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Muitas histórias do Brasil Open, desde o tempo em que 11 de setembro passou a ser mais do que uma data qualquer no calendário.

Não tem como não chegar a Salvador e pegar o transfer rumo a Costa do Sauípe e não passar um filme na cabeça. Afinal, o torneio existe desde 2001, estive em todas as edições do campeonato e mesmo antes dele acontecer, me lembro do Guga trabalhando nos bastidores da ATP para conseguir a data para o Brasil sediar um torneio desta categoria e do Carvalhinho, meu grande amigo e que foi empresário do Guga e que na época era o Diretor do ATP e montou o torneio inteirinho.

De todos estes anos vindo a Bahia não vou lembrar de tantos detalhes, mas alguns fatos são marcantes.

Lembro perfeitamente daquele 2001. Viemos direto de Nova York. Guga era o número um do mundo, era o primeiro ano do torneio. Nenhum de nós havia estado no Resort. Vínhamos de uma longa temporada nos Estados Unidos, que começara com uma semifinal no ATP de Los Angeles; terceira rodada em Toronto (naquela época não havia bye para os cabeças-de-chave nos Masters 1000); título em Cincinnati, com direito a dois jogos no mesmo dia da final; vice-campeonato em Indianápolis e quartas-de-final no US Open, em que mostrou os primeiros sinais de desgaste na derrota para Kafelnikov.

Chegou, como ele mesmo disse, “com as últimas forças” para jogar o ATP inaugural do Brasil na Costa do Sauípe, em quadra rápida, e foi jogar a primeira partida, no dia 11 de setembro, às 13h contra Flavio Saretta.

Pouco antes do jogo começar começamos a ouvir um burburinho de que estava havendo uma guerra nos Estados Unidos – havíamos saído de Nova York três dias antes -; minha mãe ligava para olhar a internet e ver as imagens do World Trade Center, cheio de cinzas em volta (muitos se perguntavam se era montagem). Começou um certo pânico entre os jogadores americanos.

Daqui da Bahia, no meio de um Resort, tudo que estava acontecendo em New York parecia surreal. Era tão distante que não parecia verdade.

Tentamos contato com nossos amigos em Nova York, mas as linhas para lá estavam congestionadas.

O torneio prosseguia normalmente. Guga foi para a quadra e não aguentou. Ganhou o primeiro set de Saretta, mas acabou perdendo por 4/6 6/2 6/4.

Em meio ao 11 de setembro, que então se tornaria uma data no calendário mundial que todos se lembram, a derrota de Guga passou praticamente despercebida. Nem destaque foi nos jornais.

Com compromissos para cumprir com patrocinadores, ficamos no torneio até o fim.

Meligeni surpreendeu, chegou à final, mas perdeu para o checo Jan Vacek. Havia também um torneio feminino, um WTA maior do que o ATP. Monica Seles erguia o trofeu de campeã, derrotando Jelena Dokic na final.

2002 –

Eliminado na primeira rodada em 2001, Guga queria triunfar no torneio brasileiro e cumpriu com seu objetivo. Conquistou o título, derrotando Guillermo Coria na final, por 6/7(4) 7/5 7/6(7), salvando match point, em um dos jogos mais emocionantes da história do torneio.

De quebra, ainda foi vice-campeão de duplas ao lado de André Sá.

2003 –

Muito se falou sobre a estreia de Guga contra Magnus Norman, que estreava em Sauípe. A vitória de Guga foi fácil por 6/3 6/2 e ele chegou tranquilo à semifinal. Mas, foi parado no terceiro set pelo alemão Rainer Schuettler, por 6/4 2/6 7/5. O título acabou ficando com o holandês Sjeng Schalken.

2004 –

Novo torneio. Depois de três anos disputado na quadra rápida o campeonato mudava para o saibro e passava a integrar a Gira Latino-Americana de torneios. Em vez de setembro, o ATP mudou para fevereiro e era carnaval.

O complexo estava lotado e todos os dias ouvíamos histórias de gente que havia ido a Salvador curtir a folia.

Outra vez chegamos cedo ao Resort. Guga havia sido vice-campeão em Santiago e gripado, perdido para o Ferrer na estreia em Buenos Aires.

De surpresa, raspou os cabelos e com novo visual chegou a Sauípe para jogar talvez uma das edições com mais nomes da história. Lembro que estavam o Moyá, Mantilla, Verdasco, Squillari, Gaudio já campeão de Roland Garros, Lapentti, Zabaleta, Gasquet, Acasuso, entre outros, todos no melhor das suas carreiras (fora o Verdasco, novato no circuito).

Depois da vitória na primeira rodada, duelo badalado com Gasquet. Vitória de Guga em dois sets e em poucos dias, mais uma final na Bahia. A chuva, no meio do carnaval, interrompeu a decisão com Calleri. Jogo só terminou no dia seguinte com triunfo de Guga, por 3/6 6/2 6/3, muita manifestação da torcida e chuva de confetti colorido em quadra.

A edição teve também encontro de Guga com Maria Esther Bueno e Ziraldo, que visitava o torneio.

2005 –

Guga não competiu, mas veio a Sauípe para cumprir compromissos com patrocinadores.

Chegamos nos últimos dias, a tempo de ver a partida entre Rafael Nadal e Ricardo Mello, em que Mello teve chances de ganhar do espanhol, que eventualmente se tornaria campeão ganhando de Alberto Martin na final.

2006 –

Não lembro muito desta edição do Brasil Open. Guga, ainda tentando se recuperar de sua lesão no quadril, perdeu para Andre Ghem na estreia. Nicolas Massu foi o campeão.

2007 –

Guga ainda tentava voltar a competir entre os grandes e estreou com vitória sobre Volandri, mas perdeu para Saretta, em três sets na rodada seguinte.

Como durante o tempo em que foi treinado por Hernan Gumy, Guga também treinava com Guillermo Cañas, ficamos por aqui para acompanhar o argentino que viria a se tornar campeão, ganhando de Ferrero na final. Cañas voltava de um longo período de inatividade e depois venceria, em duas semanas seguidas, Roger Federer, em Indian Wells e Miami.

2008 –

Quem não se lembra do início da emocionante turnê de despedida de Guga. O jogo foi contra Berlocq, mas o que ficou marcado foi a emoção de Guga em quadra após o jogo, as manifestações dos ídolos do esporte falando dele – inclusive Ronaldo -, a presença de amigos especiais como Moyá e Lapentti, as inúmeras entrevistas, enfim, uma semana de muitas homenagens.

Outra final espanhola na Bahia, com Almagro ganhando de Moyá.

2009 –

Bellucci surpreendeu chegando à final, mas foi superado por Tommy Robredo.

2010

Depois de alguns anos vindo jogar em Sauípe e proprietário de uma casa nas redondezas, Juan Carlos Ferrero enfim conquistou o troféu de campeão, ganhando de Kubot na final.

2011

O torneio está pronto para ver Thomaz Bellucci triunfar. Larri Passos é experiente nessas quadras e ao assistir o treino dele com o brasileiro no fim da tarde, hoje, na quadra atrás da central, o filme continuou passando pela minha cabeça.

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Academia de McEnroe, em NY, supera expectativas e já tem lista de espera

McEnroe, na sua academia em NY
Há dois meses estive na recém-inaugurada academia de John McEnroe, em New York, no complexo Sportimes em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan.

Dava para perceber no ar a empolgação dos envolvidos com o projeto e o comprometimento da família McEnroe, que tem como principal objetivo formar campeões.

Parece que esse sentimento se espalhou pela cidade. Hoje recebi um comunicado do assessor da academia, confirmando que já há lista de espera para treinar com a supervisão de John McEnroe. Já são mais de 400 alunos treinando na John McEnroe Tennis Academy, com idades entre 06 e 16 anos.

Um dos segredos do sucesso, de acordo com Mark McEnroe, irmão de John e Patrick e Diretor da academia, está na proposta de trabalho, que não prevê que as crianças deixem suas casas para treinarem e aposta na variedade de atividades para trabalhar a mente, além do tênis. Veja a declaração dele no comunicado que recebi hoje.

“Parents have told us that the balance we offer between tennis, fitness and encouraging kids to follow their educational goals, has made a big difference, and combined with a state-of-the-art facility, easy access from anywhere in the tri-state area  and our team of world class teaching professionals, we have a unique approach that we know will be successful over time.”

Bem, a minha visita, durante o US Open, virou uma matéria para Tennis View, publicada na edição 108, que reproduzo aqui e que mostra mais detalhes do complexo de John McEnroe.

John McEnroe que formar novos campeões 

Ele tem sete títulos de Grand Slam, foi número um do mundo, joga o Champions Tour, o World Team Tennis (WTT), é um dos comentaristas esportivos mais respeitados da televisão, é casado com Patty Smith, tem seis filhos e agora quer formar campeões.

Aos 51 anos de idade, John McEnroe inaugurou há dois meses a John McEnroe Tennis Academy, em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan. Uma academia de tênis, em parceria com o grupo Sportimes, com o objetivo de ver o tênis renascer em Nova York, cidade onde ele nasceu, e formar campeões.

Sem um americano entre os top 10, pela primeira vez, desde 1973, a ideia de McEnroe ganha ainda mais força.

A academia não é simples, nem luxuosa. Tem 20 quadras de tênis, 10 de har-thru e 10 rápidas, espaço para montar arquibancadas provisórias, vestiários e sala de ginástica bem equipada. Há uma lanchonete, uma pro-shop e os escritórios.

As quadras todas podem ser cobertas, com o que eles chamam de “bubble,” para que os treinamentos não parem no inverno.

Há programas para todos os tipos de tenistas e idades. Desde aqueles que querem ter apenas meia hora de aula por semana, passando pelos que desejam alugar quadra, ou ter aulas em grupo. Os níveis de treinamento, excluindo o competitivo, variam do iniciante ao avançado, até o cardio tennis, com treinos específicos para adultos e para crianças com idades de 2 a 5 anos.

Para participar de qualquer um destes programas é necessário ser membro da academia e o título, individual ou familiar sai por U$ 500. O que varia são as taxas mensais que custam aproximadamente U$ 65 por pessoa. Adolescentes e jovens até 22 anos entram no programa Junior, em que o título sai por U$ 100. Os treinamentos custam entre U$ 3,6 mil e U$ 4,8mil, por 34 semanas.

Durante as férias há ainda o que eles chamam de “Summer Camps,” com clínicas semanais para diferentes grupos de crianças.

A academia fornece transporte de ida e volta do centro de Manhattan e não prevê hospedagem para os atletas.

“Não queremos transformar a academia em um centro como o do Nick Bollettieri. Não queremos que as crianças saiam de casa para treinar tão cedo. Elas devem ter uma infância e adolescência normal,” explica o Diretor Técnico, Gilad Bloom, um israelense, ex-profissional da ATP, que chegou a ser o 43º no ranking mundial e que McEnroe escolheu para implantar o sistema de treinamento.

A visão de John, que encarregou o irmão do meio, Mark, de administrar a academia, é de que as crianças e os jovens façam de tudo um pouco, até para desenvolver outras áreas da mente que depois possam ser úteis no tênis. “É uma maneira de evitar o burn-out,” diz Bloom.

“Essa academia é um sonho antigo do John,” conta o advogado Mark. “Muita gente tem dúvida se ele vai realmente estar presente, mas quando John se envolve em algo é sério e ele quer muito ver isso dar certo.”

As 728 crianças que participam do programa de treinamento da JMTA diariamente praticam algum outro esporte, podendo ser o futebol, baseball ou xadrez.  “Não queremos tenistas unilaterais. Eles tem que abrir a mente,” disse McEnroe à New Yorker, na inauguração do seu espaço.

O próprio John desenvolveu o seu tênis perto de casa, na extinta Academia de Port Washington, do australiano Harry Hopman, seu mentor e chegou a cursar um ano de tênis universitário, em Stanford, antes de optar pelo profissionalismo.

Com uma agenda atribulada, Gilad e Mark é quem tocam a academia no dia a dia. Mas, é John quem contrata os treinadores pré-selecionados por Bloom e está presente frequentemente para olhar os jogadores e bater bola com eles.

“O teste de admissão aqui é feito em quadra. O John bate-bola com os treinadores e depois joga um set com eles. Só depois decide se contrata ou não,” conta Bloom.

Entre os treinadores só há ou ex-profissionais de nível ou tenistas que jogaram tênis universitário em alguma faculdade da Divisão I da NCAA. “O nível de educação é importante,” ressalta o israelense.

“Quando John está em quadra com as crianças, nós usamos o cérebro dele. É a nossa missão, quando ele está aqui, de anotar tudo o que ele está observando e implantar nos dias que se seguirem, porque quando ele voltar, ele vai cobrar.”

Foi o próprio John que recrutou as crianças que ganharam bolsas de treinamento, em um dia inteiro de testes na JMTA.

Os grupos de treino são dividos em quadra, de acordo com o nível e idade, mas a base do método é a mesma, com ênfase na técnica, disciplina e experiência. “Não adianta você fazer 2 mil drills por dia e não jogar sets. Só jogando sets você vai fortalecer a sua mente.”

Entre tantas crianças que já estão treinando na academia, há uma que mais chama a atenção, o menino de 12 anos, Alex Kovacevic. “Os pais não queriam que ele fosse morar na Flórida ou no Texas e faziam questão que continuasse tendo uma boa educação,” relata Bloom.

“Se daqui a um tempo conseguirmos ter um top 10, estivermos encaminhando jogadores para o profissionalismo e para a universidade, teremos sucesso.”

(DG e NA)

Crédito das fotos: CameraWork e Tennis View

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Depois da vitória de Clijsters, Good Bye Doha.

A vitória de Kim Clijsters sobre Caroline Wozniacki por 6/3 5/7 6/3 e logo depois a de Dulko e Pennetta sobre Srebotnik e Peschke, por 7/5 6/4 marcou o fim da grande temporada do tênis feminino, da WTA. Claro, ainda há a final da Fed Cup e a disputa em Bali, com as jogadores que se sobresaíram em 2010, mas não chegaram entre as top 8, mas para o grande público mundial, o ano chegou ao fim.

Chegou ao fim também a disputa do WTA Championships em Doha, no Qatar.

Durante três anos a capital árabe sediou o mais importante campeonato de tênis do calendário, depois dos Grand Slams.

Próximo destino: Istambul, na Turquia.

Estive em Doha no primeiro ano do evento. Trabalhei para o evento acontecer, fui Media Director internacional da competição e realmente o evento é comparável aos outros Masters que já estive. Não deixa a desejar. A estrutura é de primeiríssimo mundo e tudo para as jogadoras, imprensa, patrocinadores, público é do bom e do melhor.

Mas, mesmo tendo participado do evento e sabendo da importância que a competição tem para o País, que quer se posicionar como um polo esportivo e ganhar cada vez mais espaço no mapa mundi, me questiono quanto ao legado para o povo local e quanto a relevância do torneio na esfera internacional.

Doha já tem um grande campeonato de tênis masculino – ATP e um feminino. Ver estrelas do circuito pelas ruas e pelos luxuosos hotéis da região não é novidade para ninguém.

O país se empenha sim em desenvolver o esporte. É só notar quantos eventos esportivos tem sido dispuatdos por lá ultimamente, mas o quanto isso vai desenvolver o tênis entre os Qataris, não sei precisar e não consigo enxergar muito além. Se não houvesse torneio algum de tênis por lá, aí sim a história poderia ser diferente.

Compartilho da mesma opinião sobre a disputa em Istambul, no próximo ano.

Apesar da Turquia ser um país um pouco mais próximo culturalmente do ocidente do que o Qatar, que contribuição trará para o tênis jogar o Masters por lá.

Pode ser que não esteja pensando globalmente e que esteja sendo muito ocidentalizada. Mas, para mim, estes campeonatos tem que ser disputados em grandes arenas, com tradição no esporte.

Claro que há uma questão financeira importante ao levar os campeonatos para lugares distantes e países que estão tentando se posicionar, mas será que vale a pena?

Será que não teria muito mais valor de marca para a WTA, para os fãs e público, jogar no Madison Square Garden como era feito antigamente ou mesmo em Londres onde hoje competem os homens? Será que os jornalistas de diversas partes do mundo não teriam ido ao torneio, mesmo sem americanas competindo?

A WTA até tentou continuar nos Estados Unidos. Colocou a disputa do Masters em Los Angeles e foi um desastre de público e mídia. O local não tinha tradição no esporte.

Os anos em que o Masters da ATP foi disputado em Houston também foram criticados. Agora, em Londres, parece estar no lugar certo.

Não vou dizer que foi estranho ver o Masters em Lisboa. Parecia algo natural, numa arena coberta, na Europa, onde foi disputado por muitos anos – especialmente na Alemanha. Quando foi para Shanghai nós brasileiros sofremos com o fuso-horário para assistir e compreender o que se passava na Ásia.

Não combinou também. É, devo estar sendo super ocidentalizada, nada globalizada como costumo ser, nada a favor do esporte para todos, mas nestes locais, apesar do esforço dos organizadores, da ATP, WTA, das tenistas, falta aquele algo a mais.

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Billie Jean King, a maior embaixadora do nosso esporte in the USA

Estou escrevendo uma matéria para a próxima edição da Tennis View sobre a Billie Jean King e apesar de já ter escrito outras vezes sobre a fundadora da WTA, vencedora da “Battle of the Sexes,” contra Bobby Riggs e campeã de inúmeros Grand Slams, sempre me impressiono com o poder de influência que ela tem, principalmente nos Estados Unidos.

Ela advoga em prol do esporte, das mulheres, é recebida por Barack Obama na Casa Branca, é convidada de honra para falar em convenções gigantescas, como uma que ocorre nos próximos dias na Califórnia, seu estado natal, a Women’s Conference, liderada por Maria Shriver e que terá a participação de Michelle Obama, Ophra Winfrey, Sally Field, Laura Bush, Arnold Schwarzeneger, Goldie Hawn, Caroline Kennedy, entre outras ilustres influentes dos Estados Unidos.

Ela organiza eventos de caridade, há 35 anos faz o World Team Tennis, é autora do livro Pressure is a Privilege, conselheira da WTA, embaixadora da UNICEF e muito mais…

Enfim, Billie Jean King é um presente que o tênis ganhou há muito tempo e que devemos ser eternamente gratos pela representatividade que ela dá e traz ao esporte.

Ah, não podemos esquecer que o maior estádio de tênis do mundo, o do US Open, o Arthur Ashe Stadium, fica no Billie Jean King National Tennis Center, em New York.

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Um pouco de arte na Tennis View com ilustração exclusiva de Nadal

Ilustração de Cesar Paciornik

A ATP divulgou nesta semana dois trabalhos de arte que Rafael Nadal e Roger Federer fizeram, usando bolinhas de tênis com tinta e que serão expostas durante o Barclays ATP World Finals, em Londres, em novembro e depois serão leiloadas para caridade.

Aparentemente Nadal e Federer gostaram da experiência.

No fim do post reproduzo o que eles falaram sobre serem artistas por um dia.

Nesta semana, coincidentemente saiu a edição 108 da Tennis View, com uma página dedicada a arte. É uma ilustração do Rafael Nadal, feita exclusivamente para a revista, por Cesar Paciornik.

Amigo de longa data, Paciornik vem desenvolvendo seu trabalho de ilustrador cada vez mais e quando conversamos sobre fazer uma ilustração para a Tennis View, para mim só teria sentido se fosse de um grande momento, algo marcante.

Fiquei esperando esse momento chegar e com a conquista do Nadal em New York, não tive dúvidas.

Era agora a hora de retratar a vitória inédita de Nadal de uma outra maneira.

Sempre gostei muito do trabalho do César, mas não sabia o que esperar da ilustração. Afinal, nunca tinha visto nada dele relacionado a esporte e muito menos tênis – ele ilustra, entre outros trabalhos, as páginas de política da Folha de S.Paulo -. Fiquei tão encantada quando vi a ilustração que no dia do fechamento consegui mudar a paginação da revista para dar ainda mais destaque a obra do artista.

Normalmente os meus posts acabam entrando no site da Tennis View, mas desta vez sou eu que reproduzo aqui a entrevista que o repórter Edgar Lepri fez com César, em que ele explica como se inspirou para retratar a conquista do US Open, fechando o Grand Slam, do espanhol.

Tennis View – Como surgiu a ideia da ilustração do Nadal?

Cesar Paciornik – Começou com uma brincadeira, quis relacionar a ilustração com o início da matéria, que falava sobre a conquista de Nadal na América. Aí simulei a situação da estátua, com ele segurando a raquete, e no troféu representei os nove títulos de Grand Slam dele. As cores também são uma escolha. O vermelho da camiseta lembra a Espanha e, ao fundo, o azul e o vermelho remetem aos Estados Unidos. Na questão técnica, pensei em tons com pequenas variações e que ficassem bons na impressão.

TV – Você costuma assistir a partidas de tênis?

CP – Não tenho o hábito de parar ou me programar para ver um jogo, mas me interesso por esporte e notícia em geral. Se estiver passando na televisão, gosto de ver, principalmente os grandes jogos, quando a partida é difícil para os dois tenistas. Acho que o tênis ainda precisa de mais inserção e mais praticantes no Brasil.

TV – Como você criou o gosto pela ilustração?

CP – Desde criança, minha mãe estimulou meu irmão gêmeo, Ivan, e eu a desenhar. A gente brincava muito, até fazíamos história em quadrinhos e cada um desenhava uma página. Meu irmão também é ilustrador e estou procurando mais a ilustração editorial, tento criar uma identidade nos trabalhos.

TV – Como é o processo para a criação de uma arte?

CP – Recebo um tema e preciso criar uma imagem que representará um texto ou uma publicidade. Geralmente as ideias precisam ser muito bem trabalhadas, não é algo que surge instantaneamente. A ilustração demanda tempo para ser lapidada, para que cada pequeno elemento tenha significado. A ideia da cabeça precisa ser representada no papel sem perder nada pelo caminho, e acho que esse é o grande truque do artista.

TV – Qual o segredo para passar uma mensagem com a ilustração?

CP – A ilustração tem que deixar que os espectadores interpretem. É preciso saber dosar o subjetivo e o sutil com o explícito e o descarado.

Vida de Artista

Rafael Nadal

“Making the artwork was fun and something I’ve never done before. It’s a great way to celebrate the World Tour Finals coming back to London. It was a little bit of a challenge to put the balls on the silhouette! Of course this is the least we can do for charity and for those who need it the most. It’s very important that people in our position help those who really need help. I’d like to thank everyone for the support they give us.”

Roger Federer

“It was great fun being invited to create my self portrait and I’m excited to see how the finished piece looks. Raising money for charity is always a great thing so already I would like to thank people who will buy these pictures and it’s going to be for a good cause. I’m happy I can help a bit. I am very happy as it is the ninth consecutive year I have qualified for the year-end event. I have played in a lot of different venues during my career and I can say they staged a fantastic event at The O2 last year. I look forward to returning there in November and finishing the season strong.”

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Campeão do US Open, Nadal já está na Espanha, mas continua dando o que falar

Cada vez que um fato inédito no esporte acontece, ele vira assunto por alguns dias seguidos.  Rafael Nadal e a conquista do US Open estão dando o que falar pelo mundo.

Com apenas 24 anos, o espanhol já é o mais jovem tenista da Era Aberta a completar o Grand Slam e como tradicionalmente acontece com os campeões do US Open, ele participou na segunda-feira de um “media tour,” em New York City.

Foi ao Today Show, da NBC, esteve no programa de Regis e Kelly, foi ao estúdio da CNN, posou para fotos na Times Square, foi entrevistado em um evento para o público por John McEnroe, e concedeu entrevistas exclusivas para o El País, New York Times, El Mundo, entre outros, antes de embarcar, no início da noite, de volta para a Espanha.

Coloco aqui o link das matérias mais interessantes que encontrei sobre Nadal hoje, mostrando que acima de tudo ele continua humilde, focado, muito profissional e ainda quer mais.

New York Times – “What matters most when you play a final is the victory, but what really gives you a deep personal satisfaction is to feel that you’ve become a better player because that’s the real product of the everyday work,” Nadal said. “Whether you win or lose in a given match can depend on the small things that you sometimes cannot control, but to feel you are a truly improved player when you go on a court and to know that it is the fruit of all your labor for many years is a big satisfaction. http://nyti.ms/9MNhkM

El Mundo (vôo com Nadal para Madri) – http://bit.ly/d1Y8y8

El País – (Sobre Carlos Moyá) – Somos jugadores distintos. Es muy complicado ganar un título del Grand Slam. Ha tenido una carrera brillante, ha estado muchísimos años arriba. Las comparaciones no son buenas. Tuvo una gran carrera, fue un boom para España. Gracias a él muchos de los que hoy estamos aquí nos aficionamos al tenis, nos ayudó a ver que era posible. http://bit.ly/a98vTx

DPA – Las rivalidades no son “light” o “no light”, sino que se definen por si uno las lleva a un extremo innecesario o no. Creo que en otras épocas quizás las rivalidades se han sacado de lo que es puramente el juego. Creo que en esta época Federer y yo entendemos claramente que esto es un juego. Yo tengo un especial aprecio por Federer porque he vivido muchos momentos muy importantes de mi carrera enfrentándome a él, yo creo que él siente lo mismo por mí. Al final le tienes un cariño especial a los rivales. Yo creo que Federer, Djokovic, Murray o yo mismo entendemos que esto es un juego. Lo dejamos todo en la pista, pero cuando se acaba, se acaba allí.  http://bit.ly/d24HbZ

CNN – “All my life I practice with high intensity and passion.  I love the competition. I fight every moment” – http://bit.ly/cProaP

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De Aussie Kim a Jersey Girl, Clijsters é tricampeã do US Open

Clijsters na final do US Open (Cynthia Lum)

Há alguns dias, num dos raros US Open days que consegui sair cedo – isso quer dizer antes das 20h – de Flushing Meadows fui encontrar alguns amigos no Soho. O café acabou se tornando uma ida a um pub e juntando outros conhecidos que no fim eram todos do meio da comunicação, de diferentes áreas.

Entramos num bate-papo sobre o bairrismo de alguns jornais, que sempre acabam encontrando uma maneira, em qualquer assunto que seja, de colocar um personagem local na sua história, ou de transformar alguém em em local.

Qual não foi a minha surpresa, uns dias depois, ao abrir o New York Times e me deparar com uma matéria sobre a Kim Clijsters, com o título, Two Time Champ, Part Time Jersey Girl.

É, a regionalização existe em qualquer meio de comunicação do mundo, não adianta.

Mas, comentários e risadas a parte, a matéria de Harvey Araton era bastante informativa.

Uma semana depois, Clijsters é a tricampeã do US Open.

Teve dois jogos complicados no torneio, contra Samantha Stosur e Venus Williams. Ontem, na final, aniquilou qualquer sonho que Vera Zvonareva tinha de vencer o seu primeiro Grand Slam. Com 6/2 6/1, marcou a 21ª vitória consecutiva no US Open – campeã em 2005, 2009 e 2010 (não jogou em 2006, 2007 e 2008), ergueu o seu terceiro troféu em New York.

Desde que o torneio começou, Clijsters vem tentando explicar o seu sucesso nesse torneio.

Ontem, na coletiva após a vitória, falou que se sente muito bem nas quadras rápidas dos Estados Unidos. São as suas favoritas. Contou que o azul da quadra do US Open a ajuda a ver melhor o jogo e que ela já tem experiência aqui.

Para mim, um dos diferenciais da belga é a concentração dela nos jogos. Quando ela está em quadra, dá para notar, nos olhos dela, o grau de intensidade e foco.

Com tanto sucesso na América, Araton foi até New Jersey tentar achar mais um motivo para a mãe de Jada ter tantos triunfos por aqui.

O casamento com Lynch, em 2007

Nascida em Bree, na Bélgica, Clijsters primeiro foi apelidada de Aussie Kim, durante o seu longo namoro com o australiano Lleyton Hewitt. Conquistou o coração da Austrália. Mas, depois de terminar o relacionamento com o ex-número um do mundo, não fazia mais sentido chamarem a belga de Aussie Kim e agora, casada já há algum tempo com o ex-jogador de basquete americano Brian Lynch, virou a Jersey Girl.

Clijsters tem até mesmo uma propriedade nos EUA. Uma casa em Walls, New Jersey, próxima a Belmar, na costa de Jersey, onde Lynch cresceu e onde a família do marido ainda reside.

“Não sei porque, mas a Kim se sente à vontade com a minha família e em Jersey e quando ela se sente à vontade é difícil ganhar dela. É, acho que dá para chamá-la de Jersey girl,” disse Lynch ao New York Times.

Os dois se conheceram em Bree, a cidade natal de Kim, quando Brian estava jogando basquete na Europa e não demoraram para se casar (2007).

Lynch conta na matéria que o plano era que a esposa ficasse em casa quando Jada nasceu, no início de 2008, e que ele continuasse jogando basquete. “Mas quando o pai da Kim – Leo – adoeceu, não tínhamos mais plano. O importante era que Kim e o bebê passassem tempo com o pai dela.”

Para se distrair da tristeza, Clijsters resolveu jogar algumas exibições e Lynch revela que foi sentindo o instinto competitivo da esposa crescer. “Ela queria competir de novo. Eu sentia isso e mudamos os nossos planos. Eu já estava jogando no exterior há nove anos.”

Lynch foi quem se aposentou para poder viajar com Kim e Jada.

E o que aconteceu todo mundo já sabe. Clijsters, tricampeã do US Open, jogando no Arthur Ashe Stadium, como se fosse mesmo a sua casa.

Em "casa," Clijsters repete a cena de 2009 e posa p/ fotos com Jada e o troféu de tri do US Open (Cynthia Lum)É, acho que depois de 21 vitórias seguidas, dá para dizer mesmo que ela é part-time Jersey Girl.

Planos para o futuro?  Clijsters não tem meses contados no circuito, não sabe até quando vai jogar. Mas, a julgar pela sua entrevista coletiva de ontem no Billie Jean King National Tennis Center, ainda veremos a Jersey Girl no tour, por um bom período.

Transcrevo aqui uma das respostas dela.

“I mean, I’ve said, you know, obviously I would like to keep it going until the Olympics.  But then again, I mean, you never know what can happen.  You know, injuries ‑‑ I always ‑‑ my main goal is to try and just stay injury‑free.  If I can do that and if I can practice hard and work hard, you know, obviously, I mean, the Grand Slams will always be my focus.  So now that I’m playing well, obviously I’m not going to just give it up.  I just want to keep it up.

As long as it’s worth balancing and if I’m able to balance it with the family ‑‑ Jada is not obligated to go to school yet, so, you know, obviously it becomes a totally different story once, you know, it becomes mandatory.”

Congratulations Jersey Girl.


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Do tênis no US Open para New York Fashion Week

Nova York está diferente, ou pelo menos a região de midtown onde ficamos hospedados.

O forte calor se foi, sinal do fim do verão e com o US Open quase terminando, outro grande evento ganha vez na Big Apple, é a Mercedes-Benz Fashion Week.

A Fashion Week começou oficialmente no dia 09 e vai até o dia 16.

Aqui no hotel, o Waldorf Astoria, um dos hoteis oficiais do US Open, o lobby antes cheio de caras conhecidas, gente passando com raqueteiras, usando shorts e tênis, ou num estilo mais esportivo, só se vê modelos, atravessando o luxuoso saguão com vestidos e saltos altíssimos. Descobri depois que houve um desfile no hotel ontem.

O bar que costumamos frequentar durante o torneio, o Whiskey Bar, do hotel W, na Lexington Avenue, ontem foi fechado para uma festa privada da Fashion Week.

Como vamos ao bar há anos e algumas vezes durante a quinzena do US Open, até entramos na festa, mas não eram rostos familiares. Não eram as pessoas do circuito mundial de tênis e sim fashionistas. Modelos, produtores, fotógrafos, enfim, o circo da moda em vez do do tênis.

Nas ruas claro que ainda se vê outdoors do US Open, dos tenistas, telas mostrando os jogos, ainda há ônibus de turismo, daqueles abertos em cima, circulando com propaganda do US Open, a Grey Goose continua deixando suas vitrines com bolinhas de tênis, mas fora isso, nas outras vitrines só se via chamada para o Fashion Night Out, que foi ontem à noite. Uma noite especial em que as lojas ficam abertas até tarde e com programação especial. Algumas trazem DJ’s, oferecem drinks e descontos. Claro que com o US Open terminando sempre tarde, perdi. A conta bancária agradece.

Até nos cafés perto dos hotéis da Lexington Avenue, entre a 42th e a 50th street, onde se concentram a maioria dos tenistas, as modelos tomaram conta.

É o US Open chegando ao fim.

Venus Williams (Cynthia Lum)

Venus Williams, que faz o design dos seus próprios vestidos, vai poder curtir a Fashion Week neste sábado hoje em NY, enquanto Kim Clijsters, que a derrotou ontem por 4/6 7/6(2) 6/4 e enfrenta Vera Zvonareva, que venceu Caroline Wozniacki, por 6/4 6/3 na final do US Open.

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O sósia do Federer em NY

Darren Cellemme

Ontem à noite finalmente conheci o famoso sósia do Federer.

Federer

Darren Cellemme ficou conhecido no ano passado, quando o PR Steve Pratt entrou num bar perto da Broadway e deu de cara com um barman que era igual a Roger Federer.

Pratt acabou levando Cellemme ao US Open e ele virou matéria em diversos meios de comunicação.

Ficou conhecido na Suíça – a TV suíça fez uma grande reportagem com ele, tamanha a semelhança.

A história rendeu e durante dias no ano passado, o barman foi convidado a sair pelas ruas, se vestir de Federer e ver como o público reagia. Todos achavam que era o Federer. Me lembro da nossa fotógrafa Cynthia Lum contar a história, mas não sabia que tinha dado tanto o que falar.

Natural de Rhode Island e em New York para tentar a vida de ator, Cellemme acabou cansando um pouco de fazer as mesmas histórias todas as vezes e neste ano não apareceu no US Open.

Mas, na noite de quinta-feira Steve Pratt, que acabou virando amigo de Darren, o convidou para jantar e acabamos nos conhecendo.

No começo não achei o “sósia” assim tão parecido. Mas depois fui reparando nas semelhanças e como as pessoas olhavam para o americano, pensando o que “Federer” fazia com uma garrafa de cerveja na mão.

Celleme contou que até o bar onde ele trabalha, o Charley O’s ganhou mais movimento quando as notícias começaram a sair no ano passado e que muitos suíços passaram a frequentar o local. Contou também que foi até chamado para fazer um comercial de televisão como sósia do Federer, mas recusou por achar que se tratava de uma empresa que não queria pagar o Federer original e iria usá-lo, para depois esperar dar a confusão.

Ele continua chamando atenção quando anda pelas ruas. “As pessoas ficam olhando e pensando é ou não o Federer.”

Depois de tanto se vestir de Federer, Darren começou a ter aulas de tênis. Joga com frequência nas quadras públicas de NYC.

Ontem à noite, após o jantar fomos todos tomar um drink num bar pequeno perto do hotel, o Snafu, e lá estavam todos os jornalistas suíços, Stanilas Wawrinka e o técnico Peter Lundgren.

Todos os profissionais da mídia foram falar como Darren e Wawrinka e Lundgren se divertiram com o sósia do amigo.

PS – deve haver mais fotos legais do sósia e do original, mas no momento era apenas essa que Darren tinha para dar pra gente.

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Vitória de Tiago Fernandes na Austrália inspira juvenis brasileiros. Aqui no US Open são cinco.

Sell, Laranja, Semenzato e

Desde que o  qualifying juvenil do US Open começou no fim de semana venho me surpreendendo com os juvenis brasileiros.  A primeira surpresa foi ver três tenistas no qualifying: Karue Sell, Bruno Semenzato e Augusto Laranja.

Do qualifying veio outra boa notícia. Sell se classificou e ainda ganhou uma rodada na chave principal. Direto na chave e mais conhecidos, Tiago Fernandes e Guilherme Clezar.

O gaúcho Clezar virou notícia depois de treinar com Gasquet e Nadal e teve até seu jogo, em que perdeu para Collarini, transmitido ao vivo pelo SporTV, na quadra Grandstand.

Eliminado da simples, ele continua nas duplas, ao lado do amigo Fernandes. Nesta quarta, ganharam dos cabeças-de-chave 1, Fucsovics e Zsiga, e voltam a jogar na quinta contra Pavic e Dzumhur, valendo vaga na semifinal.

Fernandes e Clezar

Tiago já está nas oitavas-de-final de simples. Ganhou do croata Mate Pavic por 5/3 7/6(5) e enfrenta o russo Victor Baluda, que o derrotou nas quartas dos Jogos Olímpicos da Juventude.

Sell, que joga o seu primeiro US Open, perdeu hoje na segunda rodada para o japonês Taro Daniel, mas joga por vaga na semi de duplas, ao lado de Bruno Semenzato. Eles venceram hoje Barry e McLachlan e os próximos adversários são os cabeças 14, Goldinv e Vesely.

Semenzato e Sell

Augusto Laranja chegou a jogar a chave principal de duplas, mas foi eliminado.

O que mais me chamou a atenção, além dos resultados e de termos duas duplas juvenis nas quartas-de-final e o Tiago a um jogo das quartas, foi ver cinco brasileiros juvenis no Grand Slam.

Aproveitei para ver os jogos dos meninos e conversar com eles no final da tarde aqui no US Open.

Já tinha visto o Sell e o Laranja por aí, mas não os conhecia.  Ambos afirmaram que a vitória de Tiago no Australian Open, os inspirou e motivou para jogar os Grand Slams também.

“A gente nem pensava em jogar esses torneios antes,” disse Laranja, que treina no interior paulista com Edvaldo Oliveira.

Sell também falou que “mudou a cabeça” depois de ver o amigo Tiago vencer um Grand Slam juvenil. “É aqui que tem que estar. Aqui as coisas acontecem.”

Semenzato, apesar de já ter vivenciado um pouco mais o circuito por treinar na academia de Larri Passos há alguns anos, está pela primeira vez nas quartas-de-final de um Grand Slam. Depois do jogo, estava estudando para as provas da escola.

Para Clezar, que no ano passado foi vice-campeão de duplas de Roland Garros, não é novidade jogar um Grand Slam, mas com um campeão no País, ganham todos. É ele o parceiro de duplas de Tiago.

Apesar de Clezar estar com o técnico do Instituto Tênis, Luiz Carlos Enck e Tiago com Marcus VInícius Barbosa, da academia de Larri Passos e que também está com Sell – treinado por Patrício Arnold –, Laranja e Semenzato, através da CBT, os meninos estão sempre juntos.

Tiago, que está em Nova York desde a última quinta-feira, disse que agora já está bem mais à vontade no circuito. “É diferente do que era no ano passado quando alcancei as quartas aqui. Agora sou um dos favoritos, mas estou lidando bem melhor com tudo isso que aconteceu depois do Australian Open.”

A vitória em Melbourne alçou o juvenil de Maceió a fama no Brasil. Em Roland Garros seus jogos estavam sempre lotados de brasileiros e fãs em geral.

Aqui, com o torneio bem maior e mais espaçoso, Tiago parece estar mais à vontade.

“Gosto muito de jogar aqui. Foi muito bom ter chegado alguns dias antes. Deu para treinar bastante nessas quadras e estou bem adaptado. A velocidade da quadra está perfeita,” contou o pupilo de Larri, feliz com a companhia de tantos brasileiros no Grand Slam. “Já é uma evolução enorme ter cinco brasileiros juvenis no Grand Slam. Tomara que continue crescendo.”

Depois da experiência na Ásia, em que passou o qualifying e venceu uma partida na chave principal de um torneio Challenger, Tiago logo após o US Open, jogará o Challenger de Belo Horizonte e dois torneios Futures. “Foi um teste na Ásia. Foram duas semanas de bastante jogo. Uma experiência muito boa, em condições adversas, com muito calor, comida estranha, umidade…”

Clezar integrará a equipe de treinamento da Davis, na Índia.

Tentei reunir os cinco jogadores para uma foto, mas quando consegui quatro, Clezar já tinha voltado para o hotel. Por isso ele não está na foto com os outros tenistas.

E depois de conversar com os tenistas na sala dos jogadores aproveitei para subir até o topo do Arthur Ashe Stadium e avistar Manhattan.


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