Tag Archives: John McEnroe

Dá para imaginar a Dilma jogando tênis?

Podem falar o que quiserem dos americanos e da USTA, mas temos que aplaudir o que eles fizeram no US Open, ao conseguir que a Primeira Dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, fosse a Flushing Meadows, discursasse, batesse uma bolinha com John McEnroe, recebesse dicas de Serena Williams, posasse para fotos com Billie Jean King e James Blake a ainda fosse ao Arthur Ashe Stadium assistir um jogo.

Já tinha sido incrível, um ano atrás, durante o ATP de Washington, quando o casal Obama se encontrou com os irmãos Bryan, mas agora, depois que a First Lady encampou o projeto “Let’s Move,” usando o tênis como forma de esporte saudável e contra a obesidade das crianças principalmente, a promoção para o esporte é sem tamanho de tão boa que é.

Dá para imaginar a nossa Presidente Dilma Roussef com uma raquete de tênis na mão, batendo uma bolinha com Guga? Seria fantástico para o tênis no Brasil.

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Fim de semana é de Copa Davis, mas quem ganha as honras é Andre Agassi no Hall da Fama

O fim de semana é de Copa Davis e as notícias, com a derrota dos Estados Unidos por 2 a 0, no primeiro dia de confrontos com a Espanha, no Texas, onde Andy Roddick reside, tomaram conta do noticiário Americano. Mas, neste sábado, o tênis vive outro momento histórico: Andre Agassi entrará para o Hall da Fama.


Faz poucos anos todos se emocionaram e se surpreenderam com o discurso apaixonado de Agassi para a esposa Steffi Graf, quando ela entrou para o Hall.

Neste sábado é o dia de Agassi. Marcelo Melo e André Sá que estão jogando o ATP de Newport, localizado no complexo do Hall da Fama, terão a oportunidade única de assistir este momento, antes de tentarem uma vaga na final da competição.

Sempre quis ir até Newport conhecer o tal Hall da Fama. Depois de ter visitado os museus de Wimbledon e de Roland Garros, sempre fica uma vontade de querer conhecer ainda mais a história do nosso esporte. Sempre digo que vou antes ou depois do US Open, mas acaba nunca acontecendo. Até minha irmã já esteve lá em uma viagem recente pela região.

Mas, voltando ao Agassi, para mim, o que sempre me marcou do americano foi a capacidade dele de mover multidões, de emocionar as pessoas, de ser o maior embaixador do tênis mundo afora.

Não vivi a época de John McEnroe, Jimmy Connors e Bjorn Borg para saber o quanto as atitudes, vitórias e derrotas ecoavam mundo afora, mas não me lembro de ter visto uma única pessoa trazer tanto para o esporte.

O livro, “Open,” no início tão contestado – fui das primeiras a ler e a contrariar todos que não haviam lido dizendo que era uma obra prima – virou best seller mundial e através dele, Agassi continua atraindo gente para o esporte. Tenho amigos que nunca jogaram tênis, assistiram campeonatos ou conhecem o esporte, leram o livro, se encantaram e acabaram virando fãs de tênis e de tudo o que esporte pode te trazer como pessoa.

Agassi sempre disse, em inúmeras entrevistas e encontros, que o seu objetivo principal era poder mudar a vida das pessoas, seja num jogo, seja num olhar, seja numa ação, na vitória ou na derrota.


Lembro, há mais de 10 anos, em um US Open, quando estávamos vendo um treino dele e minha irmã, a outra, não a mesma, foi pedir um autógrafo para ele na saída, em uma foto que ela mesma havia tirado. Agassi estava cercado de seguranças e de pessoas pedindo o mesmo autógrafo. Ao ver a foto, parou, olhou nos olhos da minha irmã e autografou a mesma.

Já tive outros breve encontros com Agassi e ele sempre faz questão de olhar nos olhos das pessoas. E isso faz uma diferença enorme.

Longe das quadras desde 2006, Agassi se dedica hoje a conseguir não apenas verba – ele já levantou mais de U$ 30 milhões para a Andre Agassi Foundation / Andre Agassi Preparatory School, que fornece educação para crianças desfavorecidas da região de Las Vegas e já teve até uma turma encaminhada para a Universidade. Ele quer mudar o sistema educacional. Já falou até no Congresso Americano.

Agassi está em Newport com as pessoas que fizeram parte da sua carreira, como Gil Reyes, Darren Cahill, o empresário e jogará uma partida exibição ao lado de Brad Gilbert. Para ele, o principal objetivo deste fim de semana, é chamar mais ainda a atenção dos Estados Unidos para o sistema educacional e conseguir que sejam feitas reformas. Mas, como ele mesmo disse ontem, “uso esses eventos muito para isso, mas não sei o que esperar da cerimônia. Já vi muita gente vir para cá achando que não seria nada de mais, que seria mais uma homenagem e acabar se emocionando muito.”

Escrevi, escrevi e escrevi e não mencionei quantos títulos de Grand Slam Andre Agassi tem e que foi número um do mundo. Foram oito trofeus, ele completou o ciclo, o Grand Slam, ao vencer Roland Garros em 1999, mas tudo que ele fez como pessoa e esportista vão muito além dos trofeus que ele tem na estante da casa em Las Vegas.

Ah, quem for a Newport, no Hall da Fama, poderá ver imagens de Agassi, na exposição, “From Changing the Game, to Chaning Lives”

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Bjorn Borg, 30 anos depois, faz sucesso vendendo cuecas e chama McEnroe para fazer design de underwear também

Hoje em dia o tênis vive em torno do quarteto mágico formado por Nadal, Djokovic, Murray e Federer, com alguns intrusos ocasionais, como foi o caso de Tsonga neste Wimbledon. Mas há 30 anos era de Bjorn Borg e John McEnroe que se falava. Há 30 anos exatamente eles faziam a final mais comentada de Wimbledon da história, até os recentes embates entre Nadal e Federer, mas mesmo assim, ainda se fala dela e muito.

Tanto se fala que a HBO, nos EUA, lançou um documentário chamado Fire & Ice sobre a rivalidade dos dois, livros estão sendo lançados novamente e a mítica continua.

Tão diferentes quanto eram em quadra, a vida dos dois pós tênis profissional tomou rumos diferentes.

McEnroe continuou 100% envolvido com o esporte. É comentarista na maioria dos Grand Slams para grandes redes de televisão, joga ativamente o Champions Tour e o Champions Series, tem uma academia em NY, a John McEnroe Tennis Academy, participa de eventos beneficentes, encontra os jogadores mais jovens do tour, enfim, está presente com frequência. Quando é chamado para grandes eventos que possam beneficar o tênis mundo afora, também participa.

Já Borg não costuma aparecer tanto assim. Esperavam que ele estivesse em Roland Garros para ver Nadal igualar seu recorde, mas ele não apareceu. Sem alardes, estava ontem no Royal Box, em Wimbledon, assistindo as semifinais.

Joga apenas um outro torneio do circuito senior, faz poucas aparições, não tem academia de tênis e faz sucesso mesmo hoje em dia, fora das quadras, vendendo cuecas.

Eu já estava pensando em escrever um post sobre o sucesso das cuecas Bjorn Borg de tanto andar, em diferentes cidades da Europa e ver a marca em lojas próprias ou em grandes magazines.

Entrei em algumas, vi que também há roupas de tênis, o que não tinha no começo, mas é com as cuecas, com a linha de underwear que ele ganhou o mundo, ou melhor, a Europa novamente. 

São coloridas, festivas e em diferentes modelos.

Uma cueca Bjorn Borg custa mais do que uma cueca Dolce Gabbana. Confirmei isso num grande magazine da Holanda ontem, o V&D – a de Borg estava sendo vendida a 19 Euros e a D&G, a 15.

Ontem, quando vi o Borg assistindo o jogo, tive o empurrão que faltava para escrever sobre as cuecas do ex-número um do mundo.

Ao receber hoje cedo o press release com a notícia de que ele chamou o ex-rival McEnroe para fazer uma série limitada desenhada por ambos, não acreditei.

Como parte das comemorações dos 30 anos do maior jogo da história, cada um fez dois modelos de cuecas e pela primeira vez uma cueca da marca Bjorn Borg sai com o nome de uma outra pessoa – John McEnroe -escrito no elástico.

A edição que deve ser lançada mundialmente no início de agosto será limitada e parte da renda será doada para a John and Patty McEnroe Foundation.

“Adorei a ideia assim que me falaram. É uma oportunidade maravilhosa de me juntar ao John e ganhar dele em novos territórios,” disse Borg – os dois já estão competindo para ver quem vai vender mais cuecas.


Lembro há alguns anos quando estive na Hungria e vi uma loja Bjorn Borg, de cuecas, achei a coisa mais estranha. Afinal, Borg já tinha se dado mal com uma linha de roupas décadas atrás e não combinava muito.

Mas, o negócio pegou, deu certo e qual não foi a surpresa, ao ver, numa foto do Rio Champions, no ano passado, do nosso fotógrafo João Pires, o Safin vestindo cuecas Bjorn Borg – não, não vimos o Marat só de cueca, apareceu um pouco acima do shorts.

A marca Bjorn Borg existia desde essa época – anos 80 – que não deu certo, mas a partir de meados dos anos 1990 um grupo de investidores resolveu ressurgir com o nome na moda, na Suécia, mas só ganhou força a partir de dezembro de 2006 quando a empresa, the GROUP, adquiriu os direitos mundias e iniciou a expansão.

Os maiores mercados da marca, entre os 23 países em que operam, são a própria Suécia e a Holanda. Não há nenhuma loja, nem venda na América do Sul  – o mais próximo são os Estados Unidos mesmo.

Ah, e para a minha surpresa, o primeiro objetivo da empresa para o próximo ano é aumentar em 10% o uso de material orgânico na confecção. Responsabilidade social está em todos os lugares, até mesmo nas cuecas.

E quem diria, que 30 anos depois, seria uma cueca que uniria Borg e McEnroe novamente. 

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

O Banana Bowl de ontem e de hoje, por Roberta Burzagli, a última brasileira a vencer nos 18 anos

A semana é de Banana Bowl no Brasil e mesmo estando um pouco distante, com os meus novos afazeres ligados ao “Lixo Extraordinário,”  não estou ausente.

Reproduzo aqui a matéria que fizemos na edição 111 da Tennis View com a Roberta Burzagli, hoje técnica da ITF e última brasileira a ganhar o Banana Bowl, nos 18 anos.

Vale a pena ler o material produzido pela Fabiana de Oliveira, em que a Roberta analisa o tênis feminino no Brasil e no mundo de hoje, com o olhar de quem participa do circuito e relembra a conquista.

 

 

Roberta Burzagli, hoje técnica de destaque na ITF e última brasileira a vencer o torneio, há 20 anos, analisa o tênis atual e relembra a conquista

No dia 14 de março começa no Brasil, mais precisamente na cidade catarinense de Blumenau, a disputa da 41ª edição do Banana Bowl, uma das principais competições juvenis do mundo. Com a proximidade do torneio, aumenta nos brasileiros a expectativa de quebrar o jejum de 19 anos sem uma representante no topo do pódio.

A última brasileira que triunfou no Banana Bowl foi a paulista Roberta Burzagli, em 1991, há exatos 20 anos, na sua última temporada como juvenil e mostrou toda sua garra ao saltar do pré-quali para a conquista do troféu de campeã. Isso, sem se deixar se abater por adversidades como falta de técnico e de verba, rodada dupla no último dia de torneio e disputa da final sem muito glamour, em uma quadra isolada do Tênis Clube de Santos.

Na semana seguinte à realização do Banana Bowl, o País sedia outra importante competição mundial, que se iguala a um Grand Slam juvenil, a 28ª edição da Copa Gerdau, em Porto Alegre (RS), que dá ainda mais pontos do que o Banana Bowl. Foi lá que, na temporada passada, o baiano Silas Cerqueira faturou o troféu de campeão dos 14 anos.

A seguir, Roberta Burzagli, que atualmente integra o quadro de técnicos da ITF e viaja com juvenis em ascensão de diversos países, faz uma ampla análise das dificuldades enfrentadas pelas meninas no circuito, do que ela imagina de ideal na relação entre imprensa e tenista juvenil e admite ser uma técnica rigorosa, sem deixar de estar atenta às necessidades das tenistas. Em um trecho, ela ainda lamenta que a competição tenha perdido seu formato original.

“Por muitos anos, [o Banana Bowl] foi jogado em clubes de grande porte, como o Pinheiros e o Paineiras, com todas as categorias juntas e os tenistas mais jovens podiam ver e até treinar com os mais velhos, o que era uma coisa muito boa para o desenvolvimento dos jogadores e do esporte. Naquela época, havia um grande comparecimento não só de pais, mas de um grande público, fã do esporte no Estado de São Paulo. Eu acho que, por tudo isso, antigamente os tenistas davam sim mais importância para o Banana”, ressaltou. Confira mais trechos da entrevista.

Tennis View – Quais são as diferenças que você vê no nível da chave do Banana Bowl, se compararmos a que você pegou há 20 anos e as que atualmente são formadas?

Roberta Burzagli – Eu acho que as chaves de antigamente eram mais fortes do que hoje. Além disso, na época em que eu ganhei o Banana Bowl, não havia tantos torneios ao redor do mundo como hoje, o que impede que todos os bons jogadores se reúnam num mesmo torneio.  Antes todo mundo vinha jogar o Banana Bowl, hoje há várias outras opções em outros lugares.

TV – Na sua opinião, porque o Brasil está há vinte anos sem uma campeã no Banana Bowl?

RB – Ah! Isso é complicado. Hoje, depois de já ter uma certa experiência como técnica no Circuito COSAT, com a Federation Cup  e depois com a ITF em torneios na Europa, na minha opinião essa é uma questão complexa que começa com problemas culturais e geográficos, que por sua vez geram dificuldades para que as meninas viagem para disputar torneios. O Brasil, ao contrário dos países da Europa, é um país de longas distâncias, sem ferrovias e com estradas precárias, deixando praticamente como única opção o transporte aéreo, que é caro. Já na Europa e nos Estados Unidos, se pode viajar de trem e de ônibus a um preço bem mais barato, isso para não falar na questão da segurança, o que para as meninas tem mais peso do que para os meninos. Elas têm que viajar sempre com mais alguém, fazendo com que o preço da viagem dobre. É um problema para os pais, que relutam em autorizá-las a viajar. Isso provoca uma diminuição do número de jogadoras, ou seja, você pode até ter um número grande de meninas jogando aos 10 ou 12 anos, que não exige muita viagem, mas quando elas começam a ter que viajar, aos 14 ou 15 anos, esse número começa a diminuir muito.  Essa situação acaba fazendo com que os torneios fiquem escassos de jogadoras, sendo que as melhores jogadoras acabam enfrentando jogos difíceis apenas nas semifinais ou na final. Assim sendo, o desenvolvimento da parte técnica e mental fica comprometido, pois é a competitividade e rivalidade entre os esportistas que faz com que o nível do jogo melhore. Infelizmente, nossas meninas quando se deparam com meninas vindas da Europa e dos Estados Unidos, apesar de muito talentosas, não tiveram as mesmas condições de desenvolvimento que as estrangeiras.  O bom seria se essas meninas pudessem viajar sempre juntas, com uma técnica e uma equipe de preparação física, com condições de segurança adequadas e com a questão financeira resolvida, como é na Austrália, nos Estados Unidos e na Europa.

TV – O que você fez de certo para ganhar o título do Banana Bowl, em 1991?

RB – Eu não sei se foi certo ou se foi errado. Mas era um momento na minha vida que por questões financeiras eu nem estava jogando o Circuito COSAT, tanto é que eu não tinha ponto nenhum no juvenil e tive que disputar o pré-quali do Banana Bowl, apesar de já ter um bom ranking no profissional. O único torneio que eu podia jogar era o Banana Bowl, pois foi realizado em Santos naquele ano. Então eu treinei sozinha no Paineiras e foquei minha atenção no torneio. Eu treinei super sério, mas eu estava sem pressão nenhuma. Acho que joguei para mim mesma e não para os outros. E isso é muito importante para qualquer coisa que você faça na vida. Eu me diverti no torneio e realmente estava curtindo aquele momento. Você tem que fazer as coisas por prazer e isso não significa que não tenha que treinar e se dedicar, mas apenas balancear as coisas, além de querer muito.

TV – Na final do Banana Bowl, você jogou na última quadra do Tênis Clube de Santos. Você acredita que a grande exposição dos juvenis, com imprensa, fotógrafos e etc, atrapalha o desenvolvimento do juvenil?

RB – Eu acho que quando existe um assédio exagerado da imprensa, isso atrapalha. Mas não ter cobertura nenhuma também não é bom. Muitas vezes, quando o assédio da imprensa, patrocinadores e empresários é muito grande, o jogador juvenil passa a se sentir como um profissional antes mesmo de ter chegado a esse nível. E quando ele deixa de ser juvenil ainda tem uma longa caminhada pela frente. O exagero pode prejudicá-lo tanto nos resultados, como nas partes emocional e mental. No meu caso, o fato de eu ter jogado na última quadra não me ajudou em nada. Eu gostava de jogar com público e me sentia bem. A imprensa, naquele torneio, tão pouco deu uma cobertura muito grande a minha participação e à vitória. Eu acho que isso me prejudicou um pouco, pois se eu tivesse tido chance de estar mais em evidência, talvez tivesse conseguido patrocínios para continuar. O ideal é o equilíbrio entre todas essas coisas.

TV – Devido a uma lesão, você foi forçada a interromper sua carreira aos 19 anos de idade, quando você jogava em alto nível. De que maneira você utiliza essa experiência no seu trabalho como técnica da ITF?

RB – Apesar de me considerar uma técnica muito rigorosa nos treinamentos, pois as jogadoras da equipe da ITF estão a beira do profissionalismo e o trabalho tem que ser muito minucioso, eu também tento aliviar a pressão das meninas entre os torneios. Como o tempo do circuito é longo, com até nove semanas seguidas, sempre que surge uma chance, tento tirá-las um pouco do ambiente do tênis para espairecer e também para que elas aprendam coisas diferentes.

TV – Para você, qual a importância do Banana Bowl?

RB – Para mim o Banana Bowl é e sempre vai ser importante, pois foi um momento muito especial na minha vida. Além disso, o Banana traz uma aura toda especial, pois grandes tenistas já jogaram o torneio (Sabatini, Lendl, McEnroe, Muster, Roddick, Baghdatis, Coria).  Lembro quando eu tinha 11 anos que a Silvana Campos ganhou e naquele tempo nós duas treinávamos com o mesmo técnico, o já falecido Sergio Ferreira. Eu estava com ela recebendo o troféu e ela me disse que eu seria a próxima a ganhar na categoria 18 anos. Isso ficou na minha memória de alguma maneira e quando eu ganhei liguei para ela pra dizer que sua previsão havia se concretizado.

Fabiana de Oliveira

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Revivendo a Semana do Guga em Lisboa Parte IV – Vitória inédita sobre Sampras, final x Agassi e chance de ser no. 1

E o que parecia quase impossível dias atrás acabou acontecendo. Guga se recuperou no campeonato, venceu Pete Sampras, na quadra rápida coberta do Pavilhão Atlântico de Lisboa e avançou, pela primeira vez na história, à final da Masters Cup, marcando um encontro com Andre Agassi.

Para deixar a história e a semana ainda mais fantástica, Marat Safin, o favoritíssimo a terminar a temporada como número um do mundo, perdera para Agassi no mesmo dia, significando que se Guga vencesse a final, se tornaria o primeiro do ranking.

Mas, naquele momento, logo após a primeira vitória em torneios oficiais sobre Sampras, não era nesse posto de número um que Guga estava focado. Ele estava feliz com a vitória, pensando no campeonato, em como se recuperou e até dizendo que se Safin ficasse com a coroa de melhor do mundo, estaria em boas mãos.

Lembro até hoje da sensação dessa vitória, especialmente depois do Guga ter perdido o primeiro set num tie-break.

Reproduzo aqui o press release com detalhes do jogo, declarações do Larri que escrevi logo após a partida e alguns trechos da entrevista coletiva do brasileiro pós Sampras e pré Agassi, que também encontrei nos meus arquivos.


GUGA VENCE SAMPRAS E DECIDE TÍTULO DE CAMPEÃO DO MUNDO, NESTE DOMINGO

Brasileiro enfrenta Andre Agassi e se vencer é o número um do mundo

Gustavo “Guga” Kuerten decide, neste domingo, o título de campeão do Mundo, na Masters Cup de Lisboa. Depois de vencer o norte-americano Pete Sampras, cinco vezes campeão deste torneio, neste sábado, por 2 sets a 1, parciais de 6/7 (5) 6/3 6/4, em 2h13min de um tênis de altíssimo nivel, Guga enfrentará Andre Agassi, às 13h30min (Brasil), com transmissão ao vivo do Sportv. A vitória, além de valer o título da Copa do Mundo, dará ao brasileiro o posto de número um do mundo.

Sem nunca ter vencido Pete Sampras em torneios da ATP e depois de ter perdido a final do Masters Series de Miami, por 3 sets a 1, em março, na quadra rápida, Guga queria muito a vitória sobre o norte-americano, especialmente depois de quase ter desistido de jogar a competição, na terça-feira, com um espasmo na coxa direita.

Número um do mundo por seis anos consecutivos, Sampras saiu na frente no jogo. Quebrou o saque de Guga no segundo game e logo abriu 3/0. Mas, Guga não se entregou e devolveu a quebra no 1/3, levando a decisão do set para o tie-break, depois de ter salvado dois set points, no 5/6. No tie-break, o brasileiro saiu na frente, mas Sampras passou adiante no 4/4 e fechou a série, com uma devolução de saque de Guga para fora, no 5/7.

No segundo set, Guga conseguiu quebrar o serviço de Sampras logo no segundo game e não deixou mais o rei de Wimbledon se recuperar, fazendo 6/3 e empatando o jogo em um set.

Na série decisiva, Guga teve chances de quebrar o serviço de Sampras no primeiro game, não conseguiu e foi Sampras quem ameaçou o brasileiro, em seguida, com quatro break points. Guga conseguiu se salvar e no 4/4, quebrou o saque de Sampras, só precisando sacar para garantir a vaga na final. Mas, momentos de tensão tomaram conta do Pavilhão Atlântico, quando Guga, no 5/4, teve 15/40 no seu serviço. O brasileiro, vibrando muito, reverteu a situação e fechou o jogo com um ace.

Durante a partida, Guga (Banco do Brasil/Diadora/ Head/Globo.com/Motorola) teve 63% de aproveitamento do primeiro serviço, deu 13 aces, fez 3 duplas-faltas, deu 45 winners e 25 erros não forçados.

O técnico Larri Passos, bastante emocionado, disse que foi a vitória do coração. “O Guga aprendeu muito com a final de Miami. Ele aprendeu que tinha que sacar na esquerda do Sampras, por exemplo. A vitória de ontem, sobre o Kafelnikov, que é o cara mais completo do circuito, foi muito importante também,” contou, emocionado Larri. “Fiquei muito emocionado mesmo, com a vitória, com a faixa que vi na quadra, dizendo que os brasileiros se orgulhavam de mim e do Guga e também com o cumprimento que ganhei do Sampras,logo depois do jogo.”

Para a final deste domingo, contra Andre Agassi, Larri disse que seu pupilo não poderá vacilar. “Ele vai ter que ser agressivo, botar o Agassi para correr e fechar a rede de vez em quando.”

Guga e Agassi se enfrentaram na primeira partida, em Lisboa e o norte-americano, atual oitavo colocado na Corrida dos Campeões e no ranking de entradas, venceu por 2 sets a 1, parciais de 4/6 6/4 6/3. Além disso, Guga e Agassi já se enfrentaram outras sete vezes, com três vitórias de Guga.

Com a derrota de Marat Safin, neste sábado, para o norte-americano Andre Agassi, caso Guga vença amanhã, se tornará o jogador número um do mundo.

Esta será a sétima final que Guga disputa na temporada, tendo sido campeão em Roland Garros, Hamburgo, Indianápolis e Santiago e vice-campeão em Miami e Roma.

December 2, 2000

Gustavo Kuerten

Q. A couple of days ago you said that Marat deserves the No. 1 spot. What is your opinion about that right now?

GUSTAVO KUERTEN: The same. I wish I could play him in the final. Unfortunately, he’s not there. I wish I win, but I wish he’s No. 1.

Q. Will you be able to play? You’re okay? Did you have treatment tonight?

GUSTAVO KUERTEN: Yes, good treatment now. I’ve been recovering well. As hard as I play, one, two sets, I start to feel a lot of pain. But tomorrow I going to be able to play for sure. Tough five sets. I don’t know how far I can go, but I’ll try to push myself as far as I can.

Q. How much confidence do you have for tomorrow’s final?

GUSTAVO KUERTEN: A lot. I win three matches in a row. I didn’t expect to be in the final. Tomorrow I will try really surprise and play aggressive. But don’t expect too much thing. Just happy to be there.

Q. You’re Roland Garros champion. You won a Masters Series. You’re in a final now. Why do you think Safin deserves to be No. 1?

GUSTAVO KUERTEN: He won a Grand Slam, too. He won two Masters Championships. He won seven tournaments. As I say, if it was in his hands, it’s well-deserved, you know. It was great competition end of the year, everybody fighting for No. 1. He really did what he need to be. If I win tomorrow, I will be. It’s good. It’s fun. But he could — you know, for sure he could be the No. 1 of the world if I don’t surprise everybody here and win the tournament. That’s what I mean. He well-deserve this spot. For sure, if it stay with him, I’m going to be happy, as well.

Q. Pete has won this tournament five times. He’s one of the greatest indoor players ever. Where do you rank this victory in your career for you?

GUSTAVO KUERTEN: The best. For me was special. He’s a great player. I really admire him. Here I never expect to beat him in situation like this. So for sure it’s top level of happiness, dream and everything for me, you know, it’s happen here.

Q. You sound very pessimistic about tomorrow. Is that because he’s already beaten you here this week?

GUSTAVO KUERTEN: Yes. You know, I don’t feel a hundred percent to run that much that I know I’m going to need tomorrow. But, you know, I’ve been feeling much worse, if you were here in the first day, but you wasn’t. You only come in the final. If I lost, you don’t come. It’s okay (laughter). You would see how bad I was. I was much worse than now. I was feeling very, very bad. Now I’m feeling good, feeling okay. I would say I don’t need to win, I’m happy enough. But let’s see. I will try. I will try for sure and play hard. We’ll see how it’s going to be.

Q. Having heard what you said about Marat and No. 1, but now it’s in your hands. How excited or how nervous does it make you to have that possibility?

GUSTAVO KUERTEN: Again, again (laughter)? Everybody do the same question. It’s nice, it’s good, but it’s not what I’m feeling right now. I feel in this tournament, the situation, it’s great for me. I feel myself out of the tournament after the first match, and now I see myself in the final. I will try to win the match tomorrow as I can with all the energy I have. If I win, I’m going to be No. 1. It’s consequence. But I think only about winning and finding a way to beat Andre tomorrow. I know it’s going to be tough.

Q. Only when you are No. 1 we can talk to you about being No. 1.

GUSTAVO KUERTEN: Yes, hopefully (laughter).

Q. It looked like after the match, he was telling you something nice. Did he tell you anything special?

GUSTAVO KUERTEN: Yes. I think he really felt the way things was going for me, you know, the way I came back during all the competition during the match, the way I was fighting. He give me great support, you know, wish me good time and good luck in the final. He really said it was a good game, he played well, but I played better. He was like satisfied the way he played, too.

Q. The tactics for tomorrow will be quite different from the game of Tuesday when you played against him?

GUSTAVO KUERTEN: I will not tell. If I tell, he’s listen, is going to be bad (laughter). I try to be more aggressive as I was the other match that I play him the first day, try to go for the shots a little bit more.

Q. Do you think Lisbon brings you good luck since you won already a tournament in Portugal?

GUSTAVO KUERTEN: It’s nice to play here, no? Make me feel comfortable. I’m much closer to my country, my people than I normally am playing other countries. It feels as in home. Makes me feel better on court, of course. I can have a lot of support from people, the crowd and everything. It’s nice. It’s not that I always have great results, but I really enjoy. If I don’t play too good, I really enjoy coming here to play.

Q. Can you tell us a bit about the match today? What did you feel today after winning, beating Sampras?

GUSTAVO KUERTEN: It was one of my best victories. I felt a lot of emotion and a lot of happiness. It was very, very special. I’m going to try and live this moment very well till tomorrow and take advantage of these good emotions I’m feeling, inspire myself for tomorrow, try and get these positive feelings and energy to support me in my match tomorrow.

Q. Are you aware of what you’ve done for tennis in Brazil?

GUSTAVO KUERTEN: If I stop and just think about what I’ve done for tennis, I think it’s very important. If I’m going to play Sampras or Agassi, it’s going to be very important for the public there. The important thing now is that I’m in the final. Brazil has never had anybody in the Masters. For me to be in the final is absolutely fabulous for the country. If I was a journalist, if I was a Brazilian journalist, I’d be able to do a whole newspaper on this tournament.

Q. Now that Agassi can’t hear us, what are the tactics for the final?

GUSTAVO KUERTEN: I’m going to try to do everything which I can. I’m going to hit the ball hard. It’s going to have to be a moment which is going to happen tomorrow. The tactic is going to be dependent on the way I feel tomorrow, my emotions. That is what a final involves. I’m going to have to live the moment and decide how I feel in that moment.

Q. What is your message for the Brazilian fans who have big expectations? What is your message?

GUSTAVO KUERTEN: I always try and send my message in the best way, which is showing my determination and what I’m feeling on the court. I know that everybody is going to be looking at the match tomorrow, very nervous, people praying that I win. It’s important. I think that all Brazilians are very happy. People are forgetting their problems back in Brazil. I’m happy and proud to be part of that. I’m going to try and make it a happy day for Brazil tomorrow. Everybody knows what I’m doing there. I’m doing something unique. If I would arrive there tomorrow, even if I lost, everybody would still be very happy with the way I played this week and the way I behaved.

Q. Yesterday after beating Safin, Sampras said he lacked a bit of mental edge. He said you have a better mental factor than Safin. What do you think of that? Do you think you’re stronger psychologically now?

GUSTAVO KUERTEN: Well, I’ve evolved a lot. I’ve grown a lot in that department. I think Safin is only 20 years old. It’s quite good he doesn’t think most of the time because he hits the ball so strong that if he thought, it would be even more dangerous. I think I’m learning to play well with other players, and showing how I can deal with certain problems on the court. I’m getting a lot better on these fast surfaces. It’s really a mental factor to know how to get through tough situations. I think I wasn’t so — I think if I wasn’t so strong mentally, maybe I wouldn’t be able to get to the final, as I did.

Q. You’ve complained about the linesmen. Do you think they have been unfair with you this week?

GUSTAVO KUERTEN: I think it’s difficult. Many balls are quite questionable. I think Sampras and Agassi are the strongest players, the most known players, and sometimes I’ve had situations where I’ve been treated unfairly playing against them because I think if you play a tournament like this in Brazil, if I would play against another player who isn’t Brazilian, maybe I would be favoured there. The name of the player is important when he’s on court. Sometimes we play and don’t see properly.



Enhanced by Zemanta

2 Comments

Filed under Uncategorized

Academia de McEnroe, em NY, supera expectativas e já tem lista de espera

McEnroe, na sua academia em NY
Há dois meses estive na recém-inaugurada academia de John McEnroe, em New York, no complexo Sportimes em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan.

Dava para perceber no ar a empolgação dos envolvidos com o projeto e o comprometimento da família McEnroe, que tem como principal objetivo formar campeões.

Parece que esse sentimento se espalhou pela cidade. Hoje recebi um comunicado do assessor da academia, confirmando que já há lista de espera para treinar com a supervisão de John McEnroe. Já são mais de 400 alunos treinando na John McEnroe Tennis Academy, com idades entre 06 e 16 anos.

Um dos segredos do sucesso, de acordo com Mark McEnroe, irmão de John e Patrick e Diretor da academia, está na proposta de trabalho, que não prevê que as crianças deixem suas casas para treinarem e aposta na variedade de atividades para trabalhar a mente, além do tênis. Veja a declaração dele no comunicado que recebi hoje.

“Parents have told us that the balance we offer between tennis, fitness and encouraging kids to follow their educational goals, has made a big difference, and combined with a state-of-the-art facility, easy access from anywhere in the tri-state area  and our team of world class teaching professionals, we have a unique approach that we know will be successful over time.”

Bem, a minha visita, durante o US Open, virou uma matéria para Tennis View, publicada na edição 108, que reproduzo aqui e que mostra mais detalhes do complexo de John McEnroe.

John McEnroe que formar novos campeões 

Ele tem sete títulos de Grand Slam, foi número um do mundo, joga o Champions Tour, o World Team Tennis (WTT), é um dos comentaristas esportivos mais respeitados da televisão, é casado com Patty Smith, tem seis filhos e agora quer formar campeões.

Aos 51 anos de idade, John McEnroe inaugurou há dois meses a John McEnroe Tennis Academy, em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan. Uma academia de tênis, em parceria com o grupo Sportimes, com o objetivo de ver o tênis renascer em Nova York, cidade onde ele nasceu, e formar campeões.

Sem um americano entre os top 10, pela primeira vez, desde 1973, a ideia de McEnroe ganha ainda mais força.

A academia não é simples, nem luxuosa. Tem 20 quadras de tênis, 10 de har-thru e 10 rápidas, espaço para montar arquibancadas provisórias, vestiários e sala de ginástica bem equipada. Há uma lanchonete, uma pro-shop e os escritórios.

As quadras todas podem ser cobertas, com o que eles chamam de “bubble,” para que os treinamentos não parem no inverno.

Há programas para todos os tipos de tenistas e idades. Desde aqueles que querem ter apenas meia hora de aula por semana, passando pelos que desejam alugar quadra, ou ter aulas em grupo. Os níveis de treinamento, excluindo o competitivo, variam do iniciante ao avançado, até o cardio tennis, com treinos específicos para adultos e para crianças com idades de 2 a 5 anos.

Para participar de qualquer um destes programas é necessário ser membro da academia e o título, individual ou familiar sai por U$ 500. O que varia são as taxas mensais que custam aproximadamente U$ 65 por pessoa. Adolescentes e jovens até 22 anos entram no programa Junior, em que o título sai por U$ 100. Os treinamentos custam entre U$ 3,6 mil e U$ 4,8mil, por 34 semanas.

Durante as férias há ainda o que eles chamam de “Summer Camps,” com clínicas semanais para diferentes grupos de crianças.

A academia fornece transporte de ida e volta do centro de Manhattan e não prevê hospedagem para os atletas.

“Não queremos transformar a academia em um centro como o do Nick Bollettieri. Não queremos que as crianças saiam de casa para treinar tão cedo. Elas devem ter uma infância e adolescência normal,” explica o Diretor Técnico, Gilad Bloom, um israelense, ex-profissional da ATP, que chegou a ser o 43º no ranking mundial e que McEnroe escolheu para implantar o sistema de treinamento.

A visão de John, que encarregou o irmão do meio, Mark, de administrar a academia, é de que as crianças e os jovens façam de tudo um pouco, até para desenvolver outras áreas da mente que depois possam ser úteis no tênis. “É uma maneira de evitar o burn-out,” diz Bloom.

“Essa academia é um sonho antigo do John,” conta o advogado Mark. “Muita gente tem dúvida se ele vai realmente estar presente, mas quando John se envolve em algo é sério e ele quer muito ver isso dar certo.”

As 728 crianças que participam do programa de treinamento da JMTA diariamente praticam algum outro esporte, podendo ser o futebol, baseball ou xadrez.  “Não queremos tenistas unilaterais. Eles tem que abrir a mente,” disse McEnroe à New Yorker, na inauguração do seu espaço.

O próprio John desenvolveu o seu tênis perto de casa, na extinta Academia de Port Washington, do australiano Harry Hopman, seu mentor e chegou a cursar um ano de tênis universitário, em Stanford, antes de optar pelo profissionalismo.

Com uma agenda atribulada, Gilad e Mark é quem tocam a academia no dia a dia. Mas, é John quem contrata os treinadores pré-selecionados por Bloom e está presente frequentemente para olhar os jogadores e bater bola com eles.

“O teste de admissão aqui é feito em quadra. O John bate-bola com os treinadores e depois joga um set com eles. Só depois decide se contrata ou não,” conta Bloom.

Entre os treinadores só há ou ex-profissionais de nível ou tenistas que jogaram tênis universitário em alguma faculdade da Divisão I da NCAA. “O nível de educação é importante,” ressalta o israelense.

“Quando John está em quadra com as crianças, nós usamos o cérebro dele. É a nossa missão, quando ele está aqui, de anotar tudo o que ele está observando e implantar nos dias que se seguirem, porque quando ele voltar, ele vai cobrar.”

Foi o próprio John que recrutou as crianças que ganharam bolsas de treinamento, em um dia inteiro de testes na JMTA.

Os grupos de treino são dividos em quadra, de acordo com o nível e idade, mas a base do método é a mesma, com ênfase na técnica, disciplina e experiência. “Não adianta você fazer 2 mil drills por dia e não jogar sets. Só jogando sets você vai fortalecer a sua mente.”

Entre tantas crianças que já estão treinando na academia, há uma que mais chama a atenção, o menino de 12 anos, Alex Kovacevic. “Os pais não queriam que ele fosse morar na Flórida ou no Texas e faziam questão que continuasse tendo uma boa educação,” relata Bloom.

“Se daqui a um tempo conseguirmos ter um top 10, estivermos encaminhando jogadores para o profissionalismo e para a universidade, teremos sucesso.”

(DG e NA)

Crédito das fotos: CameraWork e Tennis View

3 Comments

Filed under Uncategorized

Que felizardos são EUA e Austrália com os capitães da Davis Courier e Rafter

Courier, no Rio em março, na Calçada da Fama do Maracanã, ao lado de WIlander, Guga, Koch e Meligeni

Semana passada anunciaram o Patrick Rafter como capitão da Copa Davis da Austrália; Nesta quarta a USTA confirmou Jim Courier no lugar de Patrick McEnroe.

Dois ex-números um do mundo comandando os times de seus países na maior competição entre nações do tênis.

Tanto Rafter, quanto Courier já estiveram no Brasil jogando Copa Davis.

Courier, aliás foi quando o vi jogar pela primeira vez ao vivo, veio em 1997 e derrotou o Brasil em Ribeirão Preto, em um confronto que ele se lembra até hoje e não cansa de falar que foi onde se impressionou com os golpes de um então garoto brasileiro: Gustavo Kuerten.

Guga fez jogo duro com o líder da equipe americana e ao lado de Oncins ganhou um jogo daqueles históricos, de duplas contra Reneberg e O’Brien.

Aquela Copa Davis no auge do verão em Ribeirão Preto foi marcante também por ter sido o lançamento oficial da Tennis View, quando a revista ainda era um jornal, com apenas duas cores e 16 páginas.

Courier estava na capa. Guga era o entrevistado.

Poucos meses depois, nas quadras de saibro de Roland Garros, Courier lembraria bem do que havia visto no interior paulista, quando Guga surpreendeu o mundo e conquistou Roland Garros.

Rafter esteve no Brasil alguns anos depois do americano.

O australiano foi a Florianópolis enfrentar o Brasil nas quartas-de-final da Copa Davis, em 2001, depois do País ter sido derrotado na semifinal, no ano anterior, em Brisbane, na grama.

Foi armada uma das maiores arenas que o tênis do Brasil já viu para uma Copa Davis, no que é hoje a sede da Federação Catarinense de Tênis.

Rafter veio ao lado da grande estrela, Lleyton Hewitt.

Guga ganhou do amigo de circuito no primeiro dia e Hewitt venceu Meligeni.

Nas duplas, Hewitt e Rafter acabaram derrotando Guga e Oncins e no quarto jogo, Hewitt venceu Guga dando a vitória a Austrália.

Hewitt ainda joga o circuito e terá o ex-companheiro como Capitão.

Courier hoje Presidente da InsideOut Sports que organiza, entre outros eventos, o Champions Series e é parceira do Banco Cruzeiro do Sul Rio Champions, também joga a maioria das competições de ex-campeões.

Courier em ação no Rio (João Pires)

Esteve no Rio em 2009 e no início deste ano. Foi vice-campeão no ano passado perdendo para John McEnroe. Neste ano, não avançou na chave, mas deixou as mãos marcadas na Calçada da Fama do Maracanãzinho.

Tive o prazer de conviver um pouco com Jim devido ao trabalho no Rio Champions. Enquanto ele competia, talvez por seu jeito nada ortodoxo de jogar, com uma batida semelhante a de baseball, sempre gostei de vê-lo em ação. Como empresário, tem sido um prazer trabalhar com o bicampeão de Roland Garros e do Australian Open. É competente, sério, profissional ao extremo e entende do negócio.

Acho que os Estados Unidos e a Austrália deram um importante passo contando com Courier e Rafter, respectivamente, em cargos importantes no esporte. Não quer dizer que agora os dois países vão ganhar a famosa saladeira da Davis Cup, mas que certamente o tênis ganha força, credibilidade, motivação, comprometimento… e muito mais, isso ganha!

PS – só para ratificar o que escrevi sobre o Courier, coloco aqui uma declaração do Andre Agassi sobre o novo capitão dos Estados Unidos, divulgada pela USTA:

Agassi statement on Courier’s appointment as Davis Cup captain

“My deepest congratulations to Jim Courier and the USTA for the inspired choice of making Jim our Davis Cup captain.
Jim has the experience, integrity and focus needed to bring the US Davis Cup to new heights. I know first hand that a man with Jim’s credentials as a warrior and a champion will bring out the best in our players and our fans.
I wish you all the best as you take this historic step forward.”
Felizardos esses americanos e australianos!
Enhanced by Zemanta

1 Comment

Filed under Uncategorized

Campeão do US Open, Nadal já está na Espanha, mas continua dando o que falar

Cada vez que um fato inédito no esporte acontece, ele vira assunto por alguns dias seguidos.  Rafael Nadal e a conquista do US Open estão dando o que falar pelo mundo.

Com apenas 24 anos, o espanhol já é o mais jovem tenista da Era Aberta a completar o Grand Slam e como tradicionalmente acontece com os campeões do US Open, ele participou na segunda-feira de um “media tour,” em New York City.

Foi ao Today Show, da NBC, esteve no programa de Regis e Kelly, foi ao estúdio da CNN, posou para fotos na Times Square, foi entrevistado em um evento para o público por John McEnroe, e concedeu entrevistas exclusivas para o El País, New York Times, El Mundo, entre outros, antes de embarcar, no início da noite, de volta para a Espanha.

Coloco aqui o link das matérias mais interessantes que encontrei sobre Nadal hoje, mostrando que acima de tudo ele continua humilde, focado, muito profissional e ainda quer mais.

New York Times – “What matters most when you play a final is the victory, but what really gives you a deep personal satisfaction is to feel that you’ve become a better player because that’s the real product of the everyday work,” Nadal said. “Whether you win or lose in a given match can depend on the small things that you sometimes cannot control, but to feel you are a truly improved player when you go on a court and to know that it is the fruit of all your labor for many years is a big satisfaction. http://nyti.ms/9MNhkM

El Mundo (vôo com Nadal para Madri) – http://bit.ly/d1Y8y8

El País – (Sobre Carlos Moyá) – Somos jugadores distintos. Es muy complicado ganar un título del Grand Slam. Ha tenido una carrera brillante, ha estado muchísimos años arriba. Las comparaciones no son buenas. Tuvo una gran carrera, fue un boom para España. Gracias a él muchos de los que hoy estamos aquí nos aficionamos al tenis, nos ayudó a ver que era posible. http://bit.ly/a98vTx

DPA – Las rivalidades no son “light” o “no light”, sino que se definen por si uno las lleva a un extremo innecesario o no. Creo que en otras épocas quizás las rivalidades se han sacado de lo que es puramente el juego. Creo que en esta época Federer y yo entendemos claramente que esto es un juego. Yo tengo un especial aprecio por Federer porque he vivido muchos momentos muy importantes de mi carrera enfrentándome a él, yo creo que él siente lo mismo por mí. Al final le tienes un cariño especial a los rivales. Yo creo que Federer, Djokovic, Murray o yo mismo entendemos que esto es un juego. Lo dejamos todo en la pista, pero cuando se acaba, se acaba allí.  http://bit.ly/d24HbZ

CNN – “All my life I practice with high intensity and passion.  I love the competition. I fight every moment” – http://bit.ly/cProaP

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Uma manhã na academia de John McEnroe e as surpresas do dia no US Open

Vai parecer repetição, mas desde que o despertador tocou hoje às 06h, só fico pensando que NY é a cidade que nunca dorme, mas pelo motivo contrário. Ela já está funcionando num ritmo alucinante mesmo quando você atravessa a porta do hotel, olha para o céu e ainda vê a lua.

Não eram nem 07h e eu já estava esperando o carro que nos buscaria para levar a Randall’s Island para visitarmos a academia do John McEnroe. Enquanto comprava um café e um bagel com cream cheese na Deli da esquina, já tinha gente soltando a buzina, outros aplaudindo a confusão na 5th Avenue, enfim, a cidade a mil.

Foi uma manhã muito interessante, vendo a academia “acordar também.” Vendo senhores chegarem para jogar o tênis matinal antes de iniciar a jornada de trabalho e inúmeras crianças descendo de vans e carros para mais um dia de Summer Camp.

Já tinha lido bastante coisa sobre a academia, mas não sabia muito o que esperar. Não estava entendendo qual era o objetivo de Johnny Mac e de seu time.

Fomos recebidos por Gilad Bloom e pelo irmão de John e Patrick, Mark, que gerencia o complexo – Sportimes Academy -.

O objetivo é claro: Formar campeões e também é evidente a ativa participação de McEnroe, o John, no processo.

Fizemos uma longa entrevista com Gilad e Bloom, enquanto crianças de todas as idades chegavam para a última semana de Summer Camp.

Quando as aulas começarem novamente, nos próximos dias setembro, mais de 500 crianças participarão dos programas da academia. São 20 quadras atualmente e já estão pensando em construir mais 10.

A matéria sai na próxima edição da Tennis View.

De volta a Manhattan, uma breve reunião com a Head e quando cheguei ao US Open, já era início da tarde e a impressão era de que o chão estava fervendo.

Com protetor solar literalmente dos pés a cabeça, fui assistir o final do jogo do Júlio Silva – *Julinho perdeu para Pablo Cuevas, mas sua história de vida virou notícia mundial – e a vitória de Marcelo Melo e Bruno Soares, nas duplas, que ganharam dos cabeças-de-chave 6 Frantisek Cermak e Michal Mertinak, por 7/6(4) 7/5.

De volta à sala de imprensa, derretendo, fui me informar sobre os jogos do dia.

A primeira vitória que me chamou a atenção foi a da Mirjana Lucic, que veio do qualifying, sobre Alicia Molik, por 7/6(5) 6/1.

Há algumas semanas fiz um post sobre o ressurgimento dela e de Jelena Dokic, que acabou caindo na estreia do qualifying.

Para complementar o post do dia 09 de agosto / – http://gabanyis.com/?p=1436 – * *coloco no final deste a transcrição da coletiva da mais do que feliz Lucic, que há sete anos não jogava a chave principal do US Open e que afirmou que agora cada vitória é como se ela ganhasse um campeonato. A próxima adversária é Jelena Jankovic.

Depois, vi que Kimiko Date Krumm tirou um set de Kuznetsova, mas acabou perdendo por 6/2 4/6 6/1.

Fui olhar o final do jogo entre Clement e Baghdatis, em que o francês surpreendeu o cipriota, um dos melhores jogadores do US Open Series, por 6-3 2-6 1-6 6-4 7-5.

Outro tenista francês que surpreendeu foi Jeremy Chardy, ganhando de Ernest Gulbis, por 6-2 7-6(1) 6-4.

Já são 18h e o dia no US Open não está nem perto de terminar.

Fico aqui por agora, para assistir um pouco do jogo do André Sá e depois continuar meus outros afazeres aqui neste US Open, me despedindo do post de hoje com o link para a materia que o jornalista da DPA, Sebastian Fest fez sobre o Júlio Silva, contando a história de sucesso do tenista e a transcrição da entrevista da Lucic.

De la favela al US Openhttp://bit.ly/abyuik

Transcrição da coletiva da Lucic

Q.  It’s been a long time.  Must be rewarding.  How do you feel?

MIRJANA LUCIC:  I feel fantastic.  I’m so so happy.  I worked so hard to get here.  This is my first US Open in, I don’t know, seven years or something.  Feels incredible.

Like I said, I’ve worked so hard.  Every round in quallies has been tough, and it just feels so rewarding.

Q.  Where have you been training?

MIRJANA LUCIC:  I have been working hard for a long time.  I have been training in Bradenton in United Tennis Academy.  You know, when I say I’ve been working hard, I mean, also playing $25,000 tournaments, quallies of every small tournament there is, and losing a lot of times.

It was really hard.  It felt like I climbed the mountain just to get through those tournaments, so I feel really good now.

Q.  Alicia was saying after she kind of came up with you, that she really respected how you sort of hung in there.  What kept you going, and what sort of kept your sort of dream alive?

MIRJANA LUCIC:  First, I have to say playing today was tough against Alicia.  She’s a friend, and I respect her a lot as a player.  She’s a great player and she’s a great girl.  She’s my friend, so it was a little bit tough in the beginning.  You know, I know that she plays great tennis, and I knew I had to play, you know, really well to win today.

For me, it was just ‑‑ I don’t want to go into the reasons about everything.  It was just unfortunate why I haven’t played.  It wasn’t because I was sick of tennis or anything like that.  It was just a lot of unfortunate circumstances.

You know, my dream never died and never went away.  I was just waiting for an opportunity.  I have it, and I’ve been living my dream last couple years.  I’ve been improving slowly, but it’s been moving forward.  So I’m happy.

Q.  What was the difference in the game?  You said you were losing matches.  So why were you losing them?  Was it a question of the power of the game or particular strokes that you couldn’t play?

MIRJANA LUCIC:  No, no, I don’t think it was none of that.  I think it was really confidence.  You know, I was out for almost entire four years, and then you come back.  You kind of expect to just start off where you left off, and it doesn’t really work that way.

It’s just a matter of confidence.  I think that’s what I found.  Once I started winning the matches and started ‑‑ because I play very powerful game, and you can’t really hesitate a whole lot when you hit the ball like me, and then, you know, it ends up completely not being my game.

That’s what I struggled a lot with.  Once I started winning and getting a little more confidence and putting some matches together and now qualifying for both Grand Slams, I start feeling better and little more confident and going little more, how would I say, without hesitation after my shots.  That’s what I think makes the biggest difference for me.

Q.  Considering all you’ve been through in your career, how differently do you look at tennis now?  Do you have a different appreciation for the game?

MIRJANA LUCIC:  Well, you know, it’s funny.  Every match I win now, it’s like winning an entire tournament.

Before, I was really lucky and blessed to be so good when I was so young.  And it was just normal.  I grew up winning since I was six years old.  I was winning tournaments and it was always normal.

But once that has been sort of taken away for years you haven’t had that feeling, you know, it’s incredible.  Every match gives me such satisfaction.  I really enjoy it so much.  And just the fact that I have the ability to do it again, I’m really happy out there.

Q.  In your mind, did you quit?

MIRJANA LUCIC:  Never.  Never.  I was just waiting for my opportunities.  I never quit.  I knew ‑‑ you know, I’m 28 now.  People are calling me a veteran, which is like, Oh, so depressing.  I’m like old at 28.

But, you know, I just love it out there.  You know, I’m doing what I love, and I know that there is still a lot of good tennis in me, a lot of good results.  That’s what’s pushing me, and that’s why I’m doing it.

Q.  Does it feel like a rebirth or a like a second coming for you, or how would you characterize, you know, how it feels to be back on tour?

MIRJANA LUCIC:  I don’t know anymore if I would say that.  Since I started playing again couple years ago, everybody has been saying a comeback, a comeback.  Yeah, I left, but I never really left.

So for me, it was just ‑‑ it’s almost like walking blind for years and really struggling a lot to finally being free again and sort of reminding myself of the old ways and how good I can play and that I can play with these girls and beat them.

That’s what keeps me going.  I still know I can, but it’s really important to get out there on the court and do it every week, and that’s gives you that confidence.

Q.  How much mileage do you think you have left on your body?

MIRJANA LUCIC:  I feel great, even though I’m wrapped all over right now.  It looks bad, but I feel really good.

I mean, I’ve always worked hard.  Physically I feel strong.  But, you know, I’ve been going nonstop without a week off for a while now, so, you know, I’m a little bit tired.

But I feel great.  Physically I can’t say I have any problems, knock on wood.  Everything is good.  I feel like I have definitely some years in me.  I feel that it matters the most also as long as I really want to be out there and work hard and do whatever I need to do.

Q.  Are you a better player than you were in ’99?

MIRJANA LUCIC:  I really think so.  I know, you know, if ‑‑ you know, for anybody that thinks, Okay, she was 30 then, now she’s 150, you wouldn’t say so.  I but I really think so.  I think my strokes have improved, I think better out there.

Q.  Physically you didn’t look that well‑conditioned 11 years ago.

MIRJANA LUCIC:  Yeah, you know, I hate to answer this question, but, you know, it was a lot of things going on in the past.  You know, I was going through difficult time.  When you’re 17, 18, you know, from 16 to kind of 20, you’re a really young girl.  Everybody treats you like an adult because of the things you do, but you’re still a young girl.  You don’t exactly handle everything the best, you know.

Today, you won’t necessarily go for half a cake.  When you’re 16, you’re a little down, boyfriend doesn’t call you, you might do that.  It sounds bad, but…

Q.  Are you here with a coach?

MIRJANA LUCIC:  Yes.

Q.  Who is that?

MIRJANA LUCIC:  Jeff Russell with the United Tennis Academy from Bradenton.  Been working for a little while.

Q.  How have you been able to handle the off‑the‑court challenges, funding the travel, the coaching?  Has that been a challenge for you?

MIRJANA LUCIC:  Yeah, I don’t really want to discuss that too much.  You know, I’ve said a little bit about that in the past.  That’s been one of the biggest reasons, but I kind of want to leave that in the past.

Unfortunately, you know, for me I had to go through all these ‑‑ all the things I had to go through, people always want to know about it, which I understand.  But I just want to focus right now on how good I’m doing and my future and what’s ahead.  You know, I’m here; I’m doing good.  Obviously things are good.

Q.  What kind of reception have you gotten from other players?

MIRJANA LUCIC:  Really, really nice.  A lot of players haven’t seen me in a long time.

You know, Alicia, I have to say, was so, you know, gracious today after the match.  She congratulated me and wished me luck.  She said you deserved it you worked so hard.  I got touched by that.  When you just lose to somebody, you know, kind words are not exactly what you’re thinking about.  She’s such a gracious player.

A lot of players have been really nice to me, and I appreciate that a lot ‑ from both guys and girls ‑ so it’s really nice.  Lots of friendly, you know, faces from long time ago.  You know, everybody has nice things to say to me.  It’s nice.

Q.  Melanie Oudin last year had her big splash at the Open, and with that success came all these expectations on her shoulders.  Can you relate to that in some way, in that when you first came on the tour, you know, you had Steffi Graf talking about you and people really putting some pressure on you?

MIRJANA LUCIC:  Uh‑huh.  Well, I mean, that was the least of my problems always.  Because, you know, when I started at 15 I won my first tournament that I ever played, and I started off, you know, winning a lot right away.  That kind of pressure never really bothered me.

You know, it was kind of expected, but I expect it out of myself always to win.  So I didn’t really feel any added pressure.  The reason why I went away, the reason my career didn’t go necessarily the way I thought it would and I planned it would, was just family issues.  You know, very unfortunate.  Nothing to do with tennis.

But, you know, the pressure you get, you know, you start winning, people are going to look at you, people are going to expect you to win.  You have to be able to handle it, otherwise it’s really tough.  I understand her.  I understand not everybody can handle it the same way, you know.

I know she wants to do her best, of course.  She wants to repeat, but it’s tough.  It’s tough.  It is a lot of pressure.

FastScripts by ASAP Sports

Enhanced by Zemanta

Leave a Comment

Filed under Uncategorized

Cincinnati: um super “tennis tournament” no midwest americano

a montanha-russa de Kings Island

Dá para imaginar um torneio no meio de uma american highway, no midwest americano, em que a atração mais próxima do complexo é um parque de diversões – Kings Island – e onde o hotel, em que os jogadores se hospedam, fica situado ao lado de um grande supermercado, um posto de gasolina e um restaurante Applebee’s?

Esse é o Masters 1000 de Cincinnati, localizado no município de Mason, Ohio, parte da Grande Cincinnati. Direto de uma grande metrópole, os tenistas, normalmente vindos de Toronto, se deparam com a calma e a tranquilidade do meio-oeste americano, onde a vida parece passar calmamente, entre plantações de milho e campos de golfe, onde xerifes dirigem seus carros pelas ruas da cidade, da mesma maneira que nos filmes, para se certificarem que tudo vai bem.

É neste pacato lugar que as maiores estrelas do tênis mundial disputam um dos maiores torneios da temporada, que para eles tem um atrativo a mais: um campo de golf ao lado das quadras. Não me pergunte como o estádio fica lotado ano após ano. Talvez pelo fato do torneio estar numa estrada facilite o acesso e talvez não haja tantas atrações em Mason, Ohio, além de Kings Island, para a população se divertir. A região também é próxima a Cleveland, Kentucky e Indiana, atraindo fãs de outras regiões.

Lendo essa descrição da região não daria para imaginar que é no Lindner Family Tennis Center que jogam Rafael Nadal, Roger Federer, Novak Djokovic e o campeão de Toronto, Andy Murray, nesta semana e muito menos que Kim Clijsters derrotou Maria Sharapova lá neste domingo. E é neste mesmo tournament site que no ano que vem, homens e mulheres jogarão simultaneamente. Mas, a tradição faz parte do tênis e o tênis faz parte da história de Cincinnati. O torneio é o mais antigo dos Estados Unidos a ser disputado na mesma cidade. São 111 anos de torneio, com uma lista de campeões que inclui Bobby Riggs, Pancho Segura, Pancho Gonzalez, Ilie Nastase, Stan Smith, Ken Rosewall, Jimmy Connors, John McEnroe, Mats Wilander, Stefan Edberg, Michael Chang, Pete Sampras, Andre Agassi, Patrick Rafter, Carlos Moyá, Andy Roddick, Federer e Gustavo Kuerten, campeão em 2001, entre muitos outros.

Enhanced by Zemanta

6 Comments

Filed under Uncategorized