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Djokovic é o Rei de Roma, mas surpresa fica com Sharapova

Afirmar que Djokovic é o jogador do momento, é simplesmente escrever sobre os fatos. O sérvio não perdeu nenhum jogo ainda em 2011, ganhou Grand Slam, Masters 1000 e não há o que contestar. Está quase deixando Nadal para trás.

Por isso, já que meus posts tem sido raros – nestas semanas espero conseguir uma freqüência maior, especialmente porque o torneio favorito do ano está aí – Roland Garros – prefiro escrever sobre a nova “Regina de Roma,” Maria Sharapova.


Há dois meses, durante o Sony Ericsson Open, em Miami, bati um longo papo com o fisioterapeuta e preparador físico de Sharapova, o espanhol Juan Reque e ele me contou do trabalho que estava fazendo com a russa – ele fechou a clínica dele em Madri – em que chegou a atender Rafael Nadal, depois de ter trabalhado como fisioterapeuta da ATP – para se mudar para Los Angeles e atender exclusivamente a musa.

Sempre cético, sem se deixar envolver pelas emoções do circuito, achei Juan muito otimista em relação ao trabalho com Sharapova. Lembro dele falar que ela estava evoluindo, que o corpo dela estava respondendo bem ao trabalho, que o técnico – Thomas Hodgstedt – estava fazendo bem para a russa e que em pouquíssimo tempo ela estaria entre as melhores de novo.

Estranhei um pouco a confiança de Reque, mas fiquei feliz por ele – até porque imagino que os últimos tempos não devem ter sido dos mais fáceis -.  Sharapova acabou jogando tão bem naquela semana do nosso encontro em Miami, que foi à final e agora conquistou o maior título da carreira no saibro, em Roma. Durante a entrevista coletiva após a vitória sobre Samantha Stosur, disse estar mais forte fisicamente,  o que faz a diferença.

A próxima edição da Tennis View que sai nesta semana traz mais detalhes deste meu bate-papo com Reque em Miami, em que ele fala sobre preparação física no circuito e como ela evoluiu e mudou na última década.

 

 

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Guga é campeão do mundo

Série da Semana do Guga em Lisboa continua com a parte V, com o texto que escrevi no dia que ele derrotou Andre Agassi e chegou ao topo do ranking mundial.

GUGA É CAMPEÃO DO MUNDO

Brasileiro é o primeiro vencedor da Corrida dos Campeões

Guga acabou com a hegemonia dos norte-americanos, que desde 92, terminavam o ano como número um do mundo

Gustavo “Guga” Kuerten entrou para história mais uma vez, neste domingo, ao conquistar a Copa do Mundo de Tênis, a Masters Cup, em Lisboa, derrotando o norte-americano Andre Agassi, por 3 sets a 0, parciais de 6/4 6/4 6/4, em 2h06min de jogo. Com a vitória, Guga tornou-se o primeiro brasileiro a terminar o ano como número um do mundo, e além disso é agora o primeiro jogador da história e vencer a Corrida dos Campeões.

Tranquilo, como acordou neste domingo, Guga entrou na quadra central do Pavilhão Atlântico, sem parecer que o jogo valia o título de campeão do mundo e de número um também. Logo no primeiro game quebrou o saque de Andre Agassi, ex-número um do mundo, campeão do Grand Slam e campeão deste torneio em 1990. A vantagem foi suficiente para Guga fechar o primeiro set em 6/4, lutando muito a cada game e salvando break points inúmeras vezes, com aces e jogadas fantásticas. Na segunda série, Guga manteve a mesma calma, vibrando com seus familiares e com a torcida luso-brasileira, que lotava as arquibancadas do Pavilhão. A quebra desta vez veio no quinto game e com um ace, no 5/4 Guga fez 2 sets a 0.

No terceiro e que veio a ser o set decisivo, Guga quase perdeu seu serviço no segundo game, mas conseguiu outra vez se sair de uma situação difícil e no quinto game veio a quebra, que deixaria Guga com vantagem somente precisando controlar os nervos para vencer a partida. Na hora de sacar para o campeonato, Guga não titubeou e com uma bola fora de Agassi comemorou o seu primeiro título em quadra rápida coberta, o seu primeiro título de Campeão do Mundo e a chegada ao topo do ranking.

“Nem posso acreditar no que está acontecendo,” dizia Guga, logo após a vitória. “Se me dissessem, quando o torneio começou e depois ainda de passar aquele aperto no início, que para ser campeão eu teria que vencer o Kafelnikov, o Sampras e o Agassi, em três dias seguidos, não acreditaria. Mas fui indo aos pouquinhos, ganhando jogo por jogo, crescendo na confiança e hoje entrei com tudo na quadra,” contou Guga. “Estou realmente muito feliz. Fechei o meu ano com chave de ouro e terminei, este domingo, uma semana de sonhos.”

O técnico de Guga, Larri Passos, muito emocionado, contou que minutos antes do jogo começar, decidiu com Guga, ir para o ataque. “Optamos por ir para o ataque. Foi uma estratégia de risco, mas que felizmente deu certo. Estou muito contente e emocionado. O Guga realmente mereceu esta vitória, porque ele trabalhou muito para chegar onde chegou. Além disso, tirei um peso das minhas costas, porque fui muito cobrado no início. Agora posso desfrutar e aprendi a aproveitar os bons momentos.

Logo depois de deixar a quadra, ovacionado pela torcida, em que agradeceu a todos os fãs, familiares, técnico e dedicou o título à mãe Alice Kuerten, Guga se dirigiu ao vestiário, que em Lisboa é pessoal de cada jogador e foi recebido, por amigos mais próximos e familiares, com champagne, caipirinha e um bolo com formato de número 1. “É estranho, realmente não acreditava que poderia ser número um. Talvez isso tenha sido bom, porque não me pressionei e quando entrei em quadra, estava muito tranquilo, como se fosse um jogo estadual. Foi um ano de muito sucesso para mim, para a ATP, com todo mundo querendo ganhar e depois de vencer o Kafelnikov, o Sampras e o Agassi, acho que realmente mereci ganhar este título. Mas, também, se tivesse perdido e o Safin ficado com o número um, não teria me importado, sei que estaria em boas mãos. O Safin foi a grande estrela desta Corrida e “brigamos” até o último momento para isso acontecer.

É muito grande para mim, é uma sensação indescritível.”

Após comer o bolo, estourar champagne, abraçar os familiares, Guga passou horas na sala de entrevista, atendendo a imprensa do mundo todo, sempre sorridente e exibindo, com orgulho, os seus troféus de campeão do torneio e o de número um do mundo. “Sempre estive na frente, no jogo. Depois de conseguir o break, me soltei e fiquei super motivado. Todo mundo sabe que eu tive problemas físicos e que eu tinha que ganhar da maneira mais rápida possível. Minha cabeça estava funcionando perfeitamente hoje, tudo estava dando certo e eu fiz uma partida incrível. Acho que acordei hoje, realmente para fazer isso. Estou muito orgulhoso de mim mesmo e de ser brasileiro. Tenho certeza que fiz um domingo feliz para todos e para mim. É o dia mais feliz da minha vida,” disse Guga, na coletiva. O brasileiro continuou a entrevista, dizendo que admirava muito Pete Sampras e Andre Agassi, que eles realmente haviam dominado o tênis na última década e o jogador e que terminar o ano desta maneira é incrível, fantástico.

E o jogador, que no passado completou o Grand Slam, ao vencer Roland Garros e terminou 99 como número um do mundo, foi pessoalmente ao vestiário de Guga, cumprimentá-lo e felicitar o técnico Larri Passos, e a família do campeão. “Só queria dizer parabéns ao Guga, pelo excelente ano, pela conquista e nos vemos na Austrália,” despediu-se Agassi.

Guga (Banco do Brasi l/ Diadora/ Head/ Globo.com/ Motorola) agora entra de férias, volta a treinar dentro de duas ou três semanas e inicia a temporada 2001, no Australian Open. “Foi sem dúvida o melhor ano da minha vida. Quero agora comemorar muito com os meus amigos e a minha família. Foi muito importante ter os meus familiares comigo aqui, todos reunidos. Eles me deram muita força a semana toda.”

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Revivendo a Semana do Guga em Lisboa Parte IV – Vitória inédita sobre Sampras, final x Agassi e chance de ser no. 1

E o que parecia quase impossível dias atrás acabou acontecendo. Guga se recuperou no campeonato, venceu Pete Sampras, na quadra rápida coberta do Pavilhão Atlântico de Lisboa e avançou, pela primeira vez na história, à final da Masters Cup, marcando um encontro com Andre Agassi.

Para deixar a história e a semana ainda mais fantástica, Marat Safin, o favoritíssimo a terminar a temporada como número um do mundo, perdera para Agassi no mesmo dia, significando que se Guga vencesse a final, se tornaria o primeiro do ranking.

Mas, naquele momento, logo após a primeira vitória em torneios oficiais sobre Sampras, não era nesse posto de número um que Guga estava focado. Ele estava feliz com a vitória, pensando no campeonato, em como se recuperou e até dizendo que se Safin ficasse com a coroa de melhor do mundo, estaria em boas mãos.

Lembro até hoje da sensação dessa vitória, especialmente depois do Guga ter perdido o primeiro set num tie-break.

Reproduzo aqui o press release com detalhes do jogo, declarações do Larri que escrevi logo após a partida e alguns trechos da entrevista coletiva do brasileiro pós Sampras e pré Agassi, que também encontrei nos meus arquivos.


GUGA VENCE SAMPRAS E DECIDE TÍTULO DE CAMPEÃO DO MUNDO, NESTE DOMINGO

Brasileiro enfrenta Andre Agassi e se vencer é o número um do mundo

Gustavo “Guga” Kuerten decide, neste domingo, o título de campeão do Mundo, na Masters Cup de Lisboa. Depois de vencer o norte-americano Pete Sampras, cinco vezes campeão deste torneio, neste sábado, por 2 sets a 1, parciais de 6/7 (5) 6/3 6/4, em 2h13min de um tênis de altíssimo nivel, Guga enfrentará Andre Agassi, às 13h30min (Brasil), com transmissão ao vivo do Sportv. A vitória, além de valer o título da Copa do Mundo, dará ao brasileiro o posto de número um do mundo.

Sem nunca ter vencido Pete Sampras em torneios da ATP e depois de ter perdido a final do Masters Series de Miami, por 3 sets a 1, em março, na quadra rápida, Guga queria muito a vitória sobre o norte-americano, especialmente depois de quase ter desistido de jogar a competição, na terça-feira, com um espasmo na coxa direita.

Número um do mundo por seis anos consecutivos, Sampras saiu na frente no jogo. Quebrou o saque de Guga no segundo game e logo abriu 3/0. Mas, Guga não se entregou e devolveu a quebra no 1/3, levando a decisão do set para o tie-break, depois de ter salvado dois set points, no 5/6. No tie-break, o brasileiro saiu na frente, mas Sampras passou adiante no 4/4 e fechou a série, com uma devolução de saque de Guga para fora, no 5/7.

No segundo set, Guga conseguiu quebrar o serviço de Sampras logo no segundo game e não deixou mais o rei de Wimbledon se recuperar, fazendo 6/3 e empatando o jogo em um set.

Na série decisiva, Guga teve chances de quebrar o serviço de Sampras no primeiro game, não conseguiu e foi Sampras quem ameaçou o brasileiro, em seguida, com quatro break points. Guga conseguiu se salvar e no 4/4, quebrou o saque de Sampras, só precisando sacar para garantir a vaga na final. Mas, momentos de tensão tomaram conta do Pavilhão Atlântico, quando Guga, no 5/4, teve 15/40 no seu serviço. O brasileiro, vibrando muito, reverteu a situação e fechou o jogo com um ace.

Durante a partida, Guga (Banco do Brasil/Diadora/ Head/Globo.com/Motorola) teve 63% de aproveitamento do primeiro serviço, deu 13 aces, fez 3 duplas-faltas, deu 45 winners e 25 erros não forçados.

O técnico Larri Passos, bastante emocionado, disse que foi a vitória do coração. “O Guga aprendeu muito com a final de Miami. Ele aprendeu que tinha que sacar na esquerda do Sampras, por exemplo. A vitória de ontem, sobre o Kafelnikov, que é o cara mais completo do circuito, foi muito importante também,” contou, emocionado Larri. “Fiquei muito emocionado mesmo, com a vitória, com a faixa que vi na quadra, dizendo que os brasileiros se orgulhavam de mim e do Guga e também com o cumprimento que ganhei do Sampras,logo depois do jogo.”

Para a final deste domingo, contra Andre Agassi, Larri disse que seu pupilo não poderá vacilar. “Ele vai ter que ser agressivo, botar o Agassi para correr e fechar a rede de vez em quando.”

Guga e Agassi se enfrentaram na primeira partida, em Lisboa e o norte-americano, atual oitavo colocado na Corrida dos Campeões e no ranking de entradas, venceu por 2 sets a 1, parciais de 4/6 6/4 6/3. Além disso, Guga e Agassi já se enfrentaram outras sete vezes, com três vitórias de Guga.

Com a derrota de Marat Safin, neste sábado, para o norte-americano Andre Agassi, caso Guga vença amanhã, se tornará o jogador número um do mundo.

Esta será a sétima final que Guga disputa na temporada, tendo sido campeão em Roland Garros, Hamburgo, Indianápolis e Santiago e vice-campeão em Miami e Roma.

December 2, 2000

Gustavo Kuerten

Q. A couple of days ago you said that Marat deserves the No. 1 spot. What is your opinion about that right now?

GUSTAVO KUERTEN: The same. I wish I could play him in the final. Unfortunately, he’s not there. I wish I win, but I wish he’s No. 1.

Q. Will you be able to play? You’re okay? Did you have treatment tonight?

GUSTAVO KUERTEN: Yes, good treatment now. I’ve been recovering well. As hard as I play, one, two sets, I start to feel a lot of pain. But tomorrow I going to be able to play for sure. Tough five sets. I don’t know how far I can go, but I’ll try to push myself as far as I can.

Q. How much confidence do you have for tomorrow’s final?

GUSTAVO KUERTEN: A lot. I win three matches in a row. I didn’t expect to be in the final. Tomorrow I will try really surprise and play aggressive. But don’t expect too much thing. Just happy to be there.

Q. You’re Roland Garros champion. You won a Masters Series. You’re in a final now. Why do you think Safin deserves to be No. 1?

GUSTAVO KUERTEN: He won a Grand Slam, too. He won two Masters Championships. He won seven tournaments. As I say, if it was in his hands, it’s well-deserved, you know. It was great competition end of the year, everybody fighting for No. 1. He really did what he need to be. If I win tomorrow, I will be. It’s good. It’s fun. But he could — you know, for sure he could be the No. 1 of the world if I don’t surprise everybody here and win the tournament. That’s what I mean. He well-deserve this spot. For sure, if it stay with him, I’m going to be happy, as well.

Q. Pete has won this tournament five times. He’s one of the greatest indoor players ever. Where do you rank this victory in your career for you?

GUSTAVO KUERTEN: The best. For me was special. He’s a great player. I really admire him. Here I never expect to beat him in situation like this. So for sure it’s top level of happiness, dream and everything for me, you know, it’s happen here.

Q. You sound very pessimistic about tomorrow. Is that because he’s already beaten you here this week?

GUSTAVO KUERTEN: Yes. You know, I don’t feel a hundred percent to run that much that I know I’m going to need tomorrow. But, you know, I’ve been feeling much worse, if you were here in the first day, but you wasn’t. You only come in the final. If I lost, you don’t come. It’s okay (laughter). You would see how bad I was. I was much worse than now. I was feeling very, very bad. Now I’m feeling good, feeling okay. I would say I don’t need to win, I’m happy enough. But let’s see. I will try. I will try for sure and play hard. We’ll see how it’s going to be.

Q. Having heard what you said about Marat and No. 1, but now it’s in your hands. How excited or how nervous does it make you to have that possibility?

GUSTAVO KUERTEN: Again, again (laughter)? Everybody do the same question. It’s nice, it’s good, but it’s not what I’m feeling right now. I feel in this tournament, the situation, it’s great for me. I feel myself out of the tournament after the first match, and now I see myself in the final. I will try to win the match tomorrow as I can with all the energy I have. If I win, I’m going to be No. 1. It’s consequence. But I think only about winning and finding a way to beat Andre tomorrow. I know it’s going to be tough.

Q. Only when you are No. 1 we can talk to you about being No. 1.

GUSTAVO KUERTEN: Yes, hopefully (laughter).

Q. It looked like after the match, he was telling you something nice. Did he tell you anything special?

GUSTAVO KUERTEN: Yes. I think he really felt the way things was going for me, you know, the way I came back during all the competition during the match, the way I was fighting. He give me great support, you know, wish me good time and good luck in the final. He really said it was a good game, he played well, but I played better. He was like satisfied the way he played, too.

Q. The tactics for tomorrow will be quite different from the game of Tuesday when you played against him?

GUSTAVO KUERTEN: I will not tell. If I tell, he’s listen, is going to be bad (laughter). I try to be more aggressive as I was the other match that I play him the first day, try to go for the shots a little bit more.

Q. Do you think Lisbon brings you good luck since you won already a tournament in Portugal?

GUSTAVO KUERTEN: It’s nice to play here, no? Make me feel comfortable. I’m much closer to my country, my people than I normally am playing other countries. It feels as in home. Makes me feel better on court, of course. I can have a lot of support from people, the crowd and everything. It’s nice. It’s not that I always have great results, but I really enjoy. If I don’t play too good, I really enjoy coming here to play.

Q. Can you tell us a bit about the match today? What did you feel today after winning, beating Sampras?

GUSTAVO KUERTEN: It was one of my best victories. I felt a lot of emotion and a lot of happiness. It was very, very special. I’m going to try and live this moment very well till tomorrow and take advantage of these good emotions I’m feeling, inspire myself for tomorrow, try and get these positive feelings and energy to support me in my match tomorrow.

Q. Are you aware of what you’ve done for tennis in Brazil?

GUSTAVO KUERTEN: If I stop and just think about what I’ve done for tennis, I think it’s very important. If I’m going to play Sampras or Agassi, it’s going to be very important for the public there. The important thing now is that I’m in the final. Brazil has never had anybody in the Masters. For me to be in the final is absolutely fabulous for the country. If I was a journalist, if I was a Brazilian journalist, I’d be able to do a whole newspaper on this tournament.

Q. Now that Agassi can’t hear us, what are the tactics for the final?

GUSTAVO KUERTEN: I’m going to try to do everything which I can. I’m going to hit the ball hard. It’s going to have to be a moment which is going to happen tomorrow. The tactic is going to be dependent on the way I feel tomorrow, my emotions. That is what a final involves. I’m going to have to live the moment and decide how I feel in that moment.

Q. What is your message for the Brazilian fans who have big expectations? What is your message?

GUSTAVO KUERTEN: I always try and send my message in the best way, which is showing my determination and what I’m feeling on the court. I know that everybody is going to be looking at the match tomorrow, very nervous, people praying that I win. It’s important. I think that all Brazilians are very happy. People are forgetting their problems back in Brazil. I’m happy and proud to be part of that. I’m going to try and make it a happy day for Brazil tomorrow. Everybody knows what I’m doing there. I’m doing something unique. If I would arrive there tomorrow, even if I lost, everybody would still be very happy with the way I played this week and the way I behaved.

Q. Yesterday after beating Safin, Sampras said he lacked a bit of mental edge. He said you have a better mental factor than Safin. What do you think of that? Do you think you’re stronger psychologically now?

GUSTAVO KUERTEN: Well, I’ve evolved a lot. I’ve grown a lot in that department. I think Safin is only 20 years old. It’s quite good he doesn’t think most of the time because he hits the ball so strong that if he thought, it would be even more dangerous. I think I’m learning to play well with other players, and showing how I can deal with certain problems on the court. I’m getting a lot better on these fast surfaces. It’s really a mental factor to know how to get through tough situations. I think I wasn’t so — I think if I wasn’t so strong mentally, maybe I wouldn’t be able to get to the final, as I did.

Q. You’ve complained about the linesmen. Do you think they have been unfair with you this week?

GUSTAVO KUERTEN: I think it’s difficult. Many balls are quite questionable. I think Sampras and Agassi are the strongest players, the most known players, and sometimes I’ve had situations where I’ve been treated unfairly playing against them because I think if you play a tournament like this in Brazil, if I would play against another player who isn’t Brazilian, maybe I would be favoured there. The name of the player is important when he’s on court. Sometimes we play and don’t see properly.



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Revivendo a semana do Guga em Lisboa parte II – Guga decide jogar e vence Norman

Depois da derrota para Agassi na estreia e as dores na coxa direita, lembro que foram quase dois dias de suspense, para todo mundo, até o Guga decidir continuar jogando no torneio.

Era uma infinidade de jornalistas me perguntando o que iria acontecer e eu não tinha resposta para dar, porque dependia do Guga saber como se sentia e até determinado momento nem ele tinha a resposta.

Foi um alívio poder escrever esse release que coloco aqui, dando praticamente como a certa a presença dele em quadra para enfrentar o Norman e melhor ainda escrever o seguinte, relatando a vitória sobre o sueco, em Lisboa

GUGA ENFRENTA NORMAN NESTA QUINTA-FEIRA À NOITE, NA MASTERS CUP DE LISBOA

O sueco Magnus Norman, 4o. colocado na Corrida dos Campeões e no ranking mundial, será o próximo adversário de Guga, na Masters Cup de Lisboa. A partida acontece nesta quinta, às 19h (Brasília), com transmissão ao vivo do Sportv.

O brasileiro, que ontem teve um espasmo na coxa, só decidirá se jogará horas antes do jogo. Mas, Guga e o técnico Larri Passos passaram a quarta-feira muito confiantes em uma recuperação. Enfrentar Magnus Norman não será novidade para Guga. Eles já se enfrentaram sete vezes, com o brasileiro vencendo quatro, inclusive as duas últimas, nas quartas-de-final do Masters Series de Hamburgo e na histórica final de Roland Garros.

O primeiro confronto entre os dois aconteceu no saibro, em um Challenger na Itália e o sueco venceu por 7/5 1/ 2 desistência. Na segunda vez que se enfrentaram, Guga também desistiu da partida, depois de estar perdendo o primeiro set por 5/2, no ATP Tour de Stuttgart 99, no saibro. O terceiro confronto aconteceu no ATP Tour de Indianápolis 99, na quadra rápida e Guga ganhou por 6/4 7/5. O quarto jogo entre os dois foi no US Open 99, também em quadra rápida, com vitória de Guga por 7/6 (4) e desistência. Os dois voltaram a se enfrentar na final do Masters Series de Roma, neste ano, no saibro e Norman levou a melhor, por 6/3 4/6 6/4 6/3. Nos dois últimos confrontos, respectivamente em Hamburgo e Roland Garros, Guga venceu por 6/4 6/2 e por 6/2 6/3 2/6 7/6.

GUGA SE SUPERA E VENCE NORMAN NA MASTERS CUP DE LISBOA

Brasileiro enfrenta Kafelnikov, nesta sexta, às 19h (Brasília)e precisa vencer para se classificar para a semifinal.

Há dois dias nem o próprio Gustavo “Guga” Kuerten imaginaria que entraria em quadra para jogar novamente, na Masters Cup de Lisboa, muito menos, que entraria e ganharia do sueco Magnus Norman, 4o. colocado no ranking mundial e na Corrida dos Campeões, por 2 sets a 0, parciais de 7/5 6/3.

Depois de ter sentido um espasmo na coxa, no primeiro jogo do torneio, na terça-feira, contra Andre Agassi, Guga teve dúvidas se teria condições de jogar. Passou a quarta e a quinta-feira toda fazendo tratamento e tentando se recuperar ao máximo para estar em forma para jogar.

Antes de entrar na quadra central do Pavilhão Atlântico, Guga ainda fez um teste para ter certeza que estava bem. Bateu bola durante 40 minutos com o técnico Larri Passos, na quadra de treino, se sentiu bem e foi jogar. Muito aplaudido ao entrar na quadra, Guga teve uma chance de quebrar o saque de Norman, logo no quarto game. Não conseguiu e a chance voltou a aparecer no 6/5, depois de uma passada cruzada incrível. O brasileiro aproveitou, fechando o set. Vibrando, Guga entrou com tudo no segundo set e no segundo game, quebrou o saque de Norman, ficando com vantagem suficiente para só precisar manter o seu serviço. E foi o que ele fez. Com um ace, no 5/3, marcou a sua primeira vitória na Masters Cup e a terceira consecutiva sobre Magnus Norman.

Durante o jogo, que teve duração de 1h14min, Guga (Banco do Brasil/Diadora/Head/Globo.com/Motorola) marcou 15 aces no sueco, fez duas duplas-faltas, teve 62% de aproveitamento do primeiro serviço, fez 25 winners e 20 erros não forçados.

Amanhã (sexta-feira), às 19h (Brasília), Guga voltará a quadra central do Pavilhão Atlântico, em busca de uma vaga na semifinal do Mundial do Tênis. Ele enfrenta o Campeão Olímpico, Yevgeny Kafelnikov, da Rússia, que ocupa a quinta posição na Corrida e no ranking de entradas e de acordo com a ATP, precisa vencer para garantir a vaga na semifinal.

Guga e Yevgeny Kafelnikov já se enfrentaram sete vezes e a maioria delas em situações inesquecíveis. No total, são quatro vitórias para Guga e três para Kafelnikov.

O primeiro jogo entre os dois foi no saibro, do ATP Tour de Stuttgart, em 1996 e Kafelnikov venceu por 6/1 6/4. O segundo confronto aconteceu no caminho para o primeiro título de Roland Garros, em 97, no saibro e Guga ganhou por 6/2 5/7 2/6 6/0 6/4. No terceiro jogo, Kafelnikov ganhou, no ATP Tour de New Haven 98, em quadra rápida por 6/4 6/4. O quarto confronto aconteceu também em quadra rápida, no Masters Series de Indian Wells, com vitória de Guga por 0/6 7/6 6/3. O quinto, foi no Masters Series de Roma 99, em que Guga foi campeão, no saibro, e o brasileiro ganhou por 7/5 6/1. Neste ano, Guga e Kafelnikov se enfrentaram duas vezes. A primeira em Roland Garros, em que Guga venceu dramaticamente, por 6/3 3/6 4/6 6/4 6/2 e a segunda, nos Jogos Olímpicos de Sydney, com vitória do russo, por 6/4 7/5.

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Revivendo a semana de Guga em Lisboa Parte I – O jogo contra Agassi e as dores

Como prometido, começa aqui a série de textos que encontrei, escritos por mim, lá de Lisboa, durante os meus mais de 10 anos como assessora de imprensa do Guga.

Revivendo a semana de Guga na Masters Cup, em Lisboa

O primeiro jogo de Guga na Masters Cup, 10 anos atrás, em Portugal, não foi dos mais animadores. Ele perdeu por 2 sets a 1 para Andre Agassi e ainda saiu de quadra sentindo fortes dores – eu achava que eram nas costas, mas segundo meu próprio relato foram na coxa direita. Pediu ao torneio para ter um dia de descanso e ver como se sentia.

Ficou um suspense no ar. Ninguém, nem mesmo ele, sabia se conseguiria se recuperar a tempo do próximo jogo.



AGASSI VENCE GUGA EM LISBOA
Gustavo “Guga” Kuerten esteve muito próximo de vencer o norte-americano Andre Agassi, mas não conseguiu superar o ex-número um do mundo e acabou perdendo por 2 sets a 1, parciais de 6/4 4/6 3/6, na estréia da Masters Cup, em Lisboa. Agora, Guga volta a jogar no torneio somente na quinta-feira, contra Magnus Norman ou Yevgeny Kafelnikov.

Com a quadra montada no Pavilhão Atlântico praticamente lotada, Guga começou muito bem na partida. Quebrou o saque de Agassi no 2×2 e só precisou manter o seu serviço para fazer 6/4. Na segunda série, Guga continuava a dominar. Teve um break point no 2×2, mas não converteu. A chance voltou a aparecer no 3×3 e Guga também não conseguiu quebrar. Foi então, que no 4/5, Agassi reverteu a situação, quebrou o serviço de Guga e passou a dominar o jogo. Até perder o seu saque, o brasileiro vinha fazendo uma partida brilhante. Ele não havia dado se quer uma chance de Agassi quebrar o seu serviço.

No último e decisivo set, depois de ser atendido pelo fisioterapeuta da ATP, Bill Norris, Guga acabou perdendo o seu saque logo no segundo game e não conseguiu mais se recuperar na partida. No 3/5 chegou a ter quatro break points, mas não converteu e Agassi terminou vencendo o embate.

Durante o jogo, Guga marcou 10 aces, fez duas duplas faltas, teve 51% de aproveitamento do primeiro serviço, deu 29 winners e 29 erros não forçados.


GUGA: “ESTOU ME SENTINDO BEM MELHOR”

Larri: “Tomara que tudo dê certo amanhã e o Guga entre em quadra mostrando o quanto ama jogar tênis.”

Gustavo “Guga” Kuerten acordou nesta quarta-feira se sentindo bem melhor do que quando foi dormir, ontem, depois de ter sido derrotado pelo norte-americano Andre Agassi, na estréia da Masters Cup de Lisboa, sentindo uma distensão na coxa direita.

O brasileiro, que fazia uma partida brilhante com Agassi e esteve bem próximo de vencer, disse ter ficado arrasado depois da derrota ontem. Mas, ao acordar hoje, sem sentir dores, já se animou bastante e foi até o stand da Diadora, no Pavilhão Atlântico, receber do time de futebol português Alverca, uma camisa com seu nome, uma bola de futebol autografada por todos os jogadores, uma flâmula e uma carteirinha de sócio do clube. Com tantas homenagens, os jogadores deram a Guga também o título de Padrinho da equipe.

Depois de posar para fotos, ao lado dos jogadores e segurando a camisa do time, Guga falou que o dia decisivo mesmo será amanhã. “As próximas horas vão ser muito importantes. Acordei hoje me sentindo bem melhor, já fiz tratamento e sei que o principal é que eu me recupere fisicamente. Eu não preciso treinar e melhorar a direita ou a esquerda. Tenho que estar em um nível alto de competição e tentar me superar de qualquer maneira. Vale dar tudo, porque é o último campeonato do ano e estou com muita vontade mesmo de jogar. Vou pensar positivo, porque a parte mental vai ser muito importante. Ontem, logo depois do jogo, na entrevista coletiva estava destruído física e mentalmente.”

O técnico de Guga, Larri Passos, que também foi ao stand da Diadora, estava muito positivo. “O que o Guga teve ontem não foi uma contusão e sim um espasmo. Isso aconteceu no domingo e eu pedi aos organizadores que deixassem o jogo do Guga para quarta. Mas, coisas estranhas acontecem na ATP e não sei porque não mudaram. Fiquei muito chateado com isso e tenho certeza de que se o Sampras ou o Agassi tivessem pedido, eles seriam atendidos. Mas, agora o importante é que a recuperação do Guga está sendo muito boa, ele foi examinado pelo médico, não foi constatada nenhuma lesão, os tratamentos estão sendo feitos e ele está cada vez melhor.”

Larri também disse que seu pupilo deu ontem, no terceiro set contra Agassi, um exemplo de garra e vontade. “Espero que os jovens tenistas se inspirem no Guga e o vejam como exemplo e se Deus quiser tudo vai dar certo e ele vai entrar em quadra, mostrando para todos o quanto ele ama jogar tênis.”

A decisão final será tomada amanhã (quinta-feira), algumas horas antes do início da partida. Guga estará na programação ou contra Magnus Norman ou contra Yevgeny Kafelnikov. “Só vamos decidir no bate bola antes do jogo. Se ele estiver 100% vai jogar, se não, se sentir dor, vou ser o primeiro a pedir a ele para não jogar,” contou Larri, querendo evitar que o tenista entre em quadra sem condições de apresentar o seu melhor tênis. “Ele está na melhor forma dele.”

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Federer é campeão do ATP World Finals. Dez anos atrás era o Guga

Federer é pentacampeão da Masters Cup, agora ATP World Finals. Derrotou Rafael Nadal na final deste ano, na O2 Arena, in London, por 6/3 3/6 6/1 e encerrou a temporada com um título importante, assim como começou, vencendo o Australian Open.

Federer creditou o título ao novo técnico Paul Annacone e disse que arriscou jogando cinco torneios em sete semanas, que estava cansado, mas que em 20 anos não se lembraria do cansaço e sim dos títulos que venceu.

A colocação de Federer é perfeita.

Essa época de Masters Cup é sempre um pouco nostálgica para mim. Não tem como não lembrar daquela semana inspirada de Guga em Lisboa, 10 anos atrás, vencendo Pete Sampras e Andre Agassi na sequência para vencer o campeonato e chegar ao topo do ranking mundial. Não tem como não ficar relembrando cada momento, nesta época, tendo vivido de perto tudo aquilo.

Como o calendário naquela época era ainda mais longo, esta semana começaria amanhã para o Guga.

Por isso, os próximos dias deste blog serão dedicados a relembrar cada momento daquela semana mágica em Portugal.

Para começar, reproduzo a materia que escrevi para edição 109 da Tennis View, em que relembro a temporada do ano 2000 de Guga.

Somente ao escrevê-la é que eu tive noção de quanto ele jogou e viajou naquele ano. Muito mais do que Federer jogou nas últimas semanas, mas com certeza, o Guga não fica lembrando do cansaço e de quantas semanas ele ficou fora de casa. O que está e ficará para sempre são os títulos especiais que ele conquistou no ano 2000, culminando com o Masters.

Uma viagem pela temporada de Guga

Dez anos atrás o circuito mundial de tênis era dominado por um brasileiro.

Essas palavras, às vezes, parecem ter saído de um sonho, mesmo para nós que acompanhamos cada vitória daquela trajetória.

Mas, foi real. Um brasileiro ganhou Roland Garros três vezes, venceu Masters 1000 e chegou ao topo do ranking mundial.

Não só alcançou o lugar mais alto do ranking, como terminou uma temporada como o melhor do mundo, fato inédito para um sul-americano, ao vencer a Masters Cup de Lisboa – hoje o Masters – e depois de ter ganhado de Pete Sampras e Andre Agassi, na sequência. Feito que só ele na história do tênis atingiu.

Dez anos atrás, o mundo do tênis se curvava a Gustavo Kuerten.

A vitória sobre Andre Agassi, em Lisboa, por 6/4 6/4 6/4, encerrou uma temporada mágica para Guga. Uma, que como ele costuma dizer que “nem nos meus melhores sonhos poderia imaginar que conquistaria tanto.”

Para comemorar esse momento e o dia 04 de dezembro, em que viu seu nome no primeiro posto do ranking mundial, pela primeira vez, Guga jogará uma exibição com Agassi, no Maracanãzinho, no dia 11 de dezembro deste ano.

Tennis View, para homenagear o eterno número um e mostrar, relemebrando a história, que o Brasil já teve o melhor do mundo, vamos fazer uma retrospectiva da temporada que levou Gustavo Kuerten ao auge da sua carreira.

Guga começou o ano 2000 como o 5º colocado no ranking mundial.

Perdeu nas estreias dos ATPs de Sidney e do Australian Open, para os espanhóis Francisco Clavet e Albert Portas.

Logo depois venceu o francês Jerome Golmard, na Copa Davis, em Florianópolis e perdeu para Nicolas Escude, quando já não valia mais nada.

Foi à Cidade do México, com o ranking na 6ª posição, jogar o ATP local e depois de ganhar de Gaston Etlis na estreia, perdeu para Juan Ignacio Chela.

A temporada começou a tomar o rumo de um ano vitorioso no torneio seguinte, o ATP de Santiago, em que foi campeão de simples, sem perder um set, e duplas.

Guga e Antônio Prieto - campeões em Santiago

Ganhou, na sequência de Jean Rene Lisnard, Orlin Stanoytchev, Agustin Calleri e Mariano Puerta.

Nas duplas, ganhou o troféu ao lado de Antonio Prieto, vencendo Lan Bale e Pietr Norval.

De volta à 5ª posição no ranking, foi até a semifinal do ATP de Bogotá, derrotando Sergi Brugera, Sebastian Prieto, Markus Hantschk e perdendo para Puerta.

A breve temporada norte-americana de quadras rápidas (6º no ranking) foi marcada pela derrota na segunda rodada em Indian Wells (venceu Justin Gimelstob na estreia), para Tommy Haas e pelo vice-campeonato em Miami.

Guga, vice em Miami

A campanha em Key Biscayne começou com Guga tendo que salvar match point contra Arnaud Clement na estreia. Depois ganhou de Goran Ivanisevic, Gianluca Pozzi, Wayne Ferreira, Andre Agassi, o número um do mundo na época e perdeu uma das mais marcantes decisões da carreira, para Pete Sampras.

Sem tempo para comemorar a chegada à final em Miami, o brasileiro, novamente no 5º posto da ATP, voou no mesmo dia para o Rio de Janeiro, para defender o Brasil na Copa Davis, contra a Eslováquia. Ganhou de Karol Kucera, mas não resistiu a Dominik Hrbaty. Fernando Meligeni acabou fechando o confronto e colocando o Brasil na semifinal da competição.

Guga- Brasil na semi da Davis

Com a sua melhor posição na temporada, a quarta, Guga foi a Monte Carlo e perdeu para Kucera na estreia.

Ficou treinando e com dois lugares atrás no ranking foi para a Itália. Derrotou, na sequência, em Roma, Golmard, Mark Philippoussis, Younes El Aynaoui, Albert Costa, Alex Corretja e só parou na final diante de Magnus Norman.

Próximo destino: Hamburgo.

A primeira vitória na Alemanha, com o ranking na 7ª posição, foi sobre Karim Alami. Em seguida, ele derrotou Sebastien Grosjean, Wayne Ferreira, Norman, Andrei Pavel e em uma emocionante final, de mais de quatro horas, Marat Safin na final.

Era o segundo título da temporada.

De volta ao seu torneio favorito, Guga disputava Roland Garros como o quinto do mundo e cabeça-de-chave cinco. Arrasou Andreas Vinciguerra na estreia, perdendo só três games. Não deu chances a Marcelo Charpentier, na segunda rodada. Ganhou de Michael Chang, que se despedia das quadras, na terceira fase e eliminou o amigo Nicolas Lapentti nas oitavas-de-final. Depois de estar perdendo por 2 sets a 1 para Yevgeny Kafelnikov virou e avançou à semifinal. O mesmo aconteceu contra Juan Carlos Ferrero e Guga estava em mais uma decisão de Roland Garros.

Guga bi em Roland Garros

O adversário era um de seus grandes rivais da temporada: Norman. Depois de onze match points, o brasileiro erguia o seu segundo título em Paris e o terceiro da temporada.

Depois de surgir no quarto lugar do ranking e com dreadlocks em Wimbledon, alcançando a terceira rodada na Inglaterra (venceu Chris Woodruff e Justin Bower, perdendo para o alemão Alexandre Popp), Guga foi para a Austrália, defender o Brasil na Copa Davis. Perdeu para Patrick Rafter e viajou para a América do Norte.

Ganhou da Arnaud di Pasquale an estreia em Toronto, mas perdeu para o local Sebastien Laureau na segunda rodada.

Em Cincinnati, estreou derrotando Jerome Golmard e depois passou por Gianluca Pozzi, Stefan Koubek e Todd Martin, para alcançar a semifinal do Masters 1000 do meio-oeste americano. Perdeu uma disputada semifinal, no tie-break do terceiro set para Tim Henman.

Começou a campanha no hoje extinto torneio de Indianápolis com o seu melhor ranking, o 2º e com  vitória sobre Todd Woodbridge. Depois a vítima foi Taylor Dent, seguida por Wayne Ferreira, Lleyton Hewitt e por fim o russo Marat Safin.

Era o primeiro troféu de Guga em quadras rápidas e o quarto do ano 2000.

O bom momento parou em Wayne Arthurs, na estreia do US Open, em que perdeu no tie-break do quarto set.

Nova viagem a Austrália levou Guga às Olimpíadas de Sidney, em que, na 3ª posição na ATP, começou vencendo Christophe Pognon, Rainer Schuettler e Ivan Ljubicic, para chegar às quartas-de-final em que foi parado por Kafelnikov.

A temporada continuou na Ásia, com as quartas-de-final nos ATPs de Hong Kong e Tóquio. Ganhou de Vincent Spadea e Sargis Sargsian, perdendo para Rafter no primeiro torneio. Superou Nicolas Massu e Andrea Gaudenzi no Japão, perdendo para Hrbaty.

Da Ásia, a longa temporada de Guga, seguiu para a Europa, com uma vitória sobre Nicolas Escude em Stuttgart – indoor – e derrota para Grosjean.

Em Lyon, com uma breve volta ao segundo lugar no ranking, nova derrota para Rafter nas quartas-de-final, depois de ter vencido Pavel e Michael Llodra.

O último Masters 1000 do ano, em Paris, viu Guga, 3º da ATP, vencer Woodruff, Rafter e Albert Costa, só parando na semifinal diante de Philippoussis.

O brasileiro chegava ao último torneio do ano, a Masters Cup, em Lisboa, com poucas chances matemáticas de ascender ao topo do ranking mundial. Marat Safin, 75 pontos na frente de Guga, então número um, era o favorito para terminar o ano como tal.

Os oito melhores da temporada foram divididos em dois grupos. Safin, Sampras, Hewitt e Corretja estavam no vermelho e Guga, Agassi, Kafelnikov e Norman, no verde.

O desenrolar da semana em Portugal, continuam nos próximos posts.

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Academia de McEnroe, em NY, supera expectativas e já tem lista de espera

McEnroe, na sua academia em NY
Há dois meses estive na recém-inaugurada academia de John McEnroe, em New York, no complexo Sportimes em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan.

Dava para perceber no ar a empolgação dos envolvidos com o projeto e o comprometimento da família McEnroe, que tem como principal objetivo formar campeões.

Parece que esse sentimento se espalhou pela cidade. Hoje recebi um comunicado do assessor da academia, confirmando que já há lista de espera para treinar com a supervisão de John McEnroe. Já são mais de 400 alunos treinando na John McEnroe Tennis Academy, com idades entre 06 e 16 anos.

Um dos segredos do sucesso, de acordo com Mark McEnroe, irmão de John e Patrick e Diretor da academia, está na proposta de trabalho, que não prevê que as crianças deixem suas casas para treinarem e aposta na variedade de atividades para trabalhar a mente, além do tênis. Veja a declaração dele no comunicado que recebi hoje.

“Parents have told us that the balance we offer between tennis, fitness and encouraging kids to follow their educational goals, has made a big difference, and combined with a state-of-the-art facility, easy access from anywhere in the tri-state area  and our team of world class teaching professionals, we have a unique approach that we know will be successful over time.”

Bem, a minha visita, durante o US Open, virou uma matéria para Tennis View, publicada na edição 108, que reproduzo aqui e que mostra mais detalhes do complexo de John McEnroe.

John McEnroe que formar novos campeões 

Ele tem sete títulos de Grand Slam, foi número um do mundo, joga o Champions Tour, o World Team Tennis (WTT), é um dos comentaristas esportivos mais respeitados da televisão, é casado com Patty Smith, tem seis filhos e agora quer formar campeões.

Aos 51 anos de idade, John McEnroe inaugurou há dois meses a John McEnroe Tennis Academy, em Randall’s Island, a poucos minutos de Manhattan. Uma academia de tênis, em parceria com o grupo Sportimes, com o objetivo de ver o tênis renascer em Nova York, cidade onde ele nasceu, e formar campeões.

Sem um americano entre os top 10, pela primeira vez, desde 1973, a ideia de McEnroe ganha ainda mais força.

A academia não é simples, nem luxuosa. Tem 20 quadras de tênis, 10 de har-thru e 10 rápidas, espaço para montar arquibancadas provisórias, vestiários e sala de ginástica bem equipada. Há uma lanchonete, uma pro-shop e os escritórios.

As quadras todas podem ser cobertas, com o que eles chamam de “bubble,” para que os treinamentos não parem no inverno.

Há programas para todos os tipos de tenistas e idades. Desde aqueles que querem ter apenas meia hora de aula por semana, passando pelos que desejam alugar quadra, ou ter aulas em grupo. Os níveis de treinamento, excluindo o competitivo, variam do iniciante ao avançado, até o cardio tennis, com treinos específicos para adultos e para crianças com idades de 2 a 5 anos.

Para participar de qualquer um destes programas é necessário ser membro da academia e o título, individual ou familiar sai por U$ 500. O que varia são as taxas mensais que custam aproximadamente U$ 65 por pessoa. Adolescentes e jovens até 22 anos entram no programa Junior, em que o título sai por U$ 100. Os treinamentos custam entre U$ 3,6 mil e U$ 4,8mil, por 34 semanas.

Durante as férias há ainda o que eles chamam de “Summer Camps,” com clínicas semanais para diferentes grupos de crianças.

A academia fornece transporte de ida e volta do centro de Manhattan e não prevê hospedagem para os atletas.

“Não queremos transformar a academia em um centro como o do Nick Bollettieri. Não queremos que as crianças saiam de casa para treinar tão cedo. Elas devem ter uma infância e adolescência normal,” explica o Diretor Técnico, Gilad Bloom, um israelense, ex-profissional da ATP, que chegou a ser o 43º no ranking mundial e que McEnroe escolheu para implantar o sistema de treinamento.

A visão de John, que encarregou o irmão do meio, Mark, de administrar a academia, é de que as crianças e os jovens façam de tudo um pouco, até para desenvolver outras áreas da mente que depois possam ser úteis no tênis. “É uma maneira de evitar o burn-out,” diz Bloom.

“Essa academia é um sonho antigo do John,” conta o advogado Mark. “Muita gente tem dúvida se ele vai realmente estar presente, mas quando John se envolve em algo é sério e ele quer muito ver isso dar certo.”

As 728 crianças que participam do programa de treinamento da JMTA diariamente praticam algum outro esporte, podendo ser o futebol, baseball ou xadrez.  “Não queremos tenistas unilaterais. Eles tem que abrir a mente,” disse McEnroe à New Yorker, na inauguração do seu espaço.

O próprio John desenvolveu o seu tênis perto de casa, na extinta Academia de Port Washington, do australiano Harry Hopman, seu mentor e chegou a cursar um ano de tênis universitário, em Stanford, antes de optar pelo profissionalismo.

Com uma agenda atribulada, Gilad e Mark é quem tocam a academia no dia a dia. Mas, é John quem contrata os treinadores pré-selecionados por Bloom e está presente frequentemente para olhar os jogadores e bater bola com eles.

“O teste de admissão aqui é feito em quadra. O John bate-bola com os treinadores e depois joga um set com eles. Só depois decide se contrata ou não,” conta Bloom.

Entre os treinadores só há ou ex-profissionais de nível ou tenistas que jogaram tênis universitário em alguma faculdade da Divisão I da NCAA. “O nível de educação é importante,” ressalta o israelense.

“Quando John está em quadra com as crianças, nós usamos o cérebro dele. É a nossa missão, quando ele está aqui, de anotar tudo o que ele está observando e implantar nos dias que se seguirem, porque quando ele voltar, ele vai cobrar.”

Foi o próprio John que recrutou as crianças que ganharam bolsas de treinamento, em um dia inteiro de testes na JMTA.

Os grupos de treino são dividos em quadra, de acordo com o nível e idade, mas a base do método é a mesma, com ênfase na técnica, disciplina e experiência. “Não adianta você fazer 2 mil drills por dia e não jogar sets. Só jogando sets você vai fortalecer a sua mente.”

Entre tantas crianças que já estão treinando na academia, há uma que mais chama a atenção, o menino de 12 anos, Alex Kovacevic. “Os pais não queriam que ele fosse morar na Flórida ou no Texas e faziam questão que continuasse tendo uma boa educação,” relata Bloom.

“Se daqui a um tempo conseguirmos ter um top 10, estivermos encaminhando jogadores para o profissionalismo e para a universidade, teremos sucesso.”

(DG e NA)

Crédito das fotos: CameraWork e Tennis View

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Depois da vitória de Clijsters, Good Bye Doha.

A vitória de Kim Clijsters sobre Caroline Wozniacki por 6/3 5/7 6/3 e logo depois a de Dulko e Pennetta sobre Srebotnik e Peschke, por 7/5 6/4 marcou o fim da grande temporada do tênis feminino, da WTA. Claro, ainda há a final da Fed Cup e a disputa em Bali, com as jogadores que se sobresaíram em 2010, mas não chegaram entre as top 8, mas para o grande público mundial, o ano chegou ao fim.

Chegou ao fim também a disputa do WTA Championships em Doha, no Qatar.

Durante três anos a capital árabe sediou o mais importante campeonato de tênis do calendário, depois dos Grand Slams.

Próximo destino: Istambul, na Turquia.

Estive em Doha no primeiro ano do evento. Trabalhei para o evento acontecer, fui Media Director internacional da competição e realmente o evento é comparável aos outros Masters que já estive. Não deixa a desejar. A estrutura é de primeiríssimo mundo e tudo para as jogadoras, imprensa, patrocinadores, público é do bom e do melhor.

Mas, mesmo tendo participado do evento e sabendo da importância que a competição tem para o País, que quer se posicionar como um polo esportivo e ganhar cada vez mais espaço no mapa mundi, me questiono quanto ao legado para o povo local e quanto a relevância do torneio na esfera internacional.

Doha já tem um grande campeonato de tênis masculino – ATP e um feminino. Ver estrelas do circuito pelas ruas e pelos luxuosos hotéis da região não é novidade para ninguém.

O país se empenha sim em desenvolver o esporte. É só notar quantos eventos esportivos tem sido dispuatdos por lá ultimamente, mas o quanto isso vai desenvolver o tênis entre os Qataris, não sei precisar e não consigo enxergar muito além. Se não houvesse torneio algum de tênis por lá, aí sim a história poderia ser diferente.

Compartilho da mesma opinião sobre a disputa em Istambul, no próximo ano.

Apesar da Turquia ser um país um pouco mais próximo culturalmente do ocidente do que o Qatar, que contribuição trará para o tênis jogar o Masters por lá.

Pode ser que não esteja pensando globalmente e que esteja sendo muito ocidentalizada. Mas, para mim, estes campeonatos tem que ser disputados em grandes arenas, com tradição no esporte.

Claro que há uma questão financeira importante ao levar os campeonatos para lugares distantes e países que estão tentando se posicionar, mas será que vale a pena?

Será que não teria muito mais valor de marca para a WTA, para os fãs e público, jogar no Madison Square Garden como era feito antigamente ou mesmo em Londres onde hoje competem os homens? Será que os jornalistas de diversas partes do mundo não teriam ido ao torneio, mesmo sem americanas competindo?

A WTA até tentou continuar nos Estados Unidos. Colocou a disputa do Masters em Los Angeles e foi um desastre de público e mídia. O local não tinha tradição no esporte.

Os anos em que o Masters da ATP foi disputado em Houston também foram criticados. Agora, em Londres, parece estar no lugar certo.

Não vou dizer que foi estranho ver o Masters em Lisboa. Parecia algo natural, numa arena coberta, na Europa, onde foi disputado por muitos anos – especialmente na Alemanha. Quando foi para Shanghai nós brasileiros sofremos com o fuso-horário para assistir e compreender o que se passava na Ásia.

Não combinou também. É, devo estar sendo super ocidentalizada, nada globalizada como costumo ser, nada a favor do esporte para todos, mas nestes locais, apesar do esforço dos organizadores, da ATP, WTA, das tenistas, falta aquele algo a mais.

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Clínica de Férias de Tênis – Tennis Summer Camps! Aproveite a chance de sair na Tennis View

Estamos concluíndo a próxima edição da Tennis View e esse número, quase no fim da temporada, é aquele especial com um Guia de Clínica de Férias.

As páginas sobre esse momento que se torna inesquecível, principalmente para a garotada, é um serviço que a Tennis View divulga há anos, com divulgação gratuita dos programas especiais que as academias e técnicos oferecem nos meses de férias, tanto aqui, como no exterior.

Entra ano, sai ano e fico impressionada em como essas informações demoram a chegar nas nossas caixas de email ou como as chamadas telefônicas levam dias para serem retornadas e quando são.

Com raras exceções, recebemos as informações completas de onde, como, quando, para quem, com que carga horária, valor, etc.. esses treinamentos especiais serão realizados.

Já estamos quase concluindo a matéria, temos um bom material, mas como sou persistente e gosto sempre de ter algo a mais na revista, de levar uma informação ainda mais completa para os tenistas, gostaria de pedir àqueles que tem academias, hotéis, trabalham com o esporte, são técnicos e/ou professores e ministrarão ou participarão de atividade similar e que ainda não mandaram as informações para a paciente Fabiana de Oliveira, que entrem em contato conosco.

A divulgação da informação é GRATUITA. Sim, claro que há anúncios, afinal sem os nossos anunciantes e parceiros não teríamos a revista, mas divulgar a informação é nossa obrigação.

E-mail tennisview@tennisview.com.br

Tel: (11) 55335312

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Depois das declarações de Bellucci, Copa Petrobras promete agitar ainda mais o tênis no Brasil

Bellucci teve contrato com a adidas oficializado nesta sexta (foto de Sarkar/AFP/Getty Images)

A Copa Petrobras ainda nem começou e já está criando polêmica no tênis nacional. Não é pela competição, que aliás é de fundamental importância para o tênis da América do Sul.

Lançada há mais de 10 anos como Copa Ericsson, viu grandes nomes do tênis sul-americano subindo no ranking jogando o Circuito Challenger da ATP do final da temporada.

Nesta sexta, no lançamento oficial da etapa de São Paulo, na Sociedade Harmonia de Tênis, o cabeça-de-chave 1 do torneio e campeão do ano passado, Thomaz Bellucci, ao explicar um dos problemas do tênis no Brasil, acabou exagerando em suas declarações, ao afirmar que não há técnicos competentes no País, além de Larri Passos, treinador que levou Guga ao topo do ranking mundial e o seu, João Zwetsch, atual capitão da Copa Davis.

Não estive no evento de lançamento, nem no almoço que seguiu a coletiva, por isso não gosto de criticar. Não sei qual teria sido o contexto da pergunta. Mas, de qualquer maneira, é sempre bom pensar antes de fazer uma afirmação destas ou estar pronto para aguentar as consequências.

Os repórteres da Tennis View, Edgar Lepri e Fabiana de Oliveira participaram da entrevista e reproduzo aqui a matéria publicada no nosso site, em que Bellucci também fala da derrota na Copa Davis e da semana dolorosa na Índia: “uma semana infeliz no calendário.”

São Paulo (SP) – A etapa paulista da Copa Petrobras foi lançada nesta sexta-feira, na Sociedade Harmonia de Tênis, com a participação dos tenistas Thomaz Bellucci, melhor brasileiro e número 27 do mundo, e Tiago Fernandes, ex-número 1 juvenil. Além de falar da importância de jogar em casa e defender o título de 2009, Bellucci aproveitou para se defender das críticas relacionadas à sua atual fase e à derrota da equipe na Copa Davis, na Índia, e defendeu a maior atuação de ex-profissionais como treinadores.

Para o atual melhor tenista do país, faltam técnicos competentes para alavancar a carreira de um jogador, principalmente depois que ele chega ao top 250. “Faltam técnicos que saibam tirar o potencial dos jogadores. O Larri (Passos, treinador de Fernandes) e João (Zwetsch, seu treinador), por exemplo, são exceções, porque poucos técnicos têm qualidade para treinar jogadores de alto nível”, afirmou.

Bellucci não descarta fazer parceria com um treinador estrangeiro no futuro e enaltece a escassez de treinadores no Brasil. “Às vezes, a solução é um técnico de fora, e isso seria normal no Brasil, pela falta de técnicos que temos”. O paulista de Tietê ainda defendeu uma maior participação de ex-profissionais no tênis atual. “O ex-tenista tem muito a acrescentar e poderia ajudar como técnico. Isso é mais comum no exterior”.

O brasileiro também analisou sua primeira temporada entre os melhores tenistas do mundo e rebateu as críticas à equipe que caiu diante da Índia na Copa Davis, em setembro. “Só joguei torneios grandes neste ano, e às vezes a gente é obrigado a pegar um top 5. É preciso saber lidar com as derrotas, mas acho que fiz um bom ano, principalmente no primeiro semestre, que é mais fácil para tenistas de saibro, e consegui me manter no top 30”.

O tenista reconhece que receberá mais críticas por ser o número 1 do Brasil e precisa saber como enfrentá-las. Sobre a derrota na Davis, ele afirmou que na semana seguinte, quando voltou ao Brasil, ficou três dias sem conseguir fazer nada, pelo desgaste físico e mental da competição e do calendário longo na temporada. “A semana da Davis machucou muito todo mundo que estava lá. Não atrapalhou muito meu calendário, mas não caiu muito bem, pelas viagens longas que fiz. Fico um pouco chateado pelas críticas porque nunca deixei de defender o Brasil”.

Mais informações no www.tennisview.com.br

PS: Em tempo. A adidas confirmou hoje a parceria com Bellucci. O tenista já vinha usando o uniforme da marca há algum tempo, mas o contrato ainda não havia sido oficializado. www.tennisview.com.br

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