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Que felizardos são EUA e Austrália com os capitães da Davis Courier e Rafter

Courier, no Rio em março, na Calçada da Fama do Maracanã, ao lado de WIlander, Guga, Koch e Meligeni

Semana passada anunciaram o Patrick Rafter como capitão da Copa Davis da Austrália; Nesta quarta a USTA confirmou Jim Courier no lugar de Patrick McEnroe.

Dois ex-números um do mundo comandando os times de seus países na maior competição entre nações do tênis.

Tanto Rafter, quanto Courier já estiveram no Brasil jogando Copa Davis.

Courier, aliás foi quando o vi jogar pela primeira vez ao vivo, veio em 1997 e derrotou o Brasil em Ribeirão Preto, em um confronto que ele se lembra até hoje e não cansa de falar que foi onde se impressionou com os golpes de um então garoto brasileiro: Gustavo Kuerten.

Guga fez jogo duro com o líder da equipe americana e ao lado de Oncins ganhou um jogo daqueles históricos, de duplas contra Reneberg e O’Brien.

Aquela Copa Davis no auge do verão em Ribeirão Preto foi marcante também por ter sido o lançamento oficial da Tennis View, quando a revista ainda era um jornal, com apenas duas cores e 16 páginas.

Courier estava na capa. Guga era o entrevistado.

Poucos meses depois, nas quadras de saibro de Roland Garros, Courier lembraria bem do que havia visto no interior paulista, quando Guga surpreendeu o mundo e conquistou Roland Garros.

Rafter esteve no Brasil alguns anos depois do americano.

O australiano foi a Florianópolis enfrentar o Brasil nas quartas-de-final da Copa Davis, em 2001, depois do País ter sido derrotado na semifinal, no ano anterior, em Brisbane, na grama.

Foi armada uma das maiores arenas que o tênis do Brasil já viu para uma Copa Davis, no que é hoje a sede da Federação Catarinense de Tênis.

Rafter veio ao lado da grande estrela, Lleyton Hewitt.

Guga ganhou do amigo de circuito no primeiro dia e Hewitt venceu Meligeni.

Nas duplas, Hewitt e Rafter acabaram derrotando Guga e Oncins e no quarto jogo, Hewitt venceu Guga dando a vitória a Austrália.

Hewitt ainda joga o circuito e terá o ex-companheiro como Capitão.

Courier hoje Presidente da InsideOut Sports que organiza, entre outros eventos, o Champions Series e é parceira do Banco Cruzeiro do Sul Rio Champions, também joga a maioria das competições de ex-campeões.

Courier em ação no Rio (João Pires)

Esteve no Rio em 2009 e no início deste ano. Foi vice-campeão no ano passado perdendo para John McEnroe. Neste ano, não avançou na chave, mas deixou as mãos marcadas na Calçada da Fama do Maracanãzinho.

Tive o prazer de conviver um pouco com Jim devido ao trabalho no Rio Champions. Enquanto ele competia, talvez por seu jeito nada ortodoxo de jogar, com uma batida semelhante a de baseball, sempre gostei de vê-lo em ação. Como empresário, tem sido um prazer trabalhar com o bicampeão de Roland Garros e do Australian Open. É competente, sério, profissional ao extremo e entende do negócio.

Acho que os Estados Unidos e a Austrália deram um importante passo contando com Courier e Rafter, respectivamente, em cargos importantes no esporte. Não quer dizer que agora os dois países vão ganhar a famosa saladeira da Davis Cup, mas que certamente o tênis ganha força, credibilidade, motivação, comprometimento… e muito mais, isso ganha!

PS – só para ratificar o que escrevi sobre o Courier, coloco aqui uma declaração do Andre Agassi sobre o novo capitão dos Estados Unidos, divulgada pela USTA:

Agassi statement on Courier’s appointment as Davis Cup captain

“My deepest congratulations to Jim Courier and the USTA for the inspired choice of making Jim our Davis Cup captain.
Jim has the experience, integrity and focus needed to bring the US Davis Cup to new heights. I know first hand that a man with Jim’s credentials as a warrior and a champion will bring out the best in our players and our fans.
I wish you all the best as you take this historic step forward.”
Felizardos esses americanos e australianos!
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Guga e Luciano Huck, valeu a pena esperar!

O tênis ontem ganhou um presentão do Guga e do Luciano Huck.

Não contei os minutos de duração da matéria do Luciano com o garoto Rafael, residente da Rocinha e integrante do Projeto Tênis na Lagoa e o Guga, mas foram muitos, entre gravações na maior favela do Brasil, no Rio de Janeiro e em Florianópolis.  Deve ter chegado perto de uma hora.

Guga, Rafael e Luciano Huck (divulgação)

Durante todo esse tempo o assunto foi o tênis e na TV aberta, na TV Globo.

Não queria cair naquela história de novo do nosso Presidente Lula chamando o tênis de esporte de burguês, mas sou obrigada a repetir que exemplos como este do Projeto da Lagoa e do menino Rafael mostram o poder de transformação que esportes como o tênis tem.

Não fosse o tênis, Rafael não teria essa grande chance na vida (além de ter encontrado o ídolo Gustavo Kuerten, batido bola com ele, ganhou um prêmio de R$ 50 mil, sem falar no que o projeto vai se beneficiar com essa exposição).

Desde sempre me lembro do Luciano Huck, ou melhor, da produção do programa dele me ligando querendo agendar a participação do Guga no seu show. Desde a época em que ele ainda era apresentador do H, na Bandeirantes, recebia ligações da produção.

Guga não tinha tempo para atender o pedido apresentador. Incontáveis vezes tive que dizer não à equipe do Huck, já sem nem saber o que dizer. Mas, não era mentira. O Guga não tinha tempo para fazer uma boa participação no programa.

Como tenista profissional, número um do mundo, tricampeão de Roland Garros, campeão da Masters Cup, hoje ATP World Finals – aquele que ele ganhou do Andre Agassi na final, Guga não podia dedicar o tempo necessário para fazer uma matéria dessas, bem feita, com Luciano.

Poderia até ter feito uma participação especial, mas não teria tido o mesmo impacto do que o programa de ontem, onde Guga pôde receber o apresentador em Florianópolis, almoçar com ele, mostrar o escritório, os troféus, o Instituto, pegar um avião, ir ao Rio de Janeiro, bater bola com Rafael e se emocionar também com a história do “guri.”

Clique aqui para assistir  algumas partes da matéria – http://bit.ly/aMlhuP

Imagino que a produção do Huck deva ter me xingado muito nos mais de 10 anos que trabalhei com Guga. Mas o foco dele era na quadra e hoje, com tempo, Guga pode se doar para momentos como este que transformam para sempre a vida de uma pessoa e que fazem “milagres” para o tênis no Brasil.

Fico aqui imaginando quantos “guris” da Rocinha não vão querer começar a jogar tênis também. Quantas vidas agora pode ser que uma raquete e uma bolinha transformem?

O próprio Guga já tinha comentado, há poucas semanas, que tinha gravado o programa e que tinha sido muito bacana, mas eu não tinha ideia que seria tão especial, com tanto tempo e dedicação do Luciano também.

É, acho que valeu a pena todo esse tempo de espera!

PS – Parabéns ao Alexandre Borges pelo Projeto Tênis na Lagoa (é na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio) e pela iniciativa. Sem ele, Rafael não estaria jogando tênis.

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Guga movimenta o tênis no Brasil com evento em Florianópolis. Uma visita à Semana Guga Kuerten.

Voltei agora há pouco de Florianópolis onde fui ver de perto tudo o que o Guga tinha me contado no ano passado sobre a Semana Guga Kuerten.

Não pude ir ao evento em 2009 e fiz questão de dar, pelo menos, uma passada no LIC (Lagoa Iate Clube) e na cidade para constatar o que a gente já sabe, quando o Guga se envolve com um projeto, ele fica grande, chama a atenção e movimenta o esporte.

A estrutura da Copa Guga Kuerten é igual a dos melhores eventos nacionais do Brasil, que muitas vezes se compara a dos torneios Challengers. O diferencial é a sala dos jogadores onde os tenistas podem assistir durante o dia todo os jogos marcantes do Guga.

Dentro do LIC há ainda estandes dos patrocinadores e parceiros do evento – a partir de quarta-feira Tennis View estará lá -, uma quadra de mini-tênis, fotos dos melhores momentos de Guga, recipientes para coleta de lixo seletiva, e outros pequenos detalhes que fazem a diferença.

Sala dos Jogadores

coleta de lixo seletiva

Mas, para mim, o que diferencia o evento de todos os outros, além da presença constante de Guga assistindo os jogos e conversando com os tenistas é a extensa programação da Semana Guga Kuerten e que eu acho que vai muito além do grande destaque para o público em geral: a partida exibição entre Guga e o Yevgeny Kafelnikov, no sábado à noite, na arena Multiuso em São José.

mini-tênis em Escola pública de Florianópolis

Meligeni no LIC

Dias antes dos jogos da Copa Guga Kuerten – torneio juvenil de 12 a 18 anos – começarem, ilhas de mini-tênis foram montadas em dois shoppings centers da cidade, o Itaguaçu e o Beira-Mar e há outras itinerantes, dando a oportunidade de qualquer pessoa ter contato com o esporte.

Para a garotada de 10 anos haverá um torneio de mini-tênis.

Os tenistas cadeirantes que jogam o tênis sobre rodas se apresentarão no LIC e na Arena Multiuso São José, antes do jogo entre Guga e Kafelnikov.

Técnico do tricampeão de Roland Garros, Larri Passos estará em Florianópolis para dar clínicas para os participantes da Copa Guga Kuerten e conversar com os tenistas e treinadores.

Fernando Meligeni também está na capital catarinense. Assim como Larri, faz clínica e bate-papo com os participantes.


Os treinadores também tem vez na Semana Guga Kuerten com a realização de um curso de capacitação da CBT.

Os pais, poderão conversar com Alice Kuerten, mãe de Guga, com palestra com hora marcada.

Com tantas atividades acontecendo, técnicos e muitas das pessoas que fazem o tênis no País que não costumam comparecer a torneios juvenis acabam viajando até a capital catarinense.

A imprensa se movimenta nesta semana para acompanhar a “Semana” em Florianópolis e o tênis ganha grande espaço na mídia.

Guga, que já estampava uma grande foto na Avenida Beira-Mar, no bonito prédio do Hotel Majestic, hotel oficial do evento, usa sua imagem em benefício do esporte.

Neste ano, o Prêmio do Instituto Guga Kuerten, a Grande Jogada Social, também acontece na Semana Guga Kuerten. É nesta terça-feira.

O objetivo é mostrar o Prêmio para quem nunca viu.  Já tive a oportunidade de presenciar alguns e são sempre emocionantes, com apresentações de alunos dos projetos sociais do Instituto, em meio a show da Paula Lima e a entrega de prêmios aos melhores projetos do Estado.

Nossa, já estou sem fôlego. É evento que não acaba mais. Evento para movimentar de fato o tênis no Brasil.


Mais Infos no www.semanagugakuerten.com.br e www.igk.org.br

Fotos de Marcelo Ruschel / Poapress

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