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Serena desafia Halep pelo 5o. título do WTA Finals

Serena Williams tentará conquistar neste domingo o quinto título do WTA Finals. Campeã em 2001, 2009, 2012 e 2013, ela desafiará a romena Simona Halep pelo trofeu em Cingapura. Serena Singapore

Para avançar à final, Serena teve que vencer a “melhor amiga no circuito,” Caroline Wozniacki em um jogo cheio de emoção, por 2/6 6/3 7/6(6), depois de ganhado dois jogos e perdido um na fase Round Robin, justamente para a sua adversária na final, a surpreendente Halep.

A estreante no WTA Finals, não teve dificuldades para ganhar de Agnieszka Radwanska na semi, por duplo 6/2.

Depois de ter marcado a maior vitória da carreira diante de Williams, durante a semana, vencendo a número um do mundo por 6/0 6/2, Halep tentará repetir o feito. Serena apenas disse que “quer fazer pelo menos 3 games e conseguir quebrar o saque da adversária.” Mas, no fundo, todos sabem que Serena quer muito mais. Sofreu a sua pior humilhação em uma quadra de tênis, em 16 anos, e não vai deixar que isso aconteça novamente.

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Resiliência para voltar a brilhar 15 anos depois

Há 15 anos Mirjana Lucic não era Baroni ainda e era uma das maiores sensações do circuito. Ela já havia ganhado o primeiro torneio que disputara em simples e o primeiro de duplas também e disputava o US Open depois de haver alcançado a semifinal de Wimbledon. Foi praticamente o último bom resultado da tenista croata até ela chegar agora, vinda do qualifying, às oitavas em Nova York, derrotando a número dois do mundo, Simona Halep.

Mirjana Lucic Baroni

Mesmo quando estava no auge da sua jovem carreira e ainda era uma adolescente, resiliência já era uma palavra importante na vida de Lucic. Ganhasse ou perdesse acabava quase sempre apanhando do pai, Marinko. Ele sempre encontrava um motivo para bater na filha e um dos principais era o peso. Bem mais magra e em forma do que 15 anos atrás, ela teve que fugir da Croácia com a mãe e outros quatro irmãos para se livrar do pai.

Foi morar na IMG Academy, mas abalada mentalmente e sem muitas vitórias, além de uma briga judicial com a gigante do marketing esportivo, ficou sem dinheiro para competir. “Eu nunca fiquei longe do tênis. Ficava treinando com os meus irmãos esperando a minha oportunidade.”

Quando a oportunidade veio, alguns anos atrás, Lucic lembra, emocianada, que não pôde escolher os melhores torneios do mundo para jogar. “Não tive wild cards nos mais belos lugares do mundo. Eu mereço estar aqui. Fui jogar todos os torneios de U$ 25 mil que existem por aí e todos os qualifyings que vocês possam imaginar. Eu ganhei esta vaga aqui merecidamente.”

Para chegar às oitavas deste US Open, a croata teve que passar o qualifying e não teve vida fácil nas primeiras rodadas. Ganhou de Murgurza, depois de Shahar Peer e agora de Halep (7/6 6/2). A próxima adversária é Sara Errani.

“É o dia mais feliz da minha vida. Mesmo com 32 anos estou me sentindo como se tivesse 15 de tão feliz, estou boba. Mas, a diferença é que quando tinha 15 anos mesmo tudo isso era muito normal para mim ir longe no torneio, ganhar, ter todo mundo à sua volta e para chegar aqui de novo tive que dar meu sangue em quadra, treinar até não conseguir mais respirar. Eu estava sempre passando os qualifyings, ganhando um ou outro jogo, me sentia jogando bem, mas tinha uma lesão aqui, outra ali e nunca conseguia ir adiante.”

Ouvindo ela falar, quase esqueço que é croata e que um ano durante Wimbledon, quando o pai ameaçou matá-la com a mãe junto, que foi Goran Ivanisevic quem deu abrigo para a família; os duros momentos vividos parecem marcados para sempre em seu rosto, mas o sorriso da alegria de voltar a estar entre as 16 melhores de um Grand Slam, “fizeram valer a pena cada segundo destes 15 anos que se passaram daquela semifinal de Wimbledon.”

O que ela aprendeu a ter dia após dia é o que o filósofo Alain de Botton considera uma das virtudes do mundo moderno: Resiliência.

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Com Venus Williams e Billie Jean King, campeões do WTT se encontram com o Presidente Obama

A Billie Jean King é incrível mesmo. Ela conseguiu que os campeões do World Team Tennis de 2011 e 2012, o Washington Kastles fossem recebidos pelo Presidente Barack Obama, em encontro privado, no Salão Oval da Casa Branca.

Fundadora do World Team Tennis, que não para de crescer ano após ano, Billie Jean King, que neste ano comemora 40 anos da Guerra dos Sexos com Bobby Riggs, com direito a filme nas telas de cinema e 40 anos da criação da WTA, foi junto, claro, ao encontro. Estiverem presentes Venus Williams, a líder do Kastles e eleita MVP do ano passado, o MVP masculino, Bobby Reynolds, dois principais integrantes do time: Leander Paes e Anastasia Rodionova, entre outros.

A temporada 2013 do Mylan WTT começou nesta semana e vai até o dia 27 de julho.

Presidente Obama tennis

Crédito da foto: Pete Souza -Casa Branca

 

 

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WTA: 40 anos de números um reunidas em Londres

É sempre emocionante quando campeões, quando os melhroes do esporte se reúnem. Mais especial quando são números um do mundo celebrando os 40 anos da fundação da WTA, que veio a se tornar o mair esporte profissional feminino do mundo. Mas, acho que o de mais importante que eventos como a WTA 40 party que aconteceu neste domingo, em Londres, fazem, é o de dar uma perspectiva do esporte, de história e de importância destas tenistas.

WTA number one

Quase todas as 21 tenistas foram ao evento da WTA em Wimbledon: Chris Evert, Evonne Goolagong, Martina Navratilova, Tracy Austin, Steffi Graf, Monica Seles, Arantxa Sanchez Vicário, Martina Hingis, Lindsay Davenport, Jennifer Capriati, Venus Williams, Serena Williams, Kim Clijsters, Justine Henin, Amelie Mauresmo, Maria Sharapova, Ana Ivanovic, Jelena Jankovic, Dinara Safina, Caroline Wozniacki, Victoria Azarenka. Além, claro, da fundadora Billie Jean King e Margareth Court, que reinou no esporte até o ranking ser oficializado em 1975.

Logo que a cerimônia começou e surgiram imagens das tenistas entrando no pink carpet, dando entrevistas, já levei um susto ao ver Dinara Safina. Nem lembrava, assim rápido, sem pensar muito, que ela havia sido número um. Afinal, as outras números um sem títulos de Grand Slam ainda estão jogando e é mais fácil lembrar do que elas já foram.

Sharapova number oneJankovic number one Safina number one Ivanovic number one

Ver Martina Hingis lá, sentada entre as grandes do esporte, me fez pensar que ela rivalizou com Serena Williams por tanto tempo e já deixou de jogar há umas boas temporadas enquanto Serena continua dominando o esporte. Não que a gente não veja Hingis com frequência, já que ela tem treinado umas tenistas, mas vê-la no meio das lendas do esporte, me fez atentar para isso.

Foi impressionante ver também como muitas tenistas colocaram Monica Seles e Steffi Graf como ídolas.

Mas, o que foi impressionante foi ver como as números um dos anos 70, 80 e até finais dos 90 eram dominantes, ganhavam títulos, erguiam múltiplos troféus de Grand Slam, não um ou dois. Ganhavam Grand Slams de simples, duplas e duplas mistas, eram número um de simples e duplas.

seles number one Mauresmo number one Court number one Goolagong number one

Não quero menosprezar Wozniacki, Ivanovic, Jankovic, Safina, mas se comparadas a Navratilova, Evert, Goolagong, Graf, Seles e por aí vai, elas parecem pertencer ao WTA número 1 B e não à Classe A do esporte.

E se alguém tinha Classe no circuito, antes de tudo isso acontecer, era Maria Esther Bueno e a brasileira foi reconhecida na cerimônia, por Billie Jean King.

Foi lindo, aliás, de arrepiar, ouvir Billie Jean dizer que tinha que reconhecer Maria Esther Bueno, da geração anterior. “Ela era uma das minhas She-has, ela era a Rainha e eu queria ser como ela.”

wta number ones Serena number one Billie Jean King number one Henin number one Davenport number one

Foi isso que Billie Jean King quis inspirar de geração em geração, que todas as meninas e mulheres, mundo afora, pudessem sonhar e como os americanos gostam de dizer “make a living out of it.

Um pouquinho de história é sempre bom lembrar!

SOBRE A WTA

Líder mundial de esporte profissional feminino, a WTA completa nesta temporada 40 anos, com 2500 jogadoras representando 92 nações e competindo por U$ 100 milhões, nos 54 eventos do circuito, mais os 4 Grand Slams, em 33 países.

A WTA começou a ser desenhada em 1970, quando Billie Jean King e outras 8 tenistas assinaram um contrato no valor de U$1 para competir, no recém-criado Virginia Slims Series.  King, em 1973, conseguiu unir tudo em um circuito, fundando a Women’s Tennis Association.

Linha do  Tempo

1970 – O nascimento da WTA começava a ser desenhado quando 9 tenistas (Billie Jean King, Rosie Casals, Nancy Richey, Kerry Melville, Peaches Bartkowicz, Kristy Pigeon, Judy Dalton, Valerie Ziegenfuss e Julie Heldman), assinaram o contrato de U$1 para competir no novíssimo Virginia Slims Series.

1971 – 1º ano do Virginia Slim Series, com premiação total de U$ 304 mil e 19 torneios nos EUA

1973 – Billie Jean King funda  a WTA, no Gloucester Hotel, em Londres, unindo todas as tenistas profissionais em um só circuito, na semana anterior a Wimbledon.

O US Open passou a dar premiação igual a homens e mulheres.

1974 – A WTA assina o primeiro contrato de transmissão de televisão da sua história (com a CBS).

1975 – Surge o primeiro ranking da WTA, usado também para determinar entrada das jogadoras nos torneios.

1976 – Colgate se torna, por 4 anos, a principal patrocinadora da WTA e Chris Evert se torna a 1ª mulher a acumular U$1 milhão em premiação

1977 – Nova York sediou o WTA Championships pela 1ª vez no Madison Square Garden

1980 – Mais de 250 tenistas já fazem parte da WTA, jogando em 47 torneios pelo mundo e com prize money total de U$7,2 milhões

1982 – Martina Navratilova se torna a 1ª mulher a ganhar mais do que U$1 milhão em uma temporada.

1984 – Australian Open passa a oferecer premiação igual para homens e mulheres. Navratilova recebe bônus de U$1 milhão da ITF por vencer Roland Garros.

1988 – Steffi Graf se torna a segunda mulher da história a completar o Grand Slam e ainda vence o Golden Slam, com as Olimpíadas em Seul.

1990 – A Kraft Foods substituiu Virginia Slims como patrocinadora principal do circuito, a premiação total passa a ser de U$23 milhões e pela primeira vez um torneio da WTA – Championships em NY – tem premiação de U$ 1 milhão. Recorde para Navratilova que vence Wimbledon (simples) pela 9ª vez.

1991 – Monica Seles se torna a segunda jogadora da história a passar a marca de U$ 2 milhões em premiação em uma temporada e supera o líder do ranking masculino, Stefan Edberg.

1995 – A WTA se une ao Women’s Tennis Council para formar o WTA Tour. Premiação do WTA Championships pula de U$1 milhão para U$2 milhões.

1997 – Martina Hingis se torna a número um do mundo mais jovem da história (16 anos).

2001 – A premiação total da WTA supera os U$50 milhões e torneios do mundo árabe entram para o calendário (Dubai e Doha). Jennifer Capriati, a ex-menina prodígio, completa um retorno triunfal ao esporte ganhando dois Grand Slams e chegando ao posto de número um do mundo.

2002 – As irmãs Williams realizam a profecia do pai e chegam ao posto de número um do mundo no mesmo ano (Venus, em fevereiro e Serena, em julho)

2003 – Serena Willias completou o Serena Slam (venceu 3 Grand Slams em 2002), ganhando o Australian Open e Kim Clijsters se tornou a primeira atleta a ganhar mais do que U$4 milhões em uma temporada.

2005 – WTA assina contrato histórico de U$88 milhões com a Sony Ericsson por 6 anos – o maior da história do esporte feminino.

Clijsters vence o US Open Series e o US Open, ganhando o maior cheque da história para uma atleta, em um evento, de U$ 2,2 milhões.

2006 – WTA anuncia parceria com a UNESCO para promover igualdade sexual e a liderança das mulheres na sociedade.

2007 – A WTA anuncia um Road Map para encurtar as temporadas, diminuir lesões, deixar as tenistas mais próximas dos fãs e Roland Garros e Wimbledon passam a oferecer a mesma premiação em dinheiro para as mulheres. Justine Henin se torna a primeira mulher a superar a marca de U$5 milhões em premiação, em uma temporada.

2008 – WTA lança a maior campanha da sua história, “Are you looking for a hero?”, abre escritórios na Ásia e realiza, pela primeira vez, o WTA Championships em Doha.

2009 – Stacey Allaster se torna CEO da WTA. Serena Williams supera a marca de U$ 6 milhões em premiação, em uma temporada.

2010 – WTA comemora 35 anos com aumento de U$309 mil para U$85 milhões em premiação.

2011 – Pela primeira vez na história 10 tenistas de diferentes países integraram o top 10.

2012 – Victoria Azarenka e Serena Williams se tornam as duas primeiras mulheres a superar U$ 7 milhões em premiação, em uma única temporada.

2013 – A temporada 2013 terá no total 58 eventos em 33 países. 4 são Grand Slams, 1 é o WTA Championships, 21 são os WTA Premiers (com premiação que varia de U$681 mil a U$5 milhões) e 32 os WTA Internationals, com premiação a partir de U$ 235 mil. Serena Williams é a número um.

PS – Azarenka lesionada não compareceu; Clijsters gravidíssima do segundo bebê da família também não viajou a Londres; Venus Williams ficou em casa se recuperando e Steffi Graf não apareceu.

E para quem quiser aprender um pouco de história da WTA e ver as melhores do mundo reunidas, aqui está o   vídeo de 2 horas da cerimônia deste domingo 30 de junho.

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Serena continua fazendo da sua história ainda mais gloriosa

Do outro lado do mundo, bem longe da chuvosa São Paulo, mais precisamente no seco clima do deserto árabe, em Doha, Serena Williams escreveu mais um capítulo da sua já gloriosa carreira. Aos 31 anos e 4 meses de idade, volta ao topo do ranking mundial.  Entra para a história como a tenista mais velha a chegar ao lugar mais alto da listagem.

Serena number one

O caminho foi longo. Foram 11 meses fora do circuito entre 2010 e 2011 com cirurgia no pé, embolia pulmonar, acidente de bicicleta, mas 11 anos depois de ter colocado a coroa de rainha do tênis na cabeça pela primeira vez, em 2002, ela volta a ser, oficialmente, a melhor do mundo.

 

Já cansei de escrever textos sobre a Serena e a minha admiração pela atleta, garra, força de vontade, presença em quadra, tênis força, resiliência, enfim, todas as qualidades de uma verdadeira campanha, além do que chamam de star power. É carismática, uma verdadeira
“celeb” americana. Circula por Hollywood com a mesma desenvoltura que dispara winners pelas quadras mundo afora. Vamos só observar o twitter da diva para ver as estrelas que a felicitarão pela façanha

 

A vitória (3/6 6/3 7/5)sobre Kvitova foi uma demonstração do que muitas vezes aconteceu em sua longa carreira. Ela perdia o terceiro set por 4/1 e quando parecia que já não tinha mais forças para competir, virou o jogo e reconquistou a coroa.

Chorou de emoção em quadra. Disse que depois do que passou, não esperava estar neste lugar de novo.

E como números, no livro dos recordes, falam mais do que tudo, nada melhor do que eles para mostrar a importância do feito.

Serena numero 1

Serena número 1

 

8 julho, 2002 –  10 agosto, 2003 – 57 semanas

8 setembro, 2008 – 5 outubro, 2008 – 4 semanas

2 fevereiro, 2009 –  19 abril, 2009 –  11 semanas

12 outubro, 2009 – 25 outubro, 2009 – 2 semanas

2 novembro, 2009 – 10 outubro, 2010 – 49 semanas

Até aqui 123 semanas

 

17 de fevereiro 2013 –

 

Tenista mais velha a alcançar o posto de número 1, desde 1975

 

Serena Williams 31 anos, 4 meses, 24 dias–

Chris Evert 30 anos, 11 meses, 3 dias (24 nov, 1985)

Martina Navratilova 30 anos, 9 meses, 29 dias (16 agosto, 1987)

Lindsay Davenport 29 anos, 7 meses, 8 dias(29 jan, 2006)

Serena Williams 29 anos, 0 meses, 14 dias (10 outubro, 2010)

Steffi Graf 27 anos, 9 meses, 16 dias (30 março, 1997)

 

SEMANAS COMO NÚMERO UM

 

Steffi Graf (GER)

377

Martina Navratilova (USA)

332

Chris Evert (USA)

260

Martina Hingis (SUI)

209

Monica Seles (USA)

178

Serena Williams (USA)

124*

Justine Henin (BEL)

117

Lindsay Davenport (USA)

98

Caroline Wozniacki (DEN)

67

Victoria Azarenka (BLR)

51

Amélie Mauresmo (FRA)

39

Dinara Safina (RUS)

26

Maria Sharapova (RUS)

21

Tracy Austin (USA)

21

Kim Clijsters (BEL)

20

Jelena Jankovic (SRB)

18

Jennifer Capriati (USA)

17

Ana Ivanovic (SRB)

12

Arantxa Sánchez-Vicario (ESP)

12

Venus Williams (USA)

11

Evonne Goolagong Cawley(AUS)

2

 

 

 

Serena number one

E a carreira de Serena

 

15 títulos de Grand Slam de simples (já ganhou o Grand Slam – completou em 2003, no Australian Open – só 5 mulheres fizeram o mesmo)

13 títulos de Grand Slam de duplas

4 medalhas olímpicas (1 de simples e 3 de duplas)

Total de títulos 47 de simples e 22 de duplas

Prize Money – U$ 42,242,272

Em 2010 liderou o ranking de simples e duplas ao mesmo tempo. 6ª mulher da história a conseguir tal feito.

Venceu o WTA Championships 3 vezes

Em 2009 se tornou a primeira mulher, em qualquer esporte, a superar a marca de U$  23 milhões em prize money. Hoje tem mais de U$ 42 milhões.

O Australian Open foi o 50º Grand Slam que ela jogou

E ainda tem 2 títulos de duplas mistas

 

Fotos Nike, Qatar Total Open – QTF e WTA

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40LOVE – Globalização, Dinheiro, Comemorações, Histórias e Controvérsias nos 40 anos da WTA

WTA 40th anniversary

 

 

 

 

 

 

As comemorações do 40º aniversário da fundação da WTA (Women’s Tennis Association), não poderiam ter começado de maneira mais globalizada, e controversa: com uma chinesa, Na Li, na final do Australian Open e uma bielorussa, Victoria Azarenka, acusada de trapacear para chegar à segunda decisão seguida em Melbourne.

Estamos tão acostumados com instituições centenárias e bem estabelecidas que raramente nos damos conta que a WTA só existe há 40 anos e que se não fosse por Billie Jean King e outras 8 pioneiras, talvez o circuito não tivesse a força que tem hoje.

Para celebrar os 40 anos de evolução e profissionalização do esporte feminino, a WTA lança em março, antes de Indian Wells, uma campanha chamada 40LOVE (40 a zero), em que destacará as fundadoras da instituição, o passado, o presente e o futuro. As festividades chegarão ao auge, em Wimbledon, com um encontro de todas as números um do mundo. Billie Jean King WTA

Como uma jornalista apaixonada por história, que já sonhou em estudar “World History,” na Sorbonne, continuo acreditando que um pouco de contextualização e história nos fazem entender melhor o nosso meio. Mesmo já tendo lido, escrito e falado diversas vezes sobre os primórdios e a evolução da WTA, sempre aprendo, como acabo de descobrir que a Colgate foi uma das primeiras grandes patrocinadoras da WTA.

Por isso, reproduzo aqui, resumidamente, o material enviado hoje pela WTA, com o histórico da Associação que é hoje líder mundial de esportes profissionais femininos.

 Linha do  Tempo

 1970 – Era lançado o nascimento da WTA, quando 9 tenistas Billie Jean King, Rosie Casals, Nancy Richey, Kerry Melville, Peaches Bartkowicz, Kristy Pigeon, Judy Dalton, Valerie Ziegenfuss e Julie Heldman, assinaram o contrato de U$ 1 para competir no novíssimo Virginia Slims Series.

1971 – 1º ano do Virginia Slim Series, com premiação total de U$ 304 mil e 19 torneios nos EUA

1973 – Billie Jean King funda  a WTA, no Gloucester Hotel, em Londres, unindo todas as tenistas profissionais em um só circuito, na semana anterior a Wimbledon.

O US Open passou a dar premiação igual a homens e mulheres.

1976 – Colgate se torna, por 4 anos, a principal patrocinadora da WTA e Chris Evert se torna a 1ª mulher a acumular U$ 1 milhão em premiação

1980 – Mais de 250 tenistas já fazem parte da WTA, jogando em 47 torneios pelo mundo e com prize money total de U$ 7,2 milhões

1984 – Australian Open passa a oferecer premiação igual para homens e mulheres. Navratilova recebe bônus de U$ 1 milhão da ITF por vencer Roland Garros.  Navratilova tennis

1988 – Steffi Graf se torna a segunda mulhera da história a completar o Grand Slam e ainda vence o Golden Slam, com as Olimpíadas em Seul.

1991 – Monica Seles se torna a segunda jogadora da história a passar a marca de U$ 2 milhões em premiação, em uma temporada, e supera o líder do ranking masculine, Stefan Edberg.

2001 – A premiação total da WTA supera os U$ 50 milhões entram para o calendário.

2002 – As irmãs Williams chegam ao posto de número um do mundo no mesmo ano (Venus, em fevereiro e Serena, em julho) Venus Williams

2003 – Serena Willias completou o Serena Slam (venceu 3 Grand Slams em 2002), ganhando o Australian Open e Kim Clijsters se tornou a primeira atleta a ganhar mais do que U$ 4 milhões em uma temporada.

2005 – WTA assina contrato histórico de U$ 88 milhões – o maior da história do esporte feminino – de 6 anos, com a Sony Ericsson.

Clijsters vence o US Open Series e o US Open, ganhando o maior cheque da história para uma atleta, em um evento, de U$ 2,2 milhões.  Kim Clijsters tennis

2007 – A WTA anuncia um Road Map para encurtar as temporadas, diminuir lesões, deixar as tenistas mais próximas dos fãs e Roland Garros e Wimbledon passam a oferecer a mesma premiação em dinheiro para as mulheres.

2008 – WTA lança a maior campanha da sua história, “Are you looking for a hero?, abre escritórios na Ásia e realiza, pela primeira vez, o WTA Championships em Doha (ps: do qual eu tive a honra de participar como International Media Director)

2012 – Victoria Azarenka e Serena Williams se tornam as duas primeiras mulheres a superar U$ 7 milhões em premiação, em uma única temporada.  Serena Williams recordsVictoria Azarenka cheating

 

 

 

Fotos: WTA comemoração Fiona HamiltonTodas as outras tenistas – Cynthia Lum

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Venus e Serena vão à Nigéria promover o direito das mulheres

Serena Williams pediu conselhos para os fãs, no twitter, de um lugar para ir nas férias. A essa hora imaginávamos que estaria em alguma ilha paradisíaca desfrutando de sonhados dias de descanso. Venus Williams também está no período de férias e com tudo o que tem que fazer para poder competir com a síndrome de Sjogren, imaginávamos que estava na sua casa em Palm Beach Gardens, na Flórida. Mas, bem distante desta realidade, ambas desembarcaram na Nigéria, em Lagos para promover o direito das mulheres.

Um dos países com mais desigualdade de direitos entre homens e mulheres do mundo, a Nigéria –  ocupa o 118º lugar no ranking de 134 países da pesquisa feita pelo British Council – através da Associação Breaking the Mould – a tradução é Quebrando Moldes, mas poderia ser um Rompendo Padrões – trouxe as ícones do esporte para uma série de eventos.

 

Venus e Serena desembarcam na noite de terça-feira em Lagos, já participaram de entrevista coletiva, vão dar uma clínica para 250 crianças, seguida de palestra motivacional, em uma escolar, falando de determinação, trabalho duro e crença em si mesmo e que tudo isso pode transformar sonhos em realidade, apesar dos obstáculos que possam vir a encontrar. A programação em Lagos prevê também um jantar de Gala com o Governador e um jogo exibição.

Entrei em contato com a Breaking the Mould para entender o principal objetivo da Iniciativa com a visita das irmãs Williams à Nigéria. E a resposta foi direta: “para promover o papel das mulheres na mudança de percepção e encorajar o desenvolvimento, em todos os níveis, do continente africano. Elas estão em Lagos para quebrar os moldes que estão entre elas e o potencial que tem.”

 

A Nigéria é o país mais populoso da África, com 160 milhões de habitantes.

 

E realmente, neste caso, acho que não há ícone melhor do que Venus e Serena Williams para mostrarem o poder do trabalho árduo e da determinação para quebrar barreiras. Ambas nasceram em um bairro humilde e perigoso da Califórnia, em uma família sem tradição alguma no tênis e sem quaisquer recursos. Acreditaram no sonho do pai e literalmente conquistaram o mundo, saindo das condições mais adversas possíveis.

Talvez por isso não estejam no dolce far niente neste instante e sim em Lagos.

 

Vejo Venus e Serena assumindo o papel  de Billie Jean King, ícone do esporte americano e que circula livremente por todas as esferas governamentais liderando diversas causas, pleiteando mudanças e conseguindo quebrar barreiras.

 

PS – Breaking the Mould é um mecanismo inspirador para ajudar mulheres, de qualquer idade e em qualquer estágio da vida, a embarcar em uma jornada auto-estima, para elas saberem que podem conquistar qualquer coisa.  Essa iniciativa com Venus e Serena é a primeira que estão fazendo.

PS 2 – Depois da Nigéria elas vão a Joanesburgo.

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US Open – Treze anos depois e Serena continua ganhando Grand Slams

Há treze anos Serena Williams erguia o seu primeiro trofeu de Grand Slam, na mesma quadra onde neste domingo derrotou a número um do mundo, Victoria Azarenka, por 6/2 2/6 7/5. Então, com 17 anos de idade, ela derrotava a número um da WTA, de 1999, Martina Hingis, por 6/3 7/6. Mesmo com a ambição do pai Richard Williams, e tudo o que se falou na época em que as irmãs Venus e Serena surgiram no circuito, de que seriam as melhores da história, dificilmente imaginaríamos ver a mais nova de cinco irmãs erguendo o 15º trofeu de Grand Slam da carreira, 13 anos depois do primeiro. Ninguém na história do US Open tem tanto tempo de diferença entre o primeiro e o último título conquistado em New York.

 

Lembro como se fosse hoje quando vi a Serena pela primeira vez no circuito, de miçangas, carinha de criança e dizendo que conquistaria o mundo. Lembro perfeitamente desse título de 1999. Foi um ano em que o Guga alcançou as quartas-de-final no US Open, por isso acabei ficando bastante em NY, quase até a final e consequentemente cruzando a Serena constantemente. Lembro da rivalidade que existia entre as irmãs e Hingis, e também Kournikova. Lembro da roupa amarela, ainda da Puma, com que Serena ganhou aquele primeiro Grand Slam da carreira. Na verdade, não sei se lembro ou se vi tantas vezes a capa da Tennis View com ela erguendo o trofeu do US Open 99 ou se ao passar no corredor entre a sala de imprensa e a sala dos jogadores, acabo olhando mais para essa foto do que a dos outros campeões e acho que tenho isso fresco na memória.

 

O que mais me impressiona é mesmo a longevidade da tenista. Que jogador ou jogadora fica ganhando Grand Slam por 13 anos? Antigamente víamos tenistas durarem tanto tempo no circuito, mas atualmente, não vemos jogadores e jogadoras com carreiras longas e vencedoras.

 

Serena está agora a 3 títulos de igualar o recorde de 18 trofeus de Grand Slam de  simples de Martina Navratilova e Chris Evert e incrivelmente tem 8 trofeus a mais do que a segunda colocada da Era Aberta, a sua irmã, Venus.

 

É muita diferença entre as outras campeãs da sua geração, o que a faz parecer uma gênia das quadras.

 

David Ferrer, na sua coletiva depois da derrota para Djokovic, comentou que um diferencial dos Fab Four do tênis, Murray, Djokovic, Nadal e Federer, é a força mental e foi isso que Serena mostrou hoje.

 

Quando penso na história dela, me impressiono mais ainda. Ela foi treinada por pais que aprenderam a jogar tênis pela televisão, quando viram quanto ganhava uma jogadora de tênis. Richard e Oracene tentaram ensinar as cinco filhas (só Serena e Venus são filhas dos dois), mas apenas as duas mais novas mostraram a habilidade necessária para vencer.

 

Todos os dias, antes e depois da escola, Richard colocava as cinco meninas em uma van, com um carrinho de supermercardo cheio de bolas de tênis e ia para as quadras públicas de Compton, um bairro humilde e de gangues da Califórnia, treinar.  

 

Cada uma da sua maneira, as irmãs foram chegando no circuito e nunca mais saíram. Tiveram problemas de saúde, se aventuraram por diferentes mundos entre campeonatos, como o da decoração e design, o mundo de Hollywood e com um calendário sem excesso de torneios, conseguem estar aí, principalmente Serena, representando o que é ser uma atleta campeã, ao pé da letra.

 

Campeã de Wimbledon, medalhista de ouro olímpica e campeã do US Open. Ah, aos 30 anos de idade.

 

Foto de Serena Williams – Cynthia Lum

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Susan Sarandon, Donald Trump e Aretha Franklin estrelam campanha da WTA “Strong is Beautiful”

Menos de uma semana antes do US Open começar, a WTA revelou a nova fase da campanha “Strong is Beautiful,” lançada no ano passado, agora intitulidade de “Strong is Beautiful Celebrity Campaign.” A Associação das tenistas, escolheu nomes conhecidos mundialmente em diferentes áreas – entretenimento, música, negócios, esporte – para darem ainda mais reconhecimento global ao tênis feminio. Susan Sarandon, Aretha Franklin, Donald Trump, Bob Sinclar e Richard Branson são apenas alguns dos nomes que estrelam a campanha.

Cada celebridade gravou vídeos e posou para fotos segurando uma lousa, com os dizeres “Strong is Beautiful.” Do lado esquerdo da foto, uma frase define o que significa para eles ser forte.

Susan Sarandon definiu, por exemplo, ser forte como “a maneira de medir a profundidade da sua paixão pela vida.” Bob Sinclair usou a frase “manter a sua cabeça calma quando o seu coração estiver batendo como uma boate,” para definer o que é ser forte.

Aretha Franklin afirmou: “Ser forte é saber que a dor é inevitável, mas que sofrer é opcional.”

O magnata do mercado imobiliário, Donald Trump escreveu: “Ser forte é ter o coração para sonhar grande e a coragem para viver o seu sonho.”

Além dos expoentes nas áreas fora do tênis, as jogadoras também posaram para fotos e gravaram vídeos para a segunda fase da campanha.

Todas elas foram fotagrafada em um estúdio e o “Strong is Beautiful,” quando não está na lousa, aparece pintado de tinta colorida nas partes do corpo das tenistas e elas também definem o que é ser forte.

Serena Williams escreveu a frase “ser forte é mudar o que é possível, fazendo constantemente o impossível.”

Ana Ivanovic, que não anda nas melhores fases da carreira demonstrou a sua luta para voltar a ganhar os maiores trofeus do mundo ao definir ser forte como “nunca desistir de lutar para ser tão bom quanto você acha que pode ser.”

Os anúncios com as estrelas do tênis e as estrelas de Hollywood, dos negócios e da música, será veiculado mundialmente até o WTA Championships, em Istambul, no final de outubro.

 

 crédito das fotos: WTA

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Azarenka, Sharapova, Kvitova e Radwanska: Fab 4 da WTA?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O assunto do fim de semana foi o 7º título do Nadal em Barcelona, logo depois do 8º em Monte Carlo, mas na Alemanha, mais precisamente em Stuttgart, a vitória de Maria Sharapova sobre Victoria Azarenka na final do Porsche Grand Prix e a presença de Petra Kvitova e Agnieszka Radwanska nas semifinais apresentou um novo momento do tênis feminino. Será que teremos as “Big Four,” da WTA?

Ainda é precipitado dizer que elas já se afirmaram e dominam o circuito como os homens, mas pode marcar o início desta era, que pode vir a ser benéfico para o tênis feminina tão carente de estrelas duradouras.

 

Sharapova, a número dois do mundo, derrotou a número um na final, depois de ter vencido a número 3 Kvitova, na semi. Azarenka por sua vez havia derrotado a número 4, Radwanska no penúltimo jogo.

 

Das 12 semanas de torneios do circuito até agora, as top 4 ganharam 7 trofeus, todos dos grandes eventos.

Os outros dois campeonatos grandes disputados não vencidos pelas top 4 foram conquistados por Serena Williams e por Angelique Kerber.

 

 

Nos outros torneios, a maioria delas esteve nas semifinais.

Sidney International

Azarenka campeã

Radwanska e Kvitova semifinalistas

 

Australian Open

Azarenka campeã

Sharapova e Kvitova semifinalistas (Sharapova vice)

 

Doha

Azarenka campeã

Radwanska semifinalista

 

Dubai

Radwanska campeã

 

Indian Wells

Azarenka campeã

Radwanska semifinalista

 

Miami

Radwanska campeã

Sharapova vice

 

 

Stuttgart

Sharapova campeã

Kvitova, Radwanska e Azarenka semifinalistas (Azarenka vice)

 

Fotos – Porsche Media (Sharapova, Azarenka, Radwanska e Kvitova)

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