Seguimos o ano do tênis em etapas, ou temporadas. Terminamos mais uma agora, a de quadras rápidas do início do ano nos EUA – Indian Wells e Miami – e um período juvenil movimentado na América do Sul. Com tantas disputas importantes tivemos uma série de acontecimentos, alterações nos rankings e muita mudança no que se havia pensado ou planejado um mês atrás.
Olha só tudo o que aconteceu:
Novak Djokovic ganhou Indian Wells e Miami – feito raro. Só ele e Federer conseguiram a façanha duas vezes. O sérvio que chegou aos EUA sem muita confiança, saiu como o melhor jogador da gira.
Djokovic jogou sem Boris Becker por perto. O alemão teve que se submeter a nova cirurgia no quadrial de última hora, não foi a Miami e deixou Vajda no comando.
Andy Murray se despediu de Ivan Lendl em Miami. O ëx-treinador até apareceu no Crandon Park para assistir um ou outro jogo do escocês, mas ele agora segue carreira solo até encontrar outro nome para guiá-lo.
Flavia Pennetta venceu o maior torneio da carreira em Indian Wells e ainda agitou a sessão de fofocas do circuito, com nova romance com Fabio Fognini.
O italiano, que tinha tudo para ser uma super estrela do circuito, saiu praticamente vaiado de quadra em Miami, depois do jogo com Nadal. Parecia não se esforçar em quadra.
Juan Martin del Potro foi operado do punho. Só deve voltar a competir daqui a uns 6 meses, sendo otimista.
Thomaz Bellucci, aparentemente descobriu a causa das suas desistências e fraco desempenho em altas temperaturas. Sofre com calor e umidade. Está fazendo exames para tentar solucionar a questão.
Bruno Soares e Alexander Peya foram vice-campeões do Masters 1000 de Indian Wells.
Martina Hingis, sim aquele prodígio teen, depois de ter entrado para o Hall da Fama, no ano passado, ganhou o Sony Open com Sabine Lisicki. E não foi na categoria senior, foi nas duplas.
Maria Sharapova perdeu a 15ª partida seguida para Serena Williams.
Duas desistências nas semifinais masculinas em Miami. Foi a primeira vez na história que isso aconteceu em um torneio e não houve jogo.
Kevin Spacey foi presença constante no Crandon Park.
Anna Wintour viajou até Miami para assistir Roger Federer jogar.
Federer, por sinal, mostrou que 2013 ficou para trás. Esteve perto de alcançar a semi na Flórida, depois de ter feito final em Indian Wells.
Parabéns, Kei Nishikori. Jogou o melhor tênis da vida em Miami – venceu Dimitrov, Ferrer e Federer – mas não está pronto fisicamente. Teve que abandonar a semi com lesão na coxa esquerda.
Dolgopolov, o vice-campeão do Rio Open, foi uma das sensações da gira dos Estados Unidos. O ucraniano foi à semi em Indian Wells e às quartas em Miami.
O Brasil marcou presença com o público. Não tivemos jogadores de simples, no masculino, nem no feminino.
Resultados estranhos na chave da WTA. Os 6/0 6/1, ou jogos rapidíssimos, comuns nas primeiras rodadas em que o desnível entre as tenistas é enorme, aconteceu também mais para o fim do torneio (Wozniacki d. Stephens 6/0 6/1 na 3ª rod; depois d. Lepchenko nas oitavas 6/0 6/1; Na Li ganhou de Suarez Navarro nas 8ªs 6/0 6/2 e Navarro havia vencido Kanepi 6/2 6/1 na rodada anterior).
Cibulkova continua forte no circuito. A vice-campeã do Australian Open teve boas vitórias em Miami, chegando à semi. Entrou para o top 10 pela primeira vez.
Elena Svitolina e Ajla Tomljanovic chamaram a atenção.
Rafael Nadal permanence na 1ª posição no ranking e Serena Williams também.
Federer voltou para o 4º lugar e Murray, o campeão de 2013 em Miami, caiu para o 8º.
Os americanos, pelo menos por algumas semanas, não vão falar de jogador dos EUA fora do top 10. John Isner até que jogou bem nos dois Masters 1000 e está no 9º posto.
Raonic mostrou evolução. É o 10º.
Ferrer, fora o título em Buenos Aires, ainda parece que falta algo para realmente deslanchar na temporada, agora é o 6º.
Vice-campeã no ano passado, Sharapova foi para o 9º lugar no ranking. Azarenka, sem jogar, é a 4ª colocada e a novata Halep, a 5ª. Wozniacki é só a 14ª.
Aqui no Brasil, os títulos de Orlando Luz são motivo de comemoração do trabalho que vem sendo feito com o garoto. Ganhou o Banana Bowl e o campeonato juvenil de Porto Alegre (ex-copa Gerdau). Torneios G1 e GA, este último equivalente ao Grand Slam. Independente do nível não ser mais o que era antigamente, é um feito respeitável e coloca Orlandinho entre os tops do ranking de 18 anos.