Além de comer os docinhos de Sharapova, vestir as roupas de jogo que ela desenha com a Nike, bater uma bola com a mesma raquete que ela joga, você pode agora marcar uma consulta com o fisioterapeuta de Maria Sharapova, o espanhol Juan Reque.
Residente de Los Angeles, para onde se mudou há três anos, quando começou a trabalhar exclusivamente com Sharapova, depois de alguns anos como fisioterapeuta da ATP e atendendo tenistas pelo mundo, Juan acaba de lançar o The Togui Method.
“É um método mais eficaz para tratar as lesões crônicas, principalmente de tendões e músculos e de costas e joelho. Essas lesões sempre tem uma explicação e estão ligadas a uma descompensação muscular, ou a um desequilíbrio articular. Se você descobre isso, consegue tratar de vez. É uma coisa que fazíamos com atletas profissionais e agora estamos fazendo com qualquer pessoa,” me explicou Juan, enquanto chovia em Flushing Meadows e Sharapova aguardava no vestiário a partida contra Bartoli recomeçar.
Perguntei para Juan, a quem conheço desde os tempos em que era fisioterapeuta da ATP e chegou até a tratar do Guga, como eu faria para marcar uma consulta com ele, para que analisasse as dores na lateral do meu pé direito. Sempre que ando muito, especialmente em Nova York, a lateral do pé direito dói. Já virou crônico. Já fiz reforço, mudei de tênis, de sapato, usei salto, usei sapato baixo, mas não adianta. Com excesso de uso, as dores voltam.
“Você entra no site www.thetoguimethod.com manda um email e vamos marcar um encontro, em um dos lugares em que atendo, ou no centro de Los Angeles, ou perto de onde moro, em Manhattan Beach. Durante 1h, 1h15, vou fazer testes em três máquinas diferentes, para medir força, amplitude, elasticidade; Faço também testes manuais. Depois analiso tudo isso e marcamos um outro encontro, em que explico o que está acontecendo e dou o tratamento e os exercícios.”
Ou seja, se você estiver na região de Los Angeles, mesmo que seja de passagem, pode fazer uma avaliação com o fisioterapeuta responsável pela recuperação de Sharapova. Claro que tem que dar sorte de ser em uma época em que a musa não esteja, por exemplo, no US Open. Mas, como a maioria das jogadoras tops, o calendário de Sharapova não é recheado de torneios como o de Caroline Wozniacki e ela sempre dá um jeito de dar uma passadinha em casa.
As máquinas usadas por Juan Reque para fazer a avaliação, não são encontradas facilmente. São as mesmas que usam as equipes de futebol do Barcelona, Chelsea e Manchester United.
“O meu objetivo com o paciente, seja ele um esportista top, ou uma pessoa como você, é buscar uma forma de curar. Porque na maioria das vezes essas lesões crônicas acabam não se resolvendo.”
Sharapova endossa o que Juan faz. Aliás, foi com ele e com a família do espanhol, que ela foi para Valência, logo após a vitória em Roland Garros, visitar a fábrica que faz o Sugarpova e jogar Paddle na academia de Juan Carlos Ferrero. “Ninguém conhece o meu corpo melhor do que Juan Reque e isso é muito importante quando você tem um calendário cheio e tem que prevenir lesões,” diz Maria.
O preço da consulta, da avaliação, Juan não quis revelar. Mas, pelo que percebi, deve ser um caro acessível.
E quando eu já estava quase tirando meu tênis e minha meia, para ele dar uma uma olhadinha no meu pé, Maria mandou uma mensagem. O jogo interrompido pela chuva, estava para voltar e Juan precisava descer do Player’s Lounge para o vestiário. A hora agora era de Sharapova.