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Ninguém é perfeito. Nem Nadal, Federer, Djokovic e Murray.

Roland Garros começa neste domingo e depois da vitória de Rafael Nadal, em Roma, derrotando Novak Djokovic, na final e da de Roger Federer, em Madri, os top 3 estão em destaque total, com Andy Murray vindo mais atrás.

Apesar de serem gênios do esporte, eles ainda tem o que melhorar e com esses detalhes que vão ajustando no jogo, estão conseguindo se manter no topo e na busca pelos maiores títulos do mundo.

O momento é propício para reproduzir a coluna que Emílio Sanchez escreveu na edição 119 da Tennis View, falando das deficiências de Nadal, Federer, Djokovic e Murray, como eles podem melhorar e como podemos aprender com eles.

 

RAFAEL NADAL

O ano de 2011 foi um ano cheio de supresas para Rafa. Ganhou Roland Garros, mas perdeu sete vezes para Djokovic. Durante o intervalo de inverno europeu trabalhou muito para voltar a seu nível máximo e já na Austrália mostrou que podia por em prática o que havia aprendido.

 

Como o tênis é um esporte mental e emocional, por haver perdido tantas partidas contra Djokovic, isso criou uma barreira na sua cabeça, a mesma que Federer tinha quando jogava contra ele.

 

Na final do Aberto da Austrália, Rafa jogou uma boa partida, mas tentar seguir as novas jogadas agressivas nos momentos máximos de tensão é o mais difícil para o jogador. Nesses casos, o jogo entra no subconsciente e isso ele não pode controlar. O jogador sabe que deve ser agressivo, mas seu subconsciente o leva a jogar como está acostumado.

 

O melhor golpe do Rafa Nadal ainda é seu drive de direita, mais para o lado de seu revés. Pelo contrário, Rafa sofre quando sacam no seu lado esquerdo, tirando ele da quadra. Agora tem melhorado o golpe e isso permite ficar sem perder tanto espaço na quadra, porque antes quando sacavam tirando ele da quadra, já começava o ponto perdendo espaço. Agora pode executar a devolução paralela, pode até ser agressivo, entrar na quadra e ir volear.

 

 

Como melhorar?

Para Rafa cada vez que atacam pelo seu lado direito, para jogá-lo para fora da quadra, uma solução é jogar a bola na paralela, e logo poder dominar o ponto, ficando na zona de transição para chegar a volear.

Para você: Se te jogam para fora da quadra, trate de voltar ao centro sempre na diagonal, não ficar nunca fora da quadra ou voltar horizontalmente, e então atacar a direita e depois a esquerda para terminar voleando. Treine isso deixando que alguém te ataque do seu melhor lado e te tire para fora da quadra.

 

 

 

ANDY MURRAY

Ele vai bem em todos os aspectos importantes, técnico, físico, mental e emocional, mas ainda não venceu as partidas chaves dos Grand Slams. Mas como Lendl também viveu essa experiência, estou quase seguro que poderá ajudá-lo neste aspecto.

 

Para Andy é muito difícil mudar as zonas de jogo. Quando se defende é difícil passar para a zona de transição e depois para a de definição.

 

A mesma coisa acontece quando alguém o ataca, como fica muito atrás, até mesmo quando saca, que deveria ficar posicionado mais a frente e daí definir, também fica atrasado. Andy joga em uma só zona, deve ampliar seu repertório e utilizar todos os seus recursos que são muitos.

Como melhorar?

Para Andy: Trabalhar as mudanças de zona, quando o atacam posicionar-se para defender-se bem e assim passar a atacar. Andy deve trabalhar antes a defesa do seu lado de esquerda e atacar paralelo do mesmo lado. Na direita depois de defender-se, entrar na quadra e atacar paralelo para ir à rede e volear de forma mais confortável. Ter atenção especial para chegar equilibrado na direita para bater na paralela, mas antes sempre jogar cruzado e com muito giro.

Para você: É importante treinar o lado da esquerda, já que é um golpe mais difícil para esses tipos de jogadores. É necessário praticar o ataque dos dois lados, inclusive o lado que não é tão bom.

 

 

 

ROGER FEDERER

 

Em 2011 não ganhou nenhum Grand Slam, mas seu padrão de jogo ficou mais sólido. Se recuperou para ser mais agressivo, vai muito mais à rede para definir voleando, mas ainda sofre uma barreira mental com Rafael Nadal.

Seu problema é que deve acreditar mais em suas qualidades físicas, porque sempre parece querer guardar energias, parece que não acredita que pode aguentar 5 sets. Isso leva a querer acabar os pontos muito rápido. Deve aprender a buscar as trocas de ritmo, mantendo a agressividade e procurar mudar as velocidades de movimento, mudando também de zonas, para causar muito mais impacto ao adversário.

 

Federer se movimenta em uma só velocidade. Deve pensar que a bola sempre voltará e concentrar-se em fechar os espaços com velocidade, usando as pernas, sobretudo contra seu maior rival, Rafa Nadal.

Como melhorar?

Para Roger: Treinar para fazer a jogada completa, defendendo-se bem, passar para a zona de transição e logo definir na rede.

Para você: Jogar com alguém que devolva todas as bolas e assim ter que cobrir os espaços da quadra sem medo de ficar cansado. 

Importante fazer treinamentos de:

1. Mudança de ritmo

2. Defender-se de esquerda e recuperar a iniciativa

3. Cobrir os espaços para chegar mais a frente

 

 

 

 

 

NOVAK DJOKOVIC

 

Depois de um ano de crescimento, Djokovic estabilizou seu nível de jogo, ficando mais completo. Tem melhorado muito seu aspecto físico, mental, emocional e a paixão que coloca em cada partida.

Nole tem um ótimo repertório técnico e se adapta a qualquer superfície. Portanto há pouco que melhorar, mas se tivéssemos que escolher algo, poderíamos dizer que sofre quando joga contra adversários muito agressivos, contra os que não lhe dão ritmo, então contra Federer sofre muito mais do que contra Nadal.

 

Ele não gosta de velocidade e de pontos curtos, é um jogador que se defende de maneira agressiva e joga dentro da quadra e não gosta de ir para trás. Eu treinaria mais suas defesas ficando mais atrás, jogando mais profundo e recuperando sua zona natural depois de defender-se para pode chegar a atacar e depois definir mais para frente.

O voleio de revés é um outro ponto a ser melhorado devido a sua esquerda de duas mãos.

 

Como melhorar?

Para Novak: Sair da linha da defesa, sair mais de trás e ir voltando para sua zona natural.

Exercício: sair mais atrás da linha de base para depois entrar e atacar para definir mais para frente, que é a zona menos natural para ele. Se atacar melhor, voleará mais fácilmente e definirá melhor, especialmente em quadras muito rápidas. Tentar equilibrar o corpo para volear na esquerda.

Para você: O mesmo. Treinar para sair de mais de trás da quadra e depois acabar definindo na rede, fazer os ataques e os voleios paralelos. 

 

 

 

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Sem querer “chover no molhado,” mas US Open é vítima do “climate change”

Quem falava nesse assunto quando o Arthur Ashe Stadium começou a ser construído?

Não estou em NY mas estou acompanhando tudo sobre o US Open, na televisão, no application do torneio no Iphone, na internet, lendo jornais e sites, entre outros.  Confesso que deu um certo alívio ter cancelado a viagem quando vi toda a confusão armada pelo Hurricane Irene. Não que eu não quisesse estar em New York agora, mas teria sido uma confusão completa, porque era para eu ter chegado naquele primeiro fim de semana.

Agora, vendo dois dias seguidos de chuva na Big Apple, fico imaginando aquela sala de imprensa lotada de jornalistas sem ter muito o que fazer, procurando o que escrever, sem poder voltar para Manhattan, ou deixar de ir para o torneio, caso alguma coisa aconteça. Fica um clima de tensão no ar. Todos querem falar com o Diretor do Torneio, dependem de uma previsão do tempo, que funciona muito melhor lá do que aqui, os jogadores ficam irritados, todos agrupados no “player’s lounge,”, que mesmo crescendo ou sendo melhorado a cada ano, parece não dar conta de tanta gente.

Enfim, dias completos de chuvas em qualquer cidade já são complicados, em um torneio que tem data para começar e terminar ficam ainda mais, especialmente quando ainda estão sendo jogadas oitavas-de-final de simples no masculino, as mulheres estão nas quartas, tem torneio de duplas e duplas mistas em andamento, o juvenil, cadeira de rodas e muito mais.

A grande discussão em pauta no momento é porque o US Open, quando construiu o maior estádio de tênis do mundo, com capacidade para 23 mil pessoas, não programou um teto retrátil, como o Australian Open e Wimbledon já tem e como Roland Garros está programando nos seus planos de expansão.

Pensando nisso tudo, lembrei do ano da abertura do Arthur Ashe Stadium. Era 1997 e eu estava em Nova York. Guga havia ganhado Roland Garros poucos meses atrás e tinha sido o primeiro tenista a bater bola no gigantesco estádio. Uma cerimônia emocionante reuniu ex-campeões na primeira segunda-feira do torneio.

Há 14 anos o mundo era diferente. Quem falava em “Climate Change?”.

Quem imaginaria que o clima fosse mudar tanto?

Fui procurar dados de precipitação e temperaturas e para se ter uma ideia o National Climatic Data Center, oficial do Governo Americano, só tem dados disponíveis para consulta sobre temperaturas a partir de 1998 e fazendo uma rápida análise deu para ver que a média de chuva anual em Nova York foi aumentando praticamente todos os anos.

Claro que já havia órgãos preocupados com o clima antes disso, mas ninguém dava atenção.

O filme do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Al Gore, “An Incovenient Truth,” curiosamente dirigido por Lucy Walker, a mesma do “Lixo Extraordinário,” que gerou a criação da “Rede Extraordinária,” foi lançado apenas em 2006. Para mim o filme é um divisor de águas na maneira como as pessoas comuns entendem o tal “Climate Change.”

Com mania de grandeza, os americanos nem titubearam em fazer um estádio gigantesco em vez de pensar em algo coberto.

Não chovia tanto em Nova York, naquela época.

O torneio começou a ter grandes problemas há três anos, quando teve que fazer a final na segunda-feira, o que se repetiu em 2009 e em 2010.

É provável que aconteça de novo em 2011.

É o US Open sendo vítima das mudanças climáticas que vem afetando o planeta.

Parece “chover no molhado,” mas é um fato. Ninguém imaginava, lá em 1997 – ou melhor, alguns anos antes, quando começaram a projetar o Arthur Ashe Stadium, que o mundo passaria por tantas mudanças climáticas, em tão pouco tempo, capazes de alterar o nosso cotidiano.

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Bernardes, a trajetória e a história da arbitragem no Brasil que abriu caminho para chegar à a final de Wimbledon.

Todo jogador de tênis tem um sonho,o de um dia disputar a final de um Grand Slam. A maioria deles sonha em estar na decisão de Wimbledon.

Foi o que Novak Djokovic afirmou ao derrotar Tsonga, chegar ao posto de número um do mundo e perceber que estava na final do mais tradicional torneio de tênis do mundo. “Wimbledon é o primeiro torneio que assisti na televisão quando era criança. Sempre sonhei em estar na final.”

Rafael Nadal, mesmo ganhando Roland Garros seis vezes, já cansou de falar que o torneio mais importante para ele é Wimbledon.

Neste domingo, quando Nadal e Djokovic estiverem jogando pelo trofeu, um brasileiro realizará seu sonho também. Carlos Bernardes estará comandando o embate entre o número um e o número dois no mundo.

Pela primeira vez na história um brasileiro sentará naquela cadeira, na final.

Será a terceira vez de Bernardes em uma final. Ele fez duas do US Open,  a entre Roddick e Federer e a entre Federer e Murray, mas nunca nenhuma na grama sagrada.

Fiquei emocionada quando recebi o email do próprio Bernardes, na sexta à noite, dizendo que tinha sido escolhido para fazer a final.

Alguns dias atrás havíamos nos encontrado pelos corredores do All England Lawn Tennis & Crocquet Club e por Bernardes ser colunista da Tennis View, há algum tempo, desenvolvemos uma relação mais próxima e de muito respeito profissional.

A cada edição ele pega o tempo livre, o pouco que tem, para escrever para os fãs de tênis do Brasil sobre regras, novidades no circuito e se dispõe a tirar dúvidas de todo mundo.

Esse post de hoje é uma homenagem ao Bernardes, que faz com que o Brasil esteja representado na final de um Grand Slam e a todos os árbitros brasileiros, principalmente aqueles que começaram com a formação da arbitragem no Brasil, anos e anos atrás.

Reproduzo aqui uma matéria muito especial que os jornalistas da Tennis View, Fabiana Oliveira e Leonardo Stavale, fizeram na edição 80, relatando como a história da arbitragem começou no País e explicando, de certa maneira, de onde veio e como Carlos Bernardes chegou lá (alguns dados estão desatualizados, mas a base da materia está superatual).

PS – reparem no Bernardes novinho na página 2

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Muito se falou de Djokovic, mas Federer rouba a cena de novo e decide com Nadal em Roland Garros

Faz umas três semanas, logo que a edição 113 da Tennis View ficou pronta com Rafael Nadal na capa venho escutando de amigos, colegas jornalistas, fãs de tênis que deveríamos ter colocado o Novak Djokovic na capa em vez do espanhol

Expliquei que o sérvio havia estampado a capa na edição de dezembro/janeiro, com a conquista da Davis e que o Nadal é o atual campeão de Roland Garros e joga pelo hexacampeonato para igualar Bjorn Borg. Por isso, mesmo com Djokovic tendo vencido os últimos torneios, optamos pelo Nadal na capa, sabendo sempre que num Grand Slam tudo é diferente e como bem disse Mats Wilander logo no início da quinzena em Paris, Federer tem 16 títulos de Grand Slam, Nadal tem 9 e Djokovic apenas 2.  Isso faz diferença.

Nadal perdeu apenas um jogo em sete participações no Grand Slam francês. Ganhou cinco títulos e apesar de ter começado o torneio um pouco longe do seu ideal de confiança, disputando cinco sets com John Isner na primeira rodada, está na sua sexta final em Paris. Derrotou Andy Murray por 64 75 64 e no domingo desafiará Federer em mais uma decisão de Grand Slam. Será o nono confronto entre eles em finais de Grand Slam e o quarto em Paris, com Nadal vencendo as três.

Nesta sexta, o espanhol completou 25 anos de idade e após a vitória sobre Murray disse que vai comemorar bastante, afinal não é todo dia que se está em uma final de Grand Slam, especialmente depois do jeito que o torneio começou para ele.

“:  I was saying each week is different.  Each day is different.  Each time I’m here to answer your questions, I’m telling you the truth.  That is what I feel.  Each time I’m in front of you, I’m telling you the truth.

To start with, in the tournament I was not playing that well.  I was saying at the time, I have to change the situation, I have to have a better attitude, otherwise I could walk back home is what I said.

But, fortunately, things have changed for me, and I was very present on the crucial points.  It was positive for me, and I’m going to celebrate, because reaching the finals of Roland Garros is not something easy.

Well, you know, this is something that people would dream of, reaching the finals.  Nobody’s ever certain that they can reach the finals.  Today this is a dream come reality to me.  I’m really happy to be playing the finals for one of the most important tournaments in the world on clay, so I have all the reasons to be satisfied.

As you know I’ve had to overcome very difficult situations in the past one‑and‑a‑half weeks.  I have reached the finals, that’s true, and I’m very happy.

I had to forget about this type of anxiety or the fears I had something like two weeks ago, and now I have gained more confidence.  Well, during the first rounds, the first round, the second round, I was not feeling that confident.

I thought I shouldn’t lose any of these matches; otherwise my ranking is going to be impacted.  But now I have more confidence.  I think I fought for all the important points.  I have no fears concerning my ranking any longer.

It’s not going to go down, so to me this is a splendid year.  This is what counts.  This is what I’ll take away with me, what I remember, a very good year.

I’m really very satisfied.  Maybe I have had a few incidents, but apart from this I’m really, really happy.  The rest does not really matter.  I remember the positive sides.”

Federer parecia tão feliz quanto Nadal por estar na final. Derrotou Djokovic por 76 63 36 76 e tentará o bicampeonato em Paris depois de passar quase desapercebido durante as duas semanas na capital francesa. “Com toda atenção em cima do Djokovic e do Rafa nunca tive um Roland Garros tão tranquilo,” chegou a afirmar o suíço.

Wilander já havia dito em sua coluna no Jornal L’Equipe que Federer está jogando o melhor tênis no saibro da sua vida.

O próprio suíço, em entrevista ao mesmo jornal francês, antes de Roland Garros começar disse que preparou seu jogo no saibro e treinou duro com sua equipe por semanas seguidas. É, ele teve que ir atrás da concorrência e subiu seu nível de jogo para fazer uma das apresentações mais belas da sua história em Paris, como ele mesmo afirmou após a vitória.

Is this the best match you have played in the year 2011?

ROGER FEDERER Yeah.  I would think so, yeah.  I hope it was, because I thought it was played at a very high level for a very long time.

I can only talk about myself, but I thought I did really well today.  It was a tough start, really, where I was able to break.  There was break backs, because that’s kind of how we play against each other.  It’s so intense and he’s such a good return player that I always know he’s got something in his racquet to really break me, as well.

I really wanted to make it as physical as possible, which I was able to make it happen.  I think the end of the first and beginning of the second set was key to, you know, the outcome almost in the fourth set.

So I was really happy the way I played.  I thought at the end it was also quite mental, you know, both of us know that whoever is going to win the set, either it’s over or we have to come back tomorrow, which makes it more tricky.

So for this reason obviously I’m somewhat relieved that I don’t have to come back tomorrow, even that would have been no problem.  I thought it was a great match from both sides, really.

I said it earlier, I wasn’t here to spoil the party.  I mean, just trying to put in a good match and trying to get to the French Open finals, which I’m now obviously happy I’m able to.

But almost feels somewhat like I’ve won the tournament, which is not the case, you know.  Silverware is still out there to be won, and I’m looking forward to the match with Rafa, which I guess is my true rival for the last ‑‑ all those years, you know, since he became world No. 1.”

Se serve de consolo para Djokovic, que jogava para alcançar o posto de número um do mundo e quebrar o recorde de vitórias seguidas, Federer tinha o que dizer para ele: .  I told him at the net as well.  I said I think his record speaks for itself, how great he’s played already this season, and it’s not even over yet.  He can still achieve so much more this year.

And, yeah, I thought we played some great tennis.  The way the crowd got into it, as well, towards the end of the match, I mean, the way they back me here in Paris is just an amazing feeling.  So obviously I know I’m very privileged to live this in my career.

 

Alguns números da final:

 

ATP rankings update

 

Rafael Nadal can retain his world No. 1 ranking if he wins the title here. If Nadal fails to win the title, Novak Djokovic will overtake him as No. 1 when the ATP World Tour Rankings are released on Monday 6 June.

 

Tracking the rivalry…

 

Today marks the 19th Federer v Nadal tournament final, moving them into 2nd place for the most meetings in a final in the Open Era. Nadal has a 45-17 win-loss record in finals, Federer 67-29.

 

Nadal and Federer go head-to-head for the 8th time in a Grand Slam final, extending their record for the most meetings between 2 players in a Grand Slam final.

Grand Slam Final match-ups (all-time)

  Number Tournaments
Roger Federer v Rafael Nadal 8 Roland Garros 2006-08 and 2011, Wimbledon 2006-08,
Australian Open 2009
Bill Tilden v William Johnston 6 US Champs 1919-20, 1922-25
Jean Borotra v Rene Lacoste 5 Wimbledon 1924-25, Roland Garros 1925, 1929, US Champs 1926
Rod Laver v Roy Emerson 5 Australian Champs 1961-62, Roland Garros 1962, US Champs 1961-62
Roy Emerson v Fred Stolle 5 Australian Champs 1964-65, Wimbledon 1964-65, US Champs 1964
Ivan Lendl v Mats Wilander 5 Australian Open 1983, Roland Garros 1985, 1987, US Open 1987-88
Andre Agassi v Pete Sampras 5 Australian Open 1995, Wimbledon 1999, US Open 1990, 1995, 2002

 

2011 leaders

 

Nadal has the most wins in the men’s game this year, having overtaken Novak Djokovic at the top of the leader board after his semifinal victory here. Federer is in 3rd place after ending Djokovic’s 41-match winning streak in 2011.

 

Most wins in 2011

Rafael Nadal 42-6

Novak Djokovic 41-1

Roger Federer 34-7

Robin Soderling 32-8

Nicolas Almagro 31-10

David Ferrer 31-10

 

 

Nadal going for 6

 

Nadal is bidding to become just the second man in history to win 6 titles here, after Bjorn Borg who won 6 times between 1974 and 1981. Borg won his 6th title on his 8th appearance at Roland Garros, while Nadal is hoping to win his 6th title on his 7th appearance here.

 

Roland Garros title leaders

Bjorn Borg 6 (1974-75, 1978-81)

Rafael Nadal 5 (2005-08, 2010)

Henri Cochet 4 (1926, 1928, 1930, 1932)

 

Head-to-head: Nadal leads 16-8

2004            AMS Miami                        Hard (O)            R32            Nadal                        63 63

2005            AMS Miami                        Hard (O)            FR            Federer                        26 67(4) 76(5) 63 61

2005             Roland Garros                        Clay (O)            SF            Nadal                        63 46 64 63

2006             Dubai                                    Hard (O)            FR            Nadal                        26 64 64

2006            AMS Monte Carlo            Clay(O)                        FR            Nadal                        62 67(2) 63 76(5)

2006            AMS Rome                        Clay (O)            FR            Nadal                        67(0) 76(5) 64 26 76(5)

2006            Roland Garros                        Clay (O)            FR            Nadal                         16 61 64 76(4)

2006            Wimbledon                        Grass (O)            FR            Federer            60 76(5) 67(2) 63

2006            Tennis Masters Cup            Hard (I)                        SF            Federer                        64 75

2007            AMS Monte Carlo            Clay (O)            FR            Nadal                        64 64

2007            AMS Hamburg                        Clay (O)            FR            Federer                        26 62 60

2007            Roland Garros                        Clay (O)            FR            Nadal                        63 46 63 64

2007             Wimbledon                        Grass (O)            FR            Federer            76(7) 46 76(3) 26 62

2007             Tennis Masters Cup            Hard (I)                        SF            Federer                        64 61

2008            AMS Monte Carlo            Clay (O)            FR            Nadal                        75 75

2008            AMS Hamburg                        Clay(O)                        FR            Nadal                        75 67(3) 63

2008            Roland Garros                        Clay (O)            FR            Nadal                        61 63 60

2008            Wimbledon                        Grass (O)            FR            Nadal                        64 64 67(5) 67(8) 97

2009            Australian Open            Hard (O)            FR            Nadal                        75 36 76(3) 36 62

2009            Madrid-1000                        Clay (O)            FR            Federer                        64 64

2010            Madrid-1000                        Clay (O)            FR            Nadal                        64 76(5)

2010            ATP World Tour Finals            Hard (I)                        FR            Federer                        63 36 61

2011            Miami-1000                        Hard (O)            SF            Nadal                        63 62

2011            Madrid-1000                        Clay (O)            SF            Nadal                        57 61 63

 

This is the pair’s first meeting at a Grand Slam since the 2009 Australian Open final. The last time they met at Roland Garros was in 2008 when Nadal was responsible for Federer’s worst ever defeat in terms of games won in the most one-sided Roland Garros final since 1977. Federer also lost a set 60 for the 1st time since 1999. Federer has taken 3 sets off the Spaniard in 4 previous meetings here.

 

Nadal is one of just 2 active players who have had more than one career meeting with Federer to hold a winning head-to-head, the other is Andy Murray (8-6).

NADAL v FEDERER

 

25^            Age 29

6’1”/1.85m            Height 6’1”/1.85m

1            ATP Ranking 3

40,052,402            Career Earnings (US$)* 62,497,310

2,656,239            2011 Earnings (US$)* 1,436,951

45            Career Titles 67

2            2011 Titles 1

130-18            Career Grand Slam Record 219-31

9 Grand Slam titles            Best Grand Slam Result 16 Grand Slam titles

44-1            Roland Garros Record 49-11

514-107            Career Record 777-181

226-18            Career Record – Clay 163-49

42-6            2011 Record 34-7

23-2            2011 Record – Clay 12-3

15-3            Career Five-Set Record 18-14

3            Comebacks from 0-2 Down 6

124-80            Career Tiebreak Record 299-152

5-4            2011 Tiebreak Record 13-4

*Earnings as at 23 May 2011

^Nadal turned 25 on 3 June 2011

 

 

 

 

 

 

Fotos de Cynthia Lum

 

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Quem diria… Bartoli é a França na semifinal de Roland Garros

 

Dois dias antes de Roland Garros começar a participação de Marion Bartoli chegou a ser colocada em dúvida, quando ele desistiu da final do WTA de Estrasburgo, com uma lesão na coxa esquerda, no meio do jogo contra Petkovic.

Ela resolveu jogar em Paris e arriscar e agora, com apenas dois jogos para alguém chegar ao título do Grand Slam, ela é a única francesa na competição entre homens e mulheres.

 

Com a atenção voltada para os homens, para os problemas de Aravane Rezai, Virginie Razzano entre outros e talvez pelo fato de estar lesionada, Bartoli conseguiu entrar para jogar o “seu Grand Slam,” sem se pressionar e parece que deu certo.

Nesta terça derrotou a campeã de 2009 Svetlana Kuznetsova por 7/6 6/4 para alcançar a semifinal em Paris pela primeira vez na carreira e se tornar a primeira francesa desde 2005 com Mary Pierce a chegar tão longe na competição.

A comemoração em quadra foi tanta que ela teve que se explicar depois. “Nem quando cheguei à final de Wimbledon em 2007 senti tanta emoção assim. Foram muitos sentimentos ao mesmo tempo. A torcida, todo mundo gritando meu nome, aplaudindo e quando ela errou aquela direita percebi que estava na semi do meu Grand Slam. Finalmente.”

E se Monfils não teve chances diante de Federer, perdendo por 3 sets a 0, foi Bartoli quem saiu com o dia de glória em Paris.

Aos 27 anos, a francesa treinada pelo pai, o médico Walter Bartoli, muitas vezes criticada pela sua postura, pelos métodos de treinamento do pai, enfim conquistou o público francês.

Leia alguns trechos da entrevista coletiva dela que enfrenta por uma vaga na final a atual campeã, Francesca Schiavone. A outra semi é entre Maria Sharapova e Andrea Petkovic:

 

Q.  You looked so excited.  The point before you won, it seemed like you were going to have a heart attack.  Can you just describe…

MARION BARTOLI:  You know what?  My heartbeat is extremely low, so for me to have a heart attack it really takes a lot.

But, you know, I think I was ‑‑ as I said after the match, even if I played the final of Wimbledon, I never felt that excited after a match, to be honest.  It was just so many feelings the same time.  The crowd.  The wave.  They were telling my name.  They were supporting me.

And when she missed that forehand, then I was just like, My God, I’m in the semifinal of my home Grand Slam.  Finally I can play well here.  (Laughter.)

It was a big relief.

 

Q.  It seems like just watching you over the years that at any tournament you’ve never been this happy, so excited, so involved in your tennis, so involved with the crowd.  Yeah?  Is that true?

MARION BARTOLI:  Yeah, I think it was definitely the key.  The past years I really felt the pressure here.  I’ve been in a bad way.  I was really going to the court without any confidence, to be honest.

I was feeling ‑‑ I was not feeling well on the court.  I was not feeling well outside the court.  I was scared about what the press would say when I’m gonna lose the match or whatever.

I really thought that this year I should try to take some pleasure, even though it’s difficult, because, of course, we are French and we want to do well.  I really tell myself, If you use that crowd, if you use that to put some pressure on the other one, maybe you can do well.

Even if the first three matches were extremely tough, I won them in three sets ‑ and some very tight contests.  I really felt like I was growing in confidence.  Really today it shows, because the match were extremely tight.

I don’t know how many points we finished, but I think it was not a big difference.

 

Q.  Over the years, there have been people who have said, Oh, Marion should not work with this person; Marion should not play this way; she will never make it if she does this, if she does that.  What does it mean for you to have this achievement and to make it to the semis in your national tournament?

MARION BARTOLI:  Do you mean before 2007 or after 2007?  Because do you really think like I shouldn’t practice with my dad when I made the final of Wimbledon or something?

 

Q.  That’s not what I’m saying.

MARION BARTOLI:  Okay.  What are you saying?

 

Q.  I’m saying you have had people very critical of how you’ve approached playing tennis and who you’ve trained with and so forth.  Does it give you…

MARION BARTOLI:  Honestly, if you start to take your decisions based off what the other one think about yourself, that’s not the way I’m thinking.  I mean, if you listen to everyone, you never take a decision.

Because obviously you’re gonna have hundred different opinions, and hundred people are going to say to you you should do this, should do this, this way, that way.  They’re not the one who are waking up every morning and walking out on the court.

So I’m just doing what I think is the best for me.  So far you can’t tell me that I haven’t achieved anything.

 

Q.  You have this strange routine between points, like swinging the racquet before returning, and also jumping around before serving.  Can you explain to us this routine?  What’s the reason for it?

MARION BARTOLI:  Well, the main reason for me, it’s really to stay focused on what I have to do.  It’s really important for me to relieve the pressure of only the score or the scoreboard or my opponent and really focus on myself and what I need to do.

Obviously because clay, it’s not my best surface, I really need to stay proactive between each point.  Maybe not be the same on hard court or grass court, because obviously I’m feeling a lot better on these kind of surface.

But here, especially in the French Open, it’s very important for me to stay focused on what I have to do and not thinking too much about the outside.

 

Q.  I don’t know if you like statistics or the history of tennis, but you’re only the fourth French female player to have reached the semifinals here at Roland Garros.  Do you feel something special, an achievement?

MARION BARTOLI:  Well, a lot of pride, of course.  I’m proud because I’m one of the four best female players.  But Mary reached the finals here and she won here.  I would like to play the finals, too.

But, you know, I started at Retournec, at the tennis club with 300 tennis players, and now I’m reaching the highest level in France.  So this is an achievement, yes.

 

Q.  What can you say about the people who support you, your family, the people who are close to you?  I have the impression that you really live ‑‑ you’ve talked about your dad on the court.  What can you tell us about them, how you and they have lived through these two weeks?

MARION BARTOLI:  Well, it’s immense happiness and great satisfaction, too, because we have put in a lot of work with my father on the courts, because he practices me, and this is fruitful.

But this is something we do jointly.  I’ll share my feelings with him, what I feel on the court.  We try and improve together.

It’s not like he’s going to give me orders, do this, that, and this, full stop.  No, it’s an exchange of ideas between him and me.

And then I have my family, as well:  my brother, my uncle, my mother, my grandparents.  We can share these moments of happiness.  You know, when you win these matches, it’s immense joy.  It’s incredible to be able to share this with your family, because they know how much it counts for me.

 

Q.  Marion, what about betting on yourself before the tournament?

MARION BARTOLI:  I’m not a gambler myself.  But, you know, when I played the finals at Wimbledon, the odds were 1000 against me.  So if someone had invested one pound, he would have won 1000.  Not bad, I think.

I don’t know about my rating at the beginning of the tournament this year, but it was probably the same:  1 to 1000.  I don’t know about my odds.  I can’t say anything about betting on myself.

Frankly, I think I would have hoped to do this, but this was pure hope, more than conviction.

 

PS – foto do Monfils de Cynthia Lum

 

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Espanhol preparador físico de Sharapova fala da exigência do físico em Roland Garros e da preparação física no tênis mundial

Já estou para escrever este post até mesmo antes de Roland Garros começar. Estava com ele na cabeça, mas às vezes vão acontecendo outras histórias e as iniciais acabam ficando para trás.

Cada Grand Slam tem a sua particularidade e uma de Roland Garros é o fato de ser o que exige mais preparo físico dos jogadores. É no saibro, os pontos são mais longos e haja fôlego e resistência dos tenistas.

Por isso, reproduzo aqui o meu bate-papo com o Juan Reque, o preparador físico espanhol da Sharapova em que ele fala da transformação da preparação física no tênis nos últimos anos e da importância atual dela no circuito.

Ontem, depois do jogo em que Sharapova chegou a estar perto de um adeus precoce a Paris diante da francesa Caroline Garcia, falei com Juan e ele confirmou que se em Roland Garros você não estiver com o físico bem preparado, bem mais do que nos outros Grand Slams, vai sofrer para avançar ou não vai aguentar.

Veja os principais trechos da conversa com o madrilenho Reque, publicada na edição 113 da Tennis View sobre preparação física no circuito profissional e as dicas que ele dá para quem está começando.

 

 

Preparador físico de Sharapova avalia a evolução física no tênis profissional e avisa: “a preparação tem que começar antes do profissionalismo.”

 

Juan Reque trabalhou cinco anos na ATP antes de se mudar para os EUA para cuidar exclusivamente da russa

 

Já estamos cansados de ouvir e de comprovar que sem o físico no circuito profissional, tanto no masculino, quanto no feminino, não há como chegar longe e vencer barreiras entre os tops. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, até pouco tempo atrás o físico não tinha tanto espaço no dia-a-dia dos tenistas. Claro que havia a preparação, mas não da maneira como é feita atualmente.

Quem conta como tudo começou é o espanhol Juan Reque, 38 anos, fisioterapeuta e preparador físico de Maria Sharapova que trabalhou por cinco temporadas na ATP, como fisioterapeuta do circuito, atendeu entre muitos tops, Rafael Nadal em sua clínica a NovoReq na Espanha, antes de se mudar de Madri para  Los Angeles para cuidar exclusivamente do físico da russa radicada nos Estados Unidos.

 

Tennis View – Como você avalia a evolução física no tênis profissional?

Juan Reque – A primeira coisa que temos que notar é que há dez, quinze anos quase não havia jogadores viajando com preparadores físicos e fisioterapeutas no circuito. Pete Sampras foi um dos primeiros a viajar com um todo o tempo e foi o Alex Stober, que trabalhou na ATP e depois até trabalhou com o Guga. O Alex foi um precursor assim como o Walt Landers – falecido em 2004 – que viajou com o Yevgeny Kafelnikov, Marat Safin, Lleyton Hewitt e por um período até com o Andre Agassi e o próprio Sampras.

 

TV – Então os tenistas não se dedicavam tanto ao físico quanto hoje?

JR – Eles faziam o básico da preparação física que é o aquecimento e depois o que chamamos de cool down pós jogo ou treinos. Somente quando havia uma lesão os tenistas davam atenção de fato ao físico e iam tratar do que já estava ruim, quando já era tarde.

 

TV – E quando começou a haver essa mudança?

JR – Pouco a pouco, muito devido a exemplo de outros tenistas que deixaram as quadras cedo por causa de lesões, eles perceberam que talvez fosse melhor prevenir, do que chegar ao momento em que não possam fazer mais nada e tenham que parar de jogar antes da hora, como foi o caso do Guga e do Magnus Norman.

 

TV – E você sentiu essa mudança na base ou só entre os mais tops?
JR – Hoje em dia os adolescentes de 14, 16 anos já estão trabalhando o físico nos programas das principais federações do mundo e assim quando estiverem jogando profissionalmente já terão um conhecimento melhor do corpo, percebendo sinais importantes que ele sempre dá.

 

TV – Sabemos que você não pode contar detalhes do seu trabalho com a Sharapova, mas qual é a principal função de um fisioterapeuta e/ou preparador físico que se dedica exclusivamente a um tenista?

JR – O principal objetivo acompanhando o jogador o tempo todo é fazer com que o corpo do atleta se mantenha sempre em boas condições. O corpo tem que estar flexível, bem compensado e o atleta tem que poder se movimentar bem.

Além disso, uma das principais funções é estar atento, em cima o tempo todo para que não ocorra nenhuma lesão grave, apesar de nem sempre podermos evitar.

O trabalho compreende os músculos, as articulações, tendões, ligamentos, a parte cardio vascular e também do tempo de descanso, do treino, da alimentação. Enfim, é bem completo.

 

 

TV – O que você recomendaria aos tenistas que estão iniciando um trabalho mais sério como juvenis e entrando no profissionalismo?
JR – Acho que uma idade boa para começar a fazer preparação física mais a sério é aos 16 anos. Deve haver um aquecimento sempre, a preparação física em si, um bom trabalho de compensação e condicionamento físico. O que todos tem que ter em mente é que o físico, se não for bem trabalhado, pode um dia vir a te impedir de jogar e você tem que saber também que quando chegar ao profissionalismo não basta ter físico para jogar bem uma partida e sim um campeonato inteiro, uma temporada e para aguentar Grand Slams.

É recomendável, desde o início que haja um entendimento da equipe de preparação física com a equipe técnica, seja em clubes, academias ou quando for particular. Os treinos de tênis e preparação física tem que ser adaptados a cada jogador e aos objetivos traçados.

 

 

 

 

 

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Nadal, Isner e Tião Santos: coragem de enfrentar, em Paris e no Jardim Gramacho

 

Se na segunda-feira já estava com a sensação que Roland Garros havia de fato começado, com jogos relevantes e emocionantes, então hoje, o Grand Slam pegou fogo.

Não pude assistir o jogo inteiro do Nadal e do Isner e até agora, com o sol já nascendo em Paris na quarta-feira, não tive tempo de ler as entrevistas coletivas de ambos os jogadores, as matérias que escreveram por aí, enfim, fazer o trabalho normal de um jornalista.

Assisti os dois primeiros sets e tive que sair para um evento com o Tião Santos, na Coca-Cola. É a semana do otimismo e o Tião foi palestrar para uma seleta plateia sobre reciclagem, ao lado de Marcos Simões, vice-presidente de comunicações e sustentabilidade da Coca-cola e do economista Sergio Besseman.

Saí de casa de olho no live scores e no twitter para acompanhar o desenrolar do jogo. Lembro que quando vi o sorteio da chave e me deparei com Nadal x Isner na primeira rodada, logo pensei que poderia ser um jogo perigosíssimo pro número um do mundo.

O Larri sempre me dizia: você consegue ganhar desses caras, dos tops, numa primeira, segunda rodada, mas não quando o torneio já está no meio ou chegando mais pro fim. Aí fica bem mais difícil. Primeira rodada é sempre complicada, ainda mais em Grand Slam. Isso ficou na minha cabeça…

Escutava o debate, com um olho para o palco e o outro na tela do telefone.

Quando o Isner ganhou o terceiro set, comecei a ler os twits dos colegas jornalistas de Roland Garros e mesmo muito distante pude sentir toda a agitação que estava se passando na sala de imprensa, na tribuna dos jornalistas na quadra Philippe Chatrier, nos bastidores do circuito.

Já começavam a perguntar: será que teremos agora um novo número um do mundo? Se Nadal perder, Djokovic vira o primeiro do ranking.

O que vai ser mais marcante na carreira de Isner, ganhar do Nadal em Roland Garros ou o recorde do jogo mais longo da história?

É a primeira vez que Nadal joga uma partida de cinco sets em Roland Garros..

Ao mesmo tempo que lia os twits ouvia o que os palestrantes falavam e de repente surgiam frases do tipo: “Reciclar no Brasil, fazer parte do movimento dos catadores é ter coragem de enfrentar.” Isso porque no Brasil, 90% da reciclagem é feita pelos cataores e apenas 1% do lixo do País é reciclado. Ouvia isso e pensava, o Isner entrou em quadra hoje com coragem de enfrentar o Nadal e de arriscar.

Vivemos hoje tempos interessantes e tempos interessantes são trabalhosos. Que tempos interessantes vivemos no tênis mundial de hoje em dia.

E aí, quando a palestra estava acabando, surge outra frase importante ligada aos materiais recicláveis. “A maior das liberdades é você se libertar do medo.”

Isner se libertou do medo de enfrentar Nadal em Roland Garros, teve liberdade para jogar todo o tênis que sabe. Os catadores tem liberdade e não tem medo de ninguém. Vão atrás do que querem, do sonho de um dia após o outro ter uma vida melhor e com isso transformam o país.

Ouvia as frases, pensava no jogo, lia os twits e por um momento fiquei até preocupada, mas depois, quando Nadal quebrou o saque do americano no quarto set, deu a sensação de que não perderia mais o jogo.

Saí do evento em Botafogo, no Rio e a partida não havia acabado. Fui para Jardim Gramacho, para outra ação com o Tião. Entregar cestas básicas que ele ganhou ao participar de um evento do Pão de Açúcar, para 100 famílias que tem integrantes sofrendo de tuberculose.

Encontramos o pessoal do Pão de Açúcar logo na entrada da ACAMJG (Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis) e fomos com o Tião entregar algumas cestas bem na entrada da rampa do maior aterro sanitário do mundo a céu aberto. É um dos lugares mais chocantes que já estive na minha vida. Não pelo odor, sujeira, etc, mas sim por ver que pessoas que trabalham, que convivem conosco diariamente, vivem em condições como aquelas. Lá, olhando para os barracos eu não conseguia mais checar o telefone para saber do resultados do jogo. Parecia estar em outro mundo, bem mais distante do que os aproximadamente 5 mil km que separam a França do Brasil. Ou será que a realidade de Roland Garros é irreal?

Enfim, de volta ao centro do Rio de Janeiro, vi que Nadal havia vencido.

Como disse, por um certo momento temi pelo espanhol, mas no fim, foi um dia de emoções em Roland Garros, para incendiar o torneio logo no terceiro dia de disputas. Foi um dia de chamar a atenção das pessoas para o trabalho dos catadores e de mostrar que também como pequenas ações podemos fazer muitas coisas, mas que a principal delas, seja em Jardim Gramacho ou em Roland Garros é ter a coragem de enfrentar e se libertar do medo.

Ps – foto do Nadal é da Cynthia Lum – nossa fotógrafa que está em Roland Garros. Acompanhe também o blog dela direto de Paris: http://cynthiasinsiderblog.wordpress.com/

 

 

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E Roland Garros começou… Djokovic, Federer, Bellucci, Schiavone

Roland Garros começou ontem, no domingo, mas foi uma rodada sem grandes emoções e jogos.  Desde que iniciaram esse novo formato, talvez o único domingo inesquecível do campeonato tenha sido o da despedida do Guga em 2008. Os outros foram apenas um aquecimento para as grandes estrelas entrarem em quadra.

E nesta segunda, o torneio começou com tudo. 

Para os brasileiros, comemoração da vitória de Thomaz Bellucci sobre Andrey Golubev, do Cazaquistão, por 6/4 6/4 6/7(4) 7/6(5).

Roger Federer não teve muitas dificuldades para vencer Feliciano Lopez por 6/3 6/4 7/6(3) e nem Novak Djokovic, vindo de um dia de comemorações do seu 24º aniversário. Ele passou fácil por Thiemo de Bakker, por 6/2 6/1 6/3.

Campeã do ano passado, Francesca Schiavone arrasou a americana Melanie Oudin, por 6/2 6/0.

E o francês Stephane Robert, vindo do qualifying, se tornou a grande estrela do dia ao eliminar, em cinco sets, o semifinalista do ano pasado, Tomas Berdych, de virada, por 3/6 3/6 6/2 6/2 9/7.

Longe do circuito há 14 meses – jogou duplas em Munique há algumas semanas – Tommy Haas, usando seu ranking protegido jogou mas perdeu contra o turco Marsel Ilhan, por 6/4 4/6 7/6(1) 6/4.

Com muita expectativa em torno de sua participação, Aravane Rezai não conseguiu corresponder e perdeu para Irina Begu por duplo 6/3. A francesa de origem iraniana atravessa o período mais conturbado da sua história, com o pai tendo sido banido do circuito e ela tendo praticamente abandonado a família, por motivos pessoais, em que os familiars não aceitam sua posição de mulher ocidental.

Homem do momento, Novak Djokovic, teve talvez a estreia mais tranquila de Roland Garros até então.

Mas, até como forma de tirar um pouco a pressão de si mesmo, continua afirmando que o favorito ao título é Rafael Nadal. “Ele perdeu apenas um jogo em todas as participações dele em Roland Garros,” disse o sérvio na entrevista coletiva após o jogo.

Djokovic teve que falar também sobre a sua dieta sem glutem. Ontem, durante a comemoração do aniversário, em que visitou a redação do jornal L’Equipe e a embaixada sérvia com os jogadores de seu País, ele não comeu alimentos com glutem e evitou bebidas alcóolicas. “Não vou revelar detalhes, só vou dizer que é uma dieta sem glutem e me ajuda muito especialmente nos problemas que eu tinha de alergia, ainda mais nesta época do ano. Mas não é só isso que estou fazendo. Muitas outras coisas me ajudam, como a preparação física, mental, recuperação, etc…”

 

 

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Federer: “Nunca tive uma semana antes de Roland Garros tão calma e para mim, o Nadal ainda é o favorito.”

Roland Garros começa neste domingo e confesso que é bem estranho não estar em Paris. Tinha me programado para viajar neste sábado, mas os compromissos com o meu outro trabalho do “Lixo Extraordinário,” e os catadores de materiais recicláveis, na transformação deles em empreendedores, além de exposições de arte que estou envolvida (Fernando de La Rocque e Gais), me impediram de viajar agora. Quem sabe ainda consiga chegar a Paris para a segunda semana do Grand Slam.

De qualquer maneira, não é só porque não estou em Roland Garros que não estou acompanhando o torneio  e o que está acontecendo por lá. Tenho meus contatos, minhas fontes e vou passar muitas horas nos próximos dias lendo os jornais franceses.

Neste sábado, em uma entrevista das mais legais que li do Federer nos últimos tempos, feita pelo colega jornalista Vincent Cognet no L’Equipe, ele afirma que com toda atenção voltada para o Nadal e para o Djokovic, que nunca teve uma semana tão tranquila antes de Roland Garros. “Antes tinha aquela história de que era o único Grand Slam que faltava para eu vencer; eu ganhei e no ano passado eu era o defending champion. Neste ano tive menos pedidos de entrevistas e eventos com os patrocinadores, menos pressão, muito mais calmo.”

Entre as inúmeras perguntas e respostas, Federer afirmou que agora já não é mais o momento de se perguntar o que ele tem que fazer em quadra. “Essas perguntas eu fiz depois de Monte Carlos. Reuni minha equipe e vimos o que tinha que ser feito antes de Roland Garros. Se eu devo jogar mais dentro da quadra, trabalhar melhor a movimentação, as pernas, etc… Agora já estamos numa bolha.”

Sobre o momento de Djokovic, Federer disse que não esperava ver o sérvio chegar a Roland Garros, desde o começo do ano sem perder um jogo. “Ninguém imaginava. Mas, depois de vê-lo em Dubai, sabia que ele seria um adversário muito complicado em Indian Wells e Miami. Quando um jogador começa uma temporada como ele, ela poder ir longe.”

Mesmo com todos os resultados de Djokovic dos últimos meses, Federer não considera que o tenista de Belgrado esteja no mesmo patamar do que ele e Nadal. “Eu tenho 16 Grand Slams, o Rafa tem 9 e ele tem dois. Ele ainda precisa de um pouco mais para se sentir um monstro, como eu eu o Rafa nos sentimos.”

E como é se sentir um monstro pergunta o L’Equipe. “Eu gostava, mas tudo passa muito rápido. Fora da quadra era muito estressante, mas dentro da quadra era uma alegria total. Mas é torneio atrás de torneio, você vive a sua vida quando pode e acaba ficando dentro de uma bolha. Você acaba esquecendo do resto do mundo, mas o mais importante disso é aproveitar porque isso é passageiro e você vai de um para o outro muito rapidamente.”

Federer disse que para ele o fato de não ser favorito este ano em Roland Garros – ele estreia contra Feliciano Lopez e está na chave de Djokovic – não é novidade. “Nunca me senti favorito aqui e prefiro estar na chave do Djokovic do que na do Nadal. Para mim, ele ainda é o favorito.”

Sobre o fato de não ser mais número um do mundo, o suíço falou que não faz diferença, mas que claro que ele preferiria ser o número um do que o número três. “Quem não gostaria?”

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Djokovic é o Rei de Roma, mas surpresa fica com Sharapova

Afirmar que Djokovic é o jogador do momento, é simplesmente escrever sobre os fatos. O sérvio não perdeu nenhum jogo ainda em 2011, ganhou Grand Slam, Masters 1000 e não há o que contestar. Está quase deixando Nadal para trás.

Por isso, já que meus posts tem sido raros – nestas semanas espero conseguir uma freqüência maior, especialmente porque o torneio favorito do ano está aí – Roland Garros – prefiro escrever sobre a nova “Regina de Roma,” Maria Sharapova.


Há dois meses, durante o Sony Ericsson Open, em Miami, bati um longo papo com o fisioterapeuta e preparador físico de Sharapova, o espanhol Juan Reque e ele me contou do trabalho que estava fazendo com a russa – ele fechou a clínica dele em Madri – em que chegou a atender Rafael Nadal, depois de ter trabalhado como fisioterapeuta da ATP – para se mudar para Los Angeles e atender exclusivamente a musa.

Sempre cético, sem se deixar envolver pelas emoções do circuito, achei Juan muito otimista em relação ao trabalho com Sharapova. Lembro dele falar que ela estava evoluindo, que o corpo dela estava respondendo bem ao trabalho, que o técnico – Thomas Hodgstedt – estava fazendo bem para a russa e que em pouquíssimo tempo ela estaria entre as melhores de novo.

Estranhei um pouco a confiança de Reque, mas fiquei feliz por ele – até porque imagino que os últimos tempos não devem ter sido dos mais fáceis -.  Sharapova acabou jogando tão bem naquela semana do nosso encontro em Miami, que foi à final e agora conquistou o maior título da carreira no saibro, em Roma. Durante a entrevista coletiva após a vitória sobre Samantha Stosur, disse estar mais forte fisicamente,  o que faz a diferença.

A próxima edição da Tennis View que sai nesta semana traz mais detalhes deste meu bate-papo com Reque em Miami, em que ele fala sobre preparação física no circuito e como ela evoluiu e mudou na última década.

 

 

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