi aquela histórica contra Andy Roddick) do posto de número um do mundo para ele então quebrar outro recorde, o de semanas na liderança do ranking mundial. Ele está a apenas uma semana de Pete Sampras (286).

Apesar de Nadal e Djokovic estarem à frente de Federer e como vencedores das edições de 2010 e 2011, respectivamente, serem mais favoritos, em Wimbledon e na terra da Rainha, ele é sempre candidato a reinar novamente.

Entre as mulheres, apesar da derrota na estreia em Roland Garros, Serena Williams e a irmã, Venus, com a saúde ainda frágil, sempre serão destaque. Juntas, elas tem 9 títulos em Wimbledon, 5 de Venus e quatro de Serena.

Vice-campeã no ano passado, Maria Sharapova chega na Inglaterra tendo completado o Grand Slam, e confiante para tentar vencer novamente o primeiro dos quatro torneios que ela conquistou, há oito anos.

Atual campeã, a checa Petra Kvitova não está tendo uma temporada como a do ano passado, mas ainda é a número quatro do mundo.

Para rivalizar com ela, Victoria Azarenka pretende apagar a má impressão deixada em Roland Garros. É, o mesmo pretende Caroline Wozniacki, na terra do namorado Rory MclRoy.

Wimbledon antigamente era conhecido como o torneio em que as grandes surpresas podiam acontecer, por ser disputado num piso em que mais da metade da chave não tem tanta habilidade. Mas, com a diminuição da velocidade da quadra nos últimos anos estas surpresas diminuíram. De qualquer maneira, é o piso onde todos estão mais suscetíveis.

O caminho para o título já foi traçado com o sorteio da chave. Nadal abre a campanha contra o brasileiro Thomaz Bellucci; Djokovic contra Juan Carlos Ferrero; Federer enfrentando o espanhol Albert Ramos e Murray o russo Nikolay Davydenko.

Entre as mulheres, menos suscetíveis a surpresas na primeira rodada – vamos esquecer o jogo entre Serena e Razzano há algumas semanas em Roland Garros – Sharapova enfrenta Rodionova; Radwanska joga contra Rybarikova; Serena pega Zahvalova Strycova; Kvitova joga contra Amanmuradova; Wozniacki desafia a austríaca Tamira Paszek, ex-pupila de Larri Passos e Azarenka joga contra a americana Falconi.

O majestoso torneio de Wimbledon vai começar. Dentro de poucas semanas dois campeões e duas campeãs saírão do All England Lawn Tennis & Crocquet Club com o trofeu mais prestigioso do mundo e uma medalha de ouro olímpica.

 

 

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

O ingresso mais valioso do tênis é o desta 2ª em Wimbledon

Lembro perfeitamente da primeira vez que vim a Wimbledon, há 14 anos – nossa, faz tempo e de um colega jornalista chamando a minha atenção de que a segunda-feira, da segunda semana de Wimbledon, depois do Middle Sunday, era a mais interessante do tênis.

Foi um 1997 que choveu muito e os jogos acabaram se enrolando, não dando para seguir muito o que eles chamam de “intended order of play,” do torneio e não me dei conta do que era a segunda mais valiosa do tênis.
Desta vez, a segunda depois do “Middle Sunday,” é assim que os Brits se referem ao domingo de folga – lembrando que a folga não é direcionada aos tenistas e sim à gram que precisa descansar – é o melhor ingresso de tênis do ano para quem for assistir um campeonato ao vivo.


Wimbledon é único Grand Slam que tem, no mesmo dia, todas as oitavas-de-final de homens e mulheres. Nos outros Grand Slams são em dias separados e nem sempre todos os homens jogam as oitavas no mesmo dia e nem mesmo as mulheres.

Nesta segunda no All England Lawn Tennis & Crocquet Club, quem comprou ingresso vai assistir o que há de melhor na ATP e WTA. São os 16 melhores do torneio em ação, desde agora até à noite.

Enquanto escrevo esse texto, depois de ter descansado também no middle Sunday, Sharapova e Peng já estão jogando por uma vaga nas quartas-de-final, assim como Azarenka e Petrova; Lisicki e Cetkovska; Paszek e Pervak e abrindo a sessão masculina, a surpresa e revelação Tomic x Malisse.

Ao longo do dia, o quarteto mágico do tênis estará em ação: Murray x Gasquet; Nadal x Del Potro; Federer x Youzhny e Djokovic x Llodra.

Ah e tem também as irmãs Williams; Serena x Bartoli; Venus x Pironkova, a número um do mundo Wozniacki x Cibulkova, o vice do ano passado, Berdych x Fish, o Lopez que eliminou o ROddick  x o polaco Kubot e ainda Ferrer x Tsonga?

Quanto vale um ingresso desses hein?

Imagem do ingresso!

 

 

Para se ter uma ideia, um ingresso para quadra central hoje custa 54 pounds, ou seja, 138 reais, mas esse mesmo ticket não dá direito a assistir os jogos da quadra 1, ou quem tiver o ingresso da quadra 1 também não pode ir à central. Mas, mesmo assim, continua sendo o ingresso mais bem pago de tênis do ano. E sempre dá para assistir uma partida ou outra sentado na Murray Mountain, desfrutando strawberries & cream com champagne ou típico British Pimm’s.

 

 

 

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized