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O vídeo da entrada do Guga no Hall of Fame

Para quem não conseguiu ver a cerimônia de entrada do Guga no Hall of Fame, aqui vai um vídeo com um resumo do momento emocionante, com a Capriati lembrando a vitória dos dois em Roland Garros 2001, claro, parte do discurso do Guga e até o Larri falando da missão cumprida.

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Por dentro do Hall of Fame, antes do Guga chegar

Guga desembarca em Newport, no Estado de Rhode Island, nesta quinta-feira, para ser condecorado com a entrada no Hall da Fama do tênis. Antes dele chegar fiz uma grande pesquisa e uma matéria publicada na edição 119 da Tennis View em que relato a história do Hall da Fama, como é o dia-a-dia do antigo Cassino de Newport e o que mais tem para fazer por lá. Para quem estiver pela região, dá para alugar uma quadra de grama para bater uma bola, visitar o histórico museu e até alugar o espaço para fazer festa de casamento.

 

São mais de 300 mil fotos, 5 mil títulos de livros, 4 mil ítens de material áudio visual, mais de 16.000 objetos, incluindo roupas que datam do século 19, 13 quadras de grama, em uma localização histórica em Newport (Rhode Island/EUA), que data de 1880. Este é o International Tennis Hall of Fame.

Com a nomeação oficial de Gustavo Kuerten para entrar no Hall da Fama no dia 14 de julho deste ano, ao lado de nomes como o de Andre Agassi, Pete Sampras, Bjorn Borg, Yannick Noah, Jim Courier, Stefan Edberg, John McEnroe, Mats Wilander, Ivan Lendl, entre muitos outros, Tennis View fez uma imersão sobre o Hall da Fama. Juntamos fotos de uma visita feita ao Newport Casino, há dois anos com informações adquiridas diretamente de lá, para mostrar como é o lugar que eternizará o nome de Gustavo Kuerten na história do esporte.

 

HISTÓRIA

Fundado em 1880, o Newport Casino, construído para ser um clube familiar e não de jogatina, sediou já no ano seguinte, em 1881, o primeiro campeonato nacional dos Estados Unidos de tênis na grama, hoje o US Open. De um clube, o local se tornou o Tennis Hall of Fame em 1954 e em 1986 foi reconhecido pela ITF, passando a ser o “International Tennis Hall of Fame.”

O prédio original, construído há 122 anos e transformado em patrimônio nacional em 1987, está preservado e é dentro dele que se encontram as relíquias do esporte e um centro de pesquisas.

A entrada é claro, uma quadra de tênis de grama. 

 

MUSEU

O museu do Hall of Fame é dividido em diferentes áreas, com memorabilia, objetos relacionados a tênis em geral, roupas dos tenistas, algumas delas autografadas, raquetes das mais antigas já encontradas, inclusive com a caixa estilo-baú em que eram armazenadas, pôsters e fotos, muitas fotos.

Há as sessões dos campeões do mundo da ITF, de cada Grand Slam, com frases do tipo “Dominant Down Under, em referência ao Australian Open e “Suprême a Paris,” em alusão a Roland Garros.

Sobre cada grande torneio há objetos especiais que caracterizam a competição, como o chapeuzinho verde da Perrier distribuído todos os anos em Roland Garros e os cartazes da competição

Dentro destas partes do museu, Gustavo Kuerten já está presente. Mas, algumas semanas antes da entrada oficial no Hall da Fama terá uma exposição especial só sua, como Andre Agassi teve no ano passado.

Além de todos estes artigos, fotos, vídeos, pôsters, e tudo o mais que você possa imaginar relacionado a tênis, sendo um paraíso para qualquer apaixonado pelo esporte e por história, o Hall da Fama também tem um centro de pesquisa.

 

CENTRO DE PESQUISA

Profissionais especializados em museologia, pesquisam, restauram, conservam e armanezam, documentos, publicações, fotos, vídeos e materiais relacionados à história do tênis e a personalidades que fazem parte do esporte. São informações de mais de 150 anos, com publicações que datam de 1847 e imagens em vídeo desde 1920. Toda essa estrutura, inaugurada no ano 2000, fica no terceiro andar do edifício.

O mais interessante é que todo este material pode ser pesquisado e caso você queira adquirir uma fotografia específica, pode solicitar a reprodução por US$ 75 (aproximadamente R$ 130).

Pesquisadores e produtores de televisão e rádio também podem solicitar o serviço do Information Research Center para procurar imagens raras, com um custo de hora profissional de uma pessoa do staff.

Este mesmo serviço de pesquisa pode ser contratado à distância para qualquer tipo de assunto ligado a tênis.

 

JOGAR NA GRAMA

Mas, não é só uma visita ao museu ou ao centro de pesquisas que uma ida ao ITHF proporciona.

Entre os meses de maio e outubro é possível jogar nas quadras de grama históricas do Newport Casino. E você nem precisa levar a raquete. Pode alugar uma por US$ 10 (aproximadamente R$ 17,50), lá mesmo. A única exigência é pelo uso de roupas brancas.

O aluguel de uma hora de quadra de grama custa U$ 100 (R$ 175,00) – a de saibro sai por R$ 60 e a rápida, por R$ 52 – e  a hora de um professor, U$ 90 (R$ 160,00).

Há pacotes especiais para grupos ou para aluguel de mais horas de quadra.

Você ainda pode alugar uma daquelas “ball machines,” que raramente encontramos no Brasil. Mas, só para jogar nas quadras rápidas ou de saibro, para não deteriorar a grama.

 

ATÉ CASAMENTO

Durante o ano todo há diferentes eventos sendo realizados no International Tennis Hall of Fame, de tênis ou não. O Campbell’s Hall of Fame Tennis Championships é o ATP 250 que acontece durante a semana da cerimônia oficial de entrada do Hall da Fama. É o único ATP disputado na grama, nos Estados Unidos.

Além disso há torneios juvenis, de veteranos, cadeirantes, festivais de Jazz, congressos de arquitetura, festivais de cinema e até eventos privados, incluindo cerimônias de casamento, afinal o “love,” faz parte do jogo.

 Álbum de fotos completo aqui

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Guga no Hall da Fama. Que bom é poder celebrar as inesquecíveis vitórias e momentos históricos.

Enquanto apareciam num telão no 17º andar de um prédio na Avenida Paulista, com enormes janelas com a vista para a cidade de São Paulo, imagens de momentos marcantes da carreira de Guga, nesta quinta-feira, eu olhava e vinha na minha cabeça a loucura que foi viver tudo aquilo.

 

Ao lado de Thomaz Koch e de Paulo Carvalho, empresário do Guga durante a carreira dele, assisti a cerimônia que marcou oficialmente o anúncio da entrada do brasileiro no Hall da Fama do tênis (a entrada será no dia 14 de julho, em Newport).

 

Durante anos, acho que desde a segunda temporada da Tennis View, em 1998, acompanho – de longe – as cerimônias do Hall da Fama, sempre admirada e impressionada com as fortes emoções que provocam nos atletas. Nos últimos anos vimos Andre Agassi entrar para o Hall e antes disso, ele fazer um discurso emocionado para a esposa Steffi Graf, no ano em que ela foi homenageada. Vimos Monica Seles, Gabriela Sabatini, Yannick Noah, Stefan Edberg, Pete Sampras, Boris Becker, Jim Courier, Ivan Lendl, Jimmy Connors, John McEnroe, entre outros, receberem a famosa placa, posarem para fotos, se emocionarem, na cerimônia, na quadra central de grama, de Newport. E agora chegou a vez de Guga.

 

Sempre imaginei que ele fosse entrar para o Hall. Tem credenciais para isso. Foram 43 semanas como número um do mundo, três títulos de Roland Garros, a Masters Cup – só para começar.  Mas, não imaginava que fosse tão cedo.

Ao ver a importância que o Hall da Fama dá para o atleta escolhido e para a história do tênis, dá para ter uma noção ainda maior do que isso significa para um atleta.

O anúncio não foi uma simples entrevista coletiva. O Presidente do Hall da Fama – Christopher Clouser – veio ao Brasil para fazer o anúncio.  Havia fotos de Guga espalhadas, telão para a exibição das imagens, houve discurso do Presidente e tudo o que uma instituição séria costuma fazer. Houve cerimônia (até mesmo Maria Esther Bueno, reverenciada no mundo inteiro e integrante do Hall da Fama, veio para prestigiar o momento).

E como é bom ver isso, ver a importância da carreira de Guga reconhecida mundialmente. Saber que a história dele fará parte da exposição do museu durante um ano e que ao longo dos anos continuará a ser reverenciado pelo esporte mundo afora.

Hoje, muito mais do que quando Guga estava competindo e estávamos na loucura do dia-a-dia, de jogo após jogo, torneio após torneio, viagem atrás de viagem, sem parar pensar muito no que tudo aquilo significava, nós mesmos valorizamos bem mais tudo o que ele conquistou. 

Ao ver todas as imagens e relembrar as vitórias emocionantes, quase nos esquecemos do caminho percorrido para chegar até lá.

Durante o discurso do Guga quando ele estava falando que para ser número um ele precisou antes ser número cinco, número três eu só pensava e trabalhar muito. Todos nós que estávamos com ele tínhamos esse objetivo. Para isso, cada um no seu papel, fazia o melhor possível para que ele tivesse toda a tranquilidade para fazer o que precisasse ao lado do Larri e chegar ao topo. Inclusive ter que dizer não para muita gente.

Mas, isso já passou e agora temos mesmo é que aplaudir o Hall da Fama e o Guga, como maneira de continuar preservando o único tenista da história do Brasil e da América do Sul – excluindo Maria Esther Bueno – a ter terminado uma temporada como número um do mundo.

 

PS – pensei em fazer uma seleção de fotos marcantes da carreira do Guga para colocar aqui. Busquei nos meus arquivos e vi tanta foto bacana – muitas que tirei com a minha máquina mesmo, de momentos muitos legais – mas resolvi esperar para o dia 14 de julho.

Escolhi duas fotos de Paris. Uma da conquista do tri e outra de um dia muito agradável que passamos na capital francesa, depois de 17 jogos de invencibilidade do Guga por lá.

 

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Fim de semana é de Copa Davis, mas quem ganha as honras é Andre Agassi no Hall da Fama

O fim de semana é de Copa Davis e as notícias, com a derrota dos Estados Unidos por 2 a 0, no primeiro dia de confrontos com a Espanha, no Texas, onde Andy Roddick reside, tomaram conta do noticiário Americano. Mas, neste sábado, o tênis vive outro momento histórico: Andre Agassi entrará para o Hall da Fama.


Faz poucos anos todos se emocionaram e se surpreenderam com o discurso apaixonado de Agassi para a esposa Steffi Graf, quando ela entrou para o Hall.

Neste sábado é o dia de Agassi. Marcelo Melo e André Sá que estão jogando o ATP de Newport, localizado no complexo do Hall da Fama, terão a oportunidade única de assistir este momento, antes de tentarem uma vaga na final da competição.

Sempre quis ir até Newport conhecer o tal Hall da Fama. Depois de ter visitado os museus de Wimbledon e de Roland Garros, sempre fica uma vontade de querer conhecer ainda mais a história do nosso esporte. Sempre digo que vou antes ou depois do US Open, mas acaba nunca acontecendo. Até minha irmã já esteve lá em uma viagem recente pela região.

Mas, voltando ao Agassi, para mim, o que sempre me marcou do americano foi a capacidade dele de mover multidões, de emocionar as pessoas, de ser o maior embaixador do tênis mundo afora.

Não vivi a época de John McEnroe, Jimmy Connors e Bjorn Borg para saber o quanto as atitudes, vitórias e derrotas ecoavam mundo afora, mas não me lembro de ter visto uma única pessoa trazer tanto para o esporte.

O livro, “Open,” no início tão contestado – fui das primeiras a ler e a contrariar todos que não haviam lido dizendo que era uma obra prima – virou best seller mundial e através dele, Agassi continua atraindo gente para o esporte. Tenho amigos que nunca jogaram tênis, assistiram campeonatos ou conhecem o esporte, leram o livro, se encantaram e acabaram virando fãs de tênis e de tudo o que esporte pode te trazer como pessoa.

Agassi sempre disse, em inúmeras entrevistas e encontros, que o seu objetivo principal era poder mudar a vida das pessoas, seja num jogo, seja num olhar, seja numa ação, na vitória ou na derrota.


Lembro, há mais de 10 anos, em um US Open, quando estávamos vendo um treino dele e minha irmã, a outra, não a mesma, foi pedir um autógrafo para ele na saída, em uma foto que ela mesma havia tirado. Agassi estava cercado de seguranças e de pessoas pedindo o mesmo autógrafo. Ao ver a foto, parou, olhou nos olhos da minha irmã e autografou a mesma.

Já tive outros breve encontros com Agassi e ele sempre faz questão de olhar nos olhos das pessoas. E isso faz uma diferença enorme.

Longe das quadras desde 2006, Agassi se dedica hoje a conseguir não apenas verba – ele já levantou mais de U$ 30 milhões para a Andre Agassi Foundation / Andre Agassi Preparatory School, que fornece educação para crianças desfavorecidas da região de Las Vegas e já teve até uma turma encaminhada para a Universidade. Ele quer mudar o sistema educacional. Já falou até no Congresso Americano.

Agassi está em Newport com as pessoas que fizeram parte da sua carreira, como Gil Reyes, Darren Cahill, o empresário e jogará uma partida exibição ao lado de Brad Gilbert. Para ele, o principal objetivo deste fim de semana, é chamar mais ainda a atenção dos Estados Unidos para o sistema educacional e conseguir que sejam feitas reformas. Mas, como ele mesmo disse ontem, “uso esses eventos muito para isso, mas não sei o que esperar da cerimônia. Já vi muita gente vir para cá achando que não seria nada de mais, que seria mais uma homenagem e acabar se emocionando muito.”

Escrevi, escrevi e escrevi e não mencionei quantos títulos de Grand Slam Andre Agassi tem e que foi número um do mundo. Foram oito trofeus, ele completou o ciclo, o Grand Slam, ao vencer Roland Garros em 1999, mas tudo que ele fez como pessoa e esportista vão muito além dos trofeus que ele tem na estante da casa em Las Vegas.

Ah, quem for a Newport, no Hall da Fama, poderá ver imagens de Agassi, na exposição, “From Changing the Game, to Chaning Lives”

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