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A Davis, o “cansaço” brasileiro na Índia e a vitória unida da França, em Lyon

Sei que deveria estar escrevendo da derrota para o Brasil na Índia, no Play Off do Grupo Mundial da Davis, mas tenho pouca informação de Chenai para fazer qualquer análise diferente do que já tenha sido publicado ou emitir mais uma opinião de surpresa.

Só não consigo entender o fator cansaço e calor serem um dos responsáveis pela derrota do Brasil de Bellucci, Mello, Soares e Melo.

Mello e o capitão Zwetsch (Marcelo Ruschel/Poapress)

Novak Djokovic disputou a final do US Open na segunda-feira e representou a Sérvia no sábado e no domingo, jogando duplas e simples.

Rohan Bopanna foi vice-campeão de duplas do US Open, poucos dias atrás e jogou as mesmas partidas de simples do que Mello e Bellucci.

A maioria dos envolvidos em importantes disputas da Davis neste fim de semana foi bem mais longe no US Open do que os brasileiros e muitos ainda tiveram que trocar de piso e enfrentar uma quadra indoor. De nenhum deles se ouviu a palavra cansaço: Mardy Fish, Sam Querrey, Robin Soderling, Eduardo Schwank e Horacio Zeballos, David Nalbandian, Gael Monfils, Michael Llodra, Arnaud Clement, entre outros.

E é da França que eu quero falar.

Llodra (Tennis View)

Da ousadia do capitão Guy Forget em colocar Michael Llodra para jogar simples e duplas, surpreendendo a todos no dia do sorteio dos jogos, quinta-feira.

Lembro que até comentei com um amigo que Forget estava ousando e a tática do capitão francês deu certo.

Os argentinos (Monaco, Nalbandian, Schwank e Zeballos), guerreiros na Davis, não tiveram chance alguma no Palais de Sports Gerland, em Lyon contra Llodra, Monfils, Clement e Simon.

Uma França unida, que contou com Jo-Wilfried Tsonga, Julien Bennetau, Richard Gasquet torcendo o tempo todo pelo País, com Tsonga e Bennetau lesionados e Gasquet de quinto jogador.

Uma França que ainda se lembra da vitória do País sobre os Estados Unidos, em 1991, na mesma Lyon, quando Forget era jogador.

Uma França que não parecia acreditar estar na final novamente, a primeira desde 2002.

Uma França que apostou nas suas melhores armas para vencer, misturando uma equipe renovada com um time experiente.

Uma França que viu Gael Monfils, como ele mesmo disse “finalmente entender o que significa uma Copa Davis,” e jogar o seu melhor tênis.

Uma França que soube jogar em equipe.

Reproduzo aqui algumas das declarações dos jogadores, nas entrevistas coletivas, após a vitória arrasadora sobre a Argentina, que os colocou na decisão contra a Sérvia, na terra de Novak Djokovic, em dezembro.

Monfils: “Acho que demorei mais do que os outros para entender o que significava a Davis. Agora que compreendi vou buscar a Taça. Pedi até para os meus companheiros me beliscarem para eu entender que não era um sonho.”

Monfils (Tennis View)

Clement: “Foram o Tsonga e o Benneteau que classificaram a equipe para esta fase. Eu tinha pressão para ganhar a dupla e estou superfeliz de ter conseguido. Tomara que eles voltem a jogar logo.”

Bennetteau: “É um momento magnífico e não posso nem imaginar como será a final. Vamos dar de tudo até dezembro e vamos à decisão em equipe, não com três ou quatro jogadores, mas sim com sete, oito. Graças ao Forget conseguimos entender o verdadeiro significado da Copa Davis e o que essa competição exige da gente.”

Gasquet: “Ganhamos os três confrontos de três a zero, sem perder um jogo. É enorme. Eu, de fora da quadra, fiquei impressionado com o nível de jogo do nosso time.”

Tsonga: “Desde pequeno eu sonho com a Davis e agora vamos jogar a final. O sonho está quase se tornando realidade.”

Llodra: “As imagens de 1991 nunca saíram da minha cabeça. E estamos refazendo a história. Ainda não consegui perceber de fato o que está acontecendo. É muita emoção.”

Forget: “Eu tinha até esquecido até que ponto essa emoção maravilhosa da Copa Davis nos leva. O que fizemos até agora fizemos bem, mas não é nada comparado ao que nos espera e ao que poderemos viver na final. O momento é mágico, mas pode ser mais ainda. Temos que aproveitar a chance, porque ela pode demorar a voltar.”

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US Open Tennis – The Heat is on

Aqui no US Open não se fala em outra coisa, “The Heat is On.”

Li hoje de manhã no New York Times que desde 1993 não fazia tanto calor nesta época de US Open.

Raras vezes, nestes anos que venho ao torneio fez frio. É sempre quente, mas um pouco mais fresco à noite e um casaquinho tem que estar à mão em todos os momentos para suportar o ar-condicionado da sala de imprensa, dos restaurantes, do carro.

Neste ano, meu casaquinho só está fazendo a viagem do quarto do hotel para o US Open todos os dias, intacto. E o ar-condicionado da sala de imprensa está ligado no máximo.

Ontem à noite também, preferimos sentar numa mesa outside para jantar no Sushi Samba e dez minutos depois já tinha me arrependido da escolha. O calor às 22h estava de mais.

Ontem já estava vendo algumas entrevistas em que perguntavam aos jogadores se eles gostariam que a ATP aderisse ao “Heat Policy”, como faz a WTA, que permite que as jogadoras façam um break de 10 minutos depois do segundo set, quando a temperatura atinge níveis extremos. (Dizem que a temperatura de manhã estava 36ºC hoje).

Todas as respostas que ouvi dos jogadores da ATP é que mesmo com esse calorão, não deveria haver essa regra para a ATP.

Mesmo Sam Querrey, que admitiu estar sentindo cãibras hoje na partida em que venceu Klhan por 6/3 4/6 7/5 6/4, disse que não e que também não é favor de se construir uma quadra com teto retrátil para que se feche o teto quando estiver muito quente.  “O tênis é um esporte físico. Você deveria ser recompensado pelo trabalho duro. Se você é um jogador que está em forma,  não deve ser prejudicado por isso.”

Baghdatis, eliminado ontem por Clement, disse que estava quente, mas que o calor não o afetou tanto. “Em Cincinnati também estava muito quente, mas já está assim há alguns dias. A gente tem treinado nesse calor. Não foi isso que me fez perder. Estava cansado mental e fisicamente.”

Clement, o vitorioso após mais de três horas de jogo, também afirmou que o calor estava forte, mas que é parte do jogo e que não é a favor de uma regra para altas temperaturas. “Alguns jogadores gostam de jogar quando está quente. Alguns gostam de jogar no inverno, na grama, indoor. Há tenistas que tem melhor físico e é bom enfrentar diferentes condições de temperatura. Sou contra ter uma regra.”

Tenista Americano que mais se destaco no Olympus US Open Series, Mardy Fish também falou sobre o calor. Dez quilos mais magro e ganhando jogo após jogo, Fish disse que está muito quente em NY, mas nada se compara ao que ele e o amigo John Isner enfrentaram na final em Atlanta, há pouco mais de um mês, vencida por ele. “Comparado a Atlanta, aqui está gostoso. Deve estar uns 20 graus a menos e nem tem a umidade. Claro que está calor, mas nem perto do que já passamos neste verão.”

Djokovic, que costuma sofrer com problemas respiratórios e com o físico também, disse ontem, após vencer Troicki em cinco sets, que o calor está aí para todos e que tem que enfrentá-lo, não há o que fazer. “Fui paciente e tentei não entrar em pânico. Estava esperando pela sombra. Passamos por situaçoes extremas muitas vezes.”

Gael Monfils, que venceu Robert Kendrick na segunda-feira, em cinco sets, disse que quando a sombra apareceu na quadra, ele ficou tão feliz que se sentiu num “encontro romântico com a namorada.”

Até mesmo o alemão jamaicano Dustin Brown confessou estar sentindo o efeito do calor. “Vivi na Jamaica durante uns sete oito anos da minha vida e estou acostumado ao calor. Mas hoje está muito quente. Lutei contra ele,” afirmou após a vitória sobre Ruben Ramirez Hidalgo.

Murray que não teve dificuldades para vencer Lukas Lacko, disse que na quadra central não se sente tanto o calor, mas que nas outras é pior. “Senti mais calor quando fui aquecer do que quando jogava.”

Eliminado pelo jovem Ryan Harrison, Ivan Ljubicic disse que o calor foi o seu pior inimigo hoje. “SEmpre tive dificuldade com o calor, durante toda a minha carreira. Já tentei diferentes táticas e nada funciona. Eu tenho muito suor, não me sinto bem, não me movimento bem e o Ryan estava jogando o melhor tênis dele. Acho que a regra que eles tem na Austrália de que quando se chega a uma certa temperatura ninguém joga, é a melhor. Esse break de 10 minutos, da WTA, não ajuda.”

Chela, que também venceu hoje (derrotou Yen HSun Lu(, afirmou ter a sensação de que o tênis pegava fogo.

Mas, ninguém foi mais assunto hoje do que Victoria Azarenka.

Ela caiu na quadra enquanto enfrentava Gisela Dulko, foi levada ao hospital e até sair o comunicado oficial muita gente achava que a queda estava relacionada ao calor.

Eis aqui o official statement:

“I was warming up in the gym prior to my match against Gisela Dulko when I fell while running a sprint.  I fell forward and hit my arm and head.  I was checked by the medical team before I went on court and they were courtside for monitoring. I felt worse as the match went on, having a headache and feeling dizzy.  I also started having trouble seeing and felt weak before I fell. I was taken to the hospital for some medical tests and have been diagnosed with a mild concussion.“

Mas, esse assunto de calor não deve durar muitos dias.

O Hurricane Earl está previsto para chegar na sexta-feira.

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Os Bryans com o President Obama e Falla nas oitavas em Washington D.C.

Só para complementar os últimos dois posts do blog, sobre os Bryans e o investimento do tênis na Colômbia que 15 anos depois começa a trazer resultados, aqui vão mais algumas informações.

Os irmãos gêmeos Bob e Mike Bryan, junto a Sam Querrey, campeões do Farmer’s Classic, em Los Angeles, foram recebidos pelo Presidente Barack Obama, na Casa Branca, sim, na WHITE HOUSE, em Washington. A recepção em Washington D.C. foi organizada pela USTA para incentivar o tênis no País, com a presença de crianças na quadra montada no South Lawn da Casa Branca, como parte do programa da First Lady Michelle Obama, Let’s Move, para diminuir a obesidade infantil nos Estados Unidos.

O Presidente acabou aparecendo no gramado onde 100 crianças participavam da ação com o  Quick Start tennis. A data da ação, também usada para promover o tradicional ATP de Washington, o Legg Mason Tennis Classic, acabou sendo perfeita para o encontro do President Obama com Bob e Mike Bryan, que quebraram o recorde dos Woodies, no domingo, se tornando os maiores vencedores de todos os tempos, na lista de número de títulos. Eles chegaram ao troféu número 62.

Photo of the Day - Courtesy White House Paulo Lopez

Que incentivo para o tênis, ter o Presidente posando para fotos com os tenistas e conversando com as crianças. A foto de Barack Obama com as kids do Quick Start Tennis foi inclusive eleita a foto do dia pela Casa Branca.

E para complementar o post de ontem sobre o tênis colombiano e o retorno do investimento da Colsanitas, empresa que “vende saúde,” atuando em hospitais, clínicas, entre outros, com planos de saúde, o número um da Colômbia, Alejandro Falla, ganhou do ex-número um do mundo Lleyton Hewitt, por 7/5 3/2 e está nas oitavas-de-final em Washington D.C. . Ok, foi por desistência, mas Falla aproveitou e enfrenta nesta quinta o sérvio Janko Tipsarevic.

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