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Sharapova, Sugarpova e Max Eisenbud na CNN

Sharapova começa agora um novo ciclo anual, o do 26º aniversário, é o início da temporada de saibro, com o Porsche Grand Prix e o auge vem com a busca pelo bicampeonato de Roland Garros.

A russa que já ganhou todos os torneios do Grand Slam e é a atleta mais bem paga do mundo, de acordo com a revista Forbes, foi personagem de um especial da CNN.

Sharapova e o empresário da IMG, Max Eisenbud aparecem na interessante material, em que raramente essas relações são demonstradas. É mais uma chance de conhecermos um pouco mais da super star e entendermos que ela é mesmo uma super atleta, mas que trabalha por tudo o que tem, os resultados dentro e fora das quadras.

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Oito anos depois do 1º Grand Slam, uma Sharapova mais “humana” entra para a história com o troféu em Roland Garros

Ela tinha apenas 17 anos quando ganhou o primeiro Grand Slam, em Wimbledon. O ano era 2004 e Maria Sharapova parecia pronta para conquistar o mundo. Ela chegou perto. Se tornou a atleta mais bem paga do mundo, entrou para a lista das mulheres mais bonitas do mundo, lista da Forbes, da mais procurada na internet, mas foi só hoje, neste sábado, em Paris, que ela de fato chegou a um lugar onde pouquíssimas tenistas na história chegaram. Ao derrotar Sara Errani, por 6/3 6/2 na final de Roland Garros, ergueu a Coupe Suzanne Lenglen e completou o Grand Slam.

Com contratos milionários e corpo de modelo, a vida parecia ter sorrido para a menina que trocou a Sibéria pelos Estados Unidos, ainda criança, para treinar na academia de Nick Bollettieri. Adolescente ganhava Grand Slams. Depois de Wimbledon venceu o US Open em 2006 e o Australian Open, em 2008. Mas, uma cirurgia no ombro a deixou afastada das quadras por praticamente um ano e  fez recomeçar do zero.

Como ela mesmo disse aos jornalistas em Paris, “muitos de vocês não achavam que eu pudesse ganhar esse torneio.” Mas, ela acreditava.

Depois da cirurgia mudou sua base para Los Angeles, contratou um fisioterapeuta particular, Juan Reque, que trabalhava na ATP e que deixou a clínica em Madri só para cuidar da russa. Ela também deixou o pai que sempre a acompanhava nas viagens, de lado e passou a ser treinada por Thomas Hogstedt, além de contar com o preparador físico Nakamura. Ela precisou aprender a sacar de novo e com ranking fora das top 100 começou perdendo para jogadores que nunca perderia antes.

Desde o ano passado ela vem mostrando aos poucos que estava voltando ao lugar onde esteve antes da cirurgia, em 2008, ao topo do ranking mundial. Disputou a final de Wimbledon e do Australian Open.

Para se preparar da melhor maneira possível para estar no auge da forma em Roland Garros, diferentemente de outras temporadas, veio cedo para a Europa. Começou ganhando o WTA de Stuttgart e logo antes do Grand Slam francês ergueu o troféu de campeã em Roma.

Em Paris, nunca pareceu em perigo ou ameaçada por alguma jogadora. Perdeu apenas um set durante todo o torneio e se manteve concentrada em busca do objetivo final.

Confesso que fiquei um pouco preocupada quando ela ganhou a semifinal e houve toda aquela celebração de volta ao topo do ranking mundial. Ela parecia estar “nas nuvens.”

Logo após o jogo contra Kvitova conversei com o Juan Reque e ele me disse que ela precisava manter o foco e não sair comemorando em clima de já ganhou, já sou número um de novo. Foi isso que ela fez após deixar o Stade Roland Garros na quinta-feira.

Manteve a mesma rotina de treinos e jantar com a sua pequena equipe e hoje entrou em quadra pronta para se tornar a 10ª mulher da história a conquistar o Grand Slam e a primeira, desde Serena Williams, em 2003, a conseguir tal feito.

O caminho para ela chegar até aqui deve ter sido duro mesmo, tamanha era a alegria dela em quadra e a cara de quem não estava acreditando que havia vencido o único Grand Slam que faltava, depois de tudo que havia passado.

Normalmente reservada, subiu até o box dos jogadores abraçou a equipe e ainda levantou no colo as filhas do fisioterapeuta. De uma delas, a mais nova, ela é madrinha. Difícil imaginar, mas as pessoas que trabalham com ela acabaram se tornando a família de Sharapova e a eles ela dedica tempo e carinho.

Ainda sem parecer estar acreditando no que havia acabado de acontecer, chegou na coletiva de imprensa e disse: “É surreal. É o momento mais único da minha carreira. Nunca pensei que fosse conseguir isso. Pensei que quando ganhei Wimbledon aquele seria o momento mais especial da minha vida carreira, mas não, esse supera todos. E quando você lembra de tudo que fez, de acordar cedo, treinar no frio, de mudar quando nada está dando certo, e você aguenta pelo amor ao jogo, é recompensada por um momento como esses.”

Foto de Cynthia Lum

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Espanhol preparador físico de Sharapova fala da exigência do físico em Roland Garros e da preparação física no tênis mundial

Já estou para escrever este post até mesmo antes de Roland Garros começar. Estava com ele na cabeça, mas às vezes vão acontecendo outras histórias e as iniciais acabam ficando para trás.

Cada Grand Slam tem a sua particularidade e uma de Roland Garros é o fato de ser o que exige mais preparo físico dos jogadores. É no saibro, os pontos são mais longos e haja fôlego e resistência dos tenistas.

Por isso, reproduzo aqui o meu bate-papo com o Juan Reque, o preparador físico espanhol da Sharapova em que ele fala da transformação da preparação física no tênis nos últimos anos e da importância atual dela no circuito.

Ontem, depois do jogo em que Sharapova chegou a estar perto de um adeus precoce a Paris diante da francesa Caroline Garcia, falei com Juan e ele confirmou que se em Roland Garros você não estiver com o físico bem preparado, bem mais do que nos outros Grand Slams, vai sofrer para avançar ou não vai aguentar.

Veja os principais trechos da conversa com o madrilenho Reque, publicada na edição 113 da Tennis View sobre preparação física no circuito profissional e as dicas que ele dá para quem está começando.

 

 

Preparador físico de Sharapova avalia a evolução física no tênis profissional e avisa: “a preparação tem que começar antes do profissionalismo.”

 

Juan Reque trabalhou cinco anos na ATP antes de se mudar para os EUA para cuidar exclusivamente da russa

 

Já estamos cansados de ouvir e de comprovar que sem o físico no circuito profissional, tanto no masculino, quanto no feminino, não há como chegar longe e vencer barreiras entre os tops. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, até pouco tempo atrás o físico não tinha tanto espaço no dia-a-dia dos tenistas. Claro que havia a preparação, mas não da maneira como é feita atualmente.

Quem conta como tudo começou é o espanhol Juan Reque, 38 anos, fisioterapeuta e preparador físico de Maria Sharapova que trabalhou por cinco temporadas na ATP, como fisioterapeuta do circuito, atendeu entre muitos tops, Rafael Nadal em sua clínica a NovoReq na Espanha, antes de se mudar de Madri para  Los Angeles para cuidar exclusivamente do físico da russa radicada nos Estados Unidos.

 

Tennis View – Como você avalia a evolução física no tênis profissional?

Juan Reque – A primeira coisa que temos que notar é que há dez, quinze anos quase não havia jogadores viajando com preparadores físicos e fisioterapeutas no circuito. Pete Sampras foi um dos primeiros a viajar com um todo o tempo e foi o Alex Stober, que trabalhou na ATP e depois até trabalhou com o Guga. O Alex foi um precursor assim como o Walt Landers – falecido em 2004 – que viajou com o Yevgeny Kafelnikov, Marat Safin, Lleyton Hewitt e por um período até com o Andre Agassi e o próprio Sampras.

 

TV – Então os tenistas não se dedicavam tanto ao físico quanto hoje?

JR – Eles faziam o básico da preparação física que é o aquecimento e depois o que chamamos de cool down pós jogo ou treinos. Somente quando havia uma lesão os tenistas davam atenção de fato ao físico e iam tratar do que já estava ruim, quando já era tarde.

 

TV – E quando começou a haver essa mudança?

JR – Pouco a pouco, muito devido a exemplo de outros tenistas que deixaram as quadras cedo por causa de lesões, eles perceberam que talvez fosse melhor prevenir, do que chegar ao momento em que não possam fazer mais nada e tenham que parar de jogar antes da hora, como foi o caso do Guga e do Magnus Norman.

 

TV – E você sentiu essa mudança na base ou só entre os mais tops?
JR – Hoje em dia os adolescentes de 14, 16 anos já estão trabalhando o físico nos programas das principais federações do mundo e assim quando estiverem jogando profissionalmente já terão um conhecimento melhor do corpo, percebendo sinais importantes que ele sempre dá.

 

TV – Sabemos que você não pode contar detalhes do seu trabalho com a Sharapova, mas qual é a principal função de um fisioterapeuta e/ou preparador físico que se dedica exclusivamente a um tenista?

JR – O principal objetivo acompanhando o jogador o tempo todo é fazer com que o corpo do atleta se mantenha sempre em boas condições. O corpo tem que estar flexível, bem compensado e o atleta tem que poder se movimentar bem.

Além disso, uma das principais funções é estar atento, em cima o tempo todo para que não ocorra nenhuma lesão grave, apesar de nem sempre podermos evitar.

O trabalho compreende os músculos, as articulações, tendões, ligamentos, a parte cardio vascular e também do tempo de descanso, do treino, da alimentação. Enfim, é bem completo.

 

 

TV – O que você recomendaria aos tenistas que estão iniciando um trabalho mais sério como juvenis e entrando no profissionalismo?
JR – Acho que uma idade boa para começar a fazer preparação física mais a sério é aos 16 anos. Deve haver um aquecimento sempre, a preparação física em si, um bom trabalho de compensação e condicionamento físico. O que todos tem que ter em mente é que o físico, se não for bem trabalhado, pode um dia vir a te impedir de jogar e você tem que saber também que quando chegar ao profissionalismo não basta ter físico para jogar bem uma partida e sim um campeonato inteiro, uma temporada e para aguentar Grand Slams.

É recomendável, desde o início que haja um entendimento da equipe de preparação física com a equipe técnica, seja em clubes, academias ou quando for particular. Os treinos de tênis e preparação física tem que ser adaptados a cada jogador e aos objetivos traçados.

 

 

 

 

 

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