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Sem querer “chover no molhado,” mas US Open é vítima do “climate change”

Quem falava nesse assunto quando o Arthur Ashe Stadium começou a ser construído?

Não estou em NY mas estou acompanhando tudo sobre o US Open, na televisão, no application do torneio no Iphone, na internet, lendo jornais e sites, entre outros.  Confesso que deu um certo alívio ter cancelado a viagem quando vi toda a confusão armada pelo Hurricane Irene. Não que eu não quisesse estar em New York agora, mas teria sido uma confusão completa, porque era para eu ter chegado naquele primeiro fim de semana.

Agora, vendo dois dias seguidos de chuva na Big Apple, fico imaginando aquela sala de imprensa lotada de jornalistas sem ter muito o que fazer, procurando o que escrever, sem poder voltar para Manhattan, ou deixar de ir para o torneio, caso alguma coisa aconteça. Fica um clima de tensão no ar. Todos querem falar com o Diretor do Torneio, dependem de uma previsão do tempo, que funciona muito melhor lá do que aqui, os jogadores ficam irritados, todos agrupados no “player’s lounge,”, que mesmo crescendo ou sendo melhorado a cada ano, parece não dar conta de tanta gente.

Enfim, dias completos de chuvas em qualquer cidade já são complicados, em um torneio que tem data para começar e terminar ficam ainda mais, especialmente quando ainda estão sendo jogadas oitavas-de-final de simples no masculino, as mulheres estão nas quartas, tem torneio de duplas e duplas mistas em andamento, o juvenil, cadeira de rodas e muito mais.

A grande discussão em pauta no momento é porque o US Open, quando construiu o maior estádio de tênis do mundo, com capacidade para 23 mil pessoas, não programou um teto retrátil, como o Australian Open e Wimbledon já tem e como Roland Garros está programando nos seus planos de expansão.

Pensando nisso tudo, lembrei do ano da abertura do Arthur Ashe Stadium. Era 1997 e eu estava em Nova York. Guga havia ganhado Roland Garros poucos meses atrás e tinha sido o primeiro tenista a bater bola no gigantesco estádio. Uma cerimônia emocionante reuniu ex-campeões na primeira segunda-feira do torneio.

Há 14 anos o mundo era diferente. Quem falava em “Climate Change?”.

Quem imaginaria que o clima fosse mudar tanto?

Fui procurar dados de precipitação e temperaturas e para se ter uma ideia o National Climatic Data Center, oficial do Governo Americano, só tem dados disponíveis para consulta sobre temperaturas a partir de 1998 e fazendo uma rápida análise deu para ver que a média de chuva anual em Nova York foi aumentando praticamente todos os anos.

Claro que já havia órgãos preocupados com o clima antes disso, mas ninguém dava atenção.

O filme do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Al Gore, “An Incovenient Truth,” curiosamente dirigido por Lucy Walker, a mesma do “Lixo Extraordinário,” que gerou a criação da “Rede Extraordinária,” foi lançado apenas em 2006. Para mim o filme é um divisor de águas na maneira como as pessoas comuns entendem o tal “Climate Change.”

Com mania de grandeza, os americanos nem titubearam em fazer um estádio gigantesco em vez de pensar em algo coberto.

Não chovia tanto em Nova York, naquela época.

O torneio começou a ter grandes problemas há três anos, quando teve que fazer a final na segunda-feira, o que se repetiu em 2009 e em 2010.

É provável que aconteça de novo em 2011.

É o US Open sendo vítima das mudanças climáticas que vem afetando o planeta.

Parece “chover no molhado,” mas é um fato. Ninguém imaginava, lá em 1997 – ou melhor, alguns anos antes, quando começaram a projetar o Arthur Ashe Stadium, que o mundo passaria por tantas mudanças climáticas, em tão pouco tempo, capazes de alterar o nosso cotidiano.

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Bernardes, a trajetória e a história da arbitragem no Brasil que abriu caminho para chegar à a final de Wimbledon.

Todo jogador de tênis tem um sonho,o de um dia disputar a final de um Grand Slam. A maioria deles sonha em estar na decisão de Wimbledon.

Foi o que Novak Djokovic afirmou ao derrotar Tsonga, chegar ao posto de número um do mundo e perceber que estava na final do mais tradicional torneio de tênis do mundo. “Wimbledon é o primeiro torneio que assisti na televisão quando era criança. Sempre sonhei em estar na final.”

Rafael Nadal, mesmo ganhando Roland Garros seis vezes, já cansou de falar que o torneio mais importante para ele é Wimbledon.

Neste domingo, quando Nadal e Djokovic estiverem jogando pelo trofeu, um brasileiro realizará seu sonho também. Carlos Bernardes estará comandando o embate entre o número um e o número dois no mundo.

Pela primeira vez na história um brasileiro sentará naquela cadeira, na final.

Será a terceira vez de Bernardes em uma final. Ele fez duas do US Open,  a entre Roddick e Federer e a entre Federer e Murray, mas nunca nenhuma na grama sagrada.

Fiquei emocionada quando recebi o email do próprio Bernardes, na sexta à noite, dizendo que tinha sido escolhido para fazer a final.

Alguns dias atrás havíamos nos encontrado pelos corredores do All England Lawn Tennis & Crocquet Club e por Bernardes ser colunista da Tennis View, há algum tempo, desenvolvemos uma relação mais próxima e de muito respeito profissional.

A cada edição ele pega o tempo livre, o pouco que tem, para escrever para os fãs de tênis do Brasil sobre regras, novidades no circuito e se dispõe a tirar dúvidas de todo mundo.

Esse post de hoje é uma homenagem ao Bernardes, que faz com que o Brasil esteja representado na final de um Grand Slam e a todos os árbitros brasileiros, principalmente aqueles que começaram com a formação da arbitragem no Brasil, anos e anos atrás.

Reproduzo aqui uma matéria muito especial que os jornalistas da Tennis View, Fabiana Oliveira e Leonardo Stavale, fizeram na edição 80, relatando como a história da arbitragem começou no País e explicando, de certa maneira, de onde veio e como Carlos Bernardes chegou lá (alguns dados estão desatualizados, mas a base da materia está superatual).

PS – reparem no Bernardes novinho na página 2

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Depois dos “Fab Four,” o tênis encontrou seu “Wonder Boy,” com Tomic em Wimbledon

Há algum tempo venho observando, mesmo que de longe, lendo uma coisa aqui outra ali, o Bernard Tomic.

Muito se falou dele, desde que tinha 15 anos de idade, como a esperança do tênis australiano, the next big thing, mas também do relacionamento tempestuoso entre o pai e técnico, John, a Tennis Australia  e até mesmo entre os jogadores mais veteranos.

Parece que só com a entrada de Patrick Rafter – que está em Wimbledon e vem assistindo os jogos no box de Tomic – como capitão da Copa Davis, que a relação melhorou. “Quero trabalhar com o Tomic nas bases do que o pai dele já fez,” disse o vice-campeão de 2001 ontem em Londres.

A ideia era ter escrito sobre o novo “wonder boy” do tênis ontem, mas com tantos jogos na “manic Monday” em Wimbledon foi impossível.

Vi a coletiva de imprensa de um relaxado Tomic e fui pesquisar mais sobre ele antes de escrever, até no meu próprio blog (escrevi sobre ele no começo do ano durante o Australian Open -)

Hoje fiquei surpresa ao ver o pouco espaço que dedicaram os jornais ingleses ao australiano. O foco ficou todo em cima da derrota das irmãs Williams, da lesão do Nadal e claro, de Andy Murray, além da presença do Prince William e da sua senhora, Kate – os Duques de Cambridge.

Eis o que pesquisei. Tomic nasceu em Stuttgart, na Alemanha e se mudou para a Austrália quando tinha dois anos e meio, três e começou a jogar tênis aos cinco. O nome Tomic não soa tipicamente alemão porque os pais tem origens croatas e é por isso que Tomic fala Sérvio e se dá bem com Djokovic.

Aliás, ele fala bem sérvio e não alemão.

Desde o início ele sempre foi treinado pelo pai que controla toda a sua carreira e o garoto prodígio sofreu pressões da Tennis Australia e da mídia pelos seus métodos de treinamento e opções de calendário e respostas mal dadas à Federação e a outros jogadores.

O comportamento sempre foi o maior problema da família Tomic, tanto que o próprio pai John já afirmou que não queria ser conhecido como o próximo Damir, se referindo ao pai de Jelena Dokic.

Com o passar do tempo, desde que começou a chamar a atenção, aos 15 anos de idade, três anos atrás, foi criticado pelos resultados demorarem a aparecer.

Se “salvou” ao avançar à terceira rodada do Australian Open e se tornar o único australiano ainda na competição.

E agora, em Wimbledon, quando todos já falavam do fim do tênis australiano, o que irritou Roger Federer, defendendo Lleyton Hewitt “Vocês falam disso como se o Hewitt não existisse mais. Ele merece respeito e poderia ter ganhado do Soderling. Se tivesse, todo o discurso seria diferente, não é?,”  Tomic surpreendeu.

A história dele remete à daquelas dos grandes campeões que surgem no fim da adolescência. “Boom boom Becker” foi relembrado ontem, afinal Tomic se tornou o jogador mais jovem desde Becker, em 1986 a alcançar as quartas-de-final em Wimbledon.

E ontem, na coletiva, Bernard explicou porque os resultados demoraram um pouco – mas nem tanto – a aparecer. Típica coisa da transição do juvenil para o profissional.

“Well, you know, I was so used to playing a lot of junior tennis, where I got into the habit of playing a lot of defense tennis.  That’s what made me win a few junior titles, where I was really good in juniors.

That’s where players missed, as opposed to here; they don’t miss as much.  I found out, look, if I really want to play against these guys, I have to relax like I do in practice.  That’s when I play my best tennis, in practice.

I know if I play like I do in practice, I’ll play much better in my game. “

Mas a explicação do ex-número três do mundo juvenil e campeão de Grand Slams na categoria não parou por aí:

“It’s got to happen sometime (smiling).

Yeah, I mean, look, I said to myself, you know, I’m going to have a tournament here.  Play well.

Ever since quallies, I tried to play a little bit more relaxed than I’m used to.  I’ve been doing that ever since I qualified.  Davydenko, I played relaxed.  Now I found my game, where I need it be, and that’s to have fun, relax out there, not play under pressure where as opposed to maybe six months ago I was playing a little bit more defensive, not playing my game.

I think now I really learnt the way I should play my game. “

E é isso mesmo que acha outro campeão australiano de Wimbledon, Pat Cash. “Ele é um garoto ótimo, que não tem medo de muito coisa não. Ele vai pra quadra e joga e com a vantagem de que nem muita gente sabe como jogar contra ele”

 

Tomic, que veio do qualifying – aliás ele é o primeiro qualifier a alcançar as quartas-de-final desde Vladimir Voltchkov que foi semifinalista no ano 2000 e que inclusive passa completamente desapercebido por Wimbledon e só tem o gostinho dos dias de glória quando vai pra quadra bater bola com Maria Sharapova. Sim, a russa o chamou para ser hitting partner na temporada de grama- e vem afirmando rodada após rodada que não esperava estar onde está, também explicou a sua relação com Djokovic, seu próximo adversário. “Treinamos algumas vezes juntos e nos damos bom porque a gente fala a mesma língua.”

Como dizem os especialistas que gostam de contar depois que estavam no lugar, no momento em que o fato aconteceu, estamos tendo a oportunidade de ver o Tomic “grow up in front of our eyes. A Star in the making”

 

 

 

 

 

 

 

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O ingresso mais valioso do tênis é o desta 2ª em Wimbledon

Lembro perfeitamente da primeira vez que vim a Wimbledon, há 14 anos – nossa, faz tempo e de um colega jornalista chamando a minha atenção de que a segunda-feira, da segunda semana de Wimbledon, depois do Middle Sunday, era a mais interessante do tênis.

Foi um 1997 que choveu muito e os jogos acabaram se enrolando, não dando para seguir muito o que eles chamam de “intended order of play,” do torneio e não me dei conta do que era a segunda mais valiosa do tênis.
Desta vez, a segunda depois do “Middle Sunday,” é assim que os Brits se referem ao domingo de folga – lembrando que a folga não é direcionada aos tenistas e sim à gram que precisa descansar – é o melhor ingresso de tênis do ano para quem for assistir um campeonato ao vivo.


Wimbledon é único Grand Slam que tem, no mesmo dia, todas as oitavas-de-final de homens e mulheres. Nos outros Grand Slams são em dias separados e nem sempre todos os homens jogam as oitavas no mesmo dia e nem mesmo as mulheres.

Nesta segunda no All England Lawn Tennis & Crocquet Club, quem comprou ingresso vai assistir o que há de melhor na ATP e WTA. São os 16 melhores do torneio em ação, desde agora até à noite.

Enquanto escrevo esse texto, depois de ter descansado também no middle Sunday, Sharapova e Peng já estão jogando por uma vaga nas quartas-de-final, assim como Azarenka e Petrova; Lisicki e Cetkovska; Paszek e Pervak e abrindo a sessão masculina, a surpresa e revelação Tomic x Malisse.

Ao longo do dia, o quarteto mágico do tênis estará em ação: Murray x Gasquet; Nadal x Del Potro; Federer x Youzhny e Djokovic x Llodra.

Ah e tem também as irmãs Williams; Serena x Bartoli; Venus x Pironkova, a número um do mundo Wozniacki x Cibulkova, o vice do ano passado, Berdych x Fish, o Lopez que eliminou o ROddick  x o polaco Kubot e ainda Ferrer x Tsonga?

Quanto vale um ingresso desses hein?

Imagem do ingresso!

 

 

Para se ter uma ideia, um ingresso para quadra central hoje custa 54 pounds, ou seja, 138 reais, mas esse mesmo ticket não dá direito a assistir os jogos da quadra 1, ou quem tiver o ingresso da quadra 1 também não pode ir à central. Mas, mesmo assim, continua sendo o ingresso mais bem pago de tênis do ano. E sempre dá para assistir uma partida ou outra sentado na Murray Mountain, desfrutando strawberries & cream com champagne ou típico British Pimm’s.

 

 

 

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Projetos que inspiram – Voz das Comunidades no Rio, lembrando o começo da Tennis View

Nesta semana pré Wimbledon tive a oportunidade de participar de um bate-papo com o Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Mariano Beltrame e com Rene Silva, o garoto de 17 anos que ficou conhecido mundo afora ao twitar (@Rene_Silva_RJ) a subida do Morro do Alemão, durante a pacificação da comunidade.

Não, não enlouqueci e depois de achar que estou começando a entender de lixo, recicláveis e coleta seletiva com o projeto da Rede Extraordinária, não vou começar a escrever sobre segurança no Rio de Janeiro.

 

Rene e o irmão Renato

Era para ser apenas um bate-papo de troca de ideias e acabou sendo uma noite inspiradora em Ipanema.

Meu conhecimento sobre o Rene e o seu sucesso instantâneo era pequeno. Ao longo da noite fui ouvindo Rene e seu irmão mais novo, Renato, o fotógrafo contarem sobre o que estão fazendo e como se envolveram com Twitter, Redes Sociais e comunicação.

Rene começou a falar do jornal que ele, Renato e alguns outros companheiros do complexo começaram a fazer, o Voz Das Comunidades.  Ouvindo Rene contar sobre o seu sonho de ser jornalista e de como iniciaram a publicação – com a vontade de contar para toda a comunidade o que estão fazendo, que começaram com uma versão P&B e hoje já estão com a publicação colorida, que a primeira edição teve 1000 exemplares de tiragem e hoje estão com 5000 e que querem conseguir atingir todas as comunidades do Rio, além do Alemão, me lembrou do começo da Tennis View. 

Já contei essas histórias do começo da Revista várias vezes. Eu, o Neco (Nelson Aerts), Heidy Krapf Aerts e a Fernanda Papa começamos a revista numa conversa despretensiosa no Tênis Clube de Santos, em 1996. Lançamos a revista em janeiro de 1997, no confronto da Copa Davis entre Brasil e Estados Unidos, em Ribeirão Preto. Tennis View tinha cara de jornal do tênis, era P&B também e eram apenas 16 páginas.

Poucos meses depois Guga ganhou o primeiro de seus três Roland Garros e o jornal logo se transformou em Revista. Aproveitamos a revolução do tênis no Brasil e começamos a adquirir o formato que temos hoje.
Claro que a revista passou por transformações. Mudou de tamanho, hoje são, no mínimo, 72 páginas, são nove edições por ano em vez de 6, já passamos do número 100 e amanhã estou embarcando para Wimbledon, onde a Revista integra a Biblioteca do Museu de Wimbledon, com a edição 113 para levar para lá e fechando neste fim de semana a edição 114.

 

Vejo que Rene e Renato estão no momento certo de fazer o Voz das Comunidades. Eles mesmos, assim como Neco, Heidy, Fernanda e eu fizemos no início – e de vez em quando ainda fazemos – fazem tudo no jornal muito além da parte editorial, vendendo anúncios, levando à gráfica, distribuindo, buscando parcerias, entre outros.

Já estão na Era Digital, com um site bem cheio de notícias das comunidades e estão estudando uma maneira de transformar também o jornal em uma versão on-line.

Eles, que são da comunidade, estão aproveitando a oportunidade de viver no momento da pacificação, o momento em que empresas estão entendendo o valor das comunidades, fazendo pesquisas com o objetivo de abrir estabelecimentos por lá, para alavancarem o jornal.

Talvez nem tenham essa percepção ainda do momento que vivem, mas o principal de tudo foi que o bate-papo me inspirou, ao ver os olhos dos meninos brilharem com o sonho – que já é uma realidade – de fazer o jornal, de serem ouvidos, de crescerem, de transformarem não o mundo, mas o mundo onde vivem, que já é mais do que muitos nem chegam a sonhar.

Rene quer estudar jornalismo. Não sabe ainda para que ramo da comunicação quer se direcionar, mas sabe que quer ser um comunicador. Ele já é.

 

 

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E Roland Garros começou… Djokovic, Federer, Bellucci, Schiavone

Roland Garros começou ontem, no domingo, mas foi uma rodada sem grandes emoções e jogos.  Desde que iniciaram esse novo formato, talvez o único domingo inesquecível do campeonato tenha sido o da despedida do Guga em 2008. Os outros foram apenas um aquecimento para as grandes estrelas entrarem em quadra.

E nesta segunda, o torneio começou com tudo. 

Para os brasileiros, comemoração da vitória de Thomaz Bellucci sobre Andrey Golubev, do Cazaquistão, por 6/4 6/4 6/7(4) 7/6(5).

Roger Federer não teve muitas dificuldades para vencer Feliciano Lopez por 6/3 6/4 7/6(3) e nem Novak Djokovic, vindo de um dia de comemorações do seu 24º aniversário. Ele passou fácil por Thiemo de Bakker, por 6/2 6/1 6/3.

Campeã do ano passado, Francesca Schiavone arrasou a americana Melanie Oudin, por 6/2 6/0.

E o francês Stephane Robert, vindo do qualifying, se tornou a grande estrela do dia ao eliminar, em cinco sets, o semifinalista do ano pasado, Tomas Berdych, de virada, por 3/6 3/6 6/2 6/2 9/7.

Longe do circuito há 14 meses – jogou duplas em Munique há algumas semanas – Tommy Haas, usando seu ranking protegido jogou mas perdeu contra o turco Marsel Ilhan, por 6/4 4/6 7/6(1) 6/4.

Com muita expectativa em torno de sua participação, Aravane Rezai não conseguiu corresponder e perdeu para Irina Begu por duplo 6/3. A francesa de origem iraniana atravessa o período mais conturbado da sua história, com o pai tendo sido banido do circuito e ela tendo praticamente abandonado a família, por motivos pessoais, em que os familiars não aceitam sua posição de mulher ocidental.

Homem do momento, Novak Djokovic, teve talvez a estreia mais tranquila de Roland Garros até então.

Mas, até como forma de tirar um pouco a pressão de si mesmo, continua afirmando que o favorito ao título é Rafael Nadal. “Ele perdeu apenas um jogo em todas as participações dele em Roland Garros,” disse o sérvio na entrevista coletiva após o jogo.

Djokovic teve que falar também sobre a sua dieta sem glutem. Ontem, durante a comemoração do aniversário, em que visitou a redação do jornal L’Equipe e a embaixada sérvia com os jogadores de seu País, ele não comeu alimentos com glutem e evitou bebidas alcóolicas. “Não vou revelar detalhes, só vou dizer que é uma dieta sem glutem e me ajuda muito especialmente nos problemas que eu tinha de alergia, ainda mais nesta época do ano. Mas não é só isso que estou fazendo. Muitas outras coisas me ajudam, como a preparação física, mental, recuperação, etc…”

 

 

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Djokovic é o Rei de Roma, mas surpresa fica com Sharapova

Afirmar que Djokovic é o jogador do momento, é simplesmente escrever sobre os fatos. O sérvio não perdeu nenhum jogo ainda em 2011, ganhou Grand Slam, Masters 1000 e não há o que contestar. Está quase deixando Nadal para trás.

Por isso, já que meus posts tem sido raros – nestas semanas espero conseguir uma freqüência maior, especialmente porque o torneio favorito do ano está aí – Roland Garros – prefiro escrever sobre a nova “Regina de Roma,” Maria Sharapova.


Há dois meses, durante o Sony Ericsson Open, em Miami, bati um longo papo com o fisioterapeuta e preparador físico de Sharapova, o espanhol Juan Reque e ele me contou do trabalho que estava fazendo com a russa – ele fechou a clínica dele em Madri – em que chegou a atender Rafael Nadal, depois de ter trabalhado como fisioterapeuta da ATP – para se mudar para Los Angeles e atender exclusivamente a musa.

Sempre cético, sem se deixar envolver pelas emoções do circuito, achei Juan muito otimista em relação ao trabalho com Sharapova. Lembro dele falar que ela estava evoluindo, que o corpo dela estava respondendo bem ao trabalho, que o técnico – Thomas Hodgstedt – estava fazendo bem para a russa e que em pouquíssimo tempo ela estaria entre as melhores de novo.

Estranhei um pouco a confiança de Reque, mas fiquei feliz por ele – até porque imagino que os últimos tempos não devem ter sido dos mais fáceis -.  Sharapova acabou jogando tão bem naquela semana do nosso encontro em Miami, que foi à final e agora conquistou o maior título da carreira no saibro, em Roma. Durante a entrevista coletiva após a vitória sobre Samantha Stosur, disse estar mais forte fisicamente,  o que faz a diferença.

A próxima edição da Tennis View que sai nesta semana traz mais detalhes deste meu bate-papo com Reque em Miami, em que ele fala sobre preparação física no circuito e como ela evoluiu e mudou na última década.

 

 

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Roland Garros, em Paris, ficará 60% maior, terá 35 quadras e quadra Philippe Chatrier coberta

Presidente da FFT afirma que vai na contra-mão do gigantismo

Foi uma alegria acordar hoje e ler as notícias de que Roland Garros permanecerá em Paris, onde está, desde 1928.

Há alguns anos se fala de uma mudança para um lugar maior e uma estrutura mais moderna, mas ninguém nunca deu muita bola, até o ano passado, quando durante o Grand Slam, foi distribuído um dossiê à imprensa com outras regiões candidatas a sediar a competição: Gonesse, Marne-la-Vallée e Versailles e a mudança, antes só no imaginário começou a se tornar uma realidade.

As três regiões, mais Paris apresentaram propostas, projetos e hoje, em eleição na Federação Francesa de Tênis, com 70% dos votos, foi decidido que Roland Garros permanecerá onde está, em Paris e que os três principais problemas apontados – cobertura da quadra central para caso de chuva; mais conforto ao público e aos jogadores; modernização geral das instalações oferecendo mais entretenimento e serviço ao público – poderão ser solucionados.

Nós brasileiros não precisamos mais nos preocupar. Os momentos de glória que Guga trouxe para o esporte nacional, nas quadras do complexo, permanecerão por lá. 

Eu não conseguia imaginar Roland Garros em outro lugar. Talvez por ter sido o Grand Slam que mais vezes frequentei e por conhecer o estádio, cada detalhe do complexo, os funcionários, etc, tão bem, não me agradava a ideia de não ir mais àquele lugar tão especial.

Mas, é uma visão pessoal e sentimental. Parece que quando Forest Hills deixou de sediar o US Open e o Grand Slam americano se mudou para Flushing Meadows, os jogadores e o público também não gostaram muito. Mas hoje, dá para imaginar o US Open em outro lugar?

Muitos franceses – em especial os jornalistas – não gostaram da decisão da FFT de ficar em Paris, achando que desta maneira não há como o Grand Slam crescer e se equiparar aos outros três – Australian Open, Wimbledon e US Open – e que foram razões como estas, de se pensar na história, que fez a capital francesa perder as Olimpíadas de 2012 para Londres.

Mas, Roland Garros não permanecerá em Porte D’Auteil sem mudanças. Para que o campeonato permanecesse onde está, também foi feito um projeto e a Federação conseguiu apoio da cidade, do prefeito Bertrand Delanoe e até 2016 toda a reestruturação do complexo estará completa.

Neste domingo, o Presidente da FFT, Jean Gachassin, concedeu uma entrevista coletiva no Museu de Roland Garros e disse que foi uma escolha “contra a corrente do gigantismo que tanto está na moda. A FFT optou por um projeto único e que continuará a nos singularizar e que permanecerá fiel aos nossos valores. É uma escolha audaciosa, ousada e altamente qualitativa. Roland Garros tem uma imagem forte, única que irradia no mundo todo porque estamos em Paris. Não levar em conta esse posicionamento, ainda mais com o apoio da prefeitura de Paris, seria ceder à facilidade e faltar com a coragem diante de um desafio.”

O que será feito:

  • Novo centro nacional de treinamento será no estádio Georges Hebert (próximo a Roland Garros) – 2013
  • Novo Centro de Imprensa (2014)
  • Nova quadra com capacidade para 5000 pessoas nos jardins de Serres D’Auteil (2014)
  • Construção de uma outra “Show Court” com capacidade para 2000 pessoas (2015)
  • Quadra Philippe Chatrier reformada, com teto retrátil (2016).
  • Melhoria da estrutura em geral para os fãs e jogadores
  • 35 quadras no total no complexo para o torneio
  • Tamanho aumentará de 8,5 para 14 hectares

Motivos que levaram a FFT a decidir ficar em Paris

  • A localização excepcional do estádio atual, no coração de Paris
  • Um torneio urbano, em um ambiente de prestígio
  • Crescimento de 60% do tamanho atual
  • Uma dimensão histórica única, no mesmo local onde o torneio começou
  • Utilização da infra-estrutura já existente
  • 35 quadras de tênis dedicadas à organização do torneio
  • Quadra central coberta, modernizada e remodelada
  • Utilização parcial de um dos pulmões verdes de Paris, o parque de Serres d’Auteil, durante o torneio
  • Uma imagem forte: Paris
  • Um investimento que se possa cumprir
  • As receitas corporativas e de patrocinadores garantidas
  • Custo muito menor do que de uma mudança de local
  • Um contrato com a prefeitura de duração muito longa (99 anos – até 2110)
  • Um aluguel moderado e razoável
  • Uma escolha altamente qualitativa, estratégica e contra a corrente do gigantismo mundial
  • Empréstimo financeiro de 50% garantido pela prefeitura de Paris
  • Subvenção de 20 milhões de euros pela prefeitura de Paris
  • Possibilidade de organizar sessões noturnas
  • Fácil acesso regional, nacional e internacional
  • Estrutura hoteleira de Paris
  • 55000 pessoas por dia poderão ir ao torneio
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Clijsters, a supermãe, world number one da WTA

Sei que a época e de Brasil Open, mas o assunto do momento é a Kim Clijsters como número um do mundo novamente.

Cinco anos depois de ter atingido o auge, chegando ao posto mais cobiçado do tênis mundial, Kim Clijsters, agora mãe, retoma a coroa.


Já escrevi alguns posts sobre a Clijsters e recentemente, para fazer a materia da edição 111 da Tennis View, que saiu nesta semana, com a Clijsters na capa, li mais ainda sobre ela.

Muita gente vai dizer que ela só voltou a reinar no tênis porque Serena Williams está lesionada, porque a Henin definitivamente se aposentou e porque não tem ninguém para ameaçá-la. Mérito dela que não se lesionou, que conseguiu dominar o tênis, que programou um calendário adequado ao seu estilo de vida e que viu o ranking como consequência.

Campeã do US Open de 2010, do Masters de Doha e do Australian Open, Clijsters aparecerá como número um da WTA na seguna-feira, quando o novo ranking for divulgado, devido a esses resultados e por ter alcançado a semifinal do Open GDF de Suez, em Paris, exatamente 256 semanas depois da última vez em que esteve na liderança do circuito.

Apesar de focar nos Grand Slams, Clijsters comemorou a o novo status, de number one in the world, em Paris. “I am happy to regain the No.1 here in Paris as I feel like it’s close to home in Belgium. I’m proud that I have achieved this in my second career and as a mom.”

Clijsters tira a dinamarquesa Caroline Wozniacki, que muitos chamaram de rainha sem coroa, no topo do ranking desde outubro (18 semanas seguidas).

A belga tem que comemorar mesmo. Afinal, quantas mães já ganharam o título de número um do mundo, sem ser dado pelos filhos, por mérito mesmo nas suas carreiras, especialmente nas esportivas?

Supermãe, mãe do ano, mãe de todas, são títulos que serão cada vez mais atribuídos a ela nos próximos tempos.

Sinais de um novo mundo, em que o marido – Brian Lynch – toma conta dos afazeres domesticos e do dia a dia da família com a pequena Jada e a esposa Clijsters exerce com sucesso a sua profissão.

Para ler mais sobre a Clijsters tem estes posts – http://gabanyis.com/?p=2318http://gabanyis.com/?p=1815 e a edição 111 da Tennis View

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Djokovic comprova evolução mental e física na conquista do Australian Open

Lembro logo que o Australian Open começou de ter ouvido uma pergunta para o Djokovic, após uma de suas vitórias, que me chamou a atenção. A questão era. Desde Roland Garros você vem melhorando de produção nos Grand Slams. Foi às quartas em Paris, à semi em Wimbledon e a à final no US Open. Vai ganhar o Australian Open?

Sim, Novak Djokovic, o “Imperador da Sérvia,” ganhou o  seu segundo título de Grand Slam, convincentemente, derrotando Federer na semifinal e Andy Murray na decisão, por 6/4 6/2 6/3, sem falar do Berdych nas quartas.

Como a comparação da evolução dos resultados nos Grand Slams, a vitória para a Sérvia na Copa Davis, no fim do ano, é notória a evolução mental, física (lembra quando ele tinha que abandonar jogos, especialmente no calor, por não aguentar fisicamente?) e técnica do seu jogo.

Para duelar de igual para igual com Federer e Nadal, teve que  fazer mudanças em todos os planos do seu jogo.

Mudanças que ele mesmo explica e que foram principalmente mentais e físicas. Como costuma dizer o colunista de preparação física e mental da Tennis View, o internacional Steve Jack, não há como separar a mente do corpo. Djokovic comprova.

Veja o que ele disse na entrevista coletiva do campeão do Australian Open 2011.

N  Djokovic – 30 01 11 1

Q.  Do you think you could play any
better than this?  Is it a perfect match that
you expected, that you dream of, or not?
NOVAK DJOKOVIC:  This was a great match.  From the start to the last point, I did what I intended of doing tactically, what I talked with my coach, what I prepared for.  Physically I was very fit. I had two days between the semifinals and finals match, which was important at this stage of the tournament.  Because I was aware of the fact that I
am going to — yeah, bring it to me.  (Laughter.)  That will have long rallies and I will have a player who doesn’t miss a lot, a very talented player who is one of the best returners in the game.  And, yeah, you know, I had to step in.  That was the key.  When I had the chance to step in and try to move him around the court, that’s what I did.  Probably the turning point was the last game of the first set where we had some incredible exchange from the baseline, long rallies, and some passing shots that turned the
match around.  You know, when you have a set advantage, it’s much different, you know, instead of getting into the match.

Q.  It’s been three years between getting one of those.  Do you feel like now that you’re older and more experienced, it
won’t be as long the next time?
NOVAK DJOKOVIC:  Yes, I feel like more experienced player.  I feel a better player
now than I was three years ago, because I think that physically I’m stronger, I’m faster, mentally I’m more motivated on the court.  I know how to react in certain moments, and I know how to play on a big stage.  It’s the best way that I could ask for to start a season.

Q.  How did you fix your serve?
NOVAK DJOKOVIC:  Well, hitting thousands and thousands of balls on the practice.  It’s all about hard work and patience, I guess, dedication to the hard work which in the end pays off.  That’s the situation.  There is no secrets.  Of course, I was aware of what I do wrong.  But once it gets into your head, it’s really hard to get it out of your habit.  Everybody was, you know, criticizing me, Why did I change my serve?  I didn’t change it intentionally.  It just came like that.  I worked hard the last 10 months, and
now it’s back.

Q.  You took a tough loss here last year, Roland Garros obviously, and then even
Wimbledon.  Did something happen in between Wimbledon and the hard courts where you regained confidence?
NOVAK DJOKOVIC:  Something switched in my head, because I am very
emotional on and off the court
.  I show my emotions.  This is the way I am.  Everybody’s
different.  The things off court were not working for me, you know.  It reflected on my game, on my
professional tennis career.  But then, you know, I settled some things in my head.  It was all on me. You know, I had to try to find the best possible solution and try to get back on the right track.  That’s what I did.

Q.  Can you talk about some of those secrets that you discovered about yourself that helped you get back on track?
NOVAK DJOKOVIC:  As I said, you know, something switched in my head.  It’s been a big mental struggle, because I was trying to separate my, of course, professional life from my
more private life.  But, you know, if somebody’s emotional — we’re all humans.  It’s not possible.  If something isn’t working off court, then it’s going to reflect on the court.  I managed to solve that problems.
This is all part of life.  Of course, everybody’s facing difficult situations in their lives.  To overcome the crisis and to stand up
and try to still dedicate yourself to the sport was a big success for me as a person.

Q.  You said you were sure Andy would win one one day.  What makes you sure?
NOVAK DJOKOVIC:  I just said.  He’s, first of all, a very talented player and he’s a hard
worker.  He’s been in finals three times, and he just needs to make that final step.
Of course, it’s not easy.  You could see his struggle and frustrations tonight, because he
felt his chances to win a first Grand Slam trophy tonight.
But, you know, it’s a learning process, I guess.  It wasn’t easy for me, as well.  I know
how he feels.  I’m sure that he knows how he feels the best.  He’s still young.  I’m sure he’s
gonna have more chances to win it, so…

Q.  Three sets to Federer and three sets to Murray.  How different were you  feeling against Federer and Murray?  When
you were more worried?
NOVAK DJOKOVIC:  You’re always worried, the semifinals and finals of Grand Slam.
You have your own worries and little pressure and expectations and things that you feel during the match.
But, you know, you work hard to be mentally prepared for these moments and physically fit to overcome the long five-setters.

You know, both of those matches were different, because I played against two different types of
players.  You know, I take always one match at a time.  I try not to look who I’m going to play, you
know, in the later stages of the tournament, even though maybe as a top player I’m expected to.
But, you know, it’s always been like that.  I always try to take one match at a time.

Q.  You have so much in common.  What’s the difference between having two Grand Slams and not having one?  What’s the
difference between you, do you feel?
NOVAK DJOKOVIC:  Well, it’s hard to say.  What do you mean?

Q.  Do you feel for him it’s a mental issue in the big matches?  You looked very confident and strong out there tonight.
NOVAK DJOKOVIC:  Well, it is in some ways a mental issue when you are facing a
situation, playing the finals of a Grand Slam, being so close to winning a title.  Every time you get it there, you know, you want to win it badly, but some things go wrong.  You’re thinking too much.  You’re worrying too much in your head.
It’s a mental battle, definitely.  Bottom line is that this is a very mental sport in the end
.  Everybody
is very fit.   I think tennis has improved so much in the last couple of years.  It’s incredible.  To compare the tennis from 2007, ‘8, to the tennis of 2010, ’11, I have the feeling the ball is traveling much faster, they’re big hitters, big servers.
So in order to keep up, you have to be always dedicated professional and consistent with your success.

Q.  There are a few people saying now that because Rafa and Roger went out before the final, the tide is turning, a changing of the guards, so to speak. Do you feel that’s the case?
NOVAK DJOKOVIC:  Still Rafa and Roger are the two best players in the world.  No question about that.  You can’t compare my
success and Murray’s success to their success.  They’re the two most dominant players in the game for a while.  All the credit to them.  It’s nice to see that there are some new players in the later stages of Grand Slams fighting for a title.  That’s all I can say.

Q.  Some of your footwork was outstanding.  At the end when you took your shoes off to throw them into the crowd, you
took out the insoles.  Do you have to have special insoles?
NOVAK DJOKOVIC:  Yes.  That’s the secret to my footwork.  You got me there
(smiling).

Q.  The Davis Cup win and now this, the last two months, has this been the best period in your life so far?
NOVAK DJOKOVIC:  On the tennis court, yes.  Yeah, Davis Cup title and another Grand Slam title.  I’m living the dream of a tennis player, definitely.

Q.  Are you more focused than ever on your game?
NOVAK DJOKOVIC:  Yeah, I’m very focused.  Yes, I have been more focused and dedicated to the sport than I have ever been before.

Q.  There are only two players but Nadal and Federer that have won two slams, you and Hewitt.  Hewitt when he did it, he
stopped.  What do you expect from yourself, to win many?
NOVAK DJOKOVIC:  I don’t want to stop here.  Definitely I want to keep my body healthy,
fit, and ready for some more challenges to come.

I feel that I have a good game for all the surfaces.  I have proven that in the past.

Q.  Which ones?
NOVAK DJOKOVIC:  Hard court.  Hard
court is my favorite surface.  Two finals in US
Open and two finals here.  It’s obvious; results
are showing everything.
But, still, I feel I can do well at French
Open and Wimbledon.

Q.  You’ve driven yourself to the point of exhaustion, overplaying, in previous seasons.  How do you avoid doing that again
this year?
NOVAK DJOKOVIC:  Well, I think you’re getting wiser by the time of being a part of this
sport.  You are more aware of the things that you should do and not do.  I was spending too much
energy on the things I shouldn’t spend on.  I mean, it’s school, a learning process.
That’s why I have a big team around me of people who are organizing my time and making me feel a bit released and making me perform the best that I can on the court.

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