Ele não é o nome mais conhecido do Brasil Open, nem o mais bem ranqueado na ATP. É o 32º do ranking mundial e cabeça-de-chave 4 do do torneio, atrás de Nicolas Almagro, Albert Montañes e Thomaz Bellucci, mas Aleksander Dolgopolov é talvez a principal atração do ATP brasileiro.
Quadrifinalista surpresa do Australian Open, o Brasil Open é o primeiro torneio que Dolgopolov está jogando depois do sucesso em Melbourne.
Chegou a Bahia gripado, depois de ter passado pelos -10ºc da Ucrânia, seu país, no caminho para o Brasil, mas parece já estar quase recuperado.
Acompanhado do técnico australiano Jack Reader, o ucraniano está parecendo mais um conterrâneo do treinador, do que natural da gélida Ucrânia. À vontade em Sauípe, circula com tranquilidade pelas dependências do resort e com aparência sempre sossegada.
Ao cruzar com ele no caminho do hotel para as quadras, não se parece mesmo com um tenista top, estrela, que há duas semanas estava nas quartas-de-final do Australian Open. Mas hoje, em quadra, na sua estreia na segunda rodada – saiu de bye – derrotou Ruben Ramirez Hidalgo por 7/5 6/3, mostrando toda habilidade que o levou longe no Grand Slam, com golpes variados e a mesma tranquilidade com quem passeia entre os coqueiros da Costa do Sauípe.
Com um inglês fluente, sem qualquer sotaque do leste europeu, “The Dog,” como o chamam no circuito, disse que está feliz de voltar a jogar no saibro, “onde jogou 90% da vida, mas que ainda está se readaptando à superfície, depois de muitas semanas na quadra rápida.”
Além de torcer pelos brasileiros, assistir o filho do ex-treinador de Medvedev jogar, é uma das atrações desta 11ª edição do Brasil Open.
Para quem quiser saber mais sobre Dolgopolov e sua história fiz um post bem completo sobre ele, durante o Australian Open – http://gabanyis.com/?p=2295