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Será que esse é o futuro do nosso esporte? Bom ou Ruim?

US Open termina com desordem no tênis mundial

Um dia iria acontecer. Federer, Djokovic e Nadal não vão durar para sempre. Mas, ninguém esperava que fosse acontecer repentinamente. Com Marin Cilic campeão do US Open, tendo vencido o japonês Kei Nishikori na final e Serena Williams ganhando o 6º US Open de Caroline Wozniacki na decisão, o tênis mundial enfrenta agora um período de desordem. Marin Cilic US OPen

O CEO da ATP Chris Kermode disse em Nova York nos últimos dias que desde a época de Connors, Borg e McEnroe se dizia que quando eles parassem o tênis chegaria ao fim. “Mas sempre aparece alguém novo.” Mas será que Cilic, Nishikori e os “young guns,” como a ATP vem promovendo Milos Raonic e Grigor Dimitrov (Wawrinka não faz parte da lista – já não é tão novinho assim), por exemplo, conseguirão superar ao longo do tempo, claro que não de um dia para o outro, todo o legado que Federer, Djokovic e Nadal já construíram?

Por um lado é preocupante, mas por outro, empolgante. Lembra quando Federer e Nadal se enfrentavam em praticament todas as finais de torneios e muita gente dizia que o tênis estava chato? Nishikori US Open

Dá para incluir Murray junto ao suíço, sérvio e espanhol, mas ele ainda está um pouco distante de ser um fenômeno. Comparado aos outros três, só tem 2 títulos de Grand Slam e não chegou ao posto de número um do mundo ainda.

Djokovic,  Nadal e Federer, nesta ordem, ainda lideram o ranking da ATP, nas posições de 1, 2 e 3. Mas, o top 10 agora tem o quarteto Raonic, Nishikori, Cilic e Dimitrov, respectivamente 7, 8, 9 e 10 do mundo.

Não quer dizer que Djoko, Nadal e Federer estão acabados. Pelo contrário. Ganharam muitos torneios este ano, venceram ou fizeram finais de Grand Slam e querem mais. Mas, pode ser o começo de uma nova ordem no tênis mundial.

Serena Williams US OpenEntre as mulheres vimos Serena Williams ganhar o 18º trofeu de Grand Slam da carreira. Mas, do outro lado da rede, na final, nada de Sharapova, Halep, Azarenka, Radwanksa, ou Kvitova. Caroline Wozniacki, a dinamarquesa aos poucos vai retomando o lugar que uma vez já foi seu e está de volta ao top 10.  A semifinal teve Ekaterina Makorava e Shuai Peng.

Será que entre as mulheres também, agora é possível acreditar que dá para vencer as tops? Claro, tirando Serena Williams quando está jogando o seu melhor.

 

Fotos de Cynthia Lum

 

 

 

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Super Serena

“Excepcional,” foi essa a palavra que Caroline Wozniacki usou para descrever Serena Williams. “Quando ela está com tudo em ordem não é divertido jogar contra ela. Ela é tão forte, tem um bom saque e te coloca pressão desde o início.” Assim Wozniacki descreveu Serena logo após ser derrotada na final do US Open, por duplo 6/3 e ver a amiga erguer o histórico 18º trofeu de Grand Slam da carreira e o sexto US Open. TENNIS: SEPT 07 US Open

Sem boas campanhas nos três Grand Slams anteriores em 2014, Serena comemorou e chorou como raramente costumamos ver. Ela sempre faz uma dancinha, sorri, pula, mas se emocionar desta maneira é coisa rara. Também não era para menos.

Ganhar o 18º trofeu de Grand Slam, no seu país, 15 anos depois de ter vencido o primeiro naquele mesmo Arthur Ashe Stadium, é fato que até hoje ninguém conseguiu repetir. Só ela tem tanto tempo de diferença entre o primeiro e o atual título de Grand Slam. Igualar o recorde de trofeus de Grand Slam de Martina Navratilova e Chris Evert também é feito que merece muita celebração. Agora só Helen Wills Moody, Steffi Graf e Margaret Court estão a sua frente.

” Eu nunca podia imaginar estar ao lado de Evert e Navratilova. Eu era apenas uma criança com um sonho e uma raquete,” disse Serena.

A número um do mundo não perdeu um set em todo o torneio. Não foi ameaçada em momento algum da quinzena em Nova York. Como Wozniacki descreveu, quando ela está com tudo em ordem, “on her game” é difícil pará-la, não há muito o que fazer. E ela esteve assim o US Open inteiro.

Como Wozniacki também falou, Serena tem talento, mas trabalha tanto quanto as outras. E ela se focou, trabalhou e colocou como meta ganhar este US Open. Afinal, para a super atleta, um ano sem um título de Grand Slam, independente de quantos títulos você tenha conquistado nos outros eventos, é um ano ruim.
Serena salvou o seu ano no melhor estilo e entrou para a história novamente. Mas, ela não para por aí. Quer mais. “Já estou pensando no número 19.”

TENNIS: SEPT 07 US Open

Confira todos os títulos de Grand Slam de Serena

2014
US Open – Serena Williams d. Caroline Wozniacki 6/3 6/3

2013 –
Roland Garros – Serena Williams d. Maria Sharapova 6/4 6/4
US Open – Serena Williams d. Victoria Azarenka 7/5 6/7 6/1

2012
Wimbledon – Serena Williams d. Agnieszka Radwanska 6/1 5/7 6/2
US Open – Serena Williams d. Victoria Azarenka 6/2 2/6 7/5

2010 –
Australian Open – Serena Williams d. Justine Henin 6/4 3/6 6/2
Wimbledon – Serena Williams d.Vera Zvonareva 6/3 6/2

2009
Australian Open – Serena Williams d. Dinara Safina 6/0 6/3
Wimbledon – Serena Williams d. Venus Williams 7/6 6/2

2008
US Open – Serena Williams d. Jelena Jankovic 6/2 7/5

2007
Australian Open – Serena Williams d. Maria Sharapova 6/1 6/2

2005
Australian Open – Serena Williams d. Lindsay Davenpor 2/6 6/3 6/0

2003
Australian Open – Serena Williams d.Venus Williams 7/6 3/6 6/4
Wimbledon – Serena Williams d. Venus Williams 4/6 6/4 6/2

2002
Roland Garros – Serena Williams d. Venus Williams 7/5 6/3
Wimbledon – Serena Williams d.Venus Williams 7/6 6/3
US Open – Serena Williams d. Venus Williams 6/4 6/3

1999
US Open – Serena Williams d. Martina Hingis 6/3 7/6

Fotos de Cynthia Lum

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E só foi o 1º dia do US Open

O US Open mal começou e neste primeiro dia já vimos:

A Simona Halep perder um set da estreante Danielle Collins;

Venus Williams vencer uma batalha de 3 sets, com uma das raras tenistas mais velhas do que ela no circuito, Kimiko Date Krumm;

Maria Sharapova quase não tomar conhecimento da outra Maria russa, a Kirilenko; Sharapova US Open

Agnieszka Radwanska arrasar a canadense Sharon Fichman;

Sloane Stephens avançar com vitória fácil diante de Annika Beck;

Caroline Wozniacki vencer Magdalena Rybarikova quando a eslovaca desistiu no terceiro set;

Jelena Jankovic passar sem dificuldades pela conterrânea sérvia Bojana Jovanovski;

Andrea Petkovic suar para ganhar da tenista da Tunísia Ons Jabeur;

Shahar Peer ganhar um jogo em torneio grande – derrotou Johanna Konta;

A campeã do Rio Open, Kurumi Nara vencer Aleksandra Wozniak;

Sara Errani passar pela Kirsten Flipkens;

Lucie Safarova derrotar Timea Babos;

Roberta Vinci ganhar da única argentina na chave, Paula Ormaechea;

Daniela Hantuchova ainda continuar viva no torneio, superando Romina Oprandi;

Camila Giorgi, que fez oitavas no ano passado, perder para Anastasia Rodionova;

Garbiñe Muruguza, que brilhou na Austrália e em Paris, ser elimada por Mirjana Lucic, agora Baroni também.

Belinda Bencic superar a sempre perigosa Yanina Wickmayer;

A suíça Timea Bacszinszky ganhar o jogo quando Kiki Bertens desistiu da partida sem resistir ao calor;

A porto-riquenha Monica Puig vencer;

Virginie Razzano ser derrotada por Johanna Larsson por duplo 6/0;

Andy Murray US Open

Entre os homens, o primeiro dia da primeira rodada também foi interessante e vimos:

Andy Murray sofrer mais do que precisava, inclusive tendo cãibras, para vencer Robin Haase;

Nick Kyrgios eliminar um ex-semifinalista do US Open, Mikhail Youzhny;

Thomaz Bellucci estrear com uma belíssima vitória diante de Nicolas Mahut;

Stan Wawrinka ganhar de Jiri Vasely e se tornar o próximo adversário de Bellucci;

Milos Raonic avançar, derrotando Daniel Taro;

Juan Monaco incomodar Jo-Wiflried Tsonga, mas o francês acabar vencendo em quatro sets; Nick Kyrgios US Open

Donal Young dar adeus à competição logo no primeiro dia, perdendo para Blaz Kavcic;

Tommy Robredo derrotar Edouard Roger Vasselin;

Vasek Pospisil ser eliminado na primeira rodada de novo, desta vez por Simon Bollelli;

Michael Llodra que teve seu wild card contestado, ganhar de Daniel Gimeno Traver;

Benoit Paire vencer o duelo francês, em cinco sets, contra Julien Benneteau;

Radek Stepanek ficar na estreia, perdendo para Mathias Bachinger;

Jeremy Chardy ganhar de Alejandro Falla;

Pablo Carreño Busta passa por Andreas Beck;

Blaz Rola endurecer o jogo com Fernando Verdasco, mas o espanhol acabar levando a vitória em cinco sets;

Paul Henri Mathieu superar Gilles Muller, também em cinco sets;

E para terminar o dia, Novak Djokovic ganhar, em um bom jogo, do argentino Diego Schwartzman.

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US Open Series dá a largada nesta semana, rumo ao US Open

Foram dois meses de ausência do blog, de licença maternidade, dois meses em que muita aconteceu no tênis e no mundo do esporte. Rafael Nadal e Maria Sharapova ganharam Roland Garros; Novak Djokovic e Petra Kvitova foram campeões em Wimbledon; a Alemanha venceu a Copa do Mundo FIFA no Brasil; nós brasileiros, fomos eliminados na semifinal, perdendo de 7 a 1 para os campeões e sem nem perceber já é hora do US Open Series e daqui a pouco o US Open está aí.  Nadal us open series

Começa hoje em Atlanta, a série de torneios na América do Norte que percorre Estados Unidos e Canadá até chegar a Nova York,  no dia 25 de agosto, para o último Grand Slam da temporada. São seis semanas de muito tênis e muitos torneios por lá, em que os melhores jogadores desta mini-temporada de quadras rápidas tem a chance de ganhar o bônus de U$ 1 milhão. Os 3 primeiros colocados na série de disputas, na ATP e WTA ganham bônus no US Open.

Isner

Chamada de Emirates US Open Series, começa nesta 2a. com a disputa do ATP 250 de Atlanta e segue para Washington, com um ATP 500 e um WTA em Stanford. A 3a semana tem a disputa da Rogers Cup, em Toronto, um Masters 100o e WTA Premier, em MOntreal e Toronto. A quarta semana é de Masters 1000 de novo, em Cincinnatti, com homens e mulheres jogando simultaneamente. A 5a semana tem um WTA International em New Haven e um ATP 250 em Winston Salem, antes do US Open chegar e completar as 7 semanas de tênis ao vivo e televisionado na América do Norte, com os melhores jogadores e jogadoras do mundo.  Serena Williams US Open series

Calendário completo

BBT

BB&T Atlanta Open
Atlanta, GA
July 21-27, 2014
Defending Champion:
John Isner
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Bank of the West Classic
Stanford, CA
July 28 – Aug. 3, 2014Defending Champion:
Dominika Cibulkova
CitiOpen120x120

Citi Open
Washington, DC
July 28 – Aug. 3, 2014
Defending Champion:
Juan Martin del Potro
 

 

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Rogers Cup presented by National Bank
Montreal, Canada
Aug. 4-10, 2014
Defending Champion:
Serena Williams

Rogers Cup presented by National Bank
Toronto, Canada
Aug. 4-10, 2014
Defending Champion:
Rafael Nadal

 

WSOpen

Western & Southern Open
Cincinnati, OH
Aug. 10-17, 2014
Defending Champions:
Victoria Azarenka
Rafael Nadal

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Connecticut Open
New Haven, CT
Aug. 17-23, 2014Defending Champion:

Simona Halep
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Winston-Salem Open
Winston-Salem, N.C.
Aug. 17-23, 2014
Defending Champion:
Jurgen Melzer
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2014 US Open
USTA Billie Jean King
National Tennis Center
Flushing Meadows, NY
Aug. 25 – Sept. 8, 2014
Defending Champions:
Serena Williams
Rafael Nadal

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Resistência, força mental, perseverança, inteligência, confiança, agressividade e paciência levaram Nadal ao 13º trofeu de Grand Slam em NY

Estou aqui há horas pensando em como descrever o que assistimos ontem, no Arthur Ashe Stadium, na final do US Open e a espetacular vitória de Rafael Nadal sobre Novak Djokovic por 6/2 6/3 6/4 6/1.

Penso em recital, mas quando falamos em algo que parece clássico, a imagem remete a Roger Federer e não ao bombardeio que assistimos ontem entre os números um e dois do mundo.

Nadal US Open champion

Resistência, força mental, perseverança, inteligência, confiança, agressividade e muita paciência nos meses em que esteve afastado do circuito. Desta maneira Nadal ganhou o seu 13º título de Grand Slam da carreira, o 2º US Open e mais incrível ainda, o 10º trofeu da temporada 2013.

Talvez se Nadal não tivesse ficado parado por quase 8 meses, com uma lesão no joelho, não estaria tão bem mental e fisicamente, neste momento da temporada, para seguir ganhando. Enquanto os outros jogadores começaram o ano na Austrália, o espanhol só entrou em quadra mais de um mês depois, em Viña del Mar.

E quantas dúvidas o público e a imprensa tiveram quando assistiram Nadal jogar no Chile e no Brasil?

Ouvi várias pessoas que conhecem o esporte dizerem que ele estava acabado. O humilde Nadal só pedia paciência e dizia saber que o começo seria duro e que o importante era ter saúde, que ele não havia desaprendido a jogar tênis.

Não desaprendeu mesmo. Só melhorou. Afirmou estar mais agressivo e ontem, um pouco mais emotivo. É normal.  Afinal, ganhar naquele gigantesco estádio, diante do número um do mundo, contra o rival que ele confessou que o leva ao limite e terminar a temporada de quadras rápidas, sem perder nenhum jogo, é para pouquíssimos, apenas para verdadeiros guerreiros, trabalhadores e campeões.

 

Foto de Cynthia Lum

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Menu dos jogadores do US Open terá alimentos sem glúten

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O US Open parece mesmo estar querendo acabar de vez com a “crise no relacionamento”com os jogadores quando mudou oficialmente a final masculina para segunda-feira. Depois de anunciarem aumento de prize money e a construção da cobertura no Arthur Ashe Stadium e de outros dois estádios, o evento também está inovando na culinária.  Criou a inédita Balance Kitchen e servirá também comida sem glúten para os atletas.

Adotada primeiro por Novak Djokovic e seguida por Andy Murray, Tommy Haas e uma série de outros atletas, a dieta faz tanto sucesso que Djokovic até já lançou livro (Serve to Win) sobre os benefícios destes alimentos.

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Conhecido antigamente por ser um dos Grand Slams e até mesmo eventos com pior qualidade de alimentação para os atletas, com comida baseada no life style americano, com Hamburguers, Pizzas e Pasta, o US Open introduziu há alguns anos a culinária japonesa até mesmo para os jogadores e agora chamou alguns dos mais conhecidos chefs de Nova York para cuidar da “cuisine” do evento.

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A empresa de catering responsável pelo US Open é a Levy Restaurants e eles atenderão os 700 mil fãs, jogadores, pessoal de staff e imprensa que passarão pelos portões de Flushing Meadows desta terça-feira quando começa o qualifying até a final, no dia 08 de setembro.

Os conhecidos restaurantes do complexo, o Mojito Bar, Heineken House, Oyster Bar, Village Market, entre outros e a praça de alimentação tiveram seus cardápios reformulados e modernizados.

Para os jogadores a inovação vem com a Balance Kitchen que terá um espaço reservado especialmente para os  alimentos sem glúten e chefs, nutricionistas e preparadores físicos à disposição, no Player’s Lounge, o espaço reservado apenas aos tenistas.

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US Open – Treze anos depois e Serena continua ganhando Grand Slams

Há treze anos Serena Williams erguia o seu primeiro trofeu de Grand Slam, na mesma quadra onde neste domingo derrotou a número um do mundo, Victoria Azarenka, por 6/2 2/6 7/5. Então, com 17 anos de idade, ela derrotava a número um da WTA, de 1999, Martina Hingis, por 6/3 7/6. Mesmo com a ambição do pai Richard Williams, e tudo o que se falou na época em que as irmãs Venus e Serena surgiram no circuito, de que seriam as melhores da história, dificilmente imaginaríamos ver a mais nova de cinco irmãs erguendo o 15º trofeu de Grand Slam da carreira, 13 anos depois do primeiro. Ninguém na história do US Open tem tanto tempo de diferença entre o primeiro e o último título conquistado em New York.

 

Lembro como se fosse hoje quando vi a Serena pela primeira vez no circuito, de miçangas, carinha de criança e dizendo que conquistaria o mundo. Lembro perfeitamente desse título de 1999. Foi um ano em que o Guga alcançou as quartas-de-final no US Open, por isso acabei ficando bastante em NY, quase até a final e consequentemente cruzando a Serena constantemente. Lembro da rivalidade que existia entre as irmãs e Hingis, e também Kournikova. Lembro da roupa amarela, ainda da Puma, com que Serena ganhou aquele primeiro Grand Slam da carreira. Na verdade, não sei se lembro ou se vi tantas vezes a capa da Tennis View com ela erguendo o trofeu do US Open 99 ou se ao passar no corredor entre a sala de imprensa e a sala dos jogadores, acabo olhando mais para essa foto do que a dos outros campeões e acho que tenho isso fresco na memória.

 

O que mais me impressiona é mesmo a longevidade da tenista. Que jogador ou jogadora fica ganhando Grand Slam por 13 anos? Antigamente víamos tenistas durarem tanto tempo no circuito, mas atualmente, não vemos jogadores e jogadoras com carreiras longas e vencedoras.

 

Serena está agora a 3 títulos de igualar o recorde de 18 trofeus de Grand Slam de  simples de Martina Navratilova e Chris Evert e incrivelmente tem 8 trofeus a mais do que a segunda colocada da Era Aberta, a sua irmã, Venus.

 

É muita diferença entre as outras campeãs da sua geração, o que a faz parecer uma gênia das quadras.

 

David Ferrer, na sua coletiva depois da derrota para Djokovic, comentou que um diferencial dos Fab Four do tênis, Murray, Djokovic, Nadal e Federer, é a força mental e foi isso que Serena mostrou hoje.

 

Quando penso na história dela, me impressiono mais ainda. Ela foi treinada por pais que aprenderam a jogar tênis pela televisão, quando viram quanto ganhava uma jogadora de tênis. Richard e Oracene tentaram ensinar as cinco filhas (só Serena e Venus são filhas dos dois), mas apenas as duas mais novas mostraram a habilidade necessária para vencer.

 

Todos os dias, antes e depois da escola, Richard colocava as cinco meninas em uma van, com um carrinho de supermercardo cheio de bolas de tênis e ia para as quadras públicas de Compton, um bairro humilde e de gangues da Califórnia, treinar.  

 

Cada uma da sua maneira, as irmãs foram chegando no circuito e nunca mais saíram. Tiveram problemas de saúde, se aventuraram por diferentes mundos entre campeonatos, como o da decoração e design, o mundo de Hollywood e com um calendário sem excesso de torneios, conseguem estar aí, principalmente Serena, representando o que é ser uma atleta campeã, ao pé da letra.

 

Campeã de Wimbledon, medalhista de ouro olímpica e campeã do US Open. Ah, aos 30 anos de idade.

 

Foto de Serena Williams – Cynthia Lum

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Fui visitar a Uniqlo, marca que faz as roupas do Djokovic

Aproveitei uma manhã mais tranquila em Nova York para finalmente conhecer a Uniqlo, a loja e marca de roupas japonesa que desde maio veste Novak Djokovic em quadra.  Com o endereço em mãos e a curiosidade, me dirigi para a 5ª Avenida, sem saber muito o que esperar, afinal estamos acostumados a frequentar as lojas da Nike, adidas, Lacoste, Asics e Fila, em sua maioria, para adquirir as peças esportivas que os jogadores tops estão usando. 

 

Não tinha ideia do que encontraria. Quando fui chegando, subindo a 53rd Street, vindo da Lexington, Park Avenue e Madison, deu para ver que era uma loja grande, de esquina.

 

Olhei as vitrines e não vi nada de Djokovic. Já pensei que mal fosse ter coisa do campeão do US Open por lá. Que engano. Foi só abrir a porta da megastore que me deparei com um banner gigantesco, pendurado bem no meio da escada rolante.

Apesar de ver lindas calças coloridas, como as que adoro, sendo vendidas por U$ 19,90 (R$ 40,00), resolvi ir primeiro ao departamento Djokovic. Perguntei onde ficava o espaço das roupas do Djokovic, a um vendedor que achando que eu fosse fazer compras, me entregou uma daquelas sacolas para usarmos dentro da loja. Ele me apontou o segundo andar.

 

Subi as longas escadas rolantes e me deparei com uma sessão Djokovic, bem no meio da loja, toda decorada com bolinhas de tênis, fotos do jogador e todas as peças de roupa com o logo DJ, além de bandanas e munhequeiras.

 

Olhei peça por peça e como ainda não tinha visitado a loja, não sabia que era uma loja de roupas de peças básicas, de diferentes tecidos e cores e com um preço acessível. Diria que é uma versão um pouco melhorada da H&M.

 

 

 

 

 

Por isso fiquei surpresa quando vi que a maioria das peças de Djokovic, inclusive a camisa polo que está jogando no US Open, custa U$49,90 (R$ 100,00), muito menos do que os U$ 85,00 da camisa do Federer, dos U$ 110 da camisa do Roddick e dos U$ 65,00 da do Djokovic.

A calça do uniforme também custa o mesmo preço, assim como os shorts. A única peça que custa mais, é a jaqueta, que estava sendo vendida a U$ 89, quase o preço da camisa do Federer.

O pacote com duas munhequeiras custa U$ 9,90 e a bandana, que Djokovic não usa, mas resolveram incluir na sessão de roupas dele, também sai por U$ 9,90.

 

Depois de olhar as roupas do sérvio, fui passear pela loja e confesso que se não estivesse indo direto de lá para o US Open, poderia ter feito um estrago. 

Roupas bonitas, do estilo que uso, coloridas, com preço mais do que acessível.

 

Só para não dizer que não saí de mãos vazias da Uniqlo, comprei um par de meias – sempre levo menos do que uso nas viagens – e fiquei chocada quando cheguei no caixa. Dezoito caixas de um lado da loja e 18, do outro. Atrás de todos uma TV passando imagens de Djokovic.

Claro que perguntei para a vendedora se todas as lojas da Uniqlo eram megas, deste tamanho. Ela respondeu que não, que eu estava na maior do mundo e que as roupas do Djokovic eram best sellers.

 

Patrocinado anteriormente por adidas e Sergio Tacchini, Djokovic assinou contrato com a marca japonesa, aberta em 2004, em maio deste ano.  É um dos raros casos de tenistas que tem contrato com marca de roupas fora do mundo esportivo. Seria o mesmo que ver Sharapova, por exemplo, patrocinada pela C&A. Uma iniciativa interessante, que pelo menos leva o tenista para a 5ª Avenida – a loja da Nike fica na 57ª e a da adidas, em downtown, em Nova York – em grande destaque, vende as roupas que ele está jogando por um preço mais em conta do que as marcas tradicionais, mas que pode vir a não chegar no mundo tudo. Fora da Ásia, a Uniqlo tem lojas nos Estados Unidos, França e Inglaterra.

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