Ainda é muito cedo para afirmar que há uma mudança significativa no circuito, que os top 4 não são mais os mesmos, mas estamos começando a ver sinais de novos tempos, ou dos atuais se desgastando. Djokovic, Federer, Nadal e Murray ainda dominam o tênis, ainda são os Big 4, mas começam, cada vez mais a ser ameaçados.
Eles já não dominam o circuito como antigamente, em que praticamente todos os torneios grandes que disputavam estavam em sua maioria, na semifinal.
É só olhar para os cinco Masters 1000 desta temporada.
Indian Wells foi o mais forte deles. Teve Djokovic, Nadal, Berdych e Del Potro na semifinal. Federer perdeu para Nadal nas quartas e Murray, para Del Potro.
Em Miami, sem Federer e Nadal presentes, só Murray chegou até a semi, na companhia de Ferrer, Gasquet e Haas, responsável por eliminar Djokovic nas oitavas-de-final.
Veio Monte Carlo e apesar de Nadal e Djokovic chegarem à final, os outros dois integrantes da semi eram Fognini e Tsonga. Murray foi eliminado por Wawrinka, e Federer não jogou.
Duas semanas depois foi a vez do Masters 1000 de Madri ver apenas Nadal, dos top 4, na semifinal, ao lado de Wawrinka, Berdych e Andujar. Federer perdeu para Nishikori, Murray para Berdych e Djokovic para Dimitrov.
As semifinais do Internazionale de Itália não terão nem Djokovic, nem Murray. O sérvio foi eliminado por Berdych e o britânico desistiu do jogo de 3ª rodada contra Marcel Granollers. Nadal, Benoit Paire (d. Granollers) e Berdych estão na semi. Federer enfrenta o polonês Jerzy Janowicz, que ganhou de Tsonga e Gasquet.
Como vemos, os tops ainda estão vencendo. Nadal ganhou Indian Wells e Madri, Djokovic venceu em Monte Carlo e Murray, em Miami.
Mas, os outros tenistas já estão acreditando um pouco mais que podem ganhar deles, que eles não são invencíveis. O fato de um começar a ganhar, ou começar a ameaçar, gera praticamente uma reação em cadeia. O “resto” trabalhou duro e está chegando lá. Dimitrov, Wawrinka, Berdych e quando não encara Nadal, Ferrer, estão avançando. Gulbis também vem chegando, apesar de ainda estar um pouco atrás destes outros mencionados.
Pode ser que chegue Roland Garros e a ordem do tênis mundial seja restabelecida, que esse post seja esqecido, mas no momento, alguma coisa está fora da ordem.