Tag Archives: tênis

Até 2011, até semana que vem!

Estou querendo escrever este último post de 2010 há uns dias, mas fui protelando e daqui a menos de cinco horas já tenho que estar na rua em direção ao aeroporto para alguns poucos dias de descanso, longe do computador, dos acontecimentos, do corre corre do dia a dia, do twitter, do facebook, etc..

É sempre bom desconectar um pouco, para voltar com novas ideias e inspirações.

Foi muito bom ter tido a ideia de criar este blog e compartilhar meus pensamentos, as notícias, as vivências por aí com todos vocês.

Espero conseguir ter até mais frequência em 2011 e melhorar mais este espaço.

Tomara que a gente comece o ano novo, tão bem quanto começamos, no tênis, no ano passado. Como o tempo passa muito rápido a gente já quase não lembra que há 11 meses um brasileiro ganhava o primeiro Grand Slam junior da história do País, Tiago Fernandes!

Que venham mais vitórias e motivos para o tênis ganhar mais espaço e aproveitar todo esse investimento que está sendo e será feito no esporte nos próximos anos por aqui.

Até 2011, até semana que vem.

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Evento com Guga e Agassi fez o tênis chegar às UPPs

Sempre fui uma defensora da ideia de que um dos maiores benefícios que o Guga trouxe para o País ao ganhar Roland Garros pela primeira vez, em 1997 e se consagrar como número um do mundo anos depois, foi o número de projetos sociais surgidos, através do tênis.

Gostaria até de fazer uma pesquisa para saber quantos projetos sociais de tênis existem no Brasil. Eu faço questão, em todas as edições da revista Tennis View, de dedicar um espaço aos projetos sociais. Sempre divulgamos, com o maior prazer, um projeto, seja ele grande, pequeno, em uma metrópole ou em uma vila do Mato Grosso. O que importa é o poder transformador que o esporte tem e que vidas de crianças de baixa renda e / ou pessoas com necessidas especiais são mudadas com uma raquete e uma bolinha na mão.

Neste fim de semana, durante o Tênis Espetacular, tive a oportunidade de bater um rápido papo com um dos maiores entusiastas que o tênis tem aqui, o Domingos Venâncio, técnico e hoje também Diretor da Federação de Tênis do Rio de Janeiro.

Domingos me contou empolgadíssimo de como foi a experiência de selecionar as crianças nas UPPS (Unidade de Polícia Pacificadora) dos Morros do Andaraí, Dona Marta e Providência, para participarem de clínica com Guga e Agassi, no dia em que os dois campeões se enfrentaram.

Domingos, chamado por Ricardo Acioly para fazer o trabalho, foi aos Morros com sua equipe e sentiu a empolgação das crianças de participarem de um esporte, de pegarem numa raquete de tênis pela primeira vez. “Muitas nunca tinham jogado, mas tinham a experiência do ping pong, por já ter um projeto lá. Foi emocionante.”

Eles não só selecionaram, mas acompanharam e participaram da clínica com as crianças no sábado. Depois delas baterem bola com Guga e Agassi ficaram no Maracañazinho e suas imediações o dia todo, jogando mais tênis, lanchando e participando de outras atividades ligadas ao tênis, até a hora do jogo.

Esse é um dos maiores benefícios que um evento como este consegue trazer para o País, além daqueles dos quais nós próprios nos beneficiamos, como o espetáculo, o tênis em alta novamente, que é bom para todos os envolvidos na indústria deste esporte, mais visibilidade, empolgação, novos patrocinadores, entre outros.

Agora o principal objetivo de Domingos é conseguir que esse projeto com as crianças das UPPs seja expandido para outros locais. “Vamos continuar. Não demos só o doce na boca das crianças para depois tirar.”

Além das UPPs, participaram também da clínica algumas crianças do projeto Tênis na Lagoa.

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Uma homenagem mais do que especial ao Mestre Thomaz Koch

Koch emocionado entre Marcelino e Aerts

Ontem tive a oportunidade de acompanhar a homenagem para o Mestre Thomaz Koch, na Grande Final do Citigold Masters Tour, em Angra dos Reis e afirmar que foi emocionante ver o Mestre ser ovacionado de pé pelo público presente no Club Med.

Participei ativamente da produção da homenagem, agendando e gravando os depoimentos do Guga, Meligeni, Sá e de todos os tenistas que jogam o circuito com o Mestre e que estavam entre e Rio e São Paulo nas últimas semanas.

Ouvi inúmeras vezes os depoimentos, acompanhei a edição, o ensaio, a inserção de fotos cedidas pelo jornal  O Globo e ainda editei e vasculhei muita informação sobre Koch, para o texto da revista do Citigold Masters Tour, que faz um apanhado geral sobre a carreira do brasileiro.

Ao começar a fazer a pesquisa sobre os feitos de Koch eu mesma me surpreendi com tantas façanhas. Apesar de já conhecê-lo há anos, de ter lido sobre o que alcançou, por ter jogado parte da carreira em uma época em que o tênis não era profissional, muitos dos dados são difíceis de encontrar e pouco divulgados.

Claro que sabia que ele havia vencido o ATP de Washington, mas não me lembrava que a vitória foi sobre Arthur Ashe na final e que ele recebeu o prêmio das mãos da filha do Presidente Richard Nixon, Tricia.

Sabia que ele ainda é recordista da Copa Davis e que ganhou de Bjorn Borg, em Bastad, quando o sueco era número um do mundo? E que ele foi vice-campeão juvenil de Roland Garros duas vezes?

Muitas dessas informações foram me contagiando e aumentando ainda mais a minha admiração por Koch.

Às vezes por ele ser uma pessoa tão bacana, acessível, humilde, agradável, com aquela energia que contagia a todos, nos esquecemos tudo o que ele já fez e continua fazendo pelo esporte brasileiro. Até capitão de equipe brasileira Pan-Americana ele já foi, em Havana e ganhou medalha de ouro.

Talvez até ele se esqueça do que já conquistou ou não fique pensando nisso todos os dias. Leva uma vida como qualquer outro cidadão, com uma intensa paixão pelo esporte e carinho pelos próximos.

Por isso, ao subir ao palco e agradecer a homenagem da Try Sports, afirmou, com lágrimas nos olhos, que agora “vai começar a acreditar que realmente é tudo isso.”

Reproduzo aqui a materia escrita com Lia Benthien, sobre o mestre e o vídeo com os depoimentos da homenagem.

httpv://www.youtube.com/watch?v=rFLIXA1TLXM

O Mestre Thomaz Koch

Principal estrela do Citigold Masters Tour, desde a sua primeira edição, Thomaz Koch fez de 2010 uma de suas melhores temporadas no circuito.

Um dos maiores tenistas brasileiros de todos os tempos, viveu boa parte da sua carreira na era amadora do tênis, quando o ranking não era computado e não havia registros dos principais resultados. Mesmo assim, estima-se que esteve entre os 15 melhores do mundo. Oficialmente, depois da criação da lista, foi o 24º em 1974.

Koch venceu alguns dos maiores nomes do esporte, como Rod Laver, Arthur Ashe, Guillermo Vilas, Ion Tiriac, Andres Gimeno, Manuel Santana, Bjorn Borg, entre outros.

Começou a carreira cedo para os padrões da época. Foi à final do Orange Bowl  de 15 anos em 1960 e à semifinal de 18 por equipes. Três anos depois, além de vencer o Orange Bowl nos 18 anos, foi quadrifinalista, como profissional, do Nacional dos Estados Unidos, hoje US Open, que era jogado na grama. Koch conta que teve dois match points, mas acabou perdendo para o então campeão de Wimbledon, Chuck McKinley. Na época era proibido jogar com sapato de prego, mas McKinley reclamou que a grama estava escorregadia e trouxeram um par para ele. Koch também pediu um, mas disseram que não havia o seu número.

As histórias fazem parte da vida de Koch, um tenista que nunca teve técnico e planejou sozinho a carreira. Viajava meses pelos Estados Unidos e Caribe em troca de prêmios de US$ 25,00 por título. Na Europa não era diferente. Venceu Gstaad e ganhou um relógio como prêmio.

Em Grand Slams, além das quartas do US Open, Thomaz Koch colecionou bons resultados em Roland Garros- duas finais juvenis e como profissional , quartas de simples e duplas- além  do troféu de duplas mistas ao lado de Fiorella Bonicelli. Em Wimbledon foi quadrifinalista de simples e semifinalista de duplas. Na Austrália nunca jogou.

Ganhou torneios na Venezuela, Espanha, Estados Unidos, México, Suíça, Inglaterra e Alemanha. Em Barcelona derrotou Manoel Santana na final. Em Washington, venceu Arthur Ashe e recebeu o prêmio das mãos da filha do presidente Nixon. Para completar suas façanhas, ganhou de Bjorn Borg em pleno saibro de Bastad.

Seu estilo meio hippie, cabelos compridos e fita na cabeça rendeu alguns seguidores. Guillermo Vilas declarou em seu livro que os cabelos compridos, o jeito de andar e a bandana eram para imitar seu ídolo Thomaz Koch.

Recordes na Copa Davis que duram até hoje

Na Copa Davis, Koch é ainda o brasileiro que mais confrontos disputou (44 em 16 anos) e detém todos os recordes da competição no Brasil. É o que tem mais vitórias de simples (46), mais vitórias de duplas (28), mais anos representando o pais (16). É também o nono tenista que mais venceu em toda a história da competição entre nações (74 a 44), é o sétimo, também em toda a história, com maior número vitórias nas duplas e o quarto, ao lado de Mandarino, como melhor parceria no livro dos recordes. Com Koch, o Brasil chegou à semifinal, em 1966 e 1971.

Recordes no Pan-Americano

E também é recordista em medalhas em Pan –Americano –foi ouro em simples e duplas em 1967, em Winnipeg, prata no Brasil em 1963 na dupla mista com Maria Esther Bueno e  bronze em duplas masculino. Alem das medalhas como jogador, Koch foi campeão Pan-Americano como Capitão em Indianápolis (1987) e Havana (1991).

Destaques da Carreira

1960

Final Orange Bowl – 15 anos

1962/63

Duas vezes vice-campeão juvenil de Roland Garros. Perdeu as finais para John Newcombe e Nikola Kalogeropoulos.

Estreou na Copa Davis aos 16 anos.

1963

Campeão Orange Bowl 18 anos (juvenil)

Alcançou o topo do ranking mundial juvenil

Quartas-de-final Nacional dos EUA (atual US Open)

Vice-campeão do GP de Caracas

Vice-campeão do GP de Hilversum

Medalhista de prata nas duplas mistas (Maria Esther Bueno) e bronze nas duplas (Iarte Adams), no Pan-Americano de São Paulo

1964

Campeão do GP de Gstaad (d. Ronald Barnes)

1966

Campeão em Barcelona

Semifinalista da Copa Davis

1967

Quartas-de-final Wimbledon

Campeão Pan-Americano de Simples e Duplas (Edison Mandarino)

1968

Quartas-de-final de Roland Garros

1969

Campeão do GP de Washington com vitória sobre Arthur Ashe na final

Campeão do GP de Caracas – (d. Mark Cox)

1971

Campeão do GP de Caracas em simples (d. Manoel Orantes) e duplas, com Edison Mandarino

Campeão duplas em Macon, com Clark Graebner

Semifinalista da Copa Davis

1974

Semifinalista dos GPS de São Paulo, com vitória sobre Panatta e perdendo para Borg e dos de Teerã e New Jersey

Vice-campeão de duplas em Gstaad, com Roy Emerson

Alcançou a melhor posição no ranking de simples: 24ª

1975

Campeão de duplas mistas em Roland Garros

Campeão de duplas em Istambul com Colin Dibley

Semifinalista do GP de Bastad, com vitória sobre o no. 1 do mundo Bjorn Borg.

Semifinalista do GP de São Paulo, perdendo para Rod Laver.

1976

Vice-campeão em Nuremberg e Khartoum, no Sudão

Semifinalista dos GPS de Buenos Aires e duas vezes em São Paulo.

1979

Campeão da Copa Itaú aos 34 anos

1982

Vice-campeão de duplas do GP de Itaparica com Jose Schmidt

1981

Defendeu o Brasil pela última vez na Copa Davis, com 36 anos de idade.

1983

Vice-campeão de duplas do GP de Itaparica com Ricardo Cano

Alcançou a melhor posição no ranking mundial de duplas, a 60ª

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Academia de McEnroe, em NY, supera expectativas e já tem lista de espera

McEnroe, na sua academia em NY
Há dois meses estive na recém-inaugurada academia de John McEnroe, em New York, no complexo Sportimes em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan.

Dava para perceber no ar a empolgação dos envolvidos com o projeto e o comprometimento da família McEnroe, que tem como principal objetivo formar campeões.

Parece que esse sentimento se espalhou pela cidade. Hoje recebi um comunicado do assessor da academia, confirmando que já há lista de espera para treinar com a supervisão de John McEnroe. Já são mais de 400 alunos treinando na John McEnroe Tennis Academy, com idades entre 06 e 16 anos.

Um dos segredos do sucesso, de acordo com Mark McEnroe, irmão de John e Patrick e Diretor da academia, está na proposta de trabalho, que não prevê que as crianças deixem suas casas para treinarem e aposta na variedade de atividades para trabalhar a mente, além do tênis. Veja a declaração dele no comunicado que recebi hoje.

“Parents have told us that the balance we offer between tennis, fitness and encouraging kids to follow their educational goals, has made a big difference, and combined with a state-of-the-art facility, easy access from anywhere in the tri-state area  and our team of world class teaching professionals, we have a unique approach that we know will be successful over time.”

Bem, a minha visita, durante o US Open, virou uma matéria para Tennis View, publicada na edição 108, que reproduzo aqui e que mostra mais detalhes do complexo de John McEnroe.

John McEnroe que formar novos campeões 

Ele tem sete títulos de Grand Slam, foi número um do mundo, joga o Champions Tour, o World Team Tennis (WTT), é um dos comentaristas esportivos mais respeitados da televisão, é casado com Patty Smith, tem seis filhos e agora quer formar campeões.

Aos 51 anos de idade, John McEnroe inaugurou há dois meses a John McEnroe Tennis Academy, em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan. Uma academia de tênis, em parceria com o grupo Sportimes, com o objetivo de ver o tênis renascer em Nova York, cidade onde ele nasceu, e formar campeões.

Sem um americano entre os top 10, pela primeira vez, desde 1973, a ideia de McEnroe ganha ainda mais força.

A academia não é simples, nem luxuosa. Tem 20 quadras de tênis, 10 de har-thru e 10 rápidas, espaço para montar arquibancadas provisórias, vestiários e sala de ginástica bem equipada. Há uma lanchonete, uma pro-shop e os escritórios.

As quadras todas podem ser cobertas, com o que eles chamam de “bubble,” para que os treinamentos não parem no inverno.

Há programas para todos os tipos de tenistas e idades. Desde aqueles que querem ter apenas meia hora de aula por semana, passando pelos que desejam alugar quadra, ou ter aulas em grupo. Os níveis de treinamento, excluindo o competitivo, variam do iniciante ao avançado, até o cardio tennis, com treinos específicos para adultos e para crianças com idades de 2 a 5 anos.

Para participar de qualquer um destes programas é necessário ser membro da academia e o título, individual ou familiar sai por U$ 500. O que varia são as taxas mensais que custam aproximadamente U$ 65 por pessoa. Adolescentes e jovens até 22 anos entram no programa Junior, em que o título sai por U$ 100. Os treinamentos custam entre U$ 3,6 mil e U$ 4,8mil, por 34 semanas.

Durante as férias há ainda o que eles chamam de “Summer Camps,” com clínicas semanais para diferentes grupos de crianças.

A academia fornece transporte de ida e volta do centro de Manhattan e não prevê hospedagem para os atletas.

“Não queremos transformar a academia em um centro como o do Nick Bollettieri. Não queremos que as crianças saiam de casa para treinar tão cedo. Elas devem ter uma infância e adolescência normal,” explica o Diretor Técnico, Gilad Bloom, um israelense, ex-profissional da ATP, que chegou a ser o 43º no ranking mundial e que McEnroe escolheu para implantar o sistema de treinamento.

A visão de John, que encarregou o irmão do meio, Mark, de administrar a academia, é de que as crianças e os jovens façam de tudo um pouco, até para desenvolver outras áreas da mente que depois possam ser úteis no tênis. “É uma maneira de evitar o burn-out,” diz Bloom.

“Essa academia é um sonho antigo do John,” conta o advogado Mark. “Muita gente tem dúvida se ele vai realmente estar presente, mas quando John se envolve em algo é sério e ele quer muito ver isso dar certo.”

As 728 crianças que participam do programa de treinamento da JMTA diariamente praticam algum outro esporte, podendo ser o futebol, baseball ou xadrez.  “Não queremos tenistas unilaterais. Eles tem que abrir a mente,” disse McEnroe à New Yorker, na inauguração do seu espaço.

O próprio John desenvolveu o seu tênis perto de casa, na extinta Academia de Port Washington, do australiano Harry Hopman, seu mentor e chegou a cursar um ano de tênis universitário, em Stanford, antes de optar pelo profissionalismo.

Com uma agenda atribulada, Gilad e Mark é quem tocam a academia no dia a dia. Mas, é John quem contrata os treinadores pré-selecionados por Bloom e está presente frequentemente para olhar os jogadores e bater bola com eles.

“O teste de admissão aqui é feito em quadra. O John bate-bola com os treinadores e depois joga um set com eles. Só depois decide se contrata ou não,” conta Bloom.

Entre os treinadores só há ou ex-profissionais de nível ou tenistas que jogaram tênis universitário em alguma faculdade da Divisão I da NCAA. “O nível de educação é importante,” ressalta o israelense.

“Quando John está em quadra com as crianças, nós usamos o cérebro dele. É a nossa missão, quando ele está aqui, de anotar tudo o que ele está observando e implantar nos dias que se seguirem, porque quando ele voltar, ele vai cobrar.”

Foi o próprio John que recrutou as crianças que ganharam bolsas de treinamento, em um dia inteiro de testes na JMTA.

Os grupos de treino são dividos em quadra, de acordo com o nível e idade, mas a base do método é a mesma, com ênfase na técnica, disciplina e experiência. “Não adianta você fazer 2 mil drills por dia e não jogar sets. Só jogando sets você vai fortalecer a sua mente.”

Entre tantas crianças que já estão treinando na academia, há uma que mais chama a atenção, o menino de 12 anos, Alex Kovacevic. “Os pais não queriam que ele fosse morar na Flórida ou no Texas e faziam questão que continuasse tendo uma boa educação,” relata Bloom.

“Se daqui a um tempo conseguirmos ter um top 10, estivermos encaminhando jogadores para o profissionalismo e para a universidade, teremos sucesso.”

(DG e NA)

Crédito das fotos: CameraWork e Tennis View

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Depois da vitória de Clijsters, Good Bye Doha.

A vitória de Kim Clijsters sobre Caroline Wozniacki por 6/3 5/7 6/3 e logo depois a de Dulko e Pennetta sobre Srebotnik e Peschke, por 7/5 6/4 marcou o fim da grande temporada do tênis feminino, da WTA. Claro, ainda há a final da Fed Cup e a disputa em Bali, com as jogadores que se sobresaíram em 2010, mas não chegaram entre as top 8, mas para o grande público mundial, o ano chegou ao fim.

Chegou ao fim também a disputa do WTA Championships em Doha, no Qatar.

Durante três anos a capital árabe sediou o mais importante campeonato de tênis do calendário, depois dos Grand Slams.

Próximo destino: Istambul, na Turquia.

Estive em Doha no primeiro ano do evento. Trabalhei para o evento acontecer, fui Media Director internacional da competição e realmente o evento é comparável aos outros Masters que já estive. Não deixa a desejar. A estrutura é de primeiríssimo mundo e tudo para as jogadoras, imprensa, patrocinadores, público é do bom e do melhor.

Mas, mesmo tendo participado do evento e sabendo da importância que a competição tem para o País, que quer se posicionar como um polo esportivo e ganhar cada vez mais espaço no mapa mundi, me questiono quanto ao legado para o povo local e quanto a relevância do torneio na esfera internacional.

Doha já tem um grande campeonato de tênis masculino – ATP e um feminino. Ver estrelas do circuito pelas ruas e pelos luxuosos hotéis da região não é novidade para ninguém.

O país se empenha sim em desenvolver o esporte. É só notar quantos eventos esportivos tem sido dispuatdos por lá ultimamente, mas o quanto isso vai desenvolver o tênis entre os Qataris, não sei precisar e não consigo enxergar muito além. Se não houvesse torneio algum de tênis por lá, aí sim a história poderia ser diferente.

Compartilho da mesma opinião sobre a disputa em Istambul, no próximo ano.

Apesar da Turquia ser um país um pouco mais próximo culturalmente do ocidente do que o Qatar, que contribuição trará para o tênis jogar o Masters por lá.

Pode ser que não esteja pensando globalmente e que esteja sendo muito ocidentalizada. Mas, para mim, estes campeonatos tem que ser disputados em grandes arenas, com tradição no esporte.

Claro que há uma questão financeira importante ao levar os campeonatos para lugares distantes e países que estão tentando se posicionar, mas será que vale a pena?

Será que não teria muito mais valor de marca para a WTA, para os fãs e público, jogar no Madison Square Garden como era feito antigamente ou mesmo em Londres onde hoje competem os homens? Será que os jornalistas de diversas partes do mundo não teriam ido ao torneio, mesmo sem americanas competindo?

A WTA até tentou continuar nos Estados Unidos. Colocou a disputa do Masters em Los Angeles e foi um desastre de público e mídia. O local não tinha tradição no esporte.

Os anos em que o Masters da ATP foi disputado em Houston também foram criticados. Agora, em Londres, parece estar no lugar certo.

Não vou dizer que foi estranho ver o Masters em Lisboa. Parecia algo natural, numa arena coberta, na Europa, onde foi disputado por muitos anos – especialmente na Alemanha. Quando foi para Shanghai nós brasileiros sofremos com o fuso-horário para assistir e compreender o que se passava na Ásia.

Não combinou também. É, devo estar sendo super ocidentalizada, nada globalizada como costumo ser, nada a favor do esporte para todos, mas nestes locais, apesar do esforço dos organizadores, da ATP, WTA, das tenistas, falta aquele algo a mais.

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Dementieva explica a despedida do tênis, em Doha


Dementieva anuncia o fim da carreira em DohaA despedida de Elena Dementieva pegou todo mundo de surpresa ontem. A russa, de 29 anos, depois de perder o seu último jogo no WTA Championships, em Doha, contra Francesca Schiavone, anunciou para o mundo que estava se aposentando das quadras.

A decisão ela já havia tomado no início da temporada, mas optou por não contar para muitas pessoas – somente a família e os amigos muito próximos sabiam da decisão – querendo evitar turnê de despedida e ter que falar sobre o assunto o tempo todo.

Preferiu deixar o circuito enquanto ainda estava vencendo. Chegou ao terceiro posto no ranking mundial, venceu 16 torneios, ganhou a Medalha de Ouro Olímpica em Beijing, em 2008 e agora está pronta para começar uma família.

Primeira russa a alcançar a final de um Grand Slam – em 2004, em Roland Garros, perdeu a final para a compatriota Anastasia Myskina -, Dementieva não conseguiu vencer um torneio da categoria, mas sempre estava lá. Teve seu saque como seu principal inimigo, mas não deixou de vencer por isso. Competiu durante 13 temporadas, encantando o mundo.

Não posso dizer que conheço bem a tenista. Claro que a vi jogar bastante, participei de bastante entrevistas com ela e durante muitos anos em Paris ela ficava no mesmo pequeno hotel, a poucos passos de Roland Garros, em que costumávamos ficar com o Guga. Discreta, fluente em diversas línguas, era dedicada ao esporte, aos estudos, um pouco diferente das superestrelas do circuito. Era uma estrela, sem precisar aparecer.

Como despedida, deixo aqui a transcrição da entrevista coletiva enviada por colegas, que ela concedeu ontem, no Khalifa Stadium, em Doha, logo após anunciar que não competiria mais na WTA.

Q. Why are you doing it?
ELENA DEMENTIEVA: (Laughter.) I need some support. Why are you asking me these questions?
I think it’s the right time for me. I never wanted to wait until my ranking dropped and I’m not going to be able to go to the main draw. I always wanted to leave this sport with a passion for it. Tennis has been such a big part of my life, and always will be.
To be honest with you, I mean, if I would be a man I would never stop playing. But in the age 29; I have to think about something else. I think I’m ready for the big change in my life.
Still, it’s very tough decision to make. Very emotional. I made the decision in the beginning of this season, so it was very hard coming to the tournaments knowing that this was my last one. It was very emotional for me to play the whole year.
But, I mean, that’s decision like — you know, it will happen to every athlete, and you have to get ready for this.

Q. What ideas do you have for the future? You say you want to explore new avenues. Media? Coaching? Getting away from tennis altogether?
ELENA DEMENTIEVA: You know, I think — well, I’m pretty sure I’m going to miss so many things about our tour. Well, right now I feel like it’s the end of the world, because I really like to play. It’s going to be completely different life for me.
It’s really hard to talk about it. Very emotional.

Q. In those circumstances, it’s tough, I know, but some of the Tweets that have been coming in from all over the world, most seem to be why? They can’t understand why someone as who is talented as you and can still play at a very high level would decide that now is the time to stop playing. That seems to be the general feeling.
ELENA DEMENTIEVA: Yeah, that’s the way I feel. When I talk to my family about this decision I was really waiting for them to support me, but they were very surprised. They told me, You have to make the decision. It’s up to you. You are the only one who knows what is the right time for you. Nobody else.
We want you to play because we know who good you can be, and you still can play couple of years and win many tournaments. But if you feel this way, you have to make this decision. I was really looking for some support. I think nobody was really happy about it maybe except my boyfriend.
Yeah, I feel very sad. But, like I said, it’s the right time for me.

Q. How will you occupy your time?
ELENA DEMENTIEVA: Well, I study. I study in one of the best university in Moscow. I started last year, so obviously now I have more time to do some more study.
Then I decide what I like to do in my life. Because I think it’s one of the most difficult part, you know, for every athlete to make such a big change in my life.
I really want to keep myself busy, because it’s going to be hard to watch all the girls playing. I know I’m going to follow the tournaments. I’m sure I’m going to watch Australian Open and send some messages to the winners.
I’m going to keep myself busy and try to find some other interests in my life.

Q. So when you did the speech for Amélie in Paris, you already know for you?
ELENA DEMENTIEVA: Yes, and, you know, I was very emotional for her, because we all kind of — we had idea that she was going to retire in Paris, but I think nobody really know about my decision.
I didn’t want to make it public. I didn’t want everybody talking about the whole season. You know, I only told to my family and close friends, so today in the court I was very surprised that everyone kind of knew about my secret. They all were standing, and it was very special for me.

Q. How do you want people remember you in the future?
ELENA DEMENTIEVA: Well, I don’t know if I want people to remember me. I’m sure I’m going to remember myself as Olympic champion. That’s the best thing could ever happen in my career. That was the biggest goal, and I’m so proud of that moment. It was unforgettable experience and unforgettable memories for me and my family.
I don’t think about how people going to remember me.

Q. Was there one match or one experience that – I guess it was this time last year – made you think, That’s it, one more year? Or did you just come to the conclusion when you were in the off-season and taking time off?
ELENA DEMENTIEVA: Well, I always had a dream of winning French Open, so starting — you know, playing this season, I just wanted to give myself another try. After Olympic Games, that was the biggest dream of mine. I was so close.
But I mean, I was pretty lucky. I never had so many injuries during my career. I was pretty healthy. But that injury probably happened in the worst moment in my entire career.
Yeah, but, you know, I have no regrets. I think I was practicing very hard; I was trying very hard; that was my way.
If it didn’t happen, it didn’t happen, but I have nothing to blame myself. I was very professional and I had nothing but tennis, tennis, tennis, and I did it with passion.
So I have absolutely in regrets. I have so many things to be proud of. It was a very difficult and long way for me. So, yeah, I just have very nice and unforgettable memories.

Q. Stacey Allaster said, This is your family; please don’t go away, or don’t go away for too long. Can you imagine being involved in the WTA Tour in some way in the future?
ELENA DEMENTIEVA: Yeah, it’s so true. I know all of these people who work in WTA for so many years, and we get very close with some of them. It feels like a family. We’re all spending so much time together, traveling together. It’s very hard not to see them again.
I’m not sure if I’m going to be involved in WTA Tour, but it’s great to know that Stacey is taking care of our tour. I think she’s doing a great job. It’s not an easy job to do. We have so many great changes already.

Q. I remember asking you at the start of the week how you thought you were going to do next year, and now I know why you said you didn’t want to talk about next year.
ELENA DEMENTIEVA: It was so funny, like all the players are asking me, Oh, where you going for vacation? Where are you going tos tart next year? I’m playing Hopman Cup or Hong Kong. What’s next for you?
I was like, Well I don’t want to talk about it.

Q. But in terms of strength of the game, how strong do you think women’s tennis is and can become with some of the young players coming into the game right now, someone like Caroline Wozniacki, for instance, the new No. 1?
ELENA DEMENTIEVA: Well, it’s really great achievement for her. In the age 20 she’s reaching the No. 1 one position. I think it’s extraordinary result. It’s good to have new faces on the tour. She played an excellent year, and she really deserves to be No. 1.
You know, I just feel sorry for Williams sisters, that they are not here. With them, it’s really interesting and challenging for the rest of the players. But I think we’re going to see some more young players coming on the tour and playing in the top level, because I think this is kind of time to change.
There are a lot of 29, 27, 30 years old players that are going to retire in a year or two, so for sure we going to see some new faces coming up.

Q. Does stop playing tennis in not a big country, in Qatar, mean anything for you?
ELENA DEMENTIEVA: You know, in the beginning of every season, I always had a motivation to get to the Championships. This is the biggest event in the end of the season.
You know, I was very happy that I could play my last one here. It’s been three years that we’re playing here. Like I said, it’s been very amazing and unique experience for all of us. I will remember this. It was very special.

Q. When you came into the top part of the game, you were a major part of what was, you know, probably wrongly called at the time, the Russian Revolution. There was so many of you girls coming through at the same time. Do you see now that Russia is going to carry on producing such a number of top-class players, or do you think it’s going to be more maybe China or places like that that bring numbers of players through?
ELENA DEMENTIEVA: Well, it’s difficult for me to talk about China because I don’t know exactly how many junior players they have for the moment. I think we going to see some more very good Russian players coming on the tour.
Well, I think from my generation, the key for all of those good result was the competition. We had so many great players, and the competition really makes you work hard. It’s just an extra motivation for all of us.
So I think right now we have so many good juniors playing in the top level and trying to come to the tour, so, yeah, for sure we going to see some more Russian girls.

Q. You said that if you were a man you would play on forever, and you got some big changes in your life coming up. Can we assume you’re looking to start a family in the future?
ELENA DEMENTIEVA: I hope so, yeah.

Q. Which is the best moment in your sports career that you would never forget it?
ELENA DEMENTIEVA: Well, there are a couple of things, couple of weeks that I will never forget. I would never forget my first tournament that I won on the tour, because I was waiting for this moment for a long, long time.
I remember I won in Amelia Island, one of the very popular tournament on the tour, beating like four, you know, top 10 players. Beating Justine in the semifinals, saving match point, I still remember that. And then beating Lindsay Davenport in the final, I was so exciting to win my first event.
For sure I will remember all the experience in the Olympic Games. My first Olympic Games in Sydney with a silver medal; disaster in Athens; and for sure the gold medal in Beijing. I will never forget it. That was the best week of my career. Yeah, like I said unforgettable experience.

Q. What were the biggest disappointments in your career, that French Open against Anastasia?
ELENA DEMENTIEVA: No, I’ve not thought about that as a disappointing. I was 19 years old. It was a great experience for me.
Like I said, I have no regrets because, you know, that was my way. That’s the way I played. I was far away from being perfect, but, you know, I had a great fighting spirit. Even without good serve, I was struggling for so many matches, but I was fighting and I was never give up. I was giving 100% on the court no matter who well I was playing. This is what I like.
You don’t have to be perfect, but you have to try very hard, and I did all the time.

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Clínica de Férias de Tênis – Tennis Summer Camps! Aproveite a chance de sair na Tennis View

Estamos concluíndo a próxima edição da Tennis View e esse número, quase no fim da temporada, é aquele especial com um Guia de Clínica de Férias.

As páginas sobre esse momento que se torna inesquecível, principalmente para a garotada, é um serviço que a Tennis View divulga há anos, com divulgação gratuita dos programas especiais que as academias e técnicos oferecem nos meses de férias, tanto aqui, como no exterior.

Entra ano, sai ano e fico impressionada em como essas informações demoram a chegar nas nossas caixas de email ou como as chamadas telefônicas levam dias para serem retornadas e quando são.

Com raras exceções, recebemos as informações completas de onde, como, quando, para quem, com que carga horária, valor, etc.. esses treinamentos especiais serão realizados.

Já estamos quase concluindo a matéria, temos um bom material, mas como sou persistente e gosto sempre de ter algo a mais na revista, de levar uma informação ainda mais completa para os tenistas, gostaria de pedir àqueles que tem academias, hotéis, trabalham com o esporte, são técnicos e/ou professores e ministrarão ou participarão de atividade similar e que ainda não mandaram as informações para a paciente Fabiana de Oliveira, que entrem em contato conosco.

A divulgação da informação é GRATUITA. Sim, claro que há anúncios, afinal sem os nossos anunciantes e parceiros não teríamos a revista, mas divulgar a informação é nossa obrigação.

E-mail tennisview@tennisview.com.br

Tel: (11) 55335312

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Billie Jean King, a maior embaixadora do nosso esporte in the USA

Estou escrevendo uma matéria para a próxima edição da Tennis View sobre a Billie Jean King e apesar de já ter escrito outras vezes sobre a fundadora da WTA, vencedora da “Battle of the Sexes,” contra Bobby Riggs e campeã de inúmeros Grand Slams, sempre me impressiono com o poder de influência que ela tem, principalmente nos Estados Unidos.

Ela advoga em prol do esporte, das mulheres, é recebida por Barack Obama na Casa Branca, é convidada de honra para falar em convenções gigantescas, como uma que ocorre nos próximos dias na Califórnia, seu estado natal, a Women’s Conference, liderada por Maria Shriver e que terá a participação de Michelle Obama, Ophra Winfrey, Sally Field, Laura Bush, Arnold Schwarzeneger, Goldie Hawn, Caroline Kennedy, entre outras ilustres influentes dos Estados Unidos.

Ela organiza eventos de caridade, há 35 anos faz o World Team Tennis, é autora do livro Pressure is a Privilege, conselheira da WTA, embaixadora da UNICEF e muito mais…

Enfim, Billie Jean King é um presente que o tênis ganhou há muito tempo e que devemos ser eternamente gratos pela representatividade que ela dá e traz ao esporte.

Ah, não podemos esquecer que o maior estádio de tênis do mundo, o do US Open, o Arthur Ashe Stadium, fica no Billie Jean King National Tennis Center, em New York.

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Copa Itaú de Tênis Escolar e Universitário 2010

Veja como foi a Copa Itaú de tênis escolar universitário 2010 em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Continue reading

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Fabiana Murer, uma atleta diferenciada, nas finais do Nike Junior Tour

Tive a oportunidade de conhecer hoje uma das maiores esportistas do nosso País, Fabiana Murer.

Campeã mundial de salto em vara, Fabiana esteve no Nike Junior Tour para premiar os campeões da competição, no Clube Paineiras do Morumby.

Apesar de ter visto os saltos na televisão, lido as notícias das conquistas nos jornais, não sabia muito sobre a Fabiana, até ser informada que ela estaria na final do torneio, o maior da categoria juvenil para 12 e 14 anos e que classifica os campeões para o mundial no paradisíaco Resort Club Med Columbus Isle – Bahamas, em dezembro, com tenistas de outros 29 páises.

O torneio já revelou nomes como Rafael Nadal, Maria Sharapova, Juan Martin del Potro, Tomas Berdych, entre outros e apesar de já existir há 14 anos, começou a ser disputado no Brasil apenas há três.

Com nomes tão ilustres que já passaram por ele e a oportunidade de disputar um Mundial, nas Bahamas, a competição atraiu mais de 160 tenistas de todo o Brasil e na final deste domingo, a maioria precisou de quase três horas para conquistar o título.

Fabiana entre os campeões Marcondes, Martins e Koelle (João Pires)

Lucas Koelle, Ingrid Martins, Julia Iarocrinski e Euclydes Marcondes saíram com o passaporte carimbado do Clube Paineiras do Morumby rumo às Bahamas.

Há algum tempo não acompanhava de perto um torneio juvenil e foi surpreendente ver como cada jogador se dedicou em quadra e lutou para vencer o Nike Junior Tour. Eram crianças de, no máximo, 14 anos, dando tudo pela vitória, permanecendo horas e horas em quadra.

Patrocinada pela Nike, Fabiana Murer foi convidada para fazer a premiação, como mais uma forma de incentivo aos tenistas.

De férias depois de ter conquistado o indoor de Doha, a Diamond League, quebrado o recorde sul-americano em San Fernando (saltou 4,85m), Fabiana chegou ao Paineiras quando os jogos estavam começando, ao lado do técnico Elcio Miranda e dos executivos da Nike.

Durante quase quatro horas a atleta ficou nas arquibancadas das quadras cobertas do clube, assistindo os jogos – era a primeira vez que assistia uma partida de tênis ao vivo – dando autógrafos, entrevistas, conversando com os tenistas e até posando para fotos com uma raquete.

Contou que adora o esporte da raquete e da bolinha, apesar de nunca ter jogado. Assiste sempre que está viajando. É fã de Roger Federer, Rafael Nadal, Serena e Venus Williams e de Maria Sharapova.

Reparou como é necessário ter concentração, paciência e estar preparada para “jogar” o seu melhor no final, assim como no salto com vara.

Entre uma entrevista e outra, Fabiana contou que antes de se dedicar ao salto com vara se formou em fisioterapia – é raríssimo ver um atleta que tenha terminado uma universidade.

Como curiosidade disse que uma das coisas mais complicadas quando viaja pelo mundo é levar a vara no avião. Com 4,5m de comprimento, a vara não cabe em todos os aviões, então às vezes para ir de um país a outro, especialmente na Europa, tem que percorrer distâncias maiores, só para poder levar a vara.

Quem cuida de tudo para ela é um empresário na Suécia. Normalmente ela viaja com o sueco e o técnico Élcio. Uma vida solitária, assim como a dos tenistas.

Logo depois que as ferias terminarem, Fabiana inicia a preparação para a temporada 2011. Treina um pouco no Brasil e depois vai para a Europa treinar ao lado da sua maior rival nas competições, a russa Yelena Isinbayeva.

“Quando comecei a saltar o Élcio foi na cara dura conversar com o técnico da Yelena – Vitaly Petrov – e nos aproximamos.”

Fabiana ainda não tem certeza onde treinará. Pode ser na Itália – no Centro Olímpico -, na Espanha ou em Portugal.

Atenciosa e paciente, Fabiana ficou no Paineiras até o início da noite. Premiou os campeões, tirou fotos com todos e além de parabenizá-los, pediu para jogarem sempre com prazer e alegria.

Foi mais uma lição de humildade e profissionalismo que os tenistas do Nike Junior Tour tiveram ao conviver neste domingo com a atleta.

Com finais tão demoradas, em um domingo de chuva em São Paulo, no meio das férias, ela poderia ter ido embora horas antes, mas cumpriu o seu compromisso até o final.  Uma atleta diferenciada. Outros esportistas, com muito menos títulos e status do que Murer, talvez não tivessem se portado como a atleta.

Parabéns aos campeões. Parabéns a Fabiana.

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