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Relembrando as últimas decisões do ATP Finals

Faltam três dias para o ATP Finals começar, em Londres. O último torneio do ano e que desta vez pode decidir o número um do mundo. O torneio que só tem os oitos melhores jogadores da temporada. O torneio que tem um formato diferente,  com o sistema de disputas Round Robin. O torneio que produz embates históricos e finais memoráveis.Federer

Além de ter assistido e trabalhado naquela final de Lisboa em que o Guga foi campeão no ano 2000 e ter estado em outros Finals, antigamente chamado de Masters e antes disso ainda de ATP World Tour Championships, lembro de ter assistido na TV algumas decisões marcantes, em diversos locais do mundo (desde 2009 o campeonato é disputado em Londres – mas nos últimos 20 anos esteve em Frankfurt, Hannover, Lisboa, Sidney, Houston e Xangai). Para mim, eram ainda mais impressionantes quando a disputa era em 5 sets. Hoje em dia é em melhor de 3.SAMPRAS-12

A de 1996, entre Boris Becker e Pete Sampras, com vitória do americano por 3/6 7/6 7/6 6/7 6/4 é uma delas. A outra é entre o Carlos Moyá e o Alex Corretja, em 1998. Primeiro por ser super inusitado ver dois espanhóis, na época, disputando uma final em quadra rápida indoor e depois por ter sido umas das decisões mais disputadas de todos os tempos. A vitória fo de Corretja por 3/6 3/6 7/5 6/3 7/5.
A decisão entre Guga e Agassi, no ano 2000, foi histórica para o Brasil. Mas, o brasileiro dominou o jogo. Venceu com triplo 6/4 e é assunto de outro post.
E a vitória histórica de David Nalbadian, já em Xangai, diante de Roger Federer? O argentino ganhou por 6/7 6/7 6/3 6/2 7/6.
Depois desta em 2005, houve poucas decisões tão disputadas. Até 2007 ainda jogaram melhor de cinco sets, mas depois disso virou melhor de 3 e nenhuma final foi assim tão contestada.

Aqui vai um quadro com as finais dos últimos 20 anos. É sempre bom olhar e lembrar que Tsonga, Ferrer, Davydenko, Blake e até Grosjean foram finalistas deste torneio. Davydenko inclusive foi campeão em 2009. É interessante olhar e ver quantas finais o Federer disputou desde 2003 – foram 8. Assim como ele, Pete Sampras também jogou inúmeras finais. Foram 6 (não aparece no quadro, mas ele foi campeão em 1991).
E ao digitar o quadro, lembrei da final emocionante entre Hewitt e Ferrero também.
Entre Djokovic, Federer, Murray, Wawrinka, Nishikori, Berdych, Raonic e Cilic, o nome de quem será que vamos escrever ao lado de 2014?

hewitt-5

2013 – Novak Djokovic d. Rafael Nadal 6/3 6/4
2012 – Novak Djokovic d. Roger Federer 7/6 7/5
2011 – Roger Federer d. Jo-Wilfried Tsonga 6/3 6/7 6/3
2010 – Roger Federer d. Rafael nadal 6/3 3/6 6/1
2009 – Nikolay Davydenko d. Juan Martin del Potro 6/3 6/4
2008 – Novak Djokovic d. Nikolay Davydenko 6/1 7/5
2007 – Roger Federer d. David Ferrer 6/2 6/3 6/2
2006 – Roger Federer d. James Blake 6/0 6/3 6/4
2005 – David Nalbandian d. Roger Federer 6/7 6/7 6/2 6/1 7/6
2004 – Roger Federer d. Lleyton Hewitt 6/3 6/2
2003 – Roger Federer d. Andre Agassi 6/3 6/0 6/4
2002 – Lleyton Hewitt d. Juan Carlos Ferrero 7/5 7/5 2/6 2/6 6/4
2001 – Lleyton Hewitt d. Sebastien Grosjean 6/3 6/3 6/4
2000 – Gustavo Kuerten d. Andre Agassi 6/4 6/4 6/4
1999 – Pete Sampras d. Andre Agassi 6/1 7/5 6/4
1998 – Alex Corretja d. Carlos Moyá 3/6 3/6 7/5 6/3 7/5
1997 – Pete Sampras d. Yevgeny Kafelnikov 6/3 6/2 6/2
1996 – Pete Sampras d. Boris Becker 3/6 7/6 7/6 6/7 6/4
1995 – Boris Becker d. Michael Chang 7/6 6/0 7/6
1994 – Pete Sampras d. Boris Becker 4/6 6/3 7/5 6/5
1993 – Michael Stich d. Pete Sampras 7/6 2/6 7/6 6/2

Fotos de Cynthia Lum

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Guga: 43 semanas de história

A ATP veio até o Brasil nesta semana para lançar a campanha HERITAGE, que resgata a história do esporte e que neste primeiro momento está homenageando os 16 únicos tenistas que terminaram uma temporada como número um do mundo e entre eles está Gustavo Kuerten.

Já escrevi sobre a campanha e os feitos de Guga quando anunciaram a campanha, em fevereiro e há algumas semanas, quando o livro HERITAGE ficou pronto.

Acho que assim como o Guga, quanto mais passam os anos mais vou tendo a dimensão do que significava cada momento que vivemos. Muitas vezes quando estamos tão envolvidos com algo, é difícil fazer uma pausa e olhar de fora.

O evento hoje, na Sede dos Correios, em São Paulo, com a presença do brasileiro Chief Player Officer da ATP, Andre Silva e Guga, além de um representante da empresa de correios e telégrafos, serviu para isso. Não que nestes anos eu não tivesse parado para pensar e passar um filme na minha cabeça, afinal eu vivi bem de perto cada uma destas 43 semanas dele reinando no topo do ranking mundial.

Quando o André Silva começou a falar que um dos principais motivos da campanha Heritage era resgatar a história do esporte e quando o Guga começou a relatar os momentos marcantes das 43 semanas no topo, realmente veio um filme na cabeça.

Claro que o auge destas semanas foi a conquista em Lisboa, vitória sobre Sampras e Agassi, na sequência e ainda fazer o discurso em português. GugaAgassi

Depois Guga lembrou que logo no início de 2001 perdeu a liderança para o Safin, no Australian Open, o Grand Slam que ele tem o pior desempenho da carreira até hoje.

Poucas semanas depois ele viria recuperar a coroa, ganhando de um argentino – Jose Acasuso – na final do ATP de Buenos Aires e com todo o Buenos Aires Lawn Tennis Club aplaudindo de pé. Foi uma semana especial mesmo na capital argentina. Lembro que todos da equipe éramos parados para falar com fãs, jornalistas, organizadores, mostrando que o Guga havia ultrapassado qualquer barreira da rivalidade Brasil x Argentina. Lembro que o Raí apareceu pelo torneio também. Guga Buenos Aires

Para Guga outro momento marcante foi chegar em Roland Garros como número um do mundo, cabeça-de-chave 1 e defender o título do Grand Slam. “Foi um marco na minha carreira.”

Guga Roland Garros trophy

As semanas continuavam vitoriosas. O meu trabalho não parava, nem mesmo na temporada de quadra rápida.

Guga estava jogando o melhor tênis da carreira. Fez inúmeros jogos na América do Norte e como ele lembrou, fez o último grande jogo como número um no US Open, contra o Max Mirnyi, em uma partida que terminou de madrugada.

Ele ainda tentou se manter na liderança, mas o quadril já começava a incomodar bastante e em Sidney, na Masters Cup, jogando no indoor, na terra de Lleyton Hewitt, em vez de ser no saibro, no Brasil, como estava previsto e não aconteceu por falta de local, o número um foi para o australiano.

Veja abaixo as 43 semanas de história, com os resultados de Guga na temporada. É impressionante olhar para o calendário do ano todo e ver praticamente só número 1.

Só lamento não ter mais fotos minhas em mãos para postar. Estava conversando com um jornalista hoje no evento, que também estava em Lisboa, que acho que estávamos realmente tão envolvidos com o trabalho que nem foto direito tiramos! Até tenho algumas fotos impressas, mas está duro de saber onde estão.. Pelo menos tem esta da comemoração da vitória sobre o Mirnyi no US Open.

Guga US Open Max Mirnyi

 

19.11.2001       2 3 derrotas na Masters Cup Sydney

12.11.2001       1

05.11.2001       1 3ª rodada Paris

29.10.2001       1 Derrota estreia Basel

22.10.2001       1 Derrota 2ª rodada Stuttgart indoor

15.10.2001       1 Derrota estreia Lyon

08.10.2001       1

01.10.2001       1

01.10.2001       1

24.09.2001       1

17.09.2001       1 Derrota estreia Brasil Open

10.09.2001       1 Quadrifinalista US Open

27.08.2001       1

20.08.2001       1 Vice Indianápolis

13.08.2001       1 Campeão Cincinnati

06.08.2001       1 3ª rodada Montreal

30.07.2001       1 Semifinalista Los Angeles

23.07.2001       1 Campeão Stuttgart

16.07.2001       1

09.07.2001       1

25.06.2001       1

18.06.2001       1

11.06.2001       1 Campeão Roland Garros

28.05.2001       1

21.05.2001       1 Derrota estreia Hamburgo

14.05.2001       1 Vice-campeão Roma

07.05.2001       1

30.04.2001       1

23.04.2001       1 Campeão Monte Carlo

16.04.2001       2

09.04.2001       2 Copa Davis Brasil x Austrália

02.04.2001       2 3ª rodada Miami

19.03.2001       1 3ª rodada Indian Wells

12.03.2001       1

05.03.2001       1 Campeão Acapulco

26.02.2001       1 Campeão Buenos Aires

19.02.2001       2

12.02.2001       2 Copa Davis

05.02.2001       1

29.01.2001       2 Derrota 2ª rodada do Australian Open

15.01.2001       2

08.01.2001       2

18.12.2001       1

11.12.2001       1

04.12.2001       1 Campeão Masters Cup

27.11.2000       2

20.11.2000       3 semifinalista do Masters 1000 de Paris

Gustavo Kuerten Book Pages

 

Fotos de Cynthia Lum

 

 

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ATP lança livro comemorativo aos nos.1 e Guga, é claro, é destaque – com relato inédito

A ATP lançou oficialmente neste sábado, em Wimbledon, como parte da campanha Heritage, o livro comemorativo aos 40 anos da instituição do ranking e dos números um, com espaço apenas para aqueles que terminaram uma temporada no topo da listagem. E entre apenas os 16 anos, é claro, está Gustavo Kuerten.

Gustavo Kuerten number 1

Guga, assim como os apenas outros 15 tenistas (Ilie Nastase, Jimmy Connors, Bjorn Borg, John McEnroe, Ivan Lendl, Mats Wilander, Stefan Edberg, Jim Courier, Pete Sampras, Andre Agassi, Guga, Lleyton Hewitt, Andy Roddick, Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) que terminaram um ano (desde 1973 até hoje), no topo do ranking, ganhou 2 páginas no livro, com história e fotos marcantes.

O texto de Guga foi escrito por Peter Bodo – ele e Neil Harman se dividiram para fazer os 16 perfis – e para a minha surpresa, provavelmente mais mérito do Guga do que do repórter, li algo que durante os meus 15 anos de trabalho com o tricampeão de Roland Garros, nunca soube. E olha que isso é muito raro.

Guga relata no livro que quando tinha 15 anos de idade e foi a Roland Garros pela primeira vez, foi ao museu do Louvre. Lá viu um quadro, comprou o cartão postal da pintura e mandou para a mãe Alice, com o seguinte recado: “Esse não é um quadro normal e eu não sou um jogador normal; sou um tipo diferente e um dia eu serei número do mundo.”

Guga depois contaque não esperava ser número um, não pensava nisso, mas mesmo assim escreveu o postal. Claro que Dna. Alice ainda guarda o cartão até hoje.

kuerten number one

O texto segue contando um pouco a história de Guga, enaltece Larri Passos, passa por Roland Garros e claro que chega a Lisboa para contar o que todos nós já sabemos, mas que é sempre especial relembrar. Fico aqui pensando hoje, que se Safin tivesse vencido mais um jogo (era o que ele precisava) e Guga perdido qualquer uma das suas partidas depois da derrota para o Agassi, não estaríamos aqui falando sobre isso hoje e teríamos o nome de Marat Safin ao lado do ano 2000 no trofeu. Mas ele venceu e ganhou de Sampras e Agassi na sequência para chegar ao topo do ranking mundial e se tornar o primeiro tenista sul-americano a terminar uma temporada como número um do mundo. trofeu numero um do mundo atp

Aliás, a imagem do trofeu de número um do mundo, que passou agora a ser chamado de trofeu Brad Drewett, em homenagem ao CEO da ATP que faleceu neste ano, é de arrepiar, com os nomes de todos os tenistas que terminaram a temporada no auge.

Para quem quiser ter uma ideia do que encontrar no livro, além de Guga, é claro, aqui estão as páginas do Djokovic e do Sampras.

Por enquanto ele está sendo vendido na Tennis Warehouse, por  U$ 29,90.

No 1 Sampras No 1 Djokovic

 

 

 

 

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ATP celebra 40 anos de ranking e celebra os 16 da Elite, com Guga entre eles

A ATP iniciou nesta semana, em Dubai, as comemorações dos 40 anos da instituição do ranking com uma grande campanha chamada HERITAGE – herança, para resgatar os heróis do nosso esporte. São em eventos como este que damos ainda mais valor ao feito do Guga.

Kuerten number one ATP

A entidade não resgata apenas todos os 25 tenistas que chegaram ao topo do ranking mundial, mas destaca e valoriza os apenas 16 tenistas que terminaram uma temporada como número um do mundo. Guga está entre eles.

Fotos com mini textos sobre os tenistas que conseguiram encerrar um ano no topo do ranking ilustram a campanha do que eles chamam de os 16 da Elite. O nome de Guga aparece com o de Federer, Djokovic, Nadal, Roddick, Hewitt, Agassi, Sampras, Courier, Edberg, Wilander, Lendl,McEnroe, Borg, Connors e Nastase.

Um vídeo de pouco mais de 4 minutos mostra imagens dos tenistas número um do mundo. Guga aparece em diversos momentos, entre entrevistas de tenistas que terminaram a temporada como número um do mundo e outros tenistas apenas com a legenda, ex-número um do mundo. Nomes como o de Boris Becker e Patrick Rafter, por exemplo, aparecem nesta segunda lista.

Confesso que vendo a campanha, me pergunto. Como nunca usei isso nos tantos anos que trabalhei com o Guga. Sempre destacamos o fato de ter sido o primeiro sul-americano a terminar o ano como número um do mundo, o nome dele entre tantos grandes e o dele ter ficado 43 semanas no topo. Na época e até ele se aposentar, em junho de 2008, estes 16 eram apenas 14… Grande ideia deles. Não sei o que os tenistas que não terminaram o ano no topo, mas chegaram ao posto de número um, como Safin, Rafter, Moyá, Muster, entre outros, acharam.

Como Guga chegou ao topo do ranking, com quase nenhuma chance, em Lisboa, na Masters Cup, é inesquecível. Tinha tudo para não acontecer – Safin precisava de apenas uma vitória e Guga não podia perder. Safin perdeu e Guga ganhou todos os jogos.

Imagens e momentos que não saem jamais da minha mente.

Ele chegou ao topo e se tornou o primeiro sul-americano a encerrar uma temporada como número um do mundo. Permaneceu, no total, 43 semanas como o Rei do Tênis. Só perdeu a coroa, no fim do ano, em Sydney, para o anfitrião da Masters Cup, Lleyton Hewitt.

Todo mundo que estava naquele Pavilhão Atlântico, naquela semana e naquele dia, se lembra das cenas, dos golpes, da tensão, da comemoração. Quem não estava lá, imagino, que como em grandes e raros momentos de glórias do nosso esporte, saiba onde assistiu o jogo e viu o Guga erguer o trofeu de número um do mundo. A ATP, com a nova campanha, resgata estes momentos e nos faz lembrar do que já pudemos nos orgulhar.

A frase destaque da página web criada para o ATP HERITAGE programa, diz tudo.

“É uma rara conquista, alcançada apenas pelos campeões, pelas lendas do nosso esporte, depois de um ano brutal, um teste de atleticismo, técnica, endurance e força mental: permanecer sozinho e vitorioso, no ranking do fim da temporada, como número um do mundo”

“It’s a rare achievement attained only by the legendary champions of our sport after a brutal year-long test of athleticism, technique, endurance and mental strength: To stand alone and victorious at year’s end as ATP World Tour No. 1.”

Coloco aqui a lista de todos os números do um mundo, com o  vídeo – “Veja o que é preciso fazer para ser número um do mundo”

Ilie Nastase

John Newcombe

Jimmy Connors

Bjorn Borg

John McEnroe

Ivan Lendl

Mats Wilander

Stefan Edberg

Boris Becker

Jim Courier

Pete Sampras

Andre Agassi

Thomas Muster

Marcelo Rios

Carlos Moyá

Yevgeny Kafelnikov

Patrick Rafter

Marat Safin

GUSTAVO KUERTEN

Lleyton Hewitt

Juan Carlos Ferrero

Andy Roddick

Roger Federer

Rafael Nadal

Novak Djokovic

 

 

 

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Um pouco de história antes do ATP Finals começar

O Masters é um evento tão especial, um momento do tênis tão diferente dos outros torneios do circuito e com uma lista tão impactante de campeões, de Stan Smith a Roger Federer, que a história dessa competição, que começa nesta 2ª em Londres, deve ser sempre relembrada. E deve ser relembrada a cada ano porque tivemos a felicidade, há 12 anos, de ver um brasileiro, Gustavo Kuerten, erguer o trofeu de campeão (detalhes da conquista aqui)

 

Não tem como uma final de ATP Finals não ser histórica, com um torneio envolvendo apenas os oito melhores da temporada. Aqui vai a lista de todas as finais do Masters, que já rodou o mundo, tendo começado em Tóquio, em 1980, passado muito tempo em NY, viajado para a Europa e Ásia e agora estabelecido em Londres, por onde deve ficar até 2016.  Batalhas entre Boris Becker e Pete Sampras, entre Ivan Lendl e John McEnroe, e outras envolvendo Becker e Edberg, Sampras e Agassi, Lendl e Becker, se tornaram clássicas, ainda mais quando a disputa na final era em 5 sets. Nos últimos anos, desde 2004, o domínio foi total de Roger Federer, com raras exceções como as vitórias de Nalbandian, Djokovic e Davydenko. Será que um novo campeão emergirá da Arena 02 neste ano?

2011 – Londres – Roger Federer d. Jo-Wilfried Tsonga 6/3 6/7(8) 6/3

2010 – Londres – Roger Federer d. Rafael Nadal 6/3 3/6 6/1

2009 – Londres – Nikolay Davydenko d. Juan Martin del Potro 6/3 6/4

2008 – Xangai – Novak Djokovic d. Nikolay Davydenko 6/1 7/5

2007 – Xangai – Roger Federer d. David Ferrer 6/2 6/3 6/2

2006 – Xangai – Roger Federer d. James Blake 6/0 6/3 6/4

2005 – Xangai – David Nalbandian d. Roger Federer 6/7(4) 6/7(11) 6/2 6/1 7/6(3)

2004 – Houston – Roger Federer d. Lleyton Hewitt 6/3 6/2

2003 – Houston – Roger Federer d. Andre Agassi 6/3 6/0 6/4

2002 – Xangai – Lleyton Hewitt d. Juan Carlos Ferrero 7/5 7/5 2/6 2/6 6/4

2001 – Sidney – Lleyton Hewitt d. Sebastien Grosjean 6/3 6/3 6/4

2000 – Lisboa – Gustavo Kuerten d. Andre Agassi 6/4 6/4 6/4

1999 – Hannover – Pete Sampras d. Andre Agassi 6/1 7/5 6/4

1998 – Hannover – Alex Corretja d. Carlos Moyá 3/6 3/6 7/5 6/3 7/5

1997 – Hannover – Pete Sampras d. Yevgeny Kafelnikov 6/3 6/2 6/2

1996 – Hannover – Pete Sampras d. Boris Becker 3/6 7/6(5) 7/6(4) 6/7(11) 6/4

1995 – Frankfurt – Boris Becker d. Michael Chang 7/6(3) 6/0 7/6(5)

1994 – Frankfurt – Pete Sampras d. Boris Becker 4/6 6/3 7/5 6/4 

1993 – Frankfurt – Michael Stich d. Pete Sampras 7/6 2/6 7/6 6/2

1992 – Frankfurt – Boris Becker d. Jim Courier 6/4 6/3 7/5

1991 – Frankfurt  – Pete Sampras d. Jim Courier 3/6 7/6 6/3 6/4

1990 – Frankfurt – Andre Agassi d. Stefan Edberg 5/7 7/6 7/5 6/2

1989 – New York – Stefan Edberg d. Boris Becker 4/6 7/6 6/3 6/1

1988 – New York – Boris Becker d. Ivan Lendl 5/7 7/6 3/6 6/2 7/6

1987 – New York – Ivan Lendl d. Mats Wilander 6/2 6/2 6/3

1986 – New York – Ivan Lendl d. Boris Becker 6/4 6/4 6/4

1985 – New York – Ivan Lendl d. Boris Becker 6/2 7/6 6/3

1984 – New York – John McEnroe d. Ivan Lendl 7/5 6/0 6/4

 

1983 – New York – John McEnroe d. Ivan Lendl 6/3 6/4 6/4

1982 – New York – Ivan Lendl d. John McEnroe 6/4 6/4 6/2

1981 – New York – Ivan Lendl d. Vitas Gerulaitis 6/7 2/6 7/6 6/2 6/4

1980 – New York – Bjorn Borg d. Ivan Lendl 6/4 6/2 6/2

1979 – New York – Bjorn Borg d. Vitas Gerulaitis 6/2 6/2

1978 – New York – John McEnroe d. Arthur Ashe 6/7 6/3 7/5

1977 – New York – Jimmy Connors d. Bjorn Borg 6/4 1/6 6/4

1976 – Texas – Manuel Orantes d. Wojtek Fibak 5/7 7/2 0/6 7/6 6/1

1975 – Estocolmo – Ilie Nastase d. Bjorn Borg 6/2 6/2 6/1

1974 – Melbourne – Guillermo Vilas d. Ilie Nastase 7/6 6/2 3/6 3/6 6/4

1973 – Boston – Ilie Nastase d. Tom Okker 6/3 7/5 4/6 6/3

1972 – Barcelona – Ilie Nastase d. Stan Smith 6/3 6/2 3/6 2/6 6/3

1971 – Paris– Ilie Nastase (soma de resultados)

1970 – Tóquio – Stan Smith (soma de resultados)

 

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Guga é campeão do mundo

Série da Semana do Guga em Lisboa continua com a parte V, com o texto que escrevi no dia que ele derrotou Andre Agassi e chegou ao topo do ranking mundial.

GUGA É CAMPEÃO DO MUNDO

Brasileiro é o primeiro vencedor da Corrida dos Campeões

Guga acabou com a hegemonia dos norte-americanos, que desde 92, terminavam o ano como número um do mundo

Gustavo “Guga” Kuerten entrou para história mais uma vez, neste domingo, ao conquistar a Copa do Mundo de Tênis, a Masters Cup, em Lisboa, derrotando o norte-americano Andre Agassi, por 3 sets a 0, parciais de 6/4 6/4 6/4, em 2h06min de jogo. Com a vitória, Guga tornou-se o primeiro brasileiro a terminar o ano como número um do mundo, e além disso é agora o primeiro jogador da história e vencer a Corrida dos Campeões.

Tranquilo, como acordou neste domingo, Guga entrou na quadra central do Pavilhão Atlântico, sem parecer que o jogo valia o título de campeão do mundo e de número um também. Logo no primeiro game quebrou o saque de Andre Agassi, ex-número um do mundo, campeão do Grand Slam e campeão deste torneio em 1990. A vantagem foi suficiente para Guga fechar o primeiro set em 6/4, lutando muito a cada game e salvando break points inúmeras vezes, com aces e jogadas fantásticas. Na segunda série, Guga manteve a mesma calma, vibrando com seus familiares e com a torcida luso-brasileira, que lotava as arquibancadas do Pavilhão. A quebra desta vez veio no quinto game e com um ace, no 5/4 Guga fez 2 sets a 0.

No terceiro e que veio a ser o set decisivo, Guga quase perdeu seu serviço no segundo game, mas conseguiu outra vez se sair de uma situação difícil e no quinto game veio a quebra, que deixaria Guga com vantagem somente precisando controlar os nervos para vencer a partida. Na hora de sacar para o campeonato, Guga não titubeou e com uma bola fora de Agassi comemorou o seu primeiro título em quadra rápida coberta, o seu primeiro título de Campeão do Mundo e a chegada ao topo do ranking.

“Nem posso acreditar no que está acontecendo,” dizia Guga, logo após a vitória. “Se me dissessem, quando o torneio começou e depois ainda de passar aquele aperto no início, que para ser campeão eu teria que vencer o Kafelnikov, o Sampras e o Agassi, em três dias seguidos, não acreditaria. Mas fui indo aos pouquinhos, ganhando jogo por jogo, crescendo na confiança e hoje entrei com tudo na quadra,” contou Guga. “Estou realmente muito feliz. Fechei o meu ano com chave de ouro e terminei, este domingo, uma semana de sonhos.”

O técnico de Guga, Larri Passos, muito emocionado, contou que minutos antes do jogo começar, decidiu com Guga, ir para o ataque. “Optamos por ir para o ataque. Foi uma estratégia de risco, mas que felizmente deu certo. Estou muito contente e emocionado. O Guga realmente mereceu esta vitória, porque ele trabalhou muito para chegar onde chegou. Além disso, tirei um peso das minhas costas, porque fui muito cobrado no início. Agora posso desfrutar e aprendi a aproveitar os bons momentos.

Logo depois de deixar a quadra, ovacionado pela torcida, em que agradeceu a todos os fãs, familiares, técnico e dedicou o título à mãe Alice Kuerten, Guga se dirigiu ao vestiário, que em Lisboa é pessoal de cada jogador e foi recebido, por amigos mais próximos e familiares, com champagne, caipirinha e um bolo com formato de número 1. “É estranho, realmente não acreditava que poderia ser número um. Talvez isso tenha sido bom, porque não me pressionei e quando entrei em quadra, estava muito tranquilo, como se fosse um jogo estadual. Foi um ano de muito sucesso para mim, para a ATP, com todo mundo querendo ganhar e depois de vencer o Kafelnikov, o Sampras e o Agassi, acho que realmente mereci ganhar este título. Mas, também, se tivesse perdido e o Safin ficado com o número um, não teria me importado, sei que estaria em boas mãos. O Safin foi a grande estrela desta Corrida e “brigamos” até o último momento para isso acontecer.

É muito grande para mim, é uma sensação indescritível.”

Após comer o bolo, estourar champagne, abraçar os familiares, Guga passou horas na sala de entrevista, atendendo a imprensa do mundo todo, sempre sorridente e exibindo, com orgulho, os seus troféus de campeão do torneio e o de número um do mundo. “Sempre estive na frente, no jogo. Depois de conseguir o break, me soltei e fiquei super motivado. Todo mundo sabe que eu tive problemas físicos e que eu tinha que ganhar da maneira mais rápida possível. Minha cabeça estava funcionando perfeitamente hoje, tudo estava dando certo e eu fiz uma partida incrível. Acho que acordei hoje, realmente para fazer isso. Estou muito orgulhoso de mim mesmo e de ser brasileiro. Tenho certeza que fiz um domingo feliz para todos e para mim. É o dia mais feliz da minha vida,” disse Guga, na coletiva. O brasileiro continuou a entrevista, dizendo que admirava muito Pete Sampras e Andre Agassi, que eles realmente haviam dominado o tênis na última década e o jogador e que terminar o ano desta maneira é incrível, fantástico.

E o jogador, que no passado completou o Grand Slam, ao vencer Roland Garros e terminou 99 como número um do mundo, foi pessoalmente ao vestiário de Guga, cumprimentá-lo e felicitar o técnico Larri Passos, e a família do campeão. “Só queria dizer parabéns ao Guga, pelo excelente ano, pela conquista e nos vemos na Austrália,” despediu-se Agassi.

Guga (Banco do Brasi l/ Diadora/ Head/ Globo.com/ Motorola) agora entra de férias, volta a treinar dentro de duas ou três semanas e inicia a temporada 2001, no Australian Open. “Foi sem dúvida o melhor ano da minha vida. Quero agora comemorar muito com os meus amigos e a minha família. Foi muito importante ter os meus familiares comigo aqui, todos reunidos. Eles me deram muita força a semana toda.”

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