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À la Goran, Cilic alcança a semi do US Open

Marin Cilic US Open semiQuando Goran Ivanisevic ganhou Wimbledon, em 2001, Marin Cilic estava num acampamento e aos nove anos, assistiu o jogo pela TV. Como todos os croatas, se lembra exatamente daquele momento mágico. Agora, Ivanisevic está ajudando o tenista de 25 anos a fazer mágica em Nova York. Nesta quinta, ele alcançou pela primeira vez a semi do Grand Slam americano, vencendo Tomas Berdych por 6/2 6/4 7/6.

Treinado anteriormente por Bob Brett (Ivanisevic indicou Brett para ser o técnico de Cilic – Brett havia treinado Goran), um discípulo de Harry Hopman e que hoje coordena o tênis da Grã Bretanha, Cilic pediu ajuda a Goran no ano passado e o ex-número dois do mundo aceitou o desafio de treinar o menino que viu crescer. “ Foi na hora certa. Sempre acompanhei a carreira dele e estive perto. Quando ele me pediu para treiná-lo aceitei e muito feliz. Se fosse antes eu talvez não estivesse pronto para voltar a viajar tanto e a estar no circuito,” disse Ivanisevic, durante o torneio de Wimbledon. Goran Ivanisevic US Open

Para fazer Cilic avançar nas chaves dos torneios e no ranking, onde Goran acredita que el epode chegar a ser top 5, o agora treinador mudou o saque do pupilo, pediu para ele ser ainda mais agressivo e explosivo em quadra. Pediu também para Marin falar mais, ser mais aberto nas coletivas “se não, ninguém lembra de você.”

E parece que Cilic está se divertindo. “Toda vez que estamos juntos, mesmo quando é um treinamento de 3h30min, ou mais, a gente se diverte. Eu diria que não poderia ser melhor.”

 

 

 

 

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E só foi o 1º dia do US Open

O US Open mal começou e neste primeiro dia já vimos:

A Simona Halep perder um set da estreante Danielle Collins;

Venus Williams vencer uma batalha de 3 sets, com uma das raras tenistas mais velhas do que ela no circuito, Kimiko Date Krumm;

Maria Sharapova quase não tomar conhecimento da outra Maria russa, a Kirilenko; Sharapova US Open

Agnieszka Radwanska arrasar a canadense Sharon Fichman;

Sloane Stephens avançar com vitória fácil diante de Annika Beck;

Caroline Wozniacki vencer Magdalena Rybarikova quando a eslovaca desistiu no terceiro set;

Jelena Jankovic passar sem dificuldades pela conterrânea sérvia Bojana Jovanovski;

Andrea Petkovic suar para ganhar da tenista da Tunísia Ons Jabeur;

Shahar Peer ganhar um jogo em torneio grande – derrotou Johanna Konta;

A campeã do Rio Open, Kurumi Nara vencer Aleksandra Wozniak;

Sara Errani passar pela Kirsten Flipkens;

Lucie Safarova derrotar Timea Babos;

Roberta Vinci ganhar da única argentina na chave, Paula Ormaechea;

Daniela Hantuchova ainda continuar viva no torneio, superando Romina Oprandi;

Camila Giorgi, que fez oitavas no ano passado, perder para Anastasia Rodionova;

Garbiñe Muruguza, que brilhou na Austrália e em Paris, ser elimada por Mirjana Lucic, agora Baroni também.

Belinda Bencic superar a sempre perigosa Yanina Wickmayer;

A suíça Timea Bacszinszky ganhar o jogo quando Kiki Bertens desistiu da partida sem resistir ao calor;

A porto-riquenha Monica Puig vencer;

Virginie Razzano ser derrotada por Johanna Larsson por duplo 6/0;

Andy Murray US Open

Entre os homens, o primeiro dia da primeira rodada também foi interessante e vimos:

Andy Murray sofrer mais do que precisava, inclusive tendo cãibras, para vencer Robin Haase;

Nick Kyrgios eliminar um ex-semifinalista do US Open, Mikhail Youzhny;

Thomaz Bellucci estrear com uma belíssima vitória diante de Nicolas Mahut;

Stan Wawrinka ganhar de Jiri Vasely e se tornar o próximo adversário de Bellucci;

Milos Raonic avançar, derrotando Daniel Taro;

Juan Monaco incomodar Jo-Wiflried Tsonga, mas o francês acabar vencendo em quatro sets; Nick Kyrgios US Open

Donal Young dar adeus à competição logo no primeiro dia, perdendo para Blaz Kavcic;

Tommy Robredo derrotar Edouard Roger Vasselin;

Vasek Pospisil ser eliminado na primeira rodada de novo, desta vez por Simon Bollelli;

Michael Llodra que teve seu wild card contestado, ganhar de Daniel Gimeno Traver;

Benoit Paire vencer o duelo francês, em cinco sets, contra Julien Benneteau;

Radek Stepanek ficar na estreia, perdendo para Mathias Bachinger;

Jeremy Chardy ganhar de Alejandro Falla;

Pablo Carreño Busta passa por Andreas Beck;

Blaz Rola endurecer o jogo com Fernando Verdasco, mas o espanhol acabar levando a vitória em cinco sets;

Paul Henri Mathieu superar Gilles Muller, também em cinco sets;

E para terminar o dia, Novak Djokovic ganhar, em um bom jogo, do argentino Diego Schwartzman.

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Wawrinka, de bom a ótimo mesmo!

O nome da academia do vice-campeão de Roland Garros e ex-número dois mundo, Magnus Norman, é “Good to Great – bom a ótimo.” E é nisso que o sueco, um do grandes rivais de Guga, transformou o suíço Stanislas Wawrinka, que derrotou o atual campeão do US Open, Andy Murray, por 6/4 6/3 6/2, para avançar, pela primeira vez na carreira, à semifinal de um Grand Slam. wawrinka us open

Wawrinka, atual 10. colocado no ranking mundial e cabeça-de-chave 9 em New York, estava sempre chegando quase lá. Havia alcançado as quartas-de-final do US Open, em 2010, com o técnico Peter Lundgren e tendo um resultado ocasionalmente bom aqui, outro lá, mas nunca indo além, ou como gostam de dizer os especialistas “atingindo o seu verdadeiro potencial.”O jogo, em que ele levou Djokovic a cinco sets, neste ano no Australian Open, foi transformador, segundo ele próprio. Mas, a associação com Magnus Norman, o treinador que levou Robin Soderling à final de Roland Garros, a partir de outubro, realmente mudou os resultados do número dois da suíço de bons para ótimos.

Magnus Norman

Desde que iniciou o trabalho com o sueco, Wawrinka foi campeão no ATP de Oeiras, vice do Masters 1000 de Madri e vice-campeão em s’Hertogenbosch, além das quartas-de-final em Roland Garros. Agora alcança um resultado inédito e chega mais longe em um Grand Slam, pela primeira vez, do que o compatriota Federer.

Aos 28 anos, Stanislas vai chegando ao ápice da carreira. Uma combinação de amadurecimento, com trabalho duro, com direção de um técnico e estrategista como Norman.

 

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Direto de NY – Soares: “Chegar à final seria a realização de um sonho”

E Bruno Soares continua fazendo história neste US Open. Depois de derrotar dois Bryans, aposentar Kim Clijsters, ele está a um jogo da final do Grand Slam americano, nas duplas mistas. “Seria a realização de um sonho. Falta um jogo,” disse o mineiro, logo após disputar e vencer, a segunda partida do dia em NY.

 

Ao lado da russa Ekaterina Makarova, Bruno virou um jogo difícil, contra o holandês Jean Julien Roger e a russa Anastasia Rodionova, por 4/6 6/3 10/7, para alcançar a sua primeira semifinal de duplas mistas da carreira. “Já tinha feito acho que umas 5 vezes quartas-de-final e em todas elas perdi no match tie-break.”

 

Em uma rápida visita ao Centro de Imprensa do US Open, Bruno falou que as derrotas anteriores até passaram pela cabeça quando o match tie-break contra o holandês e a russa começou, mas que ele logo esqueceu.

 

Ainda agitado de um dia de muitos jogos, que começou com outra vitória de virada sobre o checo Frantisek Cermak e o eslovaco Michael Mertinak, por 6/7(5) 6/3 7/6(3), Bruno queria mais era ir para a casa onde está hospedado, no Lower East Side, fazer uma refeição caseira com a esposa Bruna e descansar para a próxima batalha. “Nós dois, eu e a Makarova, estávamos cansados, sentindo as pernas quando o jogo começou. Sabia que a gente ia demorar para soltar mais. Eu fiz um jogo de três sets e ela também.”

 

A vitória nas duplas mistas foi a sexta de Bruno Soares neste US Open e segundo ele, um dos motivos para o sucesso foi a derrota na estreia em Winston Salem, com Peya. “Fizemos o nosso pior jogo do ano, eu acho. Mas aí viemos cedo para cá e treinamos muito. A gente ficava umas quatro horas por dia em quadra, treinando e tentando se conhecer melhor, saber o que um gosta de fazer no momento de decisivo, que jogada fica mais à vontade e isso faz muita diferença. Se um ponto decide o jogo, isso é muito importante.”

 

Já na semifinal de duplas mistas, em que enfrentará os checos Frantisek Cermak e Lucie Hradecka, Bruno quer  também chegar à semi de duplas masculinas. Apenas uma vez na carreira ele esteve a um jogo da final de um Grand Slam. Foi em Roland Garros 2008, com o checo Dusan Vemic, no primeiro Grand Slam que jogou depois de anos afastado do circuito lesionado. “Vai ser um jogo bem diferente do que foi hoje. Temos que estar sólidos contra os espanhóis.”

 

Bruno passará o dia na quadra 17 nesta terça. A partir das 14h (Brasil) ele joga as quartas-de-final com Peya, contra Marcell Granollers e Marc Lopez e volta para a mesma quadra, no terceiro jogo da rodada, contra Hradecka e Cermak.

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Novo técnico de Li Na, ex-de Henin, Rodriguez quer a tenista usando mais a cabeça e menos o coração

 Faz umas duas semanas li rapidamente, naquela passada de olho, uma menção a Carlos Rodriguez ser técnico de Li Na e pensei: “Nossa será que eu estou assim tão por fora do circuito que nem sabia disso?” Foi um alívio quando no dia seguinte li uma materia no USA Today, falando da nova parceria entre o argentino, ex-treinador de Justine Henin e a chinesa Li Na, que estreou com vitória no US Open, depois de dois anos perdendo na primeira rodada.

Fiquei curiosíssima para entender como essa associação havia acontecido. A última vez que havia ouvido falar de Carlos Rodriguez, depois da segunda aposentadoria da belga Henin, fora relacionada a abertura da academia dos dois juntos, a 6th Sense, na Bélgica e nos Estados Unidos e nada mais. 

A história de Rodriguez, 48 anos, sempre me interessou. Quando estava com Henin, a quem treinou desde os 14 anos de idade, parecia ser o típico técnico linha dura, mas muito, muito reservado. Praticamente não havia entrevistas com ele, matérias que falassem a seu respeito e nos torneios, era sempre muito fechado, pouco falava com as pessoas.

Chamava a atenção também o fato da parceria entre ele e Henin ser muito próxima, o que me fazia sempre pensar numa comparação com o Guga e o Larri Passos. Difícil ver uma tenista ficar com um treinador a carreira toda. Guga e Larri ficaram, salvo alguns meses em que o brasileiro quis experimentar um novo técnico, o argentino Hernan Gumy.

 A relação de Rodriguez e Henin foi muito além das quadras. Não tem como ser diferente quando você começa a treinar alguém no início da adolescência e vai até o fim da carreira. Muito solitária, Henin durante um bom tempo, adotou a família do técnico como se fosse sua e hoje é madrinha de um de seus filhos.

Juntos eles abriram a 6th sense Tennis Academy, inicialmente na Bélgica, com planos de expansão nos Estado Unidos. Mas, foi na Ásia que Rodriguez se instalou.

Ele fez uma parceria com a Potter’s Wheel Tennis Academy, em Beijing, para treinar novos talentos chineses e aos poucos foi levando a família para um novo mundo.

Instalado e mais à vontade em terras tão diferentes, Rodriguez recebeu há algumas semanas uma ligação do agente de Li Na, Max Eisenbud, o mesmo de Sharapova, perguntando se ele gostaria de voltar ao circuito. “Já era hora. Antes estava ocupado com a mudança e a adaptação à China. É a maneira perfeita de ajudar alguém a atingir os seus objetivos, de elevar o meu nível profissional e de promover a academia em Beijing.”

 Avesso a entrevistas quando treinava Henin, Rodriguez até que falou bastante desde o Western & Southern Financial Group, em Cincinnati, em que Li foi campeã. Foi o primeiro título da temporada da campeã de Roland Garros 2011, logo nos primeiros dias de trabalho com o novo treinador. 

Antes treinada pelo marido Jian Shan, com quem costumava discutir em quadra, a tenista sabia que precisava de uma mudança. Começou o trabalho com Rodriguez, via email e telefone, durante o WTA de Montreal, até o treinador chegar no meio do torneio de Cincinnati.

Depois da vitória sobre Heather Watson, na estreia do US Open, a chinesa falou: “ Amor é amor, técnico é técnico. Você tem que separar. Agoar está muito mais fácil pra gente. É muito difícil encontrar um equilíbrio entre técnico e marido.”

 Com tão pouco tempo de trabalho, é difícil avaliar o impacto das mudanças do novo integrante do time de Li Na, que ainda conta com o fisioterapeuta alemão Alex Stober, que trabalhou com Pete Sampras, na ATP e por um breve período, com Guga. O próprio Rodriguez acha que ainda vai levar tempo para surtir efeito, mas o principal agora é deixá-la mais tranquila, menos explosiva e usando mais a cabeça em quadra. “A Henin tinha muita tática, sabia analisar o jogo melhor, a Li precisa um pouco mais dessa visão tática. Mas é um trabalho completamente diferente. Ela já é uma jogadora formada. Tenho que pegar todos os ingredientes e fazer uma receita melhor,” afirmou o argentino radicado na China, a ESPN.com.ar .

 Nesta terça, em vez de estar fazendo as malas para voltar a Beijing, como nas duas últimas participações no US Open, Li Na estará em Flushing Meadows, se preparando para a partida de segunda rodada contra a australiana Casey Dellacqua.

 Fotos: Carlos Rodriguez/Potter’s Wheel e Li Na/Nike

 

 

 

 

 

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O que eu estaria fazendo se estivesse no US Open em NY

Normalmente nesta época do ano estou em New York, para o US Open. Mas, desta vez por uma série de motivos pessoais e profissionais acabei ficando no Brasil e hoje passei o dia pensando no que eu estaria fazendo se estivesse em NY.

Eu estava com passagem aérea e hotel reservado já. A ideia era ter chegado hoje de manhã in the city.

Depois de passar aquela hora na fila da imigração teria pego um carro Carmel Limo, que sempre reservo no dia da viagem e sai mais barato do que o yellow cab e ido direto para o hotel, o Waldorf Astoria, um dos hotéis oficiais do US Open, deixar a minha mala – o quarto provavelmente não estaria pronto antes da hora do almoço – pego o meu papel confirmando o credenciamento e entrado no ônibus que sai a cada meia hora da Lexington Avenue para Flushing Meadows.

Ao descer do ônibus teria ido pegar a minha credencial da Tennis View – desde 1997 somos credenciados no US Open – na sala de credenciamento e me dirigido para a sala de imprensa, direto para a minha mesa, a 233, ao lado dos jornalistas argentinos e provavelmente do Alexandre Cossenza que já está por lá.

Computador na mesa, wifi funcionando, hora de cumprimentar os colegas, organizadores, procurar os amigos jornalistas e fotógrafos, saber como foram os dias de Hurricane Irene, pegar os media guides, programação dos jogos e partir para dar uma volta pelo complexo para “get that It Must be Love” feeling.

Já com fome teria comido aquele super cheeseburguer – sempre a melhor opção no restaurante da sala de imprensa – enquanto olhava o entra e sai de jornalistas e jogadores do corredor central do Arthur Ashe Stadium, onde fica localizado o media restaurant.

Com meu bloco na mão e a camera fotográfica teria ido para as quadras em seguida e assistido um pouco de alguns jogos e a partida do Bellucci.

A essa hora provavelmente ainda estaria na sala de imprensa, zumbi de sono – como estou agora depois de três dias de maratona no Rio de trabalho no Back2Black e no Itaú Masters Tour – torcendo para pegar o ônibus logo e ir para o hotel descansar.

Chegaria em Manhattan, pegaria um iogurte com cereal em alguma das vendinhas que lotam a Lexington Av. antes de dormir, para amanhã sim, começar com tudo o trabalho.

Essa normalmente é a minha rotina no meu 2º Grand Slam favorito e que há mais de 14 anos acompanho de perto.

Desta vez vou ver tudo pela TV, mas Tennis View estará muito bem representada em NY pelo Neco e pela estreante Renata Dias.

 

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And the 2010 US Open winner is… Rafael Nadal. Mais um latino triunfa na América

Fiquei olhando ontem à noite a cena de Nadal erguendo o troféu de campeão do US Open, completando o Grand Slam olímpico, derrotando Novak Djokovic no Arthur Ashe Stadium, in New York City, aos 24 anos de idade e uma das coisas que mais me chamou atenção foi ver as bandeiras americanas no fundo da sua imagem com o US Open trophy.

É uma cena que não estamos acostumados a ver, um latino sendo campeão in America. Acho que por isso pareceu estranho.

Difícil encontrar povo mais patriota do que os americanos, povo que “plede allegiance to the United States of America,”  todos os dias na escola, desde pequenos, que canta o hino com uma frequência inacreditável e pelo segundo ano seguido foi um latino que posou para a foto de campeão com as bandeiras americanas no fundo.

Ver Roger Federer nesta cena não parecia estranho. Era algo natural.

Talvez ver o Nadal lá na frente, erguendo de fato o troféu de campeão, tenha sido diferente porque há poucos anos não imaginávamos ver o espanhol conquistar o Grand Slam e a medalha de ouro olímpico em tão pouco tempo.

Ele já tem 9 Grand Slams – 5 Roland Garros, 2 Wimbledons, um Australian Open, um US Open e a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Beijing – e tem apenas 24 anos.

Acho que nem ele se deu conta do feito. A felicidade do espanhol era tamanha, mas por vencer o US Open.

Federer quando completou o Grand Slam no ano passado, tinha real noção da importância do momento.

Nadal, estava curtindo a vitória na América.

Transcrevo aqui dois trechos da entrevista coletiva do “mallorquín,” que não perde a humildade, a educação e o jeito de bom moço, não importa quantos torneios continue ganhando, em que ele deixa transparecer que o importante foi ganhar o US Open. O feito histórico, ele vai apreciar depois.

Parabéns, Rafa.

“You know, I still 24.  I have, I know, for me, it’s a dream have the career Grand Slam, but this is more dream have the US Open.  Is some moments unbelievable feeling because ‑‑ I worked a lot all my life, in all difficult moments to be here, but I never imagined have the four Grand Slams.”

“Sure, to win in here in the US Open I think is the more difficult tournament for me to play, more difficult conditions to adapt, to adjust my game on this court, for the balls, for the court, for everything, no? “

E antes de me despedir do 2010 US Open, deixo aqui alguns dados impressionantes do Nadal

–      Completou o career Grand Slam ao derrotar Novak Djokovic por 6/4 5/7 6/4 6/2

–      O US Open foi o 9º título de Grand Slam da carreira

–      É o 7º tenista da história a completar o Grand Slam

–      É o 3º tenista mais jovem a completar o Grand Slam, com 24 anos de idade, atrás apenas de Rod Laver e Don Budge.

–      É o 4º tenista da história a vencer Roland Garros, Wimbledon e US Open no mesmo ano. Os outros foram Laver, Trabert e Budge.

–      É o 7º da história com maior número de títulos de Grand Slam. Está atrás de Federer, Sampras, Emerson, Laver, Borg e Tilden.

(fotos de Cynthia Lum)

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De Aussie Kim a Jersey Girl, Clijsters é tricampeã do US Open

Clijsters na final do US Open (Cynthia Lum)

Há alguns dias, num dos raros US Open days que consegui sair cedo – isso quer dizer antes das 20h – de Flushing Meadows fui encontrar alguns amigos no Soho. O café acabou se tornando uma ida a um pub e juntando outros conhecidos que no fim eram todos do meio da comunicação, de diferentes áreas.

Entramos num bate-papo sobre o bairrismo de alguns jornais, que sempre acabam encontrando uma maneira, em qualquer assunto que seja, de colocar um personagem local na sua história, ou de transformar alguém em em local.

Qual não foi a minha surpresa, uns dias depois, ao abrir o New York Times e me deparar com uma matéria sobre a Kim Clijsters, com o título, Two Time Champ, Part Time Jersey Girl.

É, a regionalização existe em qualquer meio de comunicação do mundo, não adianta.

Mas, comentários e risadas a parte, a matéria de Harvey Araton era bastante informativa.

Uma semana depois, Clijsters é a tricampeã do US Open.

Teve dois jogos complicados no torneio, contra Samantha Stosur e Venus Williams. Ontem, na final, aniquilou qualquer sonho que Vera Zvonareva tinha de vencer o seu primeiro Grand Slam. Com 6/2 6/1, marcou a 21ª vitória consecutiva no US Open – campeã em 2005, 2009 e 2010 (não jogou em 2006, 2007 e 2008), ergueu o seu terceiro troféu em New York.

Desde que o torneio começou, Clijsters vem tentando explicar o seu sucesso nesse torneio.

Ontem, na coletiva após a vitória, falou que se sente muito bem nas quadras rápidas dos Estados Unidos. São as suas favoritas. Contou que o azul da quadra do US Open a ajuda a ver melhor o jogo e que ela já tem experiência aqui.

Para mim, um dos diferenciais da belga é a concentração dela nos jogos. Quando ela está em quadra, dá para notar, nos olhos dela, o grau de intensidade e foco.

Com tanto sucesso na América, Araton foi até New Jersey tentar achar mais um motivo para a mãe de Jada ter tantos triunfos por aqui.

O casamento com Lynch, em 2007

Nascida em Bree, na Bélgica, Clijsters primeiro foi apelidada de Aussie Kim, durante o seu longo namoro com o australiano Lleyton Hewitt. Conquistou o coração da Austrália. Mas, depois de terminar o relacionamento com o ex-número um do mundo, não fazia mais sentido chamarem a belga de Aussie Kim e agora, casada já há algum tempo com o ex-jogador de basquete americano Brian Lynch, virou a Jersey Girl.

Clijsters tem até mesmo uma propriedade nos EUA. Uma casa em Walls, New Jersey, próxima a Belmar, na costa de Jersey, onde Lynch cresceu e onde a família do marido ainda reside.

“Não sei porque, mas a Kim se sente à vontade com a minha família e em Jersey e quando ela se sente à vontade é difícil ganhar dela. É, acho que dá para chamá-la de Jersey girl,” disse Lynch ao New York Times.

Os dois se conheceram em Bree, a cidade natal de Kim, quando Brian estava jogando basquete na Europa e não demoraram para se casar (2007).

Lynch conta na matéria que o plano era que a esposa ficasse em casa quando Jada nasceu, no início de 2008, e que ele continuasse jogando basquete. “Mas quando o pai da Kim – Leo – adoeceu, não tínhamos mais plano. O importante era que Kim e o bebê passassem tempo com o pai dela.”

Para se distrair da tristeza, Clijsters resolveu jogar algumas exibições e Lynch revela que foi sentindo o instinto competitivo da esposa crescer. “Ela queria competir de novo. Eu sentia isso e mudamos os nossos planos. Eu já estava jogando no exterior há nove anos.”

Lynch foi quem se aposentou para poder viajar com Kim e Jada.

E o que aconteceu todo mundo já sabe. Clijsters, tricampeã do US Open, jogando no Arthur Ashe Stadium, como se fosse mesmo a sua casa.

Em "casa," Clijsters repete a cena de 2009 e posa p/ fotos com Jada e o troféu de tri do US Open (Cynthia Lum)É, acho que depois de 21 vitórias seguidas, dá para dizer mesmo que ela é part-time Jersey Girl.

Planos para o futuro?  Clijsters não tem meses contados no circuito, não sabe até quando vai jogar. Mas, a julgar pela sua entrevista coletiva de ontem no Billie Jean King National Tennis Center, ainda veremos a Jersey Girl no tour, por um bom período.

Transcrevo aqui uma das respostas dela.

“I mean, I’ve said, you know, obviously I would like to keep it going until the Olympics.  But then again, I mean, you never know what can happen.  You know, injuries ‑‑ I always ‑‑ my main goal is to try and just stay injury‑free.  If I can do that and if I can practice hard and work hard, you know, obviously, I mean, the Grand Slams will always be my focus.  So now that I’m playing well, obviously I’m not going to just give it up.  I just want to keep it up.

As long as it’s worth balancing and if I’m able to balance it with the family ‑‑ Jada is not obligated to go to school yet, so, you know, obviously it becomes a totally different story once, you know, it becomes mandatory.”

Congratulations Jersey Girl.


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