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Mais antigo que o Super Bowl e a Stanley Cup, o US Open começa nesta 2ª, gerando U$ 756 milhões para NY

Maior evento anual esportivo de Nova York, o US Open começa nesta segunda-feira a sua 132ª edição, com um impacto econômico de U$ 756 milhões na cidade. É mais do que os jogos do NY Mets e do NY Yankees juntos, no mesmo período. E há uma razão para tudo isso.

 

Além dos nova iorquinos se identificarem com o último Grand Slam do ano, no fim do verão americano, o US Open é o segundo evento  esportivo mais antigo dos Estados Unidos, só perdendo para o Kentucky Durby, que aconteceu pela primeira vez em 1875.

 

A disputa inaugural do US Open foi em 1881 e apesar de ser um pouco mais novo do que Wimbledon (1877), é o único Grand Slam a ter acontecido initerruptamente desde então.

Antes chamado de US National Championships e sediado em Forest Hills, o torneio só ganhou o nome de US Open em 1968 e se instalou em Flushing Meadows, na região de Queen’s, em 1978.

 

Mais velho do que a Stanley Cup (hockey – 1893), do que o US Open de golfe (1895), o World Series de baseball (1903), as 500 milhas de Indianápolis (1911), até mesmo do que o Super Bowl (futebol americano – 1920), o Masters de golfe (1934) e do que as finais da NBA (1947), o US Open  de tênis distribuirá neste ano uma premiação recorde de U$25,526,000. Cada campeão de simples ganhará U$ 1,9 milhão.

 

A cada temporada mais do que 500 mil espectadores visitam o Corona Park durante as duas semanas de torneio. Só no ano passado 713 mil passaram por lá, com uma média de crescimento de aproximadamente 1,3% ao ano.

 

Tudo isso devido ao sucesso consagrado das últimas décadas, a uma era de super heróis do esporte com Novak Djokovic, Roger Federer, Rafael Nadal (ausente nesta edição), Andy Murray, Serena e Venus Williams e musas como Maria Sharapova, investimento da cidade e da USTA em sempre evoluir, a cobertura da mídia e as transmissões de televisão e nas promoções que os patrocinadores fazem também antes e durante o Grand Slam.

 

A partir desta segunda, não só os olhos do mundo do tênis se voltam para Nova York, mas os olhos dos nova-iorquinos se voltam para Flushing Meadows.

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In a Harvard State of Mind..

Sei que o Brasil Open começa nesta segunda-feira e a partir de terça estarei no Ibirapuera. Mas, ainda estou num “Harvard State of Mind.”

Desembarquei agora há pouco vinda de uma das mais importantes universidades do mundo, a de Harvard.

Não fui lá para visitar a universidade e nem para fazer um curso. Pode parecer até história da carochinha, mas fui lá para palestrar. Eu e minha amiga e parceira Jackie de Botton, com quem venho trabalhando há um ano, desde a indicação do “Lixo Extraordinário” ao Oscar.

Fomos convidadas pela pesquisadora de Harvard, Carolina Larriera, economista que trabalhou durante 10 anos na ONU e em uma visita ao Rio, em setembro do ano passado, conheceu o nosso trabalho da “Rede Extraordinária.”

Fazer comparações entre Harvard e um Grand Slam seria muita discrepância. Claro que se quiseremos fazer uma associação, sempre é possível. Afinal, Jorge Paulo Lemann se formou e jogou tênis por Harvard. James Blake também estudou por lá.

Mas, uma sensação que tive por lá que me remeteu ao tênis foi a da imponência da universidade e de seus prédios grandiosos e históricos. É como entrar em Wimbledon pela primeira vez. Você fica admirado, olhando aquilo tudo, sentindo estar num lugar especial e mesmo que muito grande e com muitas pessoas, há uma espécie de paz que paira no ar. Ao caminhar e conviver com os estudantes, de graduação, pós, mestrado, doutorado, de todos os tipos, há também aquela certeza de estar entre pessoas especiais. Cada um diferente de outro, mas que assim como um em um Grand Slam, conquistou merecidamente o seu lugar para estar lá.

Foi essa sensação que eu e a Jackie tivemos ao subir no palco da Harvard University, depois da exibição do Lixo Extraordinário, num auditório completamente lotado e com Tião Santos, sermos ovacionadas.

Fomos para lá com a missão de explicar para os acadêmicos tudo o que vivenciamos nos últimos 12 meses em termos de reciclagem no Brasil.

 

Conseguimos mostrar, através do elemento humano, com fatos e números a situação da reciclagem no país, desde o catador até chegar na indústria. Acho que isso fez uma grande diferença para o sucesso da nossa apresentação em um mundo acadêmico. Não importa quantas horas, meses e anos de estudo se faça, se não houver o elemento humano. Foi isso que nos levou a Harvard, essa experiência de trabalhar com todas as pontas da reciclagem e conhecer de perto a realidade, através catador que até hoje é quem faz, com as mãos, 90% do trabalho de reciclagem.

 

Neste último ano eu e a Jackie transformamos Tião Santos no rosto da campanha “Cada Garrafa Tem Uma História,” da Coca-Cola, impactou diretamente a vida de 90 catadores e indiretamente um número extraordinariamente maior.

Com a “Rede Extraordinária,” houve o início de um trabalho de reinserção dos mesmos na sociedade, dando dignidade e crédito, enviando-os para palestras remuneradas sobre reciclagem e sustentabilidade Brasil afora; fazendo a Coleta Seletiva com os catadores, em grandes eventos; parcerias estratégicas com órgãos e instituições relevantes  e dando visibilidade ao importante trabalho que eles fazem há mais de 40 anos. Foram mais de 50 eventos e projetos em que os catadores eram o destaque.

 

Durante este período, nos aprofundamos na questão da cadeia completa da reciclagem no Brasil e após um ano trabalhando diretamente com os catadores e as empresas, compreendemos, através da experiência como funciona o mercado da reciclagem no País.

 

Foi um ano extraordinário. Intenso, de muito trabalho, em que como todos vocês sabem, não deixei o tênis, a Tennis View e os eventos esportivos de lado. Agora começa um novo ciclo pós-Harvard, com direito a um stop em São Paulo nesta semana para o Brasil Open!

 

 

 

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Azarenka, a bielorussa campeã do Australian Open e nova nº 1 do mundo

Há um ano, Victoria Azarenka era uma top 10 consistente. Uma tenista que jogava bem e estava sempre lá entre as 10 melhores do mundo, beliscando um torneio menor e chegando até as quartas ou semifinais de um maior.  Mas, daí para se tornar número um do mundo, alguma coisa mudou.

A bielorussa de 22 anos entendeu que para chegar além precisaria trabalhar mais, melhorar o físico, ser mais consistente em alguns golpes e também evoluir mentalmente.

E foi o que ela fez. Os meses de 2011 foram passando e a campeã do Australian Open, que derrotou Maria Sharapova por 6/3 6/0 na final, foi crescendo e encostando na amiga  Caroline Wozniacki. Tanto encostou, que tirou o trono da dinamarquesa.

Desde 2009 ao lado do francês Sam Sumyk, Azarenka, a primeira bielorussa a conquistar um Grand Slam, quer mais.

Ela é a 21ª tenista a alcançar o posto mais alto do ranking mundial. Feito para poucas, mas num circuito que perdeu um pouco das grande estrelas, foi a quinta tenista diferente na sequência a vencer um Grand Slam. No ano passado, Clijsters, Li Na, Kvitova e Stosur conquistaram os maiores títulos do calendário mundial do tênis.

Apesar de pouco conhecida mundialmente, o esporte espera que ela consiga manter a consistência, especialmente agora em que a WTA deixará de ser criticada por ter uma número um sem um título de Grand Slam, como era o caso de Wozniacki, líder por 67 semanas.

Nascida em Minsk, Azarenka começou a se projetar no tênis ainda criança e no início da adolescência foi treinar na Espanha. Não gostou da experiência e teve uma segunda oportunidade de ir para o exterior, na sequência. Foi para os Estados Unidos e lá se encontrou. Teve o português Antonio Van Grichen como um de seus primeiros grandes mentores, ganhou o Australian Open juvenil em 2005 e sete anos depois levantou a taça de campeã, a Daphne Cup, derrotando as melhores do mundo e também campeãs em Melbourne, CLijsters e Sharapova, na sequência.

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Rafa parte II – escrevendo coluna de Melbourne

E para complementar o post que escrevi ontem sobre o Nadal, aqui vai o link da coluna que ele escreveu hoje para o jornal de Melbourne, The Age.

 

http://www.theage.com.au/sport/tennis/win-or-lose-its-a-good-start-20120125-1qi2u.html

 

A coluna não é muito longa, nem excepcional. Ele mesmo conta que escreveu com o PR dele, o Benito Perez Barbadillo, com quem trabalhei muitos anos no circuito. Mas, é uma outra maneira de deixar o espanhol ainda mais perto dos fãs. Por isso, vale a leitura.

HELLO everybody. Well, this is new for me to write a column for a newspaper before a semi-final match. I suppose there’s always a first time for everything.

I do have to say I have what they call a ghost writer for this piece, which is my PR guy Benito Perez-Barbadillo since, (1) my English is not that good, and (2) he can help me express myself a bit better as he knows this world better than me.

Here I am again in a semi-final of the Australian Open. After the past two years reaching the quarters of this tournament and not being able to finish well in the matches – I had to retire in 2010 against Andy Murray and last year got injured after the third game against David Ferrer – finally I am playing again in a semi and I’m very excited about it.

For me, it is very important and a happy moment to start the season. Win or lose, it is a good start considering the end of the season I had last year with many doubts.

It is always special to play against Roger (Federer), for many reasons, but for me to play against arguably the best player of all time – together with Rod Laver – is always something special.

This is the tenth time I have played him at a grand slam tournament and in most of the previous encounters we played the final.

He is playing amazing. Remember when many were saying he was done? Well, here it is. I always said it, he is a great champion.

Many people have asked me about my memories of the last match I played against him here in Australia. It was the 2009 final and that is one of the matches that will always stay in my memory.

After that very hard and physical semi-final, I never thought I could go out and play the final with many chances to win. We both played a great match, a beautiful match and I managed to win that one. That meant for me something special since it has been the only time I’ve won this event.

I am sure this semi-final will be another great match – hopefully very different to the last match we played in London, and I hope all the fans will enjoy watching.”

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Rafa

Desde que acabei de ler a biografia do Nadal, RAFA, de John Carlin, publicada aqui no Brasil pela Sextante, queria ter escrito sobre ele, fazendo uma resenha daquelas.

Mas, terminei a leitura no meio de uma época conturbada de trabalho e acabei deixando passar.

Continuo, como sempre, atolada de coisas para fazer, mas no meio do primeiro Grand Slam do ano, achei que valia a pena recomendar a leitura.

Antes de tudo, gosto de biografias, ainda mais quando são bem escritas.

A do Nadal, a exemplo da de Andre Agassi foi feita por um aclamado escritor, John Carlin, autor de Invictus. A de Agassi, foi escrita por um vencedor de Pulitzer.

Essas características por si só, já fazem a diferença.

As comparações, no entanto, param por aí. São bem diferentes.

Apesar de achar que biografias devem ser escritas quando o personagem em questão encerra a sua atividade de destaque, no caso, como fez Agassi, a de Nadal vale a pena.

Entre descrições detalhadas de jogos importantes da carreira do espanhol, que te fazem sentir dentro da quadra, há inúmeras páginas dedicadas à pessoa Rafael Nadal, que acabam por mostrar como tudo o que faz dele quem ele é, influenciaram e influenciam a sua carreira.

O mais surpreendente para mim foi como, ao ler o livro, deu para me sentir muito mais entendida sobre ele.

São passagens como a que ele revela o medo do escuro; de tempestades; o desejo de comprar um carro uma vez durante Roland Garros e que o pai não deixou; a relação próxima com a irmã Maribel; como ele se sentiu quando os pais se separaram – aliás, o pai aparece como muito presente na carreira dele, muito mais do que podia imaginar – e olha que eu costumo saber destas coisas -; como foi cada processo da descoberta e de recuperação das lesões mais sérias, inclusive detalhando visitas a médicos que jogadores raramente gostam de comentar, que fazem do livro especial.

São detalhes dos jogos mais importantes que revelam uma vontade de vencer ainda maior do que a vemos quando ele luta em cada ponto até o final.

Não sei que resultado esperar do confronto com Roger Federer na semifinal do Australian Open, depois desta vitória sobre Tomas Berdych, de virada.

Mas, com certeza, um grande espetáculo de tênis e a julgar pelo que aprendi no livro, um Nadal diferente do que vimos até agora em Melbourne.

 

 

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Hewitt, fenômeno 14 anos atrás, agora cativa na Austrália com o seu c’mon

Nunca fui muito fã de Lleyton Hewitt. Durante certa época, achava quase insuportável ouvir aquele C’mon. Mas, no caso dele, o currículo fala por si só.

E no meu caso, gostando ou não, foi um dos jogadores que vi crescer no circuito.

Lembro quando publicamos na Tennis View, em 1998, a foto dele, com 16 anos, para retratar a vitória no ATP de Adelaide. Ele era um fenômeno.

Naquela época, Guga já havia ganhado o primeiro Roland Garros, então nos acostumamos a ver o Hewitt sempre, seja jogando, nos hotéis, sala dos jogadores, enfim, no circuito, de perto.

Rapidamente ele se tornou herói na Austrália, ganhou o US Open e Wimbledon, tirou Guga do topo do ranking mundial (no fim de 2001, com a Masters Cup em Sidney), e reinou por várias semanas na ATP.

Ficou noivo de Kim Clijsters, o que me fazia pensar que ele não devia ser tão difícil assim, com aquela imagem de durão, um pouco anti-social..

Continuou conquistando títulos, terminou o noivado, casou com uma atriz australiana, hoje Bec Hewitt – inclusive o site do tenista é junto com a esposa – wwww.lleytonandbechewitt.com – , sempre representando a Austrália com orgulho nos confrontos de Copa Davis e começou a se lesionar.

Foram lesões no pé, no quadril e umas três operações nos últimos anos.

Anos em que foi aumentando também o número de filhos. Hoje tem 3 crianças com Bec.

Não sei se foram os filhos – muitos mudam para melhor com a paterninadade ou maternidade -, as lesões que o afastaram das quadras por vários meses, ou o próprio amadurecimento. Mas, Lleyton Hewitt, que nem sempre teve apoio unânime do público na sua própria casa, parece ter reconquistado esse carinho.

E não só pela vitória de hoje sobre Milos Raonic por 4/6 6/3 7/6 6/3.

Talvez, por ao longo dos anos, ter mostrado sempre em quadra o seu coração. Mesmo na derrota na final em 2005 para Marat Safin, no Melbourne Park, sua única chance de conquistar o Grand Slam de casa.

Como ele mesmo afirmou após a vitória em quatro sets sobre o canadense de 21 anos e 1,98m, ninguém apostaria que ele estaria na segunda semana do Grand Slam quando o torneio começou. “É muito especial porque só eu e a minha equipe sabemos o que precisamos fazer para eu chegar até aqui. Há algumas semanas eu não sabia nem se poderia jogar o Australian Open.”

Ex-número um do mundo, hoje na 181ª posição, ele precisou de um wild card para entrar na chave principal em Melbourne.

A última vez que um tenista convidado chegou tão longe na chave, foi Mats Wilander, em 1994.

A próxima rodada é um desafio ainda maior para o lutador Hewitt, o número um do mundo Novak Djokovic.

Mas, independente do resultado daqui para frente, é sempre bom ver um ex-número um do mundo, um tenista que durante uma certa época era quase imbatível, brilhando mais uma vez e mostrando porque apenas poucos, muito poucos, chegam a ocupar o posto mais alto do ranking mundial. Eles tem alguma coisa a mais dentro deles, que faz sim a diferença.

Enfim, fã ou não de Hewitt, foi emocionante vê-lo avançar, sabendo de todo histórico da carreira dele. Afinal, quem não gosta de histórias de superação?

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Para irmãos Bryan, momento é de união entre os tenistas e eles querem um acordo justo

Já estamos no terceiro dia do Australian Open, metade dos jogadores que viajou até o outro lado do mundo já está arrumando as malas para voltar – sim, nestes dois dias 64 homens e 64 mulheres já foram eliminados do torneio – e a polêmica que veio à tona no fim de semana, quando Nadal falou mais do que deveria, continua no ar.

Houve suspeita de boicote dos jogadores no Australian Open (os com ranking inferior queriam mais premiação / não entendam que acham que ganham pouco, mas acham que o que ganham comparado ao lucro que os Grand Slams tem é pouco  e essa discussão é antiga) e paralelamente a isso, depois de reunião do conselho dos tenistas bem quente, Nadal, em uma coletiva de imprensa, afirmou que não concordava com os pensamentos de Federer, de uma maneira não muito gentil. “”Estoy en desacuerdo con él. Es muy fácil decir yo no digo nada, todo es positivo y quedo como un ‘gentleman’ (caballero) y que se quemen los demás” – disse em espanhol.

A declaração pegou a todos de surpresa, especialmente pela imagem de amigos e respeito que sempre houve entre os dois.

Nadal, vice-presidente do conselho dos jogadores, luta por um ranking que tenha duração de dois anos, como o golfe e não de um ano e principalmente por um calendário com mais semanas de descanso, para preservar o corpo dos jogadores.

Federer, sempre mais saudável, não acredita em ranking bienal e acha que este ano, em que já haverá semana a mais de descanso, já foi um grande avanço.

O espanhol chegou a se desculpar depois, dizendo que não deveria ter feito a declaração aos jornalistas e sim diretamente a Federer. Os dois se entenderam, mas o assunto continua sendo notícia e tenho tentado ler tudo o que encontro de qualidade para me aprofundar mais sobre o tema.

O interessante é que Federer, o Presidente do Conselho dos jogadores e Nadal, o vice, parece que tem conseguido discutir assuntos e fazer bom uso do papel que tem. É raro contar com os nomes deles nesta posição. Antes de Federer, por exemplo,Ivan Ljubicic era o Presidente do Conselho.

Entre algumas matérias interessantes que andei lendo, esta foi uma que se destacou, em que os irmãos Bob e Mike Bryan, falam do ocorrido e afirmam que apesar de tudo, os jogadores do circuito nunca estiveram tão unidos.
Reproduzo aqui o texto do jornal australiano The Age, desta quarta, em Melbourne.

 

Players fight for the right to a fair deal

Bob and Mike Bryan

January 18, 2012

It’s hard to sympathise with millionaire tennis stars, but they have a point.

IT CAN get really tough when players start talking publicly about pay and conditions, because it’s not really what the fans want to be hearing about.

They want to see us at their tournaments, they want to see everyone play, and they don’t have much sympathy for our personal lives or our families and friends, which is understandable.

We’re lucky. We travel to great cities, we’re well paid and we have one of the best jobs in the world, so we try not to open our mouths about a lot of that stuff. But we have some interesting times ahead because the players are more united than they have been in a while.

For a long time, it was impossible to get anything done, because all the players wanted different things, but that’s starting to change.

By the end of the year, everyone’s exhausted. We’ve been on tour now for 13 years, and we’ve had three-week off-seasons for that whole time.

Mike has a big house, a pool and a volleyball court that he doesn’t get to use – he just gets the bills, so he doesn’t think he’s getting much bang for his buck there.

This year we’re going to have a few extra weeks off, which is a really smart move by the ATP, because with how things have stood for the last 20 years or so, players haven’t really had a chance to work on weaknesses.

You don’t want to change, say, your serve, and go straight into a tournament. You need some time at home to work on things, to hit the weights hard rather than just try and maintain where you’re at.

Playing so much tennis takes a physical toll too. It puts a lot of pressure on the top guys especially. That’s why Rafael Nadal has been so outspoken, because if he’s going to get back up to No. 1 in the world, he just has to keep playing tennis. He can’t afford to miss any events.

That’s where the rankings system comes into it, because if you get injured, your ranking drops straight away.

Sam Querrey got hurt for three months and dropped outside the top 100. If we’ve had injuries, we’ve kind of had to push through them, take three or four anti-inflammatories before a match and keep playing. And that would be pretty standard, because everyone has something. Nobody’s ever 100 per cent, but they could be with a three- or four-month off-season.

In a perfect world, we’d have the US Open, have the tour finals for the top guys, then shut things down. As far as the rankings go, look at golf: their rankings are done over a two-year period, which means Tiger Woods can take a year off, come back and still be No. 1.

We have a player council of 11 players, and every group of players is represented on that. There’s a couple of doubles players, there’s someone who looks out for the top players, and players for, say, the top 25 and the lower-ranked guys as well. Everyone has someone they can talk to. In the past it hasn’t really worked too well.

Everyone’s had their own agendas. When you’re talking about cutting the schedule, the claycourters don’t want to lose any of their events, and the hardcourt guys are the same.

We have mandatory meetings that every player has to go to – you get fined if you don’t turn up – and the guys on the council get together eight or so times a year, whether they meet or have conference calls and go through what they’re all thinking. The meeting on the weekend was apparently pretty fiery.

But it’s cool that we have Rafa, Roger Federer and Novak Djokovic on the council together – the big three. They might not be on the exact same page at the moment, but that’s going to happen. They’re uniting the players and making sure we have a voice.

They don’t need to do it – they’re millionaires, they’re great players and they could just focus on their tennis, but they’re trying to make the game better and take it into the future, and we’re becoming a stronger group because of it. We’re less divided than we used to be, and that will hopefully make it easier for things to get done.

We won’t be around when it happens, but we want things to be better for the young guys coming through in the future.

We have friends who’ve had hip replacements at the age of 40, and we don’t want guys to be limping around when they’re 25.

Read more: http://www.theage.com.au/sport/tennis/players-fight-for-the-right-to-a-fair-deal-20120117-1q4qg.html#ixzz1jlrW7Qji

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Lembranças muito boas daquele Roland Garros 2001

Faz tempo, muito tempo que não escrevo neste blog que tanto adoro. Mas, como venho falando nos últimos meses, se o dia tivesse 48 horas, ainda faltaria hora para eu dar conta de fazer tudo, bem feito, em que estou envolvida.

Mas, como hoje é um dia especial, resolvi pelo menos postar aqui o texto que escrevi para a revista programa do Claro Rio Champions, sobre o jogo que comemora os 10 anos da conquista do tricampeonato do Guga em Roland Garros.

Foram duas semanas marcantes, cheias de emoção em Paris, em que quase voltamos para casa no meio do campeonato, naquele jogo com o Michael Russell. E depois, muita curtição no jogo com o Corretja e para mim, muito trabalho, depois da vitória, do desenho do coração na quadra Philippe Chatrier, da camiseta escrita “Je Aime Roland Garros”, das coletivas de Guga e do Larri…

Lembro de ter ido direto para a festa, com a roupa que estava no corpo naquele dia… e no dia seguinte sessão de fotos no Sacre Couer…

Há 10 anos Gustavo Kuerten era o número um do mundo. Havia começado a temporada no topo do ranking mundial depois de ter conquistado o título da Masters Cup, em Lisboa.

Chegava a Roland Garros como o cabeça-de-chave 1, detentor do título (campeão em 2000) e favorito a levanter pela terceira vez o “Trophee des Mousquetaires,” já tendo erguido no ano os trofeus dos ATPs de Buenos Aires e Acapulco, do Masters 1000 de Monte Carlo e ficado com o vice em Roma.

Derrotado na estreia do Masters 1000 de Hamburgo, aproveitou quase as duas semanas que separavam o campeonato alemão de Roland Garros para descansar e se preparar para o seu torneio favorito.

Já Corretja vinha de uma temporada sem grandes resultados. Havia alcançado as quartas-de-final em Barcelona e no Masters 1000 de Roma (perdeu para Guga) e com uma derrota na segunda rodada em Hamburgo, optou por jogar a World Team Cup, em Dusseldorf, onde marcou três vitórias.

Roland Garros começou e todos os olhos estavam voltados para o brasileiro e para o duelo de estreia contra Guillermo Coria. Muito se falou deste jogo, do jovem argentino que poderia complicar a vida do bicampeão. Mas, Guga não encontrou dificuldades para vencê-lo, por 6/1 7/5 6/4.

Na segunda rodada, vitória tranquila sobre outro argentino Agustin Calleri por triplo 6/4.

Veio a terceira rodada e o jogo contra o marroquino Karim Alami complicou um pouco, mas Guga se superou e estava nas oitavas-de-final do Grand Slam francês novamente.

Enfrentaria o desconhecido americano Michael Russell, vindo do qualifying e num dia sem muito sol e com muito vento em Paris, parecia que o caso de amor entre Guga e Roland Garros estava se acabando. Russell chegou a ter match point no terceiro set para eliminar o brasileiro, mas num ponto longo e com uma bola na linha Guga se salvou e começou a mudar a história do jogo e estreitar ainda mais a sua relação com o público francês.

Empurrado pela torcida e em busca do seu melhor tênis no meio da partida, Guga venceu o americano em um emocionante jogo de cinco sets e ao término da partida, em agradecimento ao público, desenhou um coração na quadra Philippe Chatrier.

Em seguida vieram as vitórias sobre Yevgeny Kafelnikov e Juan Carlos Ferrero, bem mais tranquilas do que em anos anteriores e lá estava o brasileiro em mais uma final de Roland Garros, contra um adversário não tão esperado quando o torneio começou. Outros favoritos como Safin e Agassi haviam sido eliminados em rodadas anteriores.

Corretja chegava na final só com um jogo complicado em Roland Garros naquele ano, o da estreia contra Mariano Zabaleta, em cinco set. Depois, passou por Knippschild, Larsson, Santoro, Federer e Grosjean sem perder um set.

Começava a final e o vento dominava a quadra central. Corretja jogava o seu melhor tênis e levava o primeiro set por 7/6(3) e continuava jogando melhor no segundo. Até que Guga conseguiu quebrá-lo no 5×5 do segundo set, vencer o a segunda parcial e passar a tomar controle do jogo.

Quando começou o terceiro set, o brasileiro já dominava o jogo e no quarto set passou os seis games com já curtindo a vitória. “Mesmo quando eu tentava errar uma bola ela entrava,” lembrou Guga, de tão bem que estava jogando no último set de Roland Garros. “Foi o meu ano mais emocionante em Paris, por causa daquele jogo com o Russell e foi o ano em que eu mais curti a vitória.”

 

Ao término do jogo, Guga desenhou novamente o coração para demonstrar todo o seu amor por Roland Garros, deitou dentro dele e na hora da premiação ainda vestiu uma camiseta desenhada por ele na noite anterior com os dizeres: “Eu amo Roland Garros.”

 

 

 

 

 

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Rogerinho Dutra Silva sobe um importante degrau na carreira com vitória no US Open

Já estava querendo escrever um post sobre o Rogerinho desde que ele foi campeão em Campos, na MasterCard Tennis Cup, há pouco menos de um mês. Mas, emendando um evento no outro, nem sempre conseguimos fazer tudo e hoje, mesmo querendo que o meu dia tivesse 48 horas, Rogerinho merece essa dedicação.

A vitória dele hoje na chave principal do US Open – d. o qualifier Louk Sorensen (IRL) por 6/0 3/6 6/4 1/0 des. na quadra Grand Stand, a primeira vitória em um Grand Slam, na primeira participação que fez, entrando de lucky loser, foi especial. Mostrou, que independentemente do adversário ter um ranking bem inferior ao seu (o irlandês é o 618º e Dutra Silva o 114º), ele soube aproveitar a oportunidade e está na segunda rodada em New York. Dos 128 jogadores que começaram a disputa do torneio na 2ª feira, só 64 continuam vivos em Flushing Meadows e Rogerinho está entre eles e subindo um degrau bem importante na carreira. Resultado do trabalho que ele se dispôs a fazer, como ele mesmo contou quando estava em Campos, há dois anos. É fruto da mudança dele de São Paulo para Camboriú para treinar no Instituto Larri Passos e mudar de atitude, contar com uma estrutura mais profissional e também de ter alguém acreditando nele como o Larri. O próprio Larri chegou a me dizer “quando ninguém acreditava nele, eu acreditei.”

Rogerinho conta que passou por momentos difíceis, mesmo depois de já estar na academia do técnico Larri Passos, em que ele treinava, treinava e treinava e os resultados não vinham. Perdia em qualifyings de Challengers, ou em rodadas iniciais.

Faltava algo para ele subir alguns degraus e hoje ele subiu o maior deles, depois dos que ele vinha subindo nos últimos meses. Ganhou vaga e marcou vitória para o Brasil na Copa Davis. Foi avançando em torneios Challengers. Ganhou o maior torneio da carreira, em Campos, vencendo jogos duros, tendo que salvar match point e devolvendo o título ao Brasil depois de cinco temporadas com gringos no topo do pódio.

Agora foi oficialmente convocado para disputar o Pan de Guadalajara e depois de perder na última rodada do qualifying em Flushing Meadows, entrou na chave com a desistência de Robin Soderling, está na segunda rodada do maior torneio do mundo, bem próximo de entrar para o top 100. Ah e o próximo adversário é Alex Bogomolov Jr., 44º colocado no ranking mundial. Um russo naturalizado Americano, de 28 anos, que assim como Rogerinho, 27, está no melhor momento da carreira.

Tudo isso comprova que como sempre dizia o meu mestre Larri Passos, “não está morto quem peleia,” lembrando um ditado gaúcho. E que com trabalho, trabalho, trabalho e trabalho, você chega lá.

PS – fotos do João Pires

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Bernardes, a trajetória e a história da arbitragem no Brasil que abriu caminho para chegar à a final de Wimbledon.

Todo jogador de tênis tem um sonho,o de um dia disputar a final de um Grand Slam. A maioria deles sonha em estar na decisão de Wimbledon.

Foi o que Novak Djokovic afirmou ao derrotar Tsonga, chegar ao posto de número um do mundo e perceber que estava na final do mais tradicional torneio de tênis do mundo. “Wimbledon é o primeiro torneio que assisti na televisão quando era criança. Sempre sonhei em estar na final.”

Rafael Nadal, mesmo ganhando Roland Garros seis vezes, já cansou de falar que o torneio mais importante para ele é Wimbledon.

Neste domingo, quando Nadal e Djokovic estiverem jogando pelo trofeu, um brasileiro realizará seu sonho também. Carlos Bernardes estará comandando o embate entre o número um e o número dois no mundo.

Pela primeira vez na história um brasileiro sentará naquela cadeira, na final.

Será a terceira vez de Bernardes em uma final. Ele fez duas do US Open,  a entre Roddick e Federer e a entre Federer e Murray, mas nunca nenhuma na grama sagrada.

Fiquei emocionada quando recebi o email do próprio Bernardes, na sexta à noite, dizendo que tinha sido escolhido para fazer a final.

Alguns dias atrás havíamos nos encontrado pelos corredores do All England Lawn Tennis & Crocquet Club e por Bernardes ser colunista da Tennis View, há algum tempo, desenvolvemos uma relação mais próxima e de muito respeito profissional.

A cada edição ele pega o tempo livre, o pouco que tem, para escrever para os fãs de tênis do Brasil sobre regras, novidades no circuito e se dispõe a tirar dúvidas de todo mundo.

Esse post de hoje é uma homenagem ao Bernardes, que faz com que o Brasil esteja representado na final de um Grand Slam e a todos os árbitros brasileiros, principalmente aqueles que começaram com a formação da arbitragem no Brasil, anos e anos atrás.

Reproduzo aqui uma matéria muito especial que os jornalistas da Tennis View, Fabiana Oliveira e Leonardo Stavale, fizeram na edição 80, relatando como a história da arbitragem começou no País e explicando, de certa maneira, de onde veio e como Carlos Bernardes chegou lá (alguns dados estão desatualizados, mas a base da materia está superatual).

PS – reparem no Bernardes novinho na página 2

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