Tag Archives: Gael Monfils

Roland Garros: Nadal vence de virada e Monfils elimina Berdych. Djokovic estreia na terça

Rafael Nadal entrou em quadra nesta segunda-feira em Roland Garros e não foi nada fácil. O heptacampeão precisou virar contra o alemão Daniel Brands, na estreia do segundo Grand Slam da temporada, que é disputado no saibro parisiense. No fim, vitória do espanhol com parciais de 4/6 7/6(4) 6/4 e 6/3.

Nadal FFT peq

Tomas Berdych, cabeça 5, também enfrentou muitas dificuldades na estreia, mas diferentemente de Nadal, não conseguiu a virada. O tcheco foi eliminado por Gael Monfils, em longa partida de 5 sets, que acabou com o triunfo do francês por 7/6(8) 6/4 6/7(3) 6/7(4) 7/5.

Monfils FFT peq

Outro favorito que fez sua estreia foi o francês Jo-Wilfried Tsonga, sexto favorito da chave, que não encontrou muitas dificuldades para bater o esloveno Aljaz Bedene por 6/2 6/2 e 6/3.

Richard Gasquet, cabeça 7, foi outro tenista da casa que venceu com tranquilidade, anotando 6/1 6/4 e 6/3 sobre o ucraniano Sergiy Stakhovsky, enquanto o espanhol Nicolas Almagro, cabeça de chave nº 11, virou sobre o austríaco Andreas Haider-Maurer, fechando a partida com parciais de 4/6 6/4 6/3 e 6/3.

Djokovic estreia na terça-feira

A terça será o dia da estreia do nº 1 do mundo. Novak Djokovic inicia a caminhada em busca do único Grand Slam que lhe falta na carreira e enfrenta na primeira rodada o belga David Goffin, que no ano passado se destacou em Roland Garros, quando tirou um set de Roger Federer nas oitavas de final.

O sérvio Janko Tipsarevic, oitavo favorito, estreia contra o francês Nicolas Mahut, enquanto o suíço Stanislas Wawrinka, cabeça 9, tem pela frente o holandês Thiemo De Bakker.

Ainda nesta terça, o alemão Tommy Haas, 12º favorito, enfrenta o francês Guillaume Rufin, e o local Benoit Paire, cabeça de chave nº 24, encara o cipriota Marcos Baghdatis.

Para conferir todos os resultados desta segunda-feira, clique aqui.

Para conferir a programação completa desta terça, clique aqui.

Filipe Alves, da Revista Tennis View.

Foto: FFT

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Roland Garros: Federer e Ferrer estreiam com tranquilidade. Nadal joga na segunda

Começou neste domingo a chave principal de Roland Garros, segundo Grand Slam do ano, disputado no saibro de Paris.

O suíço Roger Federer, campeão do torneio em 2009, venceu com facilidade o qualifier espanhol Pablo Carreno Busta, com parciais de 6/2 6/2 e 6/3.Federer - FFT peq

Outro favorito que estreou bem foi o espanhol David Ferrer, cabeça de chave nº 4, que venceu o australiano Marinko Matosevic em sets diretos, com parciais de 6/4 6/3 e 6/4.

O francês Gilles Simon precisou de 5 sets para superar o australiano Lleyton Hewitt, fechando a partida com parciais de 3/6 1/6 6/4 6/1 e 7/5, assim como o italiano Andreas Seppi, que bateu o argentino Leonardo Mayer com parciais de 6/7(4) 6/4 6/3 6/7(2) e 6/4.

Nadal estreia na segunda

Segunda-feira será o dia da estreia do maior campeão da competição

O heptacampeão Rafael Nadal estreia contra o alemão Daniel Brands, nº 59 da ATP, em confronto que será inédito.

Outro destaque desta segunda é a estreia do tcheco Tomas Berdych, cabeça de chave nº 5, que encara o francês Gael Monfils.

6º favorito da chave, o francês Jo-Wilfried Tsonga joga contra o esloveno Aljaz Bedene, enquanto Richard Gasquet, cabeça 7, encara o ucraniano Sergiy Stakhovsky.

Para conferir a programação completa desta segunda-feira, clique aqui.

Filipe Alves, da Revista Tennis View

Foto: FFT

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Quem diria… Bartoli é a França na semifinal de Roland Garros

 

Dois dias antes de Roland Garros começar a participação de Marion Bartoli chegou a ser colocada em dúvida, quando ele desistiu da final do WTA de Estrasburgo, com uma lesão na coxa esquerda, no meio do jogo contra Petkovic.

Ela resolveu jogar em Paris e arriscar e agora, com apenas dois jogos para alguém chegar ao título do Grand Slam, ela é a única francesa na competição entre homens e mulheres.

 

Com a atenção voltada para os homens, para os problemas de Aravane Rezai, Virginie Razzano entre outros e talvez pelo fato de estar lesionada, Bartoli conseguiu entrar para jogar o “seu Grand Slam,” sem se pressionar e parece que deu certo.

Nesta terça derrotou a campeã de 2009 Svetlana Kuznetsova por 7/6 6/4 para alcançar a semifinal em Paris pela primeira vez na carreira e se tornar a primeira francesa desde 2005 com Mary Pierce a chegar tão longe na competição.

A comemoração em quadra foi tanta que ela teve que se explicar depois. “Nem quando cheguei à final de Wimbledon em 2007 senti tanta emoção assim. Foram muitos sentimentos ao mesmo tempo. A torcida, todo mundo gritando meu nome, aplaudindo e quando ela errou aquela direita percebi que estava na semi do meu Grand Slam. Finalmente.”

E se Monfils não teve chances diante de Federer, perdendo por 3 sets a 0, foi Bartoli quem saiu com o dia de glória em Paris.

Aos 27 anos, a francesa treinada pelo pai, o médico Walter Bartoli, muitas vezes criticada pela sua postura, pelos métodos de treinamento do pai, enfim conquistou o público francês.

Leia alguns trechos da entrevista coletiva dela que enfrenta por uma vaga na final a atual campeã, Francesca Schiavone. A outra semi é entre Maria Sharapova e Andrea Petkovic:

 

Q.  You looked so excited.  The point before you won, it seemed like you were going to have a heart attack.  Can you just describe…

MARION BARTOLI:  You know what?  My heartbeat is extremely low, so for me to have a heart attack it really takes a lot.

But, you know, I think I was ‑‑ as I said after the match, even if I played the final of Wimbledon, I never felt that excited after a match, to be honest.  It was just so many feelings the same time.  The crowd.  The wave.  They were telling my name.  They were supporting me.

And when she missed that forehand, then I was just like, My God, I’m in the semifinal of my home Grand Slam.  Finally I can play well here.  (Laughter.)

It was a big relief.

 

Q.  It seems like just watching you over the years that at any tournament you’ve never been this happy, so excited, so involved in your tennis, so involved with the crowd.  Yeah?  Is that true?

MARION BARTOLI:  Yeah, I think it was definitely the key.  The past years I really felt the pressure here.  I’ve been in a bad way.  I was really going to the court without any confidence, to be honest.

I was feeling ‑‑ I was not feeling well on the court.  I was not feeling well outside the court.  I was scared about what the press would say when I’m gonna lose the match or whatever.

I really thought that this year I should try to take some pleasure, even though it’s difficult, because, of course, we are French and we want to do well.  I really tell myself, If you use that crowd, if you use that to put some pressure on the other one, maybe you can do well.

Even if the first three matches were extremely tough, I won them in three sets ‑ and some very tight contests.  I really felt like I was growing in confidence.  Really today it shows, because the match were extremely tight.

I don’t know how many points we finished, but I think it was not a big difference.

 

Q.  Over the years, there have been people who have said, Oh, Marion should not work with this person; Marion should not play this way; she will never make it if she does this, if she does that.  What does it mean for you to have this achievement and to make it to the semis in your national tournament?

MARION BARTOLI:  Do you mean before 2007 or after 2007?  Because do you really think like I shouldn’t practice with my dad when I made the final of Wimbledon or something?

 

Q.  That’s not what I’m saying.

MARION BARTOLI:  Okay.  What are you saying?

 

Q.  I’m saying you have had people very critical of how you’ve approached playing tennis and who you’ve trained with and so forth.  Does it give you…

MARION BARTOLI:  Honestly, if you start to take your decisions based off what the other one think about yourself, that’s not the way I’m thinking.  I mean, if you listen to everyone, you never take a decision.

Because obviously you’re gonna have hundred different opinions, and hundred people are going to say to you you should do this, should do this, this way, that way.  They’re not the one who are waking up every morning and walking out on the court.

So I’m just doing what I think is the best for me.  So far you can’t tell me that I haven’t achieved anything.

 

Q.  You have this strange routine between points, like swinging the racquet before returning, and also jumping around before serving.  Can you explain to us this routine?  What’s the reason for it?

MARION BARTOLI:  Well, the main reason for me, it’s really to stay focused on what I have to do.  It’s really important for me to relieve the pressure of only the score or the scoreboard or my opponent and really focus on myself and what I need to do.

Obviously because clay, it’s not my best surface, I really need to stay proactive between each point.  Maybe not be the same on hard court or grass court, because obviously I’m feeling a lot better on these kind of surface.

But here, especially in the French Open, it’s very important for me to stay focused on what I have to do and not thinking too much about the outside.

 

Q.  I don’t know if you like statistics or the history of tennis, but you’re only the fourth French female player to have reached the semifinals here at Roland Garros.  Do you feel something special, an achievement?

MARION BARTOLI:  Well, a lot of pride, of course.  I’m proud because I’m one of the four best female players.  But Mary reached the finals here and she won here.  I would like to play the finals, too.

But, you know, I started at Retournec, at the tennis club with 300 tennis players, and now I’m reaching the highest level in France.  So this is an achievement, yes.

 

Q.  What can you say about the people who support you, your family, the people who are close to you?  I have the impression that you really live ‑‑ you’ve talked about your dad on the court.  What can you tell us about them, how you and they have lived through these two weeks?

MARION BARTOLI:  Well, it’s immense happiness and great satisfaction, too, because we have put in a lot of work with my father on the courts, because he practices me, and this is fruitful.

But this is something we do jointly.  I’ll share my feelings with him, what I feel on the court.  We try and improve together.

It’s not like he’s going to give me orders, do this, that, and this, full stop.  No, it’s an exchange of ideas between him and me.

And then I have my family, as well:  my brother, my uncle, my mother, my grandparents.  We can share these moments of happiness.  You know, when you win these matches, it’s immense joy.  It’s incredible to be able to share this with your family, because they know how much it counts for me.

 

Q.  Marion, what about betting on yourself before the tournament?

MARION BARTOLI:  I’m not a gambler myself.  But, you know, when I played the finals at Wimbledon, the odds were 1000 against me.  So if someone had invested one pound, he would have won 1000.  Not bad, I think.

I don’t know about my rating at the beginning of the tournament this year, but it was probably the same:  1 to 1000.  I don’t know about my odds.  I can’t say anything about betting on myself.

Frankly, I think I would have hoped to do this, but this was pure hope, more than conviction.

 

PS – foto do Monfils de Cynthia Lum

 

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

La Monf – “Vou dar a minha vida em Roland Garros”

 

Os franceses estão vibrando com ele até agora. Gael Monfils, ou La Monf como é chamado na França, está nas quartas-de-final de Roland Garros pela terceira vez na carreira (foi semifinalista em 2008 e chegou às quartas em 2009), depois de vencer um jogo de cinco sets (6/2 2/6 7/5 1/6 8/6)

que havia sido interrompido no meio contra o espanhol David Ferrer.

Monfils incendiou o torneio, fez o público sentir aquela emoção em Roland Garros porque eles entendem que é neste torneio, ou quando joga em casa (ele foi duas vezes vice-campeão do Masters 1000 em Paris Bercy) que ele consegue dar o seu melhor, se entregar mais.

Depois do jogo de dois dias e com encontro marcado para enfrentar Roger Federer nas quartas-de-final, nesta terça ,Monfils resumiu a resposta sobre o seu cansaço desta maneira: “Claro que estou um pouco cansado. Mas é sempre assim, só que a partir do momento que a gente chega a Roland Garros que é um lugar mítico, cansado ou não, machucado ou não, não medimos mais os limites. Vou dar a minha vida.”

Os especialistas do circuito analisam que Monfils está um pouco mais maduro e que ele só não faz parte do grupo de Nadal, Federer e Djokovic porque ainda dispensa energia de mais perdendo sets que não deveria perder e ficando horas a mais na quadra desnecessariamente. Outros acreditam que o tempo já passou pra ele.

Mas o fato é que ele é um jogador que traz aquelas boas vibrações para o circuito, que se entrega na quadra, que deixa transparecer tudo o que está sentindo quando entra para jogar, especialmente em Roland Garros. E é isso que os fãs querem ver.

Ia ficar aqui escrevendo horas sobre ele, mas vale muito mais ler o que a nossa fotógrafa Cynthia Lum colocou no blog dela de hoje sobre La Monf!

 

Gael Monfils (MON Feeze) is without question high on my favorite players list, and also on the who I’d most like to have drinks with.  The athletic Frenchman is one of the most fun and entertaining players to ever grace a tennis court.  And talk about great photos .. no chance of getting bored at a Monfils match. Running, sliding, leaping, joyous, sad, this Frenchy’s matchs have it all.. and what about those arms?

http://bit.ly/lL4pr5

 

PS – O head to head de Federer – 3º na ATP e Monfils – 9º – é de 5 a 1 pro Federer. O ultimo confronto quem venceu foi o francês, no fim do ano passado em Bercy. Essa é a terceira vez que eles se enfrentam no French Open. Até agora Federer passou apenas 06h39min em quadra enquanto que Monfils já gastou 11h02 min no saibro de Roland Garros neste ano.

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

A Davis, o “cansaço” brasileiro na Índia e a vitória unida da França, em Lyon

Sei que deveria estar escrevendo da derrota para o Brasil na Índia, no Play Off do Grupo Mundial da Davis, mas tenho pouca informação de Chenai para fazer qualquer análise diferente do que já tenha sido publicado ou emitir mais uma opinião de surpresa.

Só não consigo entender o fator cansaço e calor serem um dos responsáveis pela derrota do Brasil de Bellucci, Mello, Soares e Melo.

Mello e o capitão Zwetsch (Marcelo Ruschel/Poapress)

Novak Djokovic disputou a final do US Open na segunda-feira e representou a Sérvia no sábado e no domingo, jogando duplas e simples.

Rohan Bopanna foi vice-campeão de duplas do US Open, poucos dias atrás e jogou as mesmas partidas de simples do que Mello e Bellucci.

A maioria dos envolvidos em importantes disputas da Davis neste fim de semana foi bem mais longe no US Open do que os brasileiros e muitos ainda tiveram que trocar de piso e enfrentar uma quadra indoor. De nenhum deles se ouviu a palavra cansaço: Mardy Fish, Sam Querrey, Robin Soderling, Eduardo Schwank e Horacio Zeballos, David Nalbandian, Gael Monfils, Michael Llodra, Arnaud Clement, entre outros.

E é da França que eu quero falar.

Llodra (Tennis View)

Da ousadia do capitão Guy Forget em colocar Michael Llodra para jogar simples e duplas, surpreendendo a todos no dia do sorteio dos jogos, quinta-feira.

Lembro que até comentei com um amigo que Forget estava ousando e a tática do capitão francês deu certo.

Os argentinos (Monaco, Nalbandian, Schwank e Zeballos), guerreiros na Davis, não tiveram chance alguma no Palais de Sports Gerland, em Lyon contra Llodra, Monfils, Clement e Simon.

Uma França unida, que contou com Jo-Wilfried Tsonga, Julien Bennetau, Richard Gasquet torcendo o tempo todo pelo País, com Tsonga e Bennetau lesionados e Gasquet de quinto jogador.

Uma França que ainda se lembra da vitória do País sobre os Estados Unidos, em 1991, na mesma Lyon, quando Forget era jogador.

Uma França que não parecia acreditar estar na final novamente, a primeira desde 2002.

Uma França que apostou nas suas melhores armas para vencer, misturando uma equipe renovada com um time experiente.

Uma França que viu Gael Monfils, como ele mesmo disse “finalmente entender o que significa uma Copa Davis,” e jogar o seu melhor tênis.

Uma França que soube jogar em equipe.

Reproduzo aqui algumas das declarações dos jogadores, nas entrevistas coletivas, após a vitória arrasadora sobre a Argentina, que os colocou na decisão contra a Sérvia, na terra de Novak Djokovic, em dezembro.

Monfils: “Acho que demorei mais do que os outros para entender o que significava a Davis. Agora que compreendi vou buscar a Taça. Pedi até para os meus companheiros me beliscarem para eu entender que não era um sonho.”

Monfils (Tennis View)

Clement: “Foram o Tsonga e o Benneteau que classificaram a equipe para esta fase. Eu tinha pressão para ganhar a dupla e estou superfeliz de ter conseguido. Tomara que eles voltem a jogar logo.”

Bennetteau: “É um momento magnífico e não posso nem imaginar como será a final. Vamos dar de tudo até dezembro e vamos à decisão em equipe, não com três ou quatro jogadores, mas sim com sete, oito. Graças ao Forget conseguimos entender o verdadeiro significado da Copa Davis e o que essa competição exige da gente.”

Gasquet: “Ganhamos os três confrontos de três a zero, sem perder um jogo. É enorme. Eu, de fora da quadra, fiquei impressionado com o nível de jogo do nosso time.”

Tsonga: “Desde pequeno eu sonho com a Davis e agora vamos jogar a final. O sonho está quase se tornando realidade.”

Llodra: “As imagens de 1991 nunca saíram da minha cabeça. E estamos refazendo a história. Ainda não consegui perceber de fato o que está acontecendo. É muita emoção.”

Forget: “Eu tinha até esquecido até que ponto essa emoção maravilhosa da Copa Davis nos leva. O que fizemos até agora fizemos bem, mas não é nada comparado ao que nos espera e ao que poderemos viver na final. O momento é mágico, mas pode ser mais ainda. Temos que aproveitar a chance, porque ela pode demorar a voltar.”

Enhanced by Zemanta

1 Comment

Filed under Uncategorized

Blowing in the wind. Vento rouba a cena no US Open em NY. Federer afirma que gosta!

Federer (Cynthia Lum)

Se no qualifying do US Open todos só falavam da chuva que atrasou a disputa e na primeira semana do torneio o assunto foram as altas temperaturas em New York City, o tema da vez é o vento.

Foi só o Hurricane Earl ameaçar causar um estrago na região que tudo mudou.

No dia que estava marcado para chegar, sexta-feira, Earl não uivou em Flushing Meadows.  A temperatura baixou um pouco, caíram umas três gotas de chuva e foi só. Mas, os efeitos da passagem de Earl foram sentidos nos dias que se seguiram e ainda são notícia no US Open.

Hoje é o primeiro dia sem sol, desde que cheguei a Nova York, há quase duas semanas. Pensei que o vento fosse dar uma trégua, mas que nada. Parece ainda mais forte do que nos outros dias.

Não há um jogador que não tenha um comentário a fazer sobre the wind. Até para assistir um jogo está um pouco desagradável, imagina jogar.

De acordo com os tenistas experientes, o Arthur Ashe Stadium, é o estádio de tênis mais vulnerável ao vento. “Não sei dizer porque, não sou arquiteto. Mas, de todos os Grand Slams, é o estádio mais inconsistente em relação ao vento,” disse Courier, enquanto comentava um jogo ontem na CBS.

Cibulkova, depois de perder para Wozniacki ontem à noite – quando fui ao topo do Arthur Ashe fazer a foto do skyline de Manhattan, o barulho do vento era impressionante – falou que foram as “condições de jogo mais difíceis que encontrou.”

Wozniacki, que já está semifinal, disse que de um lado da quadra a bola estava voando e do outro tinha que fazer uma força enorme para devolvê-la. “Ventava tanto que eu só estava tentando colocar a bola em jogo.”

O australiano Todd Woodbridge, em entrevista ao New York Times, disse que para ele o Arthur Ashe Stadium é mesmo o mais difícil. “Acho que pelo tamanho – 24.000 assentos – o vento entra e fica circulando até chegar no nível da quadra.”

O jornal também conversou com o Diretor do US Open entre os anos 1994 e 2000, Jay Snyder, que revelou que não levaram em conta o vento quando construíram o estádio.  “Falamos sobre onde o estádio deveria estar, sobre o sol nesta época do ano, mas não lembro de nenhuma discussão sobre o vento. Acho que foi no segundo ano do estádio (foi inaugurado em 1997) que alguém falou que o vento parecia muito mais forte dentro do que fora do estádio. Não acho que agora a gente possa fazer alguma coisa.”

Segundo Snyder, a única mudança que fizeram, a pedido da arbitragem, a partir de 1999, foi fechar as portas no nível da quadra. “Só tem vento vindo das entradas superiores.”

É por estas entradas superiores que o público chega aos assentos no estádio e com tanto vento, até mesmo os fãs estão tendo dificuldade para apreciar um bom show.

Semifinalista do US Open, Djokovic, afirmou ontem após derrotar Gael Monfils, achar que nem os expectadores estavam curtindo o jogo. “Foram as piores condições de jogo de todo o torneio e não deu para o público apreciar a partida.”

Monfils afirmou que nunca tinha jogado com um vento tão forte em toda a sua vida. “Nunca joguei com tanto vento. Mas foi uma boa experiência. Normalmente jogo mal quando venta e nessas condições tenho que melhorar muito.”

Para o pentacampeão do US Open, Roger Federer, que ontem venceu Robin Soderling em três sets, enfrentar o vento virou um desafio. “Eu até que gosto. É um desafio e uma chance de jogar de maneira diferente. Não é fácil. Está frio e o vento está soprando por todos os lados. Parece até que sopra dentro das suas orelhas e dos seus olhos. Mas, acho que de tanto detestar o vento, agora estou do outro lado. Consegui reverter a situação e comecei a gostar de jogar no vento.”

Principal adversário de Federer na busca pelo hexacampeonato em New York, Rafael Nadal não quis fazer muita polêmica sobre o vento. Apenas ratificou a afirmação de todos, de que no Billie Jean King National Tennis Center, “venta muito mais na quadra central do que em todas as outras.”

Vamos ver para que lado o vento soprará nas próximas rodadas.

PS – só mais uma observação sobre o vento. Venta tanto que até o iogurte que eu comia voou da colher quando caminhava da sala de imprensa para a quadra do Tiago Fernandes.

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Um treino com Nadal no US Open. Brasileiro treina com Nadal e Gasquet em NY.

Depois de estrear com uma boa vitória sobre o venezuelano Ricardo Rodriguez, por 6/3 3/6 6/0, no domingo, no US Open juvenil, o gaúcho Guilherme Clezar, passou por uma experiência inédita na sua carreira. Aqueceu o francês Richard Gasquet para a partida contra Gael Monfils e depois treinou, por 1h30min, com Rafael Nadal, em Flushing Meadows.

O empresário de Clezar, Cesar Villares, já havia me avisado, ontem à noite, que o brasileiro treinaria com o número um do mundo. Então, em vez de aproveitar a manhã de labor day sale em Manhattan, vim assistir o bate-bola.

Luis Carlos Enck, o Biba, Nadal e Clezar

Não dá para chamar de bate-bola um  treino de Rafael Nadal. Durante uma hora e meia, Clezar aguentou os “tiros” do espanhol, que estava acompanhado em quadra do tio e técnico Toni Nadal. “Conversamos bem pouco, só na hora de tomar água. Ele fica concentrado e só fala mesmo com o tio,” contou Clezar ao sair da quadra.  “Não conhecia ele. Foi o meu empresário que organizou tudo.”

O jovem, de 17 anos, nunca havia treinado com um tenista top. “Foi muito bom. Só tinha treinado com os jogadores do Brasil e hoje já foram dois de uma vez. Aqueci o Gasquet de manhã e agora fiquei correndo atrás dos mísseis do Nadal. Foi puxado, mas estou bem,” continuou Clezar, com os olhos brilhando, enquanto conversávamos e ele observava o melhor do mundo distribuir autógrafos na saída da quadra.

Clezar volta a quadra hoje, mas não para mais um treino. Joga duplas ao lado de Tiago Fernandes, o campeão juvenil do Australian Open que ontem ganhou de Mitchell Kruger , na simples, por 6/0 6/1.

O próximo adversário de Clezar é  argentino Andrea Collarini. Fernandes enfrenta o croata Mate Pavic. Ambos jogam na terça.

Além deles, outro juvenil brasileiro venceu na chave principal do US Open. Karue Sell, que veio do qualifying ganhou  do americano Raymond Sarmiento por 7/6(4) 4/6 6/4.

Fotos: Diana Gabanyi-TennisView / BPBarbadillo

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Davis ou Copa do Mundo? Claro que o escolhido é o futebol.

O domingo, dia 11 de julho, definirá os semifinalistas da Copa Davis.

Sim, para o mundo do tênis a data sera marcada pela decisão dos confrontos de quartas-de-final da competição entre nações.

Mas, é para a Jabulani que os olhos dos fãs de esporte estarão voltados no dia 11, data da final da Copa do Mundo.

Começaram nesta sexta os jogos entre Rússia e Argentina; França e Espanha; Croácia x Sérvia e Chile x República Checa.

David Nalbandian

Grandes confrontos para os amantes do tênis, com David Nalbandian jogando pela Argentina em Moscou e marcando vitória contra Nikolay Davydenko; Mikhail Youzhny vencendo Leonardo Mayer; o francês Gael Monfils superando o espanhol David Ferrer em cinco sets; Novak Djokovic ganhando de Ivan Ljubicic; Marin Cilic passando por Viktor Troicki, entre outros desafios.

Marin Cilic

São jogos que qualquer amante do esporte gostaria de assistir, que merecem destaque mundo afora. Mas, em meio à Copa do Mundo, até mesmo os mais fervorosos fãs do tênis acabam se esquecendo da competição.

Eu mesma, que vivo do esporte, estou ligada o tempo todo no que acontece no tênis, não estava conseguindo dar a devida atenção à Copa Davis.

Ela está simplesmente perdida, no meio da decisão da Copa do Mundo, que terá a disputa do terceiro lugar neste sábado e a decisão inédita, entre Holanda e Espanha, no domingo.

Até mesmo Rafael Nadal, líder absoluto do time espanhol, trocou a disputa contra a França, em Clermont Ferrand, para viajar a África do Sul e apoiar o seu time, na final do Mundial, contra a Holanda.

Sempre fui uma defensora da Copa Davis. Acompanhei de perto inúmeros confrontos emocionantes. Vi como a disputa mexe com jogadores, torcida, mídia e a diferença que é você jogar pelo seu país e em equipe, do que um torneio do dia a dia do circuito.  Vi como, em países menores e sem tradição no tênis a Copa Davis talvez seja o único momento no ano em que o tênis ganha espaço e divulgação. Aprendi a história da competição, a valorizar a sua tradição e apesar de sempre haver gente querendo mudanças, dizendo que os tops não participavam dos jogos, não concordava muito, já que eles costumam comparecer sim, mas não em todos os confrontos do ano.

Não achei que o fato de terem começado a dar pontos no ranking para quem jogasse Copa Davis tenha mudado radicalmente a cabeça daqueles jogadores que não se colocam disponíveis para competir. Não é isso que faz a diferença para os jogadores tops.

Talvez faça para os tenistas que tem ranking inferior. Mas, estes praticamente estão sempre à disposição do País.

Quando li, no início do ano, durante o Australian Open, a proposta do ex-jogador de futebol australiano James Hird, hoje um empresário dos esportes, de criar a Copa do Mundo do Tênis, que seria disputada a cada dois anos, durante 10 dias, com 32 países, não gostei. Achei quase um insulto à Copa Davis e à história do esporte.

Mas, confesso que agora vendo as quartas-de-final da Copa Davis, com tantos confrontos interessantes, perdida no meio da final da Copa do Mundo de Futebol, começo a entender a visão de Hird, de querer tornar o tênis um esporte ainda mais global, mais forte, que rivalize com as principais modalidades do mundo esportivo. Quem, fora os mais fanáticos fãs do tênis está acompanhando a Davis nestes dias?

Quem está vendo pela TV? Aqui no Brasil, pelo menos, ninguém e olha que o Brasil não está na decisão da Copa do Mundo. Espaço na mídia também não há. O foco agora é o futebol. Quem vai lembrar da Davis?

Não estou afirmando que devamos seguir a ideia de Hird, mas essa disputa de quartas-de-final, neste momento, deixa claro, que se o esporte quer crescer para além do seu nicho, precisa mudar.

Gael Monfils

Em tempo:

Argentina empata primeiro dia de confrontos com a Rússia, em Moscou.

David Nalbandian (ARG) d. Nikolay Davydenko (RUS) 64 76(5) 76(6)

Mikhail Youzhny (RUS) d. Leonardo Mayer (ARG) 63 61 64

França abre 2×0 na Espanha, em Clermon Ferrand.

Gael Monfils (FRA) d. David Ferrer (ESP) 76(3) 62 46 57 64

Michael Llodra (FRA) v Fernando Verdasco (ESP) 6/7(5) 6/4 6/3 7/6(2)

Croácia e Sérvia empatadas em Split


Novak Djokovic (SRB) d. Ivan Ljubicic (CRO) 76(3) 64 61
Marin Cilic (CRO) v Viktor Troicki (SRB) 64 7/5 6/2

República Checa lidera confronto com o Chile por 2×0, em Coquimbo

Ivo Minar (CZE) d. Nicolas Massu (CHI) 60 62 63
Jan Hajek (CZE) d. Paul Capdeville (CHI) 6/0 6/2 6/1

Enhanced by Zemanta

2 Comments

Filed under Uncategorized