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Roland Garros: Soares, Sá e Melo, representantes do Brasil nas duplas, conhecem adversários de estreia

Foi sorteada neste domingo a chave de duplas de Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada, disputado no saibro parisiense.

O brasileiro Bruno Soares, nº 13 do ranking de duplas da ATP, e seu parceiro, o austríaco Alexander Peya, formam a dupla cabeça de chave nº 7. Segunda melhor parceria da temporada, eles encaram na primeira rodada o norte-americano James Cerretani e o eslovaco Lukas Lacko.

Soares e Peya - Wagner Carmo peq

A melhor campanha de Soares no torneio francês foi a semifinal de 2008, quando jogou ao lado do sérvio Dusan Vemic.

O outro brasileiro na chave será Marcelo Melo, nº 21 do ranking de duplas e que mais uma vez terá o croata Ivan Dodig como parceiro.

Cabeças de chave nº 12, eles enfrentam na estreia o romeno Victor Hanescu e o luxemburguês Gilles Muller. No ano passado, também ao lado de Dodig, o mineiro chegou às quartas de final.

André Sá joga ao lado do espanhol Feliciano Lopez e na primeira rodada eles enfrentam os britânicos Colin Fleming e Jonathan Marray, cabeças de chave nº 10.

Para conferir a chave completa, clique aqui.

Filipe Alves, da Revista Tennis View.

Foto: Wander Roberto/Inovafoto

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A maior biblioteca de tênis do mundo, Tennis View e um breve encontro com a Serena

Acordei cedo hoje para ir até a Oxford Street, procurar uma livraria. Foi uma manhã quase perdida. O metrô parecia estar na operação tarturaga – parando entre as estações, lotado e entre as baldeações demorando muito pra chegar. Os avisos sonoros diziam que era devido a uma reforma – e eu peguei algumas linhas diferentes -, depois a uma falha no sistema elétrico e por fim por causa da multidão indo para Wimbledon. Vai entender.

Que tem uma multidão hoje aqui tem. Ao sair do metrô na chegada em Wimbledon já tinha um cara no megafone dizendo que as pessoas que decidissem ir pra fila tentar um ingresso esperariam no mínimo sete horas.

Até que eu precisava de um ingresso para um amigo, mas desisti imediatamente. Achei melhor tentar com algum jogador conhecido.

Depois de conseguir chegar na sala de imprensa – demorei para andar do portão 5 –uma das entradas de Wimbledon de tanta gente que há circulando pelo torneio. Hoje estão completamente lotados, por isso a fila não está andando rápido.

Fui até a sala dos jogadores e também não tive sucesso. Eles reduziram as cotas dos tenistas também e eu deixei para muito em cima da hora. Mas, o bom foi que encontrei a Serena (Williams), com quem não conversava há um tempão. Acho que desde quando fui press officer do Masters da WTA em Doha.  Nssa relação vem desde os tempos do início da carreira do Guga no circuito em que ela tinha uma admiração especial por ele e pelo Brasil. Conversamos um pouco e ela estava interessadíssima no Rio de Janeiro e no meu projeto também com os catadores de materiais recicláveis que surgiu do meu trabalho com o filme Lixo Extraordinário (Waste Land).

Sem sucesso com os tickets – fazer o quê?


Assisti um pouco do jogo da Sharapova, o da Petkovic e o último set do Feliciano Lopez e do Roddick e fui até a Biblioteca de Wimbledon, a Kenneth Ritchie Wimbledon Library, adjacente ao Wimbledon Lawn Tennis Museum.

Fui direto procurar o Allan Little, o bibliotecário que levantou  e mantém organizada a maior biblioteca de tênis do mundo e com quem mantenho contato desde a minha primeira vinda a Wimbledon, em 1997.

Fazia tempo que não ia à biblioteca e não tinha visto a mesma reformada (2008).

Queria cumprimentar o Mr. Little e saber se as edições da Tennis View estavam atualizadas.

Era para ser uma visita breve, mas fui tão bem recebida pelo Mr. Little e suas assistentes e a biblioteca está tão bem organizada que acabei ficando lá um tempão.

Primeiro fui ver onde ficam arquivadas todas as edições da Tennis View, sem antes ele checar se tinha até o último número, e tinha.

Foi emocionante ver todos os números da Tennis View em forma de livro e as edições deste ano numa sessão especial, ao lado de revistas da Austrália, Bélgica, Czech Republic (as revistas são organizadas alfabeticamente por Países), etc..

Fiquei enlouquecida na parte dos livros. Especialmente no Brasil que tem uma publicação fraca de livros esportivos, a gente esquece que possa existir tanto material de tênis e olha que tinha livros de 1800..

Curiosa perguntei para o Mr. Little se ele sabia de quando datava a primeira revista de tênis. Ele respondeu na hora: 1883 – Pastime e mesmo com sua idade avançada, pegou uma escada, subiu os degraus e pegou a publicação para que eu conhecesse.


De quebra ele e o staff ainda me deram dois livros que ele publicou recentemente, o da Suzanne Lenglen – Tennis Idol of the Twenties e o Tennis and the Olympic Games.

Saí de lá motivadíssima, querendo levar uma mala de livros – mas só os que já acumulei até agora vão me dar trabalho – e orgulhosa de fazer parte da história do tênis, ah e prometendo ao Mr. Little continuar mandando a Tennis View para a maior biblioteca de tênis do mundo.

 

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Federer: “Nunca tive uma semana antes de Roland Garros tão calma e para mim, o Nadal ainda é o favorito.”

Roland Garros começa neste domingo e confesso que é bem estranho não estar em Paris. Tinha me programado para viajar neste sábado, mas os compromissos com o meu outro trabalho do “Lixo Extraordinário,” e os catadores de materiais recicláveis, na transformação deles em empreendedores, além de exposições de arte que estou envolvida (Fernando de La Rocque e Gais), me impediram de viajar agora. Quem sabe ainda consiga chegar a Paris para a segunda semana do Grand Slam.

De qualquer maneira, não é só porque não estou em Roland Garros que não estou acompanhando o torneio  e o que está acontecendo por lá. Tenho meus contatos, minhas fontes e vou passar muitas horas nos próximos dias lendo os jornais franceses.

Neste sábado, em uma entrevista das mais legais que li do Federer nos últimos tempos, feita pelo colega jornalista Vincent Cognet no L’Equipe, ele afirma que com toda atenção voltada para o Nadal e para o Djokovic, que nunca teve uma semana tão tranquila antes de Roland Garros. “Antes tinha aquela história de que era o único Grand Slam que faltava para eu vencer; eu ganhei e no ano passado eu era o defending champion. Neste ano tive menos pedidos de entrevistas e eventos com os patrocinadores, menos pressão, muito mais calmo.”

Entre as inúmeras perguntas e respostas, Federer afirmou que agora já não é mais o momento de se perguntar o que ele tem que fazer em quadra. “Essas perguntas eu fiz depois de Monte Carlos. Reuni minha equipe e vimos o que tinha que ser feito antes de Roland Garros. Se eu devo jogar mais dentro da quadra, trabalhar melhor a movimentação, as pernas, etc… Agora já estamos numa bolha.”

Sobre o momento de Djokovic, Federer disse que não esperava ver o sérvio chegar a Roland Garros, desde o começo do ano sem perder um jogo. “Ninguém imaginava. Mas, depois de vê-lo em Dubai, sabia que ele seria um adversário muito complicado em Indian Wells e Miami. Quando um jogador começa uma temporada como ele, ela poder ir longe.”

Mesmo com todos os resultados de Djokovic dos últimos meses, Federer não considera que o tenista de Belgrado esteja no mesmo patamar do que ele e Nadal. “Eu tenho 16 Grand Slams, o Rafa tem 9 e ele tem dois. Ele ainda precisa de um pouco mais para se sentir um monstro, como eu eu o Rafa nos sentimos.”

E como é se sentir um monstro pergunta o L’Equipe. “Eu gostava, mas tudo passa muito rápido. Fora da quadra era muito estressante, mas dentro da quadra era uma alegria total. Mas é torneio atrás de torneio, você vive a sua vida quando pode e acaba ficando dentro de uma bolha. Você acaba esquecendo do resto do mundo, mas o mais importante disso é aproveitar porque isso é passageiro e você vai de um para o outro muito rapidamente.”

Federer disse que para ele o fato de não ser favorito este ano em Roland Garros – ele estreia contra Feliciano Lopez e está na chave de Djokovic – não é novidade. “Nunca me senti favorito aqui e prefiro estar na chave do Djokovic do que na do Nadal. Para mim, ele ainda é o favorito.”

Sobre o fato de não ser mais número um do mundo, o suíço falou que não faz diferença, mas que claro que ele preferiria ser o número um do que o número três. “Quem não gostaria?”

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Tomic, o “garoto problema” da Austrália que pode enfim estar se tornando a solução. Aos 18 anos é o único australiano na 3ª rodada em Melbourne.

Por essa nem os australianos esperavam. O “garoto problema,” Bernard Tomic, fez valer o tão controverso wild card recebido para integrar a chave principal do Grand Slam, derrotou Feliciano Lopez e está na terceira rodada em Melbourne. Será o único do País a jogar no fim de semana e enfrentará o número um do mundo, Rafael Nadal.

A mídia australiana que já se preparava para escrever somente do tênis feminino, ganhou material de presente e com certeza, nos próximos dias é só dele que vai se falar daquele lado do mundo.

Aos 18 anos de idade, Tomic, com seu 1,95m de altura – e pode ser que ainda cresça mais -, e seus dois títulos de Grand Slam juvenil (ganhou o Australian Open em 2008 e o US Open em 2009), já conseguiu causar mais tumultos com a Tennis Australia do que muito jogador em toda a sua carreira.

Muito devido ao pai e técnico John Tomic.  Foi John que recusou um pedido de treinamento do clã Hewitt, em Wimbledon, há dois anos. Imagina, um juvenil recusando um convite de Hewitt para treinar o que causou de estranheza por parte dos australianos. Foi John também que brigou com juízes em um torneio Future há pouco tempo.

Há um ano, no Australian Open, com o seu segundo wild card seguido em mãos, reclamou do horário em que jogou – e perdeu em cinco sets – contra Cilic na segunda rodada. “Era muito tarde. Estou acostumado a dormir cedo.”

Foi John também que deixou o filho longe das quadras durante boa parte do segundo semestre do ano passado, colocando inúmeros pontos de interrogação na cabeça dos dirigentes do tênis australiano.

Há poucas semanas, o menino se viu envolvido em outra controvérsia quando decidiu não disputar o play-off pelo wild card no Australian Open. O pai enviou um comunicado com um comprovante medico alegando que o filho estava doente. Mas, qual não foi a surpresa dos dirigentes ao saberem que nos mesmos dias da competição “Bernie” estava treinando em casa, em Queensland. John saiu em defesa do filho e disse que o obrigou a treinar mesmo doente.

Diante destas situações só mesmo um bom resultado para provar que todo o trabalho que a Austrália, país que acolheu os Tomics – Bernard nasceu na Alemanha e a família se mudou da Croácia para a Austrália em 1996 – vem tendo, não está sendo em vão.

Sem garantia de um convite para a chave principal do Australian Open, Tomic foi jogar o qualifying do ATP de Sidney. Derrotou três top 100 na sequência – Kunitsyn, Berrer e Kubot – para perder na estreia para Dolgopolov e assim merecer enfim o convite para a chave principal em Melbourne, dado por Todd Woodbridge, chefe do tênis profissional e pelo capitão da Copa Davis, Patrick Rafter.

Bernard já entendeu que precisa melhorar a relação com os dirigentes do tênis australiano e com duas vitórias importantes no Grand Slam – derrotou Jeremy Chardy na estreia e passou por Feliciano Lopez, por 3 sets a 0 – começa a provar a que realmente veio.

Com patrocínio desde o início dos anos de juvenil, Tomic está sendo considerado um novo “Miloslav Mecir,” pelo seu jeito nada ortodoxo de jogar e a maneira de se posicionar em quadra.

Ele mesmo afirma que gosta de surpreender os adversários com suas jogadas estranhas e que um de seus pontos fortos é saber identificar rapidamente o ponto fraco do adversário.

Atualmente na 199ª posição no ranking mundial, é o adolescente mais bem colocado na ATP e se diz pronto para tentar surpreender Nadal. Diz que vai se preparar para não ficar com sono caso jogue à noite.

A Austrália agora se prepara para abraçar o novo herói que vem procurando há algum tempo para substituir Lleyton Hewitt e dar continuidade à tradição de Rosewall, Roche, Newcombe, Rafter, entre muitos outros ídolos surgidos daquele lado do mundo.

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