Quando o ano de 2012 terminar do que você mais vai se lembrar? Que a Victoria Azarenka ganhou o Australian Open e terminou a temporada como número um do mundo, ou que Serena Williams ganhou, na mesma temporada, Wimbledon, o ouro olímpico, o US Open, o WTA Championships e ainda outros três torneios?
A temporada 2012 será marcada para sempre como o ano de Serena Williams. Tudo bem que o começo não foi dos mais promissores. Cheguei até a ler que talvez essa fosse a última temporada das irmãs Williams. É inegável também que Victoria Azarenka, a primeira colocada nos computadores tenha tido uma temporada com mais participações em torneios e um pouco mais regular, mas ganhar, no mesmo ano, Wimbledon, o Ouro Olímpico, o US Open, o WTA Championships e ainda, Charleston, Madri e Stanford, para mim colocam a tenista como a número um.
Se a Serena não tivesse jogado nada no primeiro semestre, poderia até dizer que ela era a número um do segundo semestre, mas ganhou Charleston e Madri e foi à semifinal em Roma. Teve um desastroso Roland Garros, perdendo na primeira rodada de um Grand Slam pela primeira vez na carreira, que ela credita como fundamental para ter dado um click, levado a sua associação ao treinador Patrick Mouratoglou e conquistador tudo o que ganhou. Mas, foi só. De resto, se preparou como uma verdadeira guerreira para encarar a sequência de jogos do verão mais agitado dos últimos anos. Ganhou, no total 58 jogos e só perdeu quatro.
Desde que começou a vencer, sem parar, em Charleston, em abril, só perdeu – com exceção de Roland Garros –quando estava lesionada (não jogou a semifinal de Roma contra Li Na), ou esgotada, como nas quartas-de-final de Cincinnati, em que foi derrotada por Angelique Kerber.
As outras três derrotas do ano vieram no início da temporada para Makarova, no Australian Open; para Wozniacki, em Miami e para Hantuchova, em Brisbane.
Jogou o WTA Championships, para vencer pela terceira vez, como os torneios anteriores. Firme, determinada, querendo a vitória acima de tudo, sem titubear em momento algum, como se fosse superior a todas as outras sete melhores da temporada que compuseram a lista de tops em Istambul. Tamanha era a determinação e concentração contra Maria Sharapova, que em nenhum momento, na vitória por 6/4 6/3 foi ameaçada pela número dois do mundo, a campeã de Roland Garros russa.
Victoria Azarenka, eliminada na semifinal por Sharapova, foi curtir férias feliz com a sua melhor temporada, a primeira que terminou como número um do mundo. Foi a número um porque jogou muito. Concordo. O ranking é baseado na temporada toda e ela jogou bem do começo ao fim. Mas, fora o início do ano, quando Serena ainda estava esquentando os motores, nunca foi completamente dominante.
Ganhou seis títulos (Sidney, Australian Open, Doha, Indian Wells, Beijing e Liz). Um Grand Slam. Foi vice de outro (US Open). Mas, se colocarmos os trofeus de Serena e Azarenka, lado a lado, quem você escolheria para número um?
Eu fico com a Serena.