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Serena pega qualifier e Sharapova, Kanepi. Veja a chave completa de Roland Garros.

Se a chave masculina de Roland Garros está das mais interessantes dos últimos tempos, a feminina não está muito atrás.

Serena Williams french open

O sorteio realizado nesta sexta, no museu da Federação Francesa de Tênis, definiu a chave das mulheres, que jogam pelo Trophee Suzanne Lenglen.

A cabeça-de-chave 1, Serena Williams, estreará contra uma tenista vinda do qualifying. A detentora do título, Maria Sharapova, campeã de Roma na semana passada e cabeça 2, pega Kaia Kanepi da Estônia, no primeiro jogo.

Do lado da chave de Serena, a perigosa e ex-número um do mundo Victoria Azarenka, que estreia contra Maria Teresa Torro Flor.

A melhor amiga, Caroline Wozniacki, também do mesmo lado da chave, faz o primeiro jogo contra a italiana Karin Knapp.

Petra Kvitova, campeã em Madri, pega Marina Erakovic, da Nova Zelândia.

A cabeça 6, Eugenie Bouchard, desafia a francesa Kristina Mladenovic.

Do outro lado da chave, Ana Ivanovic estreia contra Yaroslava Shvedova. A vice-campeã do ano passado, Simona Halep, pega a russa Evgeniya Rodina.

Uma das melhores jogadoras do momento, a espanhola Carla Suarez Navarro enfrenta a romena Monica Niculescu.

Confira os principais confrontos da primeira rodada e a chave completa aqui

Maria Sharapova roland garros

Serena Williams x Qualifier

Victoria Azarenka x Maria Teresa Torro Flor

Sloane Stephens x Venus Williams

Caroline Wozniacki x Karin Knapp

Belinda Bencic x Daniela Hantuchova

Eugenie Bouchard x Kristina Mladenovic

Ana Ivanovic x Yaroslava Shvedova

Alize Cornet x Roberta Vinci

Simona Halep x Evgeniya Rodina

Carla Suarez Navarro x Monica Niculescu

Lucie Safarova x Anastasya Pavlyuchenkova

Sabine Lisicki x Monica Puig

Maria Sharapova x Kaia Kanepi

fotos de Cynthia Lum

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O bi de Maria Sharapova em Roland Garros, em 2014

Maria Sharapova já completou o Grand Slam, já foi número um do mundo e continua sendo a atleta mais bem paga do mundo.

No ano passado ela conquistou o seu segundo título em Paris, surpreendendo a todos. Ninguém imaginava que a russa que conquistou Wimbledon aos 17 anos teria no saibro francês o seu único trofeu de Grand Slam repetido.
Vamos relembrar como foi a campanha de Sharapova em Roland Garros no ano passado?

Sharapova Roland Garros 2014

A primeira rodada foi contra a compatriota Ksenia Pervak. Vitória fácil por 6/1 6/2.

Na segunda fase ela teve que passar pela búlgara, com ocasionais bons resultados, Tsevetana Pironkova. A russa teve um pouco de trabalho no primeiro set mas venceu por 7/5 6/2.

O jogo mais tranquilo de Sharapova na quinzena em Paris foi a terceira rodada. Ela não deixou a argentina Paula Ormaechea fazer um game se quer. Bicicleta – 6/0 6/0.

Veio a segunda semana e os desafios da russa aumentaram.

Contra Samantha Stosur, nas oitavas-de-final, Sharapova perdeu o primeiro set mas se recuperou no jogo. Venceu por 3/6 6/4 6/0.

Nas quartas-de-final contra a espanhola Garbine Muguruza, que havia eliminado Serena Williams, Sharapova quase viu a adversária aprontar mais uma em Paris. Ela teve que virar o jogo depois de perder o primeiro set e acabou ganhando por 1/6 7/5 6/1.

Um jogo antes da final, Sharapova se deparou com a sensação do circuito, a canadense Eugenie Bouchard. Assim como nas duas partidas anteriores, a russa saiu perdendo o primeiro set,mas conseguiu reagir a tempo para selar a vitória por 4/6 7/5 6/2.

Sharapova Roland garros 2014

Na final, diante da novata Simona Halep, que jogava sua primeira decisão de Grand Slam, Sharapova também precisou de três dificílimos sets para conquistar o Trophee Suzanne Lenglen: 6/4 6/7 6/4 e ela se coroava bicampeã de Roland Garros.

Fotos de Cynthia Lum

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Sharapova, Sugarpova e Max Eisenbud na CNN

Sharapova começa agora um novo ciclo anual, o do 26º aniversário, é o início da temporada de saibro, com o Porsche Grand Prix e o auge vem com a busca pelo bicampeonato de Roland Garros.

A russa que já ganhou todos os torneios do Grand Slam e é a atleta mais bem paga do mundo, de acordo com a revista Forbes, foi personagem de um especial da CNN.

Sharapova e o empresário da IMG, Max Eisenbud aparecem na interessante material, em que raramente essas relações são demonstradas. É mais uma chance de conhecermos um pouco mais da super star e entendermos que ela é mesmo uma super atleta, mas que trabalha por tudo o que tem, os resultados dentro e fora das quadras.

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WTA ainda está à procura de patrocínio

O evento mais glamuroso do circuito mundial começou em Istambul, com o WTA Championships. As oito melhores tenistas da temporada, Victoria Azarenka, Serena Williams, Maria Sharapova, Sara Errani, Angelique Kerber, Li Na e Agnieszka Radwanska, são tratadas como verdadeiras divas fora de quadra e dentro dela brigam pelo trofeu que pode vir a definir a número um da temporada.

 

Eventos suntuosos, em lugares imponentes como a histórica cidade turca, aumentam ainda mais o grande evento vitrine do tênis feminino mundial. Já participei de alguns ATP Finals e do WTA Championships, em Doha, onde fui Diretora Internacional de Mídia e em termos de glamour e de ações que essas estrelas do esporte fazem, não há nem comparação.

 

Mas, nem com toda essa associação de mulheres fortes, com a campanha Strong is Beautiful, matérias super produzidas em revistas de moda, o sucesso de estrelas consagradas e das mais famosas do mundo, como Sharapova e Serena Williams, além da consistência de Victoria Azarenka na temporada 2012, convites a jornalistas de diversas partes do planeta para cobrirem o gran finale da temporada, a WTA conseguiu fechar um patrocínio global. 

 

A parceria com a Sony que começou em 2005l, deu o nome ao circuito e U$ 88 milhões – Sony Ericsson WTA Tour – já foi reduzida há dois anos. A marca deixou de dar o nome ao circuito, mas mesmo assim assinou contrato por mais dois anos para continuar como patrocinador principal. O contrato termina no final deste ano e a WTA ainda não encontrou substituto.

 

A CEO da WTA, Stacey Allaster, que assumiu o cargo justamente quando eu estava em Doha, no lugar de Larry Scott, o responsável por diversos dos contratos que estão em vigor até hoje, sabe que a situação não é das mais fáceis, mas está confiante em um novo patrocínio.

 

“É um longo ciclo de vendas. Para assinar um contrato dessa magnitude são longos meses de negociação. Nós vamos substituir a Sony, não tenho dúvidas sobre isso. É só uma questão de quando. Não me surpreende o lugar onde estamos hoje. É um grande investimento, um investimento estratégico. Acho que foi uma combinação da crise do Euro, a economia mundial e os Jogos Olímpicos que deixaram as nossas conversações de lado. Mas agora estamos mais ativos,” disse Allaster em uma entrevista ao New York Times.

 

A CEO ainda acredita que a Associação fechará dois patrocinadores regionais para 2013.

 

Além da preocupação com o patrocinador principal, Allaster tem outra missão. Encontrar uma cidade sede para substituir Istambul a partir de 2014. O contrato com a Turquia acaba no ano que vem, os turcos não tem a intenção de renovar, e agora ela quer que o evento permaneça na mesma cidade por, no mínimo, cinco anos.

 

Allaster acredita que a sede sairá de lugares como a Ásia, o leste europeu e a América Latina e já avisa que precisará contar com o apoio de governos locais para realizar o Championships. “São, no mínimo, 15 milhões de dólares entre taxas e prêmio, mais algo entre 6 e 10 milhões de dólares de custos operacionais. O custo total vai de U$ 20 a 25 milhões por ano.”

 

O WTA Championships é tão importante que Allaster afirma que o lucro do evento representa 40% dos custos operacionais da entidade, além de ser a maior plataforma de marketing do circuito.

 

A ideia da CEO é anunciar a cidade sede até o início de 2013 e pelo menos já ticar da sua lista de deveres prioritários um dos itens mais importantes para a saúde financeira da associação.

 

 

 

 

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Marque uma consulta com o fisio da Sharapova

Além de comer os docinhos de Sharapova, vestir as roupas de jogo que ela desenha com a Nike, bater uma bola com a mesma raquete que ela joga, você pode agora marcar uma consulta com o fisioterapeuta de Maria Sharapova, o espanhol Juan Reque.

Residente de Los Angeles, para onde se mudou há três anos, quando começou a trabalhar exclusivamente com Sharapova, depois de alguns anos como fisioterapeuta da ATP e atendendo tenistas pelo mundo, Juan acaba de lançar o The Togui Method.

“É um método mais eficaz para tratar  as lesões crônicas, principalmente de tendões e músculos e de costas e joelho. Essas lesões sempre tem uma explicação e estão ligadas a uma descompensação muscular, ou a um desequilíbrio articular. Se você descobre isso, consegue tratar de vez. É uma coisa que fazíamos com atletas profissionais e agora estamos fazendo com qualquer pessoa,” me explicou Juan, enquanto chovia em Flushing Meadows e Sharapova aguardava no vestiário a partida contra Bartoli recomeçar.

 

Perguntei para Juan, a quem conheço desde os tempos em que era fisioterapeuta da ATP e chegou até a tratar do Guga, como eu faria para marcar uma consulta com ele, para que analisasse as dores na lateral do meu pé direito. Sempre que ando muito, especialmente em Nova York, a lateral do pé direito dói. Já virou crônico. Já fiz reforço, mudei de tênis, de sapato, usei salto, usei sapato baixo, mas não adianta. Com excesso de uso, as dores voltam.

 

“Você entra no site www.thetoguimethod.com manda um email e vamos marcar um encontro, em um dos lugares  em que atendo, ou no centro de Los Angeles, ou perto de onde moro, em Manhattan Beach. Durante 1h, 1h15, vou fazer testes em três máquinas diferentes, para medir força, amplitude, elasticidade; Faço também testes manuais. Depois analiso tudo isso e marcamos um outro encontro, em que explico o que está acontecendo e dou o tratamento e os exercícios.”

 

Ou seja, se você estiver na região de Los Angeles, mesmo que seja de passagem, pode fazer uma avaliação com o fisioterapeuta responsável pela recuperação de Sharapova. Claro que tem que dar sorte de ser em uma época em que a musa não esteja, por exemplo, no US Open. Mas, como a maioria das jogadoras tops, o calendário de Sharapova não é recheado de torneios como o de Caroline Wozniacki e ela sempre dá um jeito de dar uma passadinha em casa.

 

As máquinas usadas por Juan Reque para fazer a avaliação, não são encontradas facilmente. São as mesmas que usam as equipes de futebol do Barcelona, Chelsea e Manchester United.

 

“O meu objetivo com o paciente, seja ele um esportista top, ou uma pessoa como você, é buscar uma forma de curar. Porque na maioria das vezes essas lesões crônicas acabam não se resolvendo.”

 

Sharapova endossa o que Juan faz. Aliás, foi com ele e com a família do espanhol, que ela foi para Valência, logo após a vitória em Roland Garros, visitar a fábrica que faz o Sugarpova e jogar Paddle na academia de Juan Carlos Ferrero. “Ninguém conhece o meu corpo melhor do que Juan Reque e isso é muito importante quando você tem um calendário cheio e tem que prevenir lesões,” diz Maria.

 O preço da consulta, da avaliação, Juan não quis revelar. Mas, pelo que percebi, deve ser um caro acessível.

E quando eu já estava quase tirando meu tênis e minha meia, para ele dar uma uma olhadinha no meu pé, Maria mandou uma mensagem. O jogo interrompido pela chuva, estava para voltar e Juan precisava descer do Player’s Lounge para o vestiário. A hora agora era de Sharapova.

 

 

 

 

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Provei Sugarpova!

Um dos meus muitos objetivos desta vinda ao US Open era provar as balinhas da Sharapova, a Sugarpova. Mas, com o passar dos dias aqui já tinha esquecido, até que hoje, depois de sair da Apple Store, logo cedinho, caí quase que sem querer naquela loja dos sonhos de qualquer criança e muito adulto, a FAO Schwarz. Estava atravessando o salão térreo, quando vi uma sessão de doces…

 

E no meio dela estava Sugarpova. Seis fileiras das balinhas da campeã de Roland Garros deste ano, com nomes como “Chic,” “Splashy,” “Silly,” “Spooky,”, nas versões normal, sour (azedo) e levemente azedado, com açúcar em volta, ou sem.

Aí começou a dúvida. Qual vou comprar?

Já eliminei o Sour e o meio sour porque não gosto muito e fui mesmo pela embalagem e pelo desenho das balinhas gummy que gosto mais. Infelizmente não tinha nenhuma no formato bolinha de tênis, que estão esgotadas.

Acabei optando pelo Chic, Cheeky e Splashy, esse mais para dar para os sobrinhos em casa, porque tem formato de animais marinhos.

Cada saquinho de 142g de Sugarpova custou U$5,99, aproximadamente R$ 12. Até achei que fosse custar mais caro. Quando você entra numa dessas lojas de docinhos e pega os “yummis” com a pá e coloca no saquinho para pesar, não sai por menos do que isso.

Voltei para o hotel feliz com as compras do Sugarpova e decidida a experimentar no US Open.

Quando tirei o Sugarpova “Cheeky” da bolsa para abrir o saquinho, de repente, as balinhas da Sharapova se tornaram a sensação da sala de imprensa. Todo mundo queria saber onde estavam dando. Disse que havia comprado em Manhattan. Todos perguntaram o preço, quiseram ver a embalagem, tiraram fotos com a Sugarpova, brincando que era o mais próximo que chegariam da Sharapova e provaram comigo o “Gummy Candy.”

A conclusão dos jornalistas foi a mesma. Gostoso, aprovado, mas nada diferente dos “gummy bears”, ou “yummy” como outros chamam. O que conta mesmo é a embalagem. Ah, e ainda um agradecimento de Sharapova na parte de trás do saquinho dizendo “How sweet of you – que doce da sua parte – comprando o meu doce, uma porcentagem é doada para a Maria Sharapova Foundation, para ajudar as crianças ao redor do mundo a conquistarem seus sonhos. Assinado: Maria Sharapova.

 

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Oito anos depois do 1º Grand Slam, uma Sharapova mais “humana” entra para a história com o troféu em Roland Garros

Ela tinha apenas 17 anos quando ganhou o primeiro Grand Slam, em Wimbledon. O ano era 2004 e Maria Sharapova parecia pronta para conquistar o mundo. Ela chegou perto. Se tornou a atleta mais bem paga do mundo, entrou para a lista das mulheres mais bonitas do mundo, lista da Forbes, da mais procurada na internet, mas foi só hoje, neste sábado, em Paris, que ela de fato chegou a um lugar onde pouquíssimas tenistas na história chegaram. Ao derrotar Sara Errani, por 6/3 6/2 na final de Roland Garros, ergueu a Coupe Suzanne Lenglen e completou o Grand Slam.

Com contratos milionários e corpo de modelo, a vida parecia ter sorrido para a menina que trocou a Sibéria pelos Estados Unidos, ainda criança, para treinar na academia de Nick Bollettieri. Adolescente ganhava Grand Slams. Depois de Wimbledon venceu o US Open em 2006 e o Australian Open, em 2008. Mas, uma cirurgia no ombro a deixou afastada das quadras por praticamente um ano e  fez recomeçar do zero.

Como ela mesmo disse aos jornalistas em Paris, “muitos de vocês não achavam que eu pudesse ganhar esse torneio.” Mas, ela acreditava.

Depois da cirurgia mudou sua base para Los Angeles, contratou um fisioterapeuta particular, Juan Reque, que trabalhava na ATP e que deixou a clínica em Madri só para cuidar da russa. Ela também deixou o pai que sempre a acompanhava nas viagens, de lado e passou a ser treinada por Thomas Hogstedt, além de contar com o preparador físico Nakamura. Ela precisou aprender a sacar de novo e com ranking fora das top 100 começou perdendo para jogadores que nunca perderia antes.

Desde o ano passado ela vem mostrando aos poucos que estava voltando ao lugar onde esteve antes da cirurgia, em 2008, ao topo do ranking mundial. Disputou a final de Wimbledon e do Australian Open.

Para se preparar da melhor maneira possível para estar no auge da forma em Roland Garros, diferentemente de outras temporadas, veio cedo para a Europa. Começou ganhando o WTA de Stuttgart e logo antes do Grand Slam francês ergueu o troféu de campeã em Roma.

Em Paris, nunca pareceu em perigo ou ameaçada por alguma jogadora. Perdeu apenas um set durante todo o torneio e se manteve concentrada em busca do objetivo final.

Confesso que fiquei um pouco preocupada quando ela ganhou a semifinal e houve toda aquela celebração de volta ao topo do ranking mundial. Ela parecia estar “nas nuvens.”

Logo após o jogo contra Kvitova conversei com o Juan Reque e ele me disse que ela precisava manter o foco e não sair comemorando em clima de já ganhou, já sou número um de novo. Foi isso que ela fez após deixar o Stade Roland Garros na quinta-feira.

Manteve a mesma rotina de treinos e jantar com a sua pequena equipe e hoje entrou em quadra pronta para se tornar a 10ª mulher da história a conquistar o Grand Slam e a primeira, desde Serena Williams, em 2003, a conseguir tal feito.

O caminho para ela chegar até aqui deve ter sido duro mesmo, tamanha era a alegria dela em quadra e a cara de quem não estava acreditando que havia vencido o único Grand Slam que faltava, depois de tudo que havia passado.

Normalmente reservada, subiu até o box dos jogadores abraçou a equipe e ainda levantou no colo as filhas do fisioterapeuta. De uma delas, a mais nova, ela é madrinha. Difícil imaginar, mas as pessoas que trabalham com ela acabaram se tornando a família de Sharapova e a eles ela dedica tempo e carinho.

Ainda sem parecer estar acreditando no que havia acabado de acontecer, chegou na coletiva de imprensa e disse: “É surreal. É o momento mais único da minha carreira. Nunca pensei que fosse conseguir isso. Pensei que quando ganhei Wimbledon aquele seria o momento mais especial da minha vida carreira, mas não, esse supera todos. E quando você lembra de tudo que fez, de acordar cedo, treinar no frio, de mudar quando nada está dando certo, e você aguenta pelo amor ao jogo, é recompensada por um momento como esses.”

Foto de Cynthia Lum

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E quem diria, Sharapova é fã do estilo de vida parisiense. Eu também!

Hoje de manhã estava tomando o Petit Dejeuner no Café Les Editeurs, em Odeon, o bairro dos escritores, pensadores e boêmios, e pensando na vida parisiense, em como é maravilhoso ter lugares como este, em que você pode entrar, tomar um café, ler o jornal – os jornais ficam à disposição dos clientes, sem custo – ou até mesmo ler um livro da biblioteca do café, ou fazer uma mini-reunião, ligar o computador, pegar o caderninho de anotações e escrever.  Mais tarde, em Roland Garros, Maria Sharapova que hoje avançou à semifinal do Grand Slam parisiense, falava justamente sobre isso. 

“Adoro como as pessoas levam a vida aqui em Paris. Elas sentam nos cafés, uma perto das outras, conversam, estão a poucos centímetros dos carros que passam em frente, mas é muito bom. Quem não gostaria de ter esse estilo de vida?”

Fiquei surpresa ao ouvir essa declaração de Sharapova. E ela continuou. “Poderia comer todos os dias no restaurant L’Avenue, comer o escargot e os morangos de sobremesa. Claro que engordaria uns 20k, mas tudo bem. Todo mundo aqui anda de bicicleta ou a pé.”

Como ela é tão americanizada, mora em Los Angeles, numa casa daquelas enormes, anda de carro sempre, e é adepta do estilo americano de ser e viver, não pensei que ela pudesse gostar deste  estilo de vida francês.

E justamente eu vinha pensando nisso, porque depois do café da manhã no tradicional Les Editeurs, fui visitar uma amiga minha na região do metrô François Miterrand. Andei até St Michel, olhei para a imponente Notre Dame e fui pegar o RER – trem, já que era direto e apenas duas estações de “viagem”. Nossa, mas como andei dentro da estação.

O metrô fica a duas quadras e mais do escritório da minha amiga. Na volta, peguei o RER e desci na Gare D’Austerliz para trocar de trem para metrô, na linha que vem direto para Roland Garros.

Andei, andei e andei dentro da estação.

Quando cheguei na estação de Roland Garros, a Porte D’Auteil e tinha que andar mais uns 10 minutos para entrar no estádio, quase me desanimei. Mas você começa a andar e vai. Quando vê, já chegou. São questões de hábitos e é realmente um estilo de vida diferente.

Poucas pessoas tem carro. Se tem, não usam durante a semana ou durante o dia. É mais do que normal andar a pé, de metrô, de bicicleta. É normal sentar num restaurante ou café apertado e ficar ouvindo a conversa dos outros, sem prestar atenção. É mais do que normal tomar uma taça de vinho – ou mais – na hora do almoço e numa noite de verão, pegar uma garrafa de vinho como eu fiz na outra semana, com amigos, e bebericar às margens do Senna.

O que não é comum é ver a Sharapova falando sobre isso e muito menos chegando à semifinal de Roland Garros com uma certa tranquilidade. Derrotou Kaia Kanepi hoje por 6/2 6/3 e até agora só perdeu um set no torneio. Vai jogar contra Petra Kvitova, que precisou de três sets para vencer Yaroslava Shvedova.

A outra semifinal é entre Samantha Stosur e Sara Errani.

Parece que Sharapova nunca esteve tão perto de vencer o torneio que ela aprendeu a gostar e o único que falta para ela completar o Grand Slam.

Foto da Sharapova de Cynthia Lum

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Espanhol preparador físico de Sharapova fala da exigência do físico em Roland Garros e da preparação física no tênis mundial

Já estou para escrever este post até mesmo antes de Roland Garros começar. Estava com ele na cabeça, mas às vezes vão acontecendo outras histórias e as iniciais acabam ficando para trás.

Cada Grand Slam tem a sua particularidade e uma de Roland Garros é o fato de ser o que exige mais preparo físico dos jogadores. É no saibro, os pontos são mais longos e haja fôlego e resistência dos tenistas.

Por isso, reproduzo aqui o meu bate-papo com o Juan Reque, o preparador físico espanhol da Sharapova em que ele fala da transformação da preparação física no tênis nos últimos anos e da importância atual dela no circuito.

Ontem, depois do jogo em que Sharapova chegou a estar perto de um adeus precoce a Paris diante da francesa Caroline Garcia, falei com Juan e ele confirmou que se em Roland Garros você não estiver com o físico bem preparado, bem mais do que nos outros Grand Slams, vai sofrer para avançar ou não vai aguentar.

Veja os principais trechos da conversa com o madrilenho Reque, publicada na edição 113 da Tennis View sobre preparação física no circuito profissional e as dicas que ele dá para quem está começando.

 

 

Preparador físico de Sharapova avalia a evolução física no tênis profissional e avisa: “a preparação tem que começar antes do profissionalismo.”

 

Juan Reque trabalhou cinco anos na ATP antes de se mudar para os EUA para cuidar exclusivamente da russa

 

Já estamos cansados de ouvir e de comprovar que sem o físico no circuito profissional, tanto no masculino, quanto no feminino, não há como chegar longe e vencer barreiras entre os tops. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, até pouco tempo atrás o físico não tinha tanto espaço no dia-a-dia dos tenistas. Claro que havia a preparação, mas não da maneira como é feita atualmente.

Quem conta como tudo começou é o espanhol Juan Reque, 38 anos, fisioterapeuta e preparador físico de Maria Sharapova que trabalhou por cinco temporadas na ATP, como fisioterapeuta do circuito, atendeu entre muitos tops, Rafael Nadal em sua clínica a NovoReq na Espanha, antes de se mudar de Madri para  Los Angeles para cuidar exclusivamente do físico da russa radicada nos Estados Unidos.

 

Tennis View – Como você avalia a evolução física no tênis profissional?

Juan Reque – A primeira coisa que temos que notar é que há dez, quinze anos quase não havia jogadores viajando com preparadores físicos e fisioterapeutas no circuito. Pete Sampras foi um dos primeiros a viajar com um todo o tempo e foi o Alex Stober, que trabalhou na ATP e depois até trabalhou com o Guga. O Alex foi um precursor assim como o Walt Landers – falecido em 2004 – que viajou com o Yevgeny Kafelnikov, Marat Safin, Lleyton Hewitt e por um período até com o Andre Agassi e o próprio Sampras.

 

TV – Então os tenistas não se dedicavam tanto ao físico quanto hoje?

JR – Eles faziam o básico da preparação física que é o aquecimento e depois o que chamamos de cool down pós jogo ou treinos. Somente quando havia uma lesão os tenistas davam atenção de fato ao físico e iam tratar do que já estava ruim, quando já era tarde.

 

TV – E quando começou a haver essa mudança?

JR – Pouco a pouco, muito devido a exemplo de outros tenistas que deixaram as quadras cedo por causa de lesões, eles perceberam que talvez fosse melhor prevenir, do que chegar ao momento em que não possam fazer mais nada e tenham que parar de jogar antes da hora, como foi o caso do Guga e do Magnus Norman.

 

TV – E você sentiu essa mudança na base ou só entre os mais tops?
JR – Hoje em dia os adolescentes de 14, 16 anos já estão trabalhando o físico nos programas das principais federações do mundo e assim quando estiverem jogando profissionalmente já terão um conhecimento melhor do corpo, percebendo sinais importantes que ele sempre dá.

 

TV – Sabemos que você não pode contar detalhes do seu trabalho com a Sharapova, mas qual é a principal função de um fisioterapeuta e/ou preparador físico que se dedica exclusivamente a um tenista?

JR – O principal objetivo acompanhando o jogador o tempo todo é fazer com que o corpo do atleta se mantenha sempre em boas condições. O corpo tem que estar flexível, bem compensado e o atleta tem que poder se movimentar bem.

Além disso, uma das principais funções é estar atento, em cima o tempo todo para que não ocorra nenhuma lesão grave, apesar de nem sempre podermos evitar.

O trabalho compreende os músculos, as articulações, tendões, ligamentos, a parte cardio vascular e também do tempo de descanso, do treino, da alimentação. Enfim, é bem completo.

 

 

TV – O que você recomendaria aos tenistas que estão iniciando um trabalho mais sério como juvenis e entrando no profissionalismo?
JR – Acho que uma idade boa para começar a fazer preparação física mais a sério é aos 16 anos. Deve haver um aquecimento sempre, a preparação física em si, um bom trabalho de compensação e condicionamento físico. O que todos tem que ter em mente é que o físico, se não for bem trabalhado, pode um dia vir a te impedir de jogar e você tem que saber também que quando chegar ao profissionalismo não basta ter físico para jogar bem uma partida e sim um campeonato inteiro, uma temporada e para aguentar Grand Slams.

É recomendável, desde o início que haja um entendimento da equipe de preparação física com a equipe técnica, seja em clubes, academias ou quando for particular. Os treinos de tênis e preparação física tem que ser adaptados a cada jogador e aos objetivos traçados.

 

 

 

 

 

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