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Nico Lapentti se despede e com ele uma era de sucesso do tênis na América do Sul

Nicolas Lapentti anunciou nesta segunda, em Guaiaquil, a sua despedida do tênis profissional, em um coletiva de imprensa que contou com a presença não só de jornalistas, mas do irmão e também jogador Giovanni, da noiva Maria, dos pais, de amigos como o ex-jogador Luis Adrian Morejon, do técnico Raul Viver, o maior ídolo do tênis do País, Andres Gomez, entre outros.

Aos 34 anos, o equatoriano não conseguiu se recuperar de lesões e se dedicará agora a projetos para desenvolver o tênis no seu país. Ainda jogará uma partida de despedida, mas sem data e adversário definidos.

Um dos “grandes” do circuito, não apenas como jogador, mas como pessoa, das mais educadas, gentis, elegantes e boas que convivi, Nico deixará saudades, especialmente para o tênis da América do Sul, que cada vez fica mais órfão de ídolos.

Nico chegou ao auge da carreira no fim da década de 90 e início da de 2000. Alcançou a semifinal do Australian Open, em 1999, ganhou 5 títulos de ATP em simples, 3 em duplas, disputou Master Cup, chegou ao 6º posto no ranking mundial, e quebrou inúmeros recordes na Copa Davis. É o tenista que mais jogos ganhou em cinco sets, em toda a história e na América do Sul, em números de partidas vencidas na competição, só perde para Thomaz Koch e Edison Mandarino.

Liderados primeiro pelo chileno Marcelo Rios e depois por Gustavo Kuerten, Lapentti fez parte de uma era de sucesso para o tênis da América Latina. Jogou com Rios e Guga, aliás um de seus melhores amigos no circuito, desde os tempos de juvenil até a despedida do brasileiro do circuito em que participou ativamente de todos os emocionantes momentos, com toda a geração argentina, de Squillari a Del Potro, com o peruano Horna, com o uruguaio Filippini, com os herdeiros de Rios, no Chile, Massu e Gonzalez, com o paraguiao Delgado, um pouco com os colombianos Giraldo e Falla, entre outros.

Lapentti integrou um top 10 histórico na ATP, o último de 1999, em que três jogadores latinos, de distintos países ocuparam lugares entre os 10 melhores do mundo. Guga era o 5º, ele o 8º e Rios, o 9º.  Depois só mesmo os argentinos juntos conseguiram ter presença marcante no top 10.

A aposentadoria de Nicolas Lapentti marca mais uma força latina fora das quadras, depois de Guga já ter parado, Rios há algum tempo, Delgado tendo se despedido há pouco, assim como Horna. Gonzalez se recupera de uma lesão, argentinos novatos no circuito são poucos e atualmente o mais bem ranqueado é Nalbandián, o 21º, seguido por Mônaco (28º) e Bellucci (30º). Parece o fim de uma era. São apenas oito latinos no top 10. Três brasileiros (Bellucci, Mello e Daniel), quatro argentinos (Nalbandián, Mônaco, Schwank e Chela) e um colombiano (Cabal).

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Campos, agora começa mesmo a MasterCard Tennis Cup. 10 anos de história no tênis

Começa nesta segunda-feira a chave principal do torneio masculino – ATP Challenger Series – da MasterCard Tennis Cup.

É a 10ª edição do torneio e como sempre, as semanas que antecemdem a disputa geram muitas expectativas.

Quem vai jogar? Quando vão chegar? Será que estão em forma? Quem tem mais chance de ganhar o título?

De uma hora para outro o cenário do torneio vai mudando.

Mello


As mulheres vão dando espaço para os homens e o Tênis Clube de Campos do Jordão ganha outra aparência e até a atmosfera muda.

O evento parece maior – e de fato é – os jogos são mais longos, há mais pessoas assistindo, mais estrelas e verdadeiras promessas do circuito.

Como esta é a 10ª edição do torneio fizemos uma exposição de fotos dos melhores jogadores que já passaram por Campos do Jordão e dos melhores momentos da competição desde o primeiro campeonato, em 2001.

Delgado o 1º campeão


Fazer esta “curadoria” foi uma viagem pelos anos de campeonato. Deu para ver a transformação que o torneio sofreu, sempre para melhor e todos os jogadores que passaram por aqui.

Tênis de época em Campos do Jordão - 2004

Sa, Soares, D.Melo e M.Melo, em 2004


Já escrevi tantas vezes em press releases desde o anúncio da edição 2010 do torneio quem passou por aqui, que parece ser repetitivo, mas a cada DVD de fotos que abria, encontrava uma fota que trazia uma boa lembrança. Ramon Delgado, Mario Ancic, Marcos Baghdatis, Andy Ram, Dudi Sela, Janko Tipsarevic, Dmitry Tursunov, André Sá, Marcelo Melo, Bruno Soares, Thomaz Bellucci, Juan Martin del Potro, Horacio Zeballos, Giovanni Lapentti, Justin Gimelstob, Dadá Vieira, Eduardo Schwank, Leonardo Mayer, Flávio Saretta, Yen Hsun Lu, Rik de Voest, Juan Chela, todos jogaram aqui. Sem falar nos que ainda jogam e vieram aqui pela primeira vez ou quando ainda eram juvenis.

Daniel


Neste ano estão de volta Marcos Daniel e Ricardo Mello, entre os mais bem colocados no ranking mundial.

Pela primeira vez, Josselin Ouanna joga aqui e quero ver como ele vai se sair. Afinal, ele já fez final de Grand Slam juvenil, pertencia a mesma turma de Monfils, Gasquet e Tsonga, mas não acompanhou o ritmo das estrelas do tênis da França.

Com os Wild Cards  – convites – distribuídos para a chave principal – Qualifying terminado, chaves de simples e duplas sorteadas, começa nesta segunda, de fato a 10ª edição da MasterCard Tennis Cup.

Entre todos os DVDs que abri, imagens que selecionei, outras que peguei mas não usei, a que mais ficou na minha cabeça é essa aqui, da final de 2005, de André Sá cumprimentando Juan Martin del Potro, após vencê-lo na final.

Del Potro e Sa - final de 2005



A torcida é para que a gente tenha uma semana sem chuva e de preferência com um brasileiro campeão. Não gosto nem de pensar no tenebroso ano de 2004, em que choveu tanto que a sala de imprensa, que ainda ficava sob a quadra central, em cima das arquibancadas, teve que ter o piso trocado duas vezes, nossas roupas viviam úmidas, os pés pareciam não esquentar nunca, o qualifying teve que terminar em São Paulo e para completar um japonês – nada contra os asiáticos, mas para o meu trabalho de divulgação não ajuda nada – ainda foi campeão.

Neste ano, só lindos dias de sol aqui em Campos, com aquele céu azul maravilhoso e um fim de noite dos mais agradáveis `a noite.

Let the tournament begin!

PS – fotos de Hedeson Alves, Dália Gabanyi e Alpha Imagem

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Sustentabilidade no tênis agora também no Brasil: Recycle, Reduce, Reuse

Incentivadora da sustentabilidade no tênis, tentando divulgar ao máximo o que os torneios de tênis vem fazendo pelo mundo, seja através deste blog, da Tennis View, de contar para conhecidos e pessoas influentes o que os maiores eventos vem fazendo, posto aqui com orgulho o press release que divulgamos hoje, direto da MasterCard Tennis Cup sobre as iniciativas do torneio para que ele seja, de alguma forma, sustentável.

Espero não estar ficando repetitiva. Sei que há poucos dias fiz um post sobre a iniciativa do torneio WTA de Stanford, de usar uma máquina para represssurizar as bolas diretamente no torneio, mas acho que divulgar esse tipo de informação é sempre válido e pode incentivar mais pessoas e eventos a Recycle, Reuse, Reduce – Reciclar, Reduzir e Reutilizar.  Inclusive foi através de uma iniciativa dessas que eu mesma comecei a fazer uma coletiva ainda mais seletiva em casa – só separava papel e plástico – , ao ganhar um kit da Braskem, no Rio Champions, no Rio de Janeiro, no início deste ano.


Outros torneios no Brasil já fizeram algumas ações, seja plantando árvores ou reciclando lixo. Todas as iniciativas são válidas e vão somando para que de alguma forma possamos colaborar com o nosso planeta.


“Um torneio limpo e sustentável. Esse é o objetivo da MasterCard Tennis Cup, maior torneio do inverno brasileiro e que acontece até o dia 07 de agosto nas quadras do Tênis Clube de Campos do Jordão. Seguindo a tendência dos maiores torneios do circuito internacional, que desde a temporada passada buscam iniciativas que diminuam o lixo e a emissão de gases na atmosfera, a MasterCard Tennis Cup adotou a ideia de realizar um torneio verde. Todo lixo reciclável é separado e recolhido pela Cooperativa Reciclagem Cidade Limpa.

Durante as duas semanas do torneio que distribui no total US$ 100 mil em premiação, para os torneios feminino e masculino, que contam pontos para os respectivos rankings mundiais, são consumidos mais de sete mil copos e 10 mil garrafas de água, 12 mil latinhas de refrigerantes 10 mil vasilhames de vidro, entre outros produtos trazidos por torcedores e visitantes. Uma parceria da Try Sports, empresa promotora do torneio, com a Tetra Pak e BrasKem possibilitou a colocação, no Tênis Clube de Campos do Jordão, de lixeiras de material reciclável e próprias para coleta seletiva de lixo.



Os jogadores também ganham um Kit para coleta seletiva residencial, como forma de multiplicar a consciência da reciclagem. Além disso, o óleo descartado pela Citron Gastronomia, responsável pelo Buffet no Stella Artois Hall, também está sendo enviado para reciclagem e os anéis das latinhas de refrigerante são recolhidos para o projeto FRATO Social, da FRATO Ferramentas (www.frato.com), e se convertem em cadeira de rodas para diversas entidades assistenciais.

Para finalizar, as bolas utilizadas na MasterCard Tennis Cup, cerca de 50 caixas, ou quase quatro mil bolinhas, serão doadas para o Projeto Social Escola de Tênis do Campos do Jordão Tênis Clube. Com isso, o torneio praticamente não terá geração de lixo e não causará impacto ambiental negativo na região de Campos do Jordão.”

Fotos dos tenistas Marcos Daniel e Paula Gonçalves, de Hedeson Alves

Na outra foto, eu e minha amiga e companheira de trabalho, a jornalista Lia Benthien


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