Afirmar que Djokovic é o jogador do momento, é simplesmente escrever sobre os fatos. O sérvio não perdeu nenhum jogo ainda em 2011, ganhou Grand Slam, Masters 1000 e não há o que contestar. Está quase deixando Nadal para trás.
Por isso, já que meus posts tem sido raros – nestas semanas espero conseguir uma freqüência maior, especialmente porque o torneio favorito do ano está aí – Roland Garros – prefiro escrever sobre a nova “Regina de Roma,” Maria Sharapova.
Há dois meses, durante o Sony Ericsson Open, em Miami, bati um longo papo com o fisioterapeuta e preparador físico de Sharapova, o espanhol Juan Reque e ele me contou do trabalho que estava fazendo com a russa – ele fechou a clínica dele em Madri – em que chegou a atender Rafael Nadal, depois de ter trabalhado como fisioterapeuta da ATP – para se mudar para Los Angeles e atender exclusivamente a musa.
Sempre cético, sem se deixar envolver pelas emoções do circuito, achei Juan muito otimista em relação ao trabalho com Sharapova. Lembro dele falar que ela estava evoluindo, que o corpo dela estava respondendo bem ao trabalho, que o técnico – Thomas Hodgstedt – estava fazendo bem para a russa e que em pouquíssimo tempo ela estaria entre as melhores de novo.
Estranhei um pouco a confiança de Reque, mas fiquei feliz por ele – até porque imagino que os últimos tempos não devem ter sido dos mais fáceis -. Sharapova acabou jogando tão bem naquela semana do nosso encontro em Miami, que foi à final e agora conquistou o maior título da carreira no saibro, em Roma. Durante a entrevista coletiva após a vitória sobre Samantha Stosur, disse estar mais forte fisicamente, o que faz a diferença.
A próxima edição da Tennis View que sai nesta semana traz mais detalhes deste meu bate-papo com Reque em Miami, em que ele fala sobre preparação física no circuito e como ela evoluiu e mudou na última década.