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Safin está treinando juvenis na Rússia. “Nós russos estamos dispostos a sofrer para vencer,” afirma a Cash, na CNN

Safin e Cash durante gravação de programa para a CNN

Marat Safin sempre foi um personagem dos mais interesssantes no circuito mundial de tênis. Chegou ao posto de número um do mundo, ganhou Grand Slams, e conquistou fãs e mídia. Suas entrevistas coletivas eram das mias concorridas. Falava o que pensava e o que queria e normalmente seus pensamentos eram tão filosóficos quanto o dos famosos pensadores russos.

Ele se aposentou das quadras da ATP no ano passado e esteve no Brasil pela primeira vez nest ano. Jogou o Banco Cruzeiro do Sul Rio Champions e apesar de não ter vencido, agitou, animou o circuito no Rio de Janeiro e disse que estaria envolvido sempre com o esporte, tentando desenvolver o tênis na Rússia.

De março, quando jogou no Maracanãzinho – Fernando Meligeni venceu o torneio – para cá, Safin jogou mais algumas partidas exibição, neste domingo foi vice-campeão do Champions Series em Grand Cayman e mostrou de fato estar trabalhando pelo esporte no seu país.

Em entrevista no Caribe, ele contou que tem até jogado com os tenistas juvenis em Moscou, que tem um contato aberto com eles, inclusive se comunicando por telefone com os jogadores mais novos , porque a Rússia precisa de uma nova geração de jovens de sucesso.  Está trabalhando com o Comitê Olímpico Russo,com a Federação e que não sente falta do circuito profissional. Afinal, está muito ocupado.

Além do trabalho de técnico, embaixador, manager, entre outros, ele continua aparecendo em algums torneios e dando interessantes entrevistas. Vai ao ar nesta semana, no programa de tênis da CNN, Open Court, uma entrevista dele com Pat Cash, em Moscou.

Neste vídeo, que tem uma prévia do que será o bate-papo entre os campeões de Grand Slam, Safin passeia com Cash por Moscou, vai atá a Red Square, mostra a cidade em geral fala do tênis russo e diz que um dos segredos do sucesso do seus conterrâneos é que “estamos preparados e dispostos a sofrer.”

Para assistir o preview da matéria, clique no link  – Safin CNN

Os horários de transmissão do programa estão neste link.

Open Court
Thursday 11th November at 1230 and 1730 GMT; Saturday 13th November at 0730 and 2100 GMT; Sunday 14th November at 0430, 0830 and 1600 GMT; Monday 15th November at 0230 GMT

Para saber mais sobre o Safin, coloco aqui as declarações dele na íntegra, direto do Ritz Carlton, em  Grand Cayman.

On the atmosphere on the Champion Series…
“It’s a little bit different. Here it’s much more relaxed like it was in the good old days when everybody used to hang out together and it was like a family. They would help each other, they would go out together, they would hang out together, they would do things together. Now everything is more separate. Every single player has his own group. Masseuse, coach, fitness coach. So everybody is separated, more like really business-orientated. And here is more like a family; it’s easy-going, no pressure, you’re having a good time and also you’re enjoying being on the court. There it is just more like a job. (This is) much more fun, of course.”

On watching and following the current game…
“Some of the matches, yes, I like to watch. But throughout the year, not really. Only the big tournaments, The Australian Open, the French Open, some of the matches, Wimbledon and, of course, the US Open. I was in NY for two weeks. I follow the Russian guys and also I’m taking care of a few Russian juniors. For me it’s interesting to take care of them…I’m trying to help them out, to bring them to the top hundred because we need some good juniors. So maybe in a year or two, I could go to the tournaments and I can see my players. I’m just helping them. I’m managing them, to help them so they choose the right way because we don’t have many Russian juniors and they don’t really have a lot of experience. They call me every time. They ask me what should I do, where should I go, the schedule to practice. Sometimes I hit with them. I don’t do it as a job, I do it because I feel like they need some help and they want to be helped, which is the most important thing.”

On whether he will make a comeback to the ATP World Tour like Thomas Muster recently did…
“No, impossible. I am over the tour because two things. First of all, I got injured really badly after the French Open, and I never could recover. I never could come back because of my injury. I became slow so then I travelled for a couple of years, playing, and I didn’t really believe that I would come any closer to top 20. And I made the top 20 but I really couldn’t run properly, I couldn’t recover the same way as before…And I have things to do in Russia. I’ve been on the Olympic Committee, Federation, the young guys…. I’m pretty busy, so I don’t really miss it. What I don’t really miss is running.”

E para ler ainda mais sobre os grandes campeões falando de temas atuais, cheque a matéria da Tennis View, com Stefan Edberg e Jim Courier também.

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Que felizardos são EUA e Austrália com os capitães da Davis Courier e Rafter

Courier, no Rio em março, na Calçada da Fama do Maracanã, ao lado de WIlander, Guga, Koch e Meligeni

Semana passada anunciaram o Patrick Rafter como capitão da Copa Davis da Austrália; Nesta quarta a USTA confirmou Jim Courier no lugar de Patrick McEnroe.

Dois ex-números um do mundo comandando os times de seus países na maior competição entre nações do tênis.

Tanto Rafter, quanto Courier já estiveram no Brasil jogando Copa Davis.

Courier, aliás foi quando o vi jogar pela primeira vez ao vivo, veio em 1997 e derrotou o Brasil em Ribeirão Preto, em um confronto que ele se lembra até hoje e não cansa de falar que foi onde se impressionou com os golpes de um então garoto brasileiro: Gustavo Kuerten.

Guga fez jogo duro com o líder da equipe americana e ao lado de Oncins ganhou um jogo daqueles históricos, de duplas contra Reneberg e O’Brien.

Aquela Copa Davis no auge do verão em Ribeirão Preto foi marcante também por ter sido o lançamento oficial da Tennis View, quando a revista ainda era um jornal, com apenas duas cores e 16 páginas.

Courier estava na capa. Guga era o entrevistado.

Poucos meses depois, nas quadras de saibro de Roland Garros, Courier lembraria bem do que havia visto no interior paulista, quando Guga surpreendeu o mundo e conquistou Roland Garros.

Rafter esteve no Brasil alguns anos depois do americano.

O australiano foi a Florianópolis enfrentar o Brasil nas quartas-de-final da Copa Davis, em 2001, depois do País ter sido derrotado na semifinal, no ano anterior, em Brisbane, na grama.

Foi armada uma das maiores arenas que o tênis do Brasil já viu para uma Copa Davis, no que é hoje a sede da Federação Catarinense de Tênis.

Rafter veio ao lado da grande estrela, Lleyton Hewitt.

Guga ganhou do amigo de circuito no primeiro dia e Hewitt venceu Meligeni.

Nas duplas, Hewitt e Rafter acabaram derrotando Guga e Oncins e no quarto jogo, Hewitt venceu Guga dando a vitória a Austrália.

Hewitt ainda joga o circuito e terá o ex-companheiro como Capitão.

Courier hoje Presidente da InsideOut Sports que organiza, entre outros eventos, o Champions Series e é parceira do Banco Cruzeiro do Sul Rio Champions, também joga a maioria das competições de ex-campeões.

Courier em ação no Rio (João Pires)

Esteve no Rio em 2009 e no início deste ano. Foi vice-campeão no ano passado perdendo para John McEnroe. Neste ano, não avançou na chave, mas deixou as mãos marcadas na Calçada da Fama do Maracanãzinho.

Tive o prazer de conviver um pouco com Jim devido ao trabalho no Rio Champions. Enquanto ele competia, talvez por seu jeito nada ortodoxo de jogar, com uma batida semelhante a de baseball, sempre gostei de vê-lo em ação. Como empresário, tem sido um prazer trabalhar com o bicampeão de Roland Garros e do Australian Open. É competente, sério, profissional ao extremo e entende do negócio.

Acho que os Estados Unidos e a Austrália deram um importante passo contando com Courier e Rafter, respectivamente, em cargos importantes no esporte. Não quer dizer que agora os dois países vão ganhar a famosa saladeira da Davis Cup, mas que certamente o tênis ganha força, credibilidade, motivação, comprometimento… e muito mais, isso ganha!

PS – só para ratificar o que escrevi sobre o Courier, coloco aqui uma declaração do Andre Agassi sobre o novo capitão dos Estados Unidos, divulgada pela USTA:

Agassi statement on Courier’s appointment as Davis Cup captain

“My deepest congratulations to Jim Courier and the USTA for the inspired choice of making Jim our Davis Cup captain.
Jim has the experience, integrity and focus needed to bring the US Davis Cup to new heights. I know first hand that a man with Jim’s credentials as a warrior and a champion will bring out the best in our players and our fans.
I wish you all the best as you take this historic step forward.”
Felizardos esses americanos e australianos!
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Blowing in the wind. Vento rouba a cena no US Open em NY. Federer afirma que gosta!

Federer (Cynthia Lum)

Se no qualifying do US Open todos só falavam da chuva que atrasou a disputa e na primeira semana do torneio o assunto foram as altas temperaturas em New York City, o tema da vez é o vento.

Foi só o Hurricane Earl ameaçar causar um estrago na região que tudo mudou.

No dia que estava marcado para chegar, sexta-feira, Earl não uivou em Flushing Meadows.  A temperatura baixou um pouco, caíram umas três gotas de chuva e foi só. Mas, os efeitos da passagem de Earl foram sentidos nos dias que se seguiram e ainda são notícia no US Open.

Hoje é o primeiro dia sem sol, desde que cheguei a Nova York, há quase duas semanas. Pensei que o vento fosse dar uma trégua, mas que nada. Parece ainda mais forte do que nos outros dias.

Não há um jogador que não tenha um comentário a fazer sobre the wind. Até para assistir um jogo está um pouco desagradável, imagina jogar.

De acordo com os tenistas experientes, o Arthur Ashe Stadium, é o estádio de tênis mais vulnerável ao vento. “Não sei dizer porque, não sou arquiteto. Mas, de todos os Grand Slams, é o estádio mais inconsistente em relação ao vento,” disse Courier, enquanto comentava um jogo ontem na CBS.

Cibulkova, depois de perder para Wozniacki ontem à noite – quando fui ao topo do Arthur Ashe fazer a foto do skyline de Manhattan, o barulho do vento era impressionante – falou que foram as “condições de jogo mais difíceis que encontrou.”

Wozniacki, que já está semifinal, disse que de um lado da quadra a bola estava voando e do outro tinha que fazer uma força enorme para devolvê-la. “Ventava tanto que eu só estava tentando colocar a bola em jogo.”

O australiano Todd Woodbridge, em entrevista ao New York Times, disse que para ele o Arthur Ashe Stadium é mesmo o mais difícil. “Acho que pelo tamanho – 24.000 assentos – o vento entra e fica circulando até chegar no nível da quadra.”

O jornal também conversou com o Diretor do US Open entre os anos 1994 e 2000, Jay Snyder, que revelou que não levaram em conta o vento quando construíram o estádio.  “Falamos sobre onde o estádio deveria estar, sobre o sol nesta época do ano, mas não lembro de nenhuma discussão sobre o vento. Acho que foi no segundo ano do estádio (foi inaugurado em 1997) que alguém falou que o vento parecia muito mais forte dentro do que fora do estádio. Não acho que agora a gente possa fazer alguma coisa.”

Segundo Snyder, a única mudança que fizeram, a pedido da arbitragem, a partir de 1999, foi fechar as portas no nível da quadra. “Só tem vento vindo das entradas superiores.”

É por estas entradas superiores que o público chega aos assentos no estádio e com tanto vento, até mesmo os fãs estão tendo dificuldade para apreciar um bom show.

Semifinalista do US Open, Djokovic, afirmou ontem após derrotar Gael Monfils, achar que nem os expectadores estavam curtindo o jogo. “Foram as piores condições de jogo de todo o torneio e não deu para o público apreciar a partida.”

Monfils afirmou que nunca tinha jogado com um vento tão forte em toda a sua vida. “Nunca joguei com tanto vento. Mas foi uma boa experiência. Normalmente jogo mal quando venta e nessas condições tenho que melhorar muito.”

Para o pentacampeão do US Open, Roger Federer, que ontem venceu Robin Soderling em três sets, enfrentar o vento virou um desafio. “Eu até que gosto. É um desafio e uma chance de jogar de maneira diferente. Não é fácil. Está frio e o vento está soprando por todos os lados. Parece até que sopra dentro das suas orelhas e dos seus olhos. Mas, acho que de tanto detestar o vento, agora estou do outro lado. Consegui reverter a situação e comecei a gostar de jogar no vento.”

Principal adversário de Federer na busca pelo hexacampeonato em New York, Rafael Nadal não quis fazer muita polêmica sobre o vento. Apenas ratificou a afirmação de todos, de que no Billie Jean King National Tennis Center, “venta muito mais na quadra central do que em todas as outras.”

Vamos ver para que lado o vento soprará nas próximas rodadas.

PS – só mais uma observação sobre o vento. Venta tanto que até o iogurte que eu comia voou da colher quando caminhava da sala de imprensa para a quadra do Tiago Fernandes.

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